LISTA DE TRABALHOS - MESA REDONDA


Nome:
Ana Cristina Resende

Titulo:
A AVALIAÇÃO DA PERSONALIDADE EM CASOS FORENSES

Resumo:
Nesta mesa serão apresentados quatro estudos que analisam as contribuições da avaliação de personalidade em casos envolvidos no contexto da psicologia jurídica. Três estudos utilizaram o método de Rorschach como o principal instrumento de coleta de dados e um deles utilizou o Rorschach e a Escala Hare (PCLR). Dois estudos estão relacionados aos adolescentes socioeducandos: um que avalia a predisposição para mudar os comportamentos antissociais e outro que expõe cinco estudos de casos de adolescentes que cometeram homicídios com requinte de crueldade. Os outros dois trabalhos se referem aos autores de violência sexual (AVS): um que investiga a probabilidade de reincidência no crime e outro que mostra as relações entre o método de Rorschach e as características de personalidade desses autores. Nota-se que a avaliação dos aspectos psicológicos na área da psicologia jurídica é muitas vezes necessária, não só como forma de ampliação do conhecimento da dinâmica dos indivíduos que cometem atos infracionais, mas também para auxiliar na intervenção desses casos, assim como para embasar técnicas preventivas.

 

Palavras-chave:
Ato infracional, Personalidade, Método de Rorschach

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

A Probabilidade de Reincidência em Criminosos Sexuais.

Os autores de violência sexual (AVS) contra crianças compõem um grupo heterogêneo. Quando se trata de investigar o perfil psicológico ou a personalidade dos AVS, o fenômeno pode ser abordado sob quatro âmbitos diferentes: no contexto geral da Pedofilia; do Transtorno da Personalidade Antissocial ou da Psicopatia; do Transtorno Psicótico e Retardo Mental e no contexto do AVS Situacional. É usual a comorbidade de diferentes traços de personalidade em um AVS. Frente à heterogeneidade desse grupo, surge a necessidade de diferenciar tais sujeitos, para esclarecer o nível do risco de reincidência no crime, identificar as necessidades de tratamento e estabelecer as bases para o encaminhamento psicológico e para a reintegração social dessas pessoas. O presente trabalho aborda dois estudos de caso que tiveram como objetivo principal compreender a personalidade e prever o nível do risco de reincidência no crime de dois adultos, AVS contra crianças, que cumpriam pena de reclusão em regime fechado em uma instituição prisional do estado de Goiás. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados a Escala Hare PCL-R e o Método de Rorschach (SC). Os dados dos testes dos participantes demonstraram que eles apresentam características de personalidade distintas. Um deles demonstrou traços de psicopatia, alto risco de reincidência criminal, com predomínio de comportamentos associados à instabilidade, impulsividade, imaturidade emocional e comportamentos delinquentes de origem na infância. O outro revelou características relacionadas à pedofilia, risco moderado de reincidência criminal, egocentrismo e ausência de autocontrole. Serão discutidas questões referentes ao risco de reincidência e ao encaminhamento psicológico dos casos.

Autoria/Filiação: Ana Cristina Resende   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Omar Pinto Pereira Júnior   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Carolina Cardoso de Souza   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Apresentação: Ana Cristina Resende
Palavras-chave: Crime sexual, Método de Rorschach, Escala Hare

 

RESUMO (2)

As Relações entre o Método de Rorschach e as Características de Personalidade de Criminosos Sexuais

O presente estudo buscou investigar a validade do Método de Rorschach para determinar as características de personalidade de criminosos sexuais incestuosos. Participaram 11 homens, entre 30 e 75 anos de idade, casados, de diferentes profissões e níveis de escolaridade, encarcerados em uma penitenciária no interior do estado do Rio Grande do Sul. O abuso sexual ocorreu de forma recorrente, com a consumação da relação sexual e uso de violência. O Método de Rorschach foi administrado segundo o Sistema Compreensivo. Os resultados demonstraram diferenças estatisticamente significativas com os dados de estudo de referencia nacional, com valores significativamente menores em M, FM, CF, (H), X+%, Egoindex, Fr+rF, FD, GHR e maiores em PER e X-%. Estes dados sugerem que, os participantes deste estudo, possuem uma severa incapacidade de perceber a realidade e os eventos adequadamente, e de reconhecer as formas convencionais de pensamento (X+%↓, X-%↑). Outros aspectos de inadequação revelados por estes aparecem na autopercepção, em uma autoestima cronicamente baixa, possivelmente originada na infância (Egoindex↓, Fr+rF↓), e na falta de confiança na própria capacidade (PER↑). Aliado a isso, observa-se a ausência de recursos para avaliarem suas condutas mal-adaptativas e a indisponibilidade para a autoinspeção (FD↓), o que pressupõe a existência de menores condições para re-significar suas ações. Por fim, a presença de apreensões fragmentárias do outro (Hd> H), as inabilidades empáticas e afetivas (M↓, CF↓), a falta de recursos para o funcionamento competente e adaptativo (CDI>4) e a preponderância das respostas de representação humana de má qualidade sobre as de boa qualidade (PHR>GHR), sugerem falhas na formação da identidade e deficiências importantes no ajustamento interpessoal. Esses achados corroboram com os comumente encontrados na literatura e indicam a relevância do uso do Rorschach para evidenciar os aspectos psicopatológicos de criminosos sexuais, e para responder às demandas de avaliação nesse contexto.

Autoria/Filiação: Silvana Alba Scortegagna   Universidade de Passo Fundo
Apresentação: Silvana Alba Scortegagna
Palavras-chave: Criminoso Sexual, Personalidade, Método de Rorschach

 

RESUMO (3)

Traços Antissociais em Adolescentes que Cometeram Homicídio.

Dentre os atos infracionais cometidos por esses jovens, o homicídio é um dos atos que tem mais repercussão negativa, mobilizam a sociedade, a fim de que medidas mais enérgicas e conservadoras sejam adotadas para o enfrentamento desta questão. A combinação de vários fatores predispõe esses jovens a se engajarem em comportamentos criminosos como: fatores familiares, sociais, situacionais, biológicos e a personalidade. Este trabalho enfoca este último fator, com o objetivo de abordar características psicológicas de adolescentes que cometeram homicídio. Participaram do estudo cinco adolescentes que cumprem medidas socioeducativas de internação em instituições situadas em Goiânia, Goiás, que se destacaram pela crueldade de seus atos. Tanto o adolescente quanto o seu responsável foram informados a respeito do processo avaliativo e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados uma entrevista semiestruturada e o Método de Rorschach (SC). Parte dos resultados corrobora com pesquisas anteriores que descrevem a personalidade de jovens que cometeram homicídio e que apresentam traços antissociais. Alguns aspectos intrigantes desses cinco perfis de personalidade serão destacados nesse estudo. As informações referentes à personalidade desses adolescentes podem ser usadas para chegar a conclusões e fazer recomendações úteis para uma ampla gama de aplicações educacionais especiais para jovens com problemas de comportamento e com necessidade de aconselhamentos, além de permitir o oferecimento de atendimentos psicológicos relacionados à demanda.

Autoria/Filiação: Carolina Cardoso de Souza   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ana Cristina Resende   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Apresentação: Carolina Cardoso de Souza
Palavras-chave: Adolescentes, Homicídio, Personalidade

 

RESUMO (4)

Predisposição para Mudar Comportamentos Antissociais em Adolescentes Socioeducandos.

Os adolescentes envolvidos em atos infracionais graves e/ou reincidentes recebem da justiça a sentença de privação de liberdade, com a finalidade de serem reeducados antes de voltarem ao convívio social, mas o que acontece na maioria dos casos, é o retorno deles ao crime após o cumprimento da medida socioeducativa. O objetivo deste trabalho é avaliar a predisposição para mudar comportamentos antissociais em adolescentes socioeducandos. Entende-se que existem algumas características de personalidade que facilitam o engajamento em um tratamento psicoterapêutico, que exigem flexibilidade para modificar crenças e opiniões como também a forma de sentir e se comportar no dia-a-dia. Participaram deste estudo 23 adolescentes, do sexo feminino e masculino, com idade média de 17 anos, que cumprem medidas socioeducativas privados de liberdade pelo cometimento de diferentes atos infracionais, em instituições goianienses. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados uma entrevista semiestruturada e o Método de Rorschach (SC). Foram analisadas oito variáveis do Método de Rorschach que se referem à disposição dos participantes para se envolverem em uma psicoterapia. Os resultados demonstraram que as características de personalidade que mais dificultam o processo de mudança de vida são: a ausência do sofrimento subjetivamente sentido; a pouca habilidade de lidar com as emoções; a pouca abertura às experiências e habilidade para desenvolver uma autorreflexão. Considerando as 8 variáveis do Rorschach, apenas cinco adolescentes demonstraram predisposição para mudar seus estilo de vida, com disponibilidade para se engajar em um tratamento psicológico e alterar sua forma de pensar e se comportar. É importante ressaltar que outros fatores também influenciam na reincidência em atos infracionais, como os fatores situacionais, sociais e familiares. Contudo, entender os aspectos da personalidade desses jovens auxilia no processo de encaminhamento de cada caso.

Autoria/Filiação: Nara Leão   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Carolina Cardoso de Souza   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ana Cristina Resende   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Apresentação: Nara Leão
Palavras-chave: Adolescentes, Socioeducandos, Método de Rorschach

 

Nome:
Elizabeth do Nascimento

Titulo:
A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO E PÓS: INTEGRANDO RESULTADOS PRELIMINARES DE PESQUISAS

Resumo:
A presente mesa tem como proposta contextualizar pesquisas realizadas pelo GT Pesquisa em Avaliação Psicológica da ANPEPP sobre o ensino da avaliação psicológica na graduação e o uso de instrumentos de avaliação psicológica nos programas de pós-graduação em psicologia. Os objetivos e a metodologia das pesquisas realizadas por esse GT, bem como os resultados preliminares e as principais dificuldades encontradas serão apresentados e discutidos. A mesa foi organizada de forma que, num primeiro momento, a pesquisa geral conduzida pelo GT seja detalhada e justificada. Em seguida, os resultados preliminares e parciais alcançados pelos subgrupos Graduação e Pós serão reportados. Tem-se em vista a obtenção de dados que possam subsidiar a proposição de ações em direção à melhoria da Avaliação Psicológica no Brasil.

 

Palavras-chave:
Avaliação Psicológica, Pesquisa em Psicologia, Ensino

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

AS PESQUISAS REALIZADAS PELO GT PESQUISA EM AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: CONTEXTUALIZAÇÃO E RELEVÂNCIA

Do ponto de vista histórico, a partir da década de 1990 houve uma revitalização da área da Avaliação Psicológica no Brasil. Contata-se, no decorrer desses anos, um crescimento expressivo da área, sendo que no âmbito da pesquisa a criação de laboratórios e a implantação de linhas de pesquisa em programas de pós-graduação trouxeram com resultados a ampliação da produção científica, destacando-se a criação de revista específica da área e o expressivo aumento no volume de trabalhos sobre o tema apresentados em eventos científicos. Os simpósios realizados pela ANPEPP constituem em um forte indicador do aumento do número de pesquisadores na área, pois a cada simpósio surgem novos grupos de trabalho. O GT Pesquisa em Avaliação psicológica da ANPEPP julgou relevante conduzir investigações que pudessem mapear as condições de ensino e formação de pesquisadores em Avaliação Psicológica e seus possíveis impactos em favor do movimento de fortalecimento dessa área no cenário nacional. Nesse sentido, essa apresentação tem como proposta contextualizar o surgimento das pesquisas, atualmente realizadas pelos integrantes do GT Pesquisa em Avaliação psicológica, que, divididos em subgrupos, buscam investigar a avaliação psicológica no ensino de graduação e o uso de instrumentos de avaliação psicológica por pesquisadores de programas de Pós-graduação em Psicologia. Pretende-se apresentar os objetivos específicos de cada uma das pesquisas empreendidas, seus procedimentos metodológicos e os principais entraves encontrados até então.

Autoria/Filiação: Evely Boruchovitch   Universidade Estadual de Campinas
Elizabeth do Nascimento   Universidade Federal de Minas Gerais
Apresentação: Evely Boruchovitch
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, Pesquisa em Psicologia, Ensino

 

RESUMO (2)

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA GRADUAÇÃO: PERFIL DE DOCENTES E DIFICULDADES PERCEBIDAS NO ENSINO

Para que se identifiquem as principais tendências, dificuldades e lacunas em termos de necessidades a serem supridas pela formação docente e no estabelecimento de políticas ligadas à avaliação psicológica é preciso sistematicamente mapear as condições de formação e ensino dos professores da área no Brasil. Nesse sentido, dentro das propostas do GT Pesquisa em Avaliação Psicológica da ANPEPP, foi realizado um levantamento do perfil de formação e trabalho de docentes em avaliação psicológica no país, do qual participaram 63 professores (63% mulheres) com idades entre 24 e 63 anos (média de 37,9 anos), de instituições públicas e privadas provenientes de 10 estados brasileiros. A maior parte dos professores tem mestrado (48%) ou doutorado (44%), atua em apenas uma instituição (70%) e exerce atividades profissionais além da docência em que utilizam avaliação psicológica (60%). As áreas de concentração de especialização, mestrado e doutorado são bastante variadas, sendo cerca de 30% em avaliação psicológica. Entre as principais dificuldades apontadas pelos participantes no ensino de avaliação estão a carga horária reduzida, a falta de material disponível, as dificuldades dos alunos com conhecimentos específicos necessários à avaliação (metodologia, estatística, análise e síntese, entre outras) e o descrédito e desinteresse observados em relação ao conteúdo por estudantes e por colegas docentes. Ainda que o número de participantes tenha sido baixo, não representando globalmente os docentes das diferentes regiões do país, já que houve predomínio de participantes das regiões sul e sudeste, estes resultados apontam a necessidade de pensarmos a representação social que a avaliação psicológica tem junto a alunos, professores e profissionais, bem como questões curriculares de carga horária e infraestrutura, já muito discutidas como prioritárias para qualificar o ensino na área.

Autoria/Filiação: Marucia Patta Bardagi   Universidade Federal de Santa Catarina
Marco Antônio Pereira Teixeir   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Joice Segabinazi   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Marucia Patta Bardagi
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, Docência, Graduação

 

RESUMO (3)

TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA ENSINADAS NA GRADUAÇÃO DE PSICOLOGIA NO BRASIL

Esta pesquisa teve como objetivo identificar as técnicas de avaliação psicológica ensinadas nos cursos de graduação de Psicologia no Brasil, auxiliando a descrever e analisar a situação atual do ensino nas disciplinas de avaliação psicológica, de forma a identificar as principais tendências, dificuldades e possíveis lacunas em termos de necessidades presentes e futuras a serem supridas por um empenho na formação docente e no estabelecimento de políticas ligadas à avaliação psicológica, subsidiando futuras ações na área.Acredita-se que dados possam auxiliar nas políticas relacionadas à avaliação psicológica, buscando verificar quais os conteúdos mais discutidos na docência e quais as condições deste processo. O projeto se insere nas propostas do grupo de trabalho Pesquisa em Avaliação Psicológica da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia, que vem fazendo um levantamento do perfil de formação e trabalho de docentes em avaliação psicológica no país. O método utilizado foi uma pesquisa do tipo descritiva, com coleta via web. O principal critério de inclusão é que os professores fossem docentes de disciplinas relacionadas à avaliação psicológica. Participaram 63 professores, destes, 33 não responderam quais técnicas ensinavam e outros dois afirmaram que não lecionavam nenhuma técnica. Os 28 (44%) que explicitaram as técnicas instruídas apontaram 65 técnicas distintas. As mais referidas foram: testes psicológicos, entrevistas, HTP, WISC-III, TAT, Raven, técnicas projetivas, Bender, IFP, Zulliger, Rorschach e BPR-5. Apesar do baixo número de participantes e um número ainda menor de professores que efetivamente reportaram quais técnicas lecionavam, pode-se notar uma grande variedade de técnicas utilizadas, apontando a diversidade de possibilidades de avaliação que pode ser desenvolvida no trabalho dos psicólogos. Entende-se que a coleta de dados deve ser aumentada, buscando uma visão mais abrangente e completa da questão.

Autoria/Filiação: Luís Sérgio Sardinha   Universidade do Grande ABC
Irai Cristina Boccato Alves   LITEP – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Apresentação: Luís Sérgio Sardinha
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, Técnicas de AP, Docência

 

RESUMO (4)

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NA PÓS-GRADUAÇÃO: PERFIL DE DOCENTES E INSTRUMENTOS EMPREGADOS

A proposta desta pesquisa surgiu de discussões do GT Pesquisa em Avaliação Psicológica da ANPEPP, tendo como objetivo verificar a utilização de instrumentos psicológicos nos programas de pós-graduação (PPG) credenciados pela CAPES no Brasil. Para isso, primeiramente foi consultada a página institucional da CAPES para identificação de todos os PPG credenciados, sendo identificados 67. Posteriormente procedeu-se à pesquisa nos sites das próprias instituições. Esta busca objetivou identificar todos os docentes dos programas de PPG no Brasil, assim como os endereços eletrônicos para contato. Na maioria dos casos o e-mail do docente encontrava-se no site da instituição. Nos casos em que isso não aconteceu, os endereços foram procurados em bases de dados de periódicos científicos ou no site do CNPq. Importante ressaltar que foram obtidos os nomes de aproximadamente 600 docentes de PPG, enquanto que apenas de 23 pesquisadores não foi recuperado o endereço eletrônico. De posse dessas informações foram enviados e-mails contendo os objetivos da pesquisa, e caso o respondente concordasse em participar era redirecionado para uma nova tela, na qual podia responder a pesquisa. O tempo médio de resposta foi de 5 minutos. Contudo, houve a participação de apenas 42 docentes (24 do sexo masculino), provenientes de 13 PPGs. Quanto à natureza da instituição, oito eram provenientes de instituições particulares e 34 de instituições públicas (federais ou estaduais). Quando questionados sobre a natureza dos instrumentos de avaliação psicológica utilizados nas pesquisas orientadas, a maior parte dos docentes respondeu fazer uso de testes psicométricos (N=24). Sobre as áreas de atuação, os respondentes eram da saúde, forense, clínica, organizacional, escolar e educacional e esporte. Quanto aos instrumentos mais utilizados nas pesquisas orientadas, houve uma grande variedade de respostas (mais de 100 testes diferentes foram mencionados). Apenas três instrumentos foram citados mais de uma vez, a saber, WAIS-III, Teste de Criatividade de Torrance e Teste de Bender. Respostas similares foram obtidas na questão sobre quais instrumentos o pesquisador usava em suas próprias pesquisas e nas pesquisas orientadas atualmente. Sabe-se que muitos dos pesquisadores produtivos na área não responderam ao questionário, ou por não terem recebido ou por falta de adesão à proposta. É importante que sejam discutidas alternativas para que possa ser realizado um mapeamento da atuação dos investigadores da área.

Autoria/Filiação: Fabián Javier Marín Rueda   Universidade São Francisco
Acácia Angeli dos Santos   Universidade São Francisco
Cristiane Faiad   Universo- Universidade Salgado de Oliveira
Apresentação: Acácia Angeli dos Santos
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, TEP, Pós-Graduação

 

Nome:
YAEL GOTLIEB BALLAS

Titulo:
A utilização de avaliação psicológica em trabalhos de conclusão de curso: valorização da pesquisa em Psicologia

Resumo:
Durante três semestres nossos alunos elaboram e realizam uma pesquisa de campo, cuja aprovação através de argüição e apresentação escrita é requisito para obtenção do grau de bacharel em psicologia. Nesta mesa serão apresentados quatro trabalhos, todos considerados de alta qualidade pelas bancas examinadoras. O mérito não está nos resultados em si, mas no próprio exercício de fazer pesquisa (a relevância do tema, uma excelente revisão da bibliografia, o cuidado com a escolha da metodologia e seleção de instrumentos) e no modo como as alunas puderam integrar a ciência e a prática da psicologia em áreas novas ou, ainda, pouco exploradas. Entre os temas, há a reflexão e a discussão acerca 1) da entrada da pessoa idosa em uma Instituição de Longa Permanência e as conseqüências psíquicas e psicopatológicas desta mudança, 2) da criação de vínculo saudável em adoção tardia por família monoparental, 3) da importância dos prejuízos emocionais acarretados por uma relação de codependência em familiares dependentes químicos e 4) do desencadeamento do estresse em crianças e adolescentes por influencias familiares. Todos os trabalhos de pesquisa são discutidos pelo ponto de vista da psicologia, sem deixar de lado as ciências afins. As possibilidades de atuação do psicólogo são ressaltadas.

 

Palavras-chave:
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TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

AÇÃO DE IDOSOS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA: ALGUMAS OBSERVAÇÕES

Atualmente observa-se significativo aumento na população de idosos e há necessidade de adequações para melhor compor sua qualidade de vida. A Psicologia do Envelhecimento vem contribuindo em termos de reflexões e intervenções para os diversos momentos desta fase. O idoso sofre significativas mudanças nas diversas áreas de sua vida e precisa desenvolver estratégias de enfrentamento efetivas. Resultado de processos de perdas e adaptações, aqueles estão expostos a desenvolver quadros depressivos. Um dos momentos críticos é a necessidade de mudança a uma Instituição de Longa Permanência (ILPI). Levantou-se a hipótese de que motivos intrínsecos (perda das capacidades e habilidades decorrentes da idade) e extrínsecos (família não quer cuidar) podem contribuir para o desenvolvimento de depressão. A amostra foi composta por 30 idosos com idade superior a 70 anos, residentes de ILPI em São Paulo. Participaram do estudo idosos com capacidades cognitivas preservadas e que não apresentavam distúrbios psiquiátricos antes da institucionalização. Foram preenchidos o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e a Escala Geriátrica de Depressão (EGD-30). Entre os resultados, destaca-se diferenças significativas de índice de depressão e, entre os principais motivos para desencadeamento do quadro, está a busca pela instituição por questões de saúde ou por imposição de familiares. Observou-se que o idoso com depressão dificilmente desenvolve novas amizades neste ambiente e demonstra o comportamento tendencial de retraimento social. Sugere-se que os profissionais que trabalham em ILPIs devem prestar mais atenção aos fenômenos de ordem social e afetiva para que o idoso possa se integrar de forma harmoniosa, evitando, assim, o desencadeamento de um quadro depressivo mais grave.

Autoria/Filiação: Doris Ploger   Universidade de Santo Amaro
Neuma Rodrigues   Universidade de Santo Amaro
Maria da Conceição Souza   Universidade de Santo Amaro
Yael Gotlieb Ballas   Universidade de Santo Amaro
Joana D’arc Sakai   Universidade de Santo Amaro
Apresentação:
Palavras-chave: , ,

 

RESUMO (2)

ESTRUTURA FAMILIAR E ESTRESSE INFANTIL EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES DE SETE A 14 ANOS

O estresse é considerado por especialistas das áreas médica e psicológica como o “Mal do Século” ou a “Doença do Milênio”. Um período de suscetibilidade ao estresse é inerente a infância e a adolescência, nas quais as transformações ocorrem em grande velocidade e em quantidade maiores que na fase adulta, afetando o desenvolvimento dos aspectos emocional, cognitivo e social. A pesquisa teve como objetivo identificar níveis de estresse em crianças e verificar se a família tem ou não influência no fenômeno. Partiu-se do pressuposto que haveria uma relação direta entre a qualidade da família desenhada e a presença de estresse na criança. A amostra foi composta por 60 crianças, de ambos os sexos, divididas em dois grupos (sete e 11 anos e 11 e 14 anos), residentes na cidade de São Paulo. Para a coleta dos dados foi utilizado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, um questionário de caracterização, a Escala de Estresse Infantil (ESI) e a Técnica do Desenho da Família. Os resultados mostraram que, em relação ao Desenho da Família, não foram verificadas diferenças significantes entre os grupos. Tanto no grupo das crianças menores como nas maiores, a maioria vive em uma família nuclear, desenha a própria família de forma unida e representa a si mesmo. Verificou-se também que, em ambos os grupos, o estresse se fez presente, sendo a maioria na fase de alerta (momento em que um esforço é gerado para o enfrentamento de uma situação ameaçadora e não apenas para manutenção da harmonia interior). A hipótese não foi confirmada, porém, diante dos níveis de estresse encontrados, é nítida a necessidade de uma maior atenção às crianças por seus pais e professores, especialmente as de sete a 10 anos.

Autoria/Filiação: Adriane Piegaia   Universidade de Santo Amaro
Valdelena C.S. Sato   Universidade de Santo Amaro
Yael Gotlieb Ballas   Universidade de Santo Amaro
Joana D’arc Sakai   Universidade de Santo Amaro
Gilberto Mitsuo Ukita   Universidade de Santo Amaro
Apresentação:
Palavras-chave: , ,

 

RESUMO (3)

ADOÇÃO TARDIA EM FAMÍLIA MONOPARENTAL E O ESTABELECIMENTO DOS VÍNCULOS AFETIVOS: ESTUDO DE CASO

A construção do vínculo e de uma relação saudável entre pais e filhos depende muito mais dos fatores ligados à convivência, à interação, ao afeto e ao respeito mútuo do que aos laços biológicos que, por si só, não garantem o vínculo. No caso específico da adoção tardia, o adulto deve ter paciência e tolerância para dar suporte às crianças no período de convivência e adaptação. O objetivo deste trabalho era verificar o estabelecimento de vínculo afetivo no caso da adoção tardia por família monoparental. Partimos do pressuposto que seria possível haver o estabelecimento de vínculo saudável porque o que orientava a adoção era o desejo de ter uma família, incluindo o enfrentamento de situações difíceis, desde as barreiras impostas pelo sistema jurídico para a realização da adoção legal, até questões como o medo de não dar certo, o preconceito, entre outras. O resultado observado após análise da entrevista com o pai e do procedimento do desenho de família com estória realizado com as crianças foi de que os três estão bem vinculados afetivamente. Mesmo que apareçam dificuldades e pontos de conflito, de modo geral as famílias sempre fazem coisas juntos, em um clima amistoso e divertido. O estabelecimento de vinculo na adoção tardia é uma realidade. E, como tudo da realidade, conta, com perdas e ganhos, com alegrias e momentos de angústia e ansiedade. Não se pode deixar de mencionar que o estabelecimento e a manutenção do vínculo dependem enormemente de toda a rede de apoio que a família possuir, das orientações dos técnicos e profissionais da psicologia para dar suporte às mudanças e adaptações que ocorrem em todos. Consolidar esse vínculo é uma conquista mútua diária com momentos muito prazerosos e outros nem tanto.

Autoria/Filiação: Nanci Belmonte   Universidade de Santo Amaro
Yael Gotlieb Ballas   Universidade de Santo Amaro
Joana D’arc Sakai(   Universidade de Santo Amaro
Apresentação:
Palavras-chave: , ,

 

RESUMO (4)

CODEPENDÊNCIA EM FAMILIARES DE DEPENDENTES QUÍMICOS: DIFERENÇAS E SEMELHANÇAS ENTRE CUIDADORES HOMENS E MULHERES

O uso de substâncias psicoativas está entre os principais problemas de saúde pública mundial. Cerca de dois milhões de pessoas morrem a cada ano em decorrência das consequências negativas do uso indevido de drogas lícitas e ilícitas. Neste trabalho, pretendeu-se investigar e compreender o relacionamento da família para com o dependente químico, quando aquele se enquadra no fenômeno de codependência (relação simbiótica, na qual um depende do outro para coexistir). Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, foi utilizado o questionário Potter-Efron & Potter-Efron de Co-dependência, que verifica o grau de codependência da relação parental. A amostra foi composta por 23 homens e 20 mulheres cuidadores de dependentes químicos. A hipótese era de que as mulheres, pela própria condição do feminino e da maternidade, estariam mais suscetíveis ao desenvolvimento da codependência quando comparadas aos homens, justificado pelas características da própria função materna; sendo estendido à figura da mulher, pois esta ainda é vista na sociedade no papel de cuidadora. Os resultados, com qui-quadrados estatisticamente significantes, indicaram que a hipótese foi confirmada: as mulheres apresentam quadro de codependência e os homens não. Porém, vale ressaltar que, considerando individualmente as sub escalas do teste, os homens também apresentam características de relacionamento codependente, especialmente àquelas relacionadas à presença de raiva, vergonha e culpa. Podemos dizer que os homens, mesmo que de forma velada, sofrem pela presença da dependência em seus familiares. É possível pensar nas relações codependentes como algo natural das relações mães-filhos, como uma forma de vínculo qualquer. Contudo, após os resultados, não podemos descartar a patologia, pois o vínculo que surgiu não é sadio, em função da quantidade de sofrimento que apareceu na figura feminina com a presença marcante de medo, vergonha e culpa e, em menor intensidade, características de desespero e de raiva.

Autoria/Filiação: Barbara C.O. Silva   Universidade de Santo Amaro
Yael Gotlieb Ballas   Universidade de Santo Amaro
Joana D’arc Sakai   Universidade de Santo Amaro
Gilberto Mitsuo Ukita   Universidade de Santo Amaro
Apresentação:
Palavras-chave: , ,

 

Nome:
Cassandra Melo oliveira

Titulo:
Além da população em geral: ampliando o conhecimento na área dos testes para grupos específicos.

Resumo:
Diante da escassez na área da avaliação psicológica de instrumentos que avaliem grupos específicos como os indivíduos com altas habilidades e os com deficiência visual, ressalta-se a relevância desta mesa como fomentadora de discussões em pesquisas que abordam esta temática. A construção e adaptação de testes psicológicos para grupos específicos é uma tarefa desafiadora de alta complexidade que envolve além dos conhecimentos técnicos inerentes a área, o estudo aprofundado do grupo alvo do teste em todas as suas especificidades e heterogeneidades. Por meio dos trabalhos apresentados serão exemplificadas diferentes estratégias para construção e adaptação de testes para estes grupos. Aplicou-se, portanto, os aspectos técnicos da construção e adaptação de testes já estandardizados na literatura científica da área com vistas a bem avaliar e a ultrapassar as barreiras impostas pelos materiais, frequentemente utilizados para população em geral, e que não atendem às especificidades do público em questão. Pesquisas que abordam este tema englobam tanto a adequação do conteúdo do teste psicológico em si quanto o seu formato, ou seja, o seu modo de apresentação. O estado da arte no contexto brasileiro está limitado a estudos focais e desarticulados e esta mesa reflete uma tentativa de iniciar a sistematização de saberes. Assim, propõe-se a discutir aspectos atuais referentes a instrumentos psicológicos utilizados para grupos específicos. Tal mesa contempla trabalhos de busca por evidências de validade de uma bateria de avaliação das altas habilidades e estudos na área de construção e adaptação de testes psicológicos para crianças e adultos deficientes visuais.

 

Palavras-chave:
testes psicológicos, deficiência visual, altas habilidades

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

BATERIA DE AVALIAÇÃO DAS ALTAS HABILIDADES – Estudo de Evidências de Validade de Critério

Na área da avaliação psicológica, a identificação de alunos com altas habilidades/ superdotação tem se apresentado como um desafio para profissionais, haja vista a complexidade do fenômeno aliada à falta de instrumentos validados e normatizados
no Brasil para tal fim. O objetivo desta pesquisa baseou-se na busca de evidências de validade de critério de uma Bateria para Avaliação das Altas Habilidades/Superdotação.
Participaram 569 alunos, ambos os sexos, com idade média de 11,13 anos, estudantes do 2º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio, dos quais 470, com idade
média de 11,13 anos, compuseram o grupo controle (alunos de salas de ensino regular) e 99, com idade média de 12,68 anos, constituíram o grupo critério (alunos de Sala
de Recurso de Programa de Atendimento ao Aluno com Altas Habilidades/DF). O instrumento utilizado foi composto por seis subtestes, sendo quatro de inteligência
(raciocínio verbal, abstrato, numérico e lógico), um de criatividade figural e outro de criatividade verbal. A ANOVA mostrou efeito significativo da variável grupo nos subtestes de inteligência, apontando maior desempenho do grupo critério e, particularmente, dos alunos com habilidades acadêmicas quando comparados a alunos com talentos artísticos. No subteste de criatividade figural, diferenças significativas entre os grupos só foram notadas em um dos fatores criativos avaliados - a Elaboração, identificando melhor desempenho alcançado pelos alunos do grupo critério com altas habilidades na área de talentos artísticos. No subteste de criatividade verbal, a ANOVA demonstrou diferenças significativas apenas na avaliação de uma das características da produção metafórica - a Qualidade, com destaque para os alunos com altas habilidades, sem distinção de área de habilidades específica. Através dos resultados, foram confirmadas evidências de validade de critério para identificação de alunos com altas
habilidades/superdotação a partir dos subtestes de inteligência e, parcialmente, através de algumas medidas de criatividade verbal e figural.

Autoria/Filiação: Walquiria de Jesus Ribeiro   Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Tatiana de Cássia Nakano   Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Ricardo Primi   Universidade São Francisco
Ângela M. R. Virgolim   Universidade de Brasília
Apresentação: Walquiria de Jesus Ribeiro
Palavras-chave: altas habilidades, validade de critério, instrumento

 

RESUMO (2)

AVALIAÇÃO DA INTELIGÊNCIA DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: CONSTRUÇÃO E INVESTIGAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DO INSTRUMENTO

Diante da lacuna existente na avaliação cognitiva de populações especiais, essa
pesquisa teve como objetivo a construção de três subtestes (verbal, memória e
lógico-espacial) para avaliação da inteligência de crianças deficientes visuais.
Como forma de atingir tal objetivo, três estudos foram conduzidos: (1) investigação
e conhecimento de metodologias e materiais utilizados na educação de crianças
com deficiência visual, com a finalidade de que tais informações pudessem
contribuir para a construção dos subtestes; (2) construção dos subtestes,
baseados nas teorias atuais de inteligência e nas informações obtidas a partir
do Estudo 1; (3) estudo piloto com o objetivo de verificar a adequação dos
subtestes e de seus itens junto a 14 crianças deficientes visuais, na faixa etária
de 7 a 12 anos (M= 10,28 anos; DP=1,58), sendo seis do sexo feminino e oito
do sexo masculino, sendo dessas, dez classificadas com baixa visão, oito com
deficiência congênita e duas com doença adquirida, quatro crianças classificadas
com cegueira total, sendo duas com deficiência adquirida e duas com deficiência
congênita; Os resultados apontaram, através de testes de diferença de média,
de um modo geral, adequação dos subtestes à população alvo, com pequenas
necessidades de alteração dos itens. Também encontrou-se melhor desempenho
em relação ao tipo de cegueira, crianças com deficiência congênita apresentaram
melhores resultados quando comparados com aquelas que apresentam deficiência
adquirida. Em relação ao grau de deficiência, crianças com baixa visão tiveram
melhor desempenho que as crianças com cegueira. Conclui-se que o presente
estudo trouxe dados relevantes quanto à importância de um instrumento específico
de avaliação da inteligência para crianças com deficiência visual e que, estudos
com amostras maiores podem enriquecer e contribuir para a validade do
instrumento construído.

Autoria/Filiação: Carolina Rosa Campos   PUC-CAMPINAS
Tatiana de Cássia Nakano   PUC-CAMPINAS
Apresentação: Carolina Rosa Campos
Palavras-chave: deficiência visual, testes psicológicos, cognição

 

RESUMO (3)

A adaptação de testes psicológicos para pessoas com deficiência visual sob a perspectiva do desenho universal.

Na adaptação de testes psicológicos ao desenho universal busca-se a acessibilidade plena ou máxima possível diante das limitações do instrumental e do público ao qual será destinado. Os testes psicológicos construídos ou adaptados segundo os princípios do desenho universal são mais flexíveis à variação corporal dos indivíduos e à utilização de tecnologia assistiva. O objetivo deste trabalho foi adaptar um teste psicológico de personalidade informatizado para um formato que atendesse aos sete princípios do desenho universal. Participaram da equipe de pesquisa dois consultores cegos que avaliaram a acessibilidade das modificações durante todo o processo de adaptação. O teste psicológico informatizado estudado foi um instrumento de auto relato baseado no modelo dos cinco grandes fatores da personalidade, os primeiros formatos testados possuíam 40 itens. As adaptações foram realizadas na estrutura do formato de aplicação do teste: Orientações dadas para execução do teste; Formato dos itens; Tamanho da fonte e tipo de letra; Cores e espaços; e, Ordem de apresentação objetivando atender ao público com deficiência visual, mas também pessoas sem deficiência. Foi feito o estudo dos leitores de tela e sua compatibilidade com o formato do teste. A versão final do teste foi submetido a 10 indivíduos com deficiência visual, maiores de idade, sendo 5 cegos e 5 com baixa visão. A análise dos dados obtidos foi qualitativa seguindo a lógica da análise de juízes, porém no caso do estudo em questão a análise teórica não foi dos itens e sim da qualidade do formato do teste e se este atendeu aos princípios do Desenho Universal. Os resultados apontam para o alcance dos princípios do desenho universal confirmando a flexibilidade e a acessibilidade do instrumento. Em estudos posteriores pretende-se investigar não só os aspectos qualitativos, mas utilizar-se análises quantitativas que envolvam o estudo da Função Diferencial do item nos grupos pesquisados.

Autoria/Filiação: Cassandra Melo Oliveira   Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Carlos Henrique Sancineto da Silva Nunes   Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC
Apresentação: Cassandra Melo Oliveira
Palavras-chave: Adaptação, deficiência visual, Desenho Universal

 

RESUMO (4)

Elaboração de Instrumento Para Identificação de Alunos Intelectualmente Dotados por Professores: estudo exploratório

A identificação de alunos dotados e/ou talentosos caracteriza-se por uma diversidade de possibilidades. Esta identificação pode ser multidimensional (áreas, dimensões), multi-referencial (pais, professores, psicólogos e outros agentes), multi-método (meios, processos, instrumentos), multi-temporal (momentos, estágios do desenvolvimento), multi-contextual (tarefas na escola, em casa e outros) e, multi-etápica (fases ou módulos de apoio). Neste processo, a figura do professor merece destaque, e efetiva sua participação por meio de nomeação docente. No Brasil, ainda não existe instrumento com recomendação favorável pelo Conselho Federal de Psicologia. Diante deste fato, objetivou-se por desenvolver dois estudos, no primeiro elaborar uma escala de nomeação docente para alunos dotados e talentosos, bem como buscar por evidencias de validade de conteúdo; já no segundo estudo, buscou-se por evidencias de precisão da consistência interna, bem como validade baseada na estrutura interna e convergente e discriminante. Depois de elaborado o instrumento (ENDI-p), os resultados do primeiro estudo indicam que a ENDI-p está pronta para uso, ao se observar o coeficiente de kappa médio. A ENDI-p perdeu cinco itens e teve quatro itens adaptados para outras áreas, que não as originais. No segundo estudo, por meio da correlação item-total foram retirados 17 itens da ENDI-p o que resultou em três grandes fatores. Com a extração destes itens, a escala apresentou um bom valor para o Alpha de Cronbach geral, como também para os três fatores específicos. O teste de esfericidade de Bartlett indicou correlação entre os itens. Já a medida de adequação da amostra para aplicação da análise fatorial apresentou-se apropriada pelo teste de Kaiser-Meyer-Olkin. O quarto objetivo foi atendido por meio da análise fatorial exploratória resultando em três fatores. Os objetivos 5 e 6, a respeito da busca de evidencias de validade baseadas nas relações com variáveis externas foram parcialmente atendidos, o que pode sugerir, para futuros estudos utilizar uma amostra maior.

Autoria/Filiação: Eliana Santos de Farias   Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC) & Universidade Nove de Julho (UNINOVE)
Tatiana Nakano   Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCC)
Apresentação: Eliana Santos de Farias
Palavras-chave: Intelectualmente dotados, testes psicológicos, adaptação

 

Nome:
Claudette Maria Medeiros Vendramini

Titulo:
Análise das habilidades cognitivas avaliadas pelo Exame Nacional do Ensino Médio

Resumo:
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é realizado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e visa avaliar seis eixos cognitivos comuns a todas as áreas de conhecimento, o domínio da linguagem, a compreensão dos fenômenos, o enfrentamento e solução de situações-problema, a construção da argumentação e a elaboração de propostas. Esse é um exame de avaliação em larga escala que visa diagnosticar e fornecer subsídios para a implementação e a manutenção de políticas educacionais no país. Dada a importância deste exame estudos têm sido desenvolvidos sobre a qualidade psicométrica desses exames e sobre a interpretação de seus resultados, tais como os que serão discutidos pelos pesquisadores que compõem esta mesa. Nesse sentido, serão discutidos dois métodos de análise estatística de dados as Análises Fatoriais Exploratória e Confirmatória com suas possibilidades, desdobramentos e limitações de uso, e serão destacados estudos feitos com Enem 2006, 2007 e 2010 relativos à sua interpretação à luz do modelo CHC de inteligência e sua relação com a metacompreensão.

 

Palavras-chave:
Avaliação em larga escala, Ensino médio, Estatística multivariada

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Análises Fatoriais Exploratória e Confirmatória de Provas do ENEM: Possibilidades, Desdobramentos e Limitações

O presente trabalho tem como objetivo discutir as análises fatoriais exploratória e confirmatória realizadas com resultados das provas do ENEM, discutindo possibilidades de uso, desdobramentos para a avaliação, inclusive acentuando indicadores complementares de validades de construto (confiabilidade composta e validades convergente e discriminante), além de levantar potenciais limitações destas análises. Neste sentido, procura-se inicialmente introduzir os conceitos de cada uma destas técnicas, focando como podem ser empregadas neste contexto específico, mostrando a seguir alternativas de levá-las a cabo. Posteriormente, discutem-se os indicadores de ajuste comumente empregados, focando na análise fatorial confirmatória, mostrando a pertinência de tratar com a confiabilidade composta (consistência interna) e a variância média extraída (parâmetro para definir evidências de validade convergente e discriminante) como complementares no processo de avaliação. Por fim, intenta-se mostrar as limitações potenciais da aplicação destas análises, tomando em conta os instrumentos utilizados e a natureza dos dados obtidos. Concluindo, confia-se oferecer uma contribuição para discutir os resultados das provas do ENEM, favorecendo pensar em análises e indicadores alternativos que permitam pensar acerca de evidências de validade deste exame, orientando práticas futuras.

Autoria/Filiação: Valdiney V. Gouveia   UFPB – João Pessoa/PB
Luís Augusto de Carvalho Mendes   UFPB – João Pessoa/PB
Apresentação:
Palavras-chave: Análise Fatorial, Exploratória, Confirmatória

 

RESUMO (2)

Uma proposta de provas para o Enem 2010 refenciada pelo modelo CHC de inteligência

A avaliação em larga escala é compreendida como um sistema de informações que tem por função principal a de fornecer diagnóstico e subsídios tanto para a implementação quanto para a manutenção de políticas educacionais. Dentre as provas de larga escala aplicadas no cenário nacional destaca-se o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), foco da presente comunicação, como avaliação aplicada a estudantes de ensino médio. Dada a importância da prova, a escassez de estudos nessa etapa de escolaridade e na área psicoeduacional, será apresentado um estudo acerca da análise da estrutura interna do Enem 2010 por meio da Análise Fatorial Exploratória (AFE) e Confirmatória (AFC), tendo por referencia o modelo CHC de inteligência. Participaram do estudo 1337 estudantes paulistas. A AFC por prova confirmou a estrutura identificada pela AFE que se mostrou diferente da originalmente proposta pelo Inep. A prova Ciências Naturais foi composta por três fatores, Ciências Humanas e Matemática e Tecnologias por dois fatores e a Linguagem e Códigos, por um fator. A análise de conteúdo por juízes independentes identificou a presença das habilidades inteligência cristalizada e fluída, conhecimento quantitativo e leitura e escrita, distribuídas em fatores de modo específico para cada prova. A AFC revelou bons índices de ajustes para as provas indicando que o Enem 2010 avalia habilidades cognitivas e acadêmicas e pode aferir o desempenho do estudante com menor numero de questões quando se tem por referencia o modelo CHC.

Autoria/Filiação: Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly   USF – Itatiba/SP
Luana Comito Muner   USF – Itatiba/SP
Nayane Martoni Piovesan   USF – Itatiba/SP
Apresentação: Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly
Palavras-chave: Avaliação em larga escala, Ensino médio, Estatística multivariada

 

RESUMO (3)

Um estudo de validade das Habilidades avaliadas pelo Enem 2007

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é uma das avaliações em larga escala realizada pelo Ministério da Educação (Mec) para avaliar a qualidade de ensino no país e visa contribuir para a sua melhoria. O Enem é um exame que tem como objetivo avaliar as habilidades e competências de estudantes do ensino médio brasileiro e para que essa avaliação seja confiável é necessário que seja válido e fidedigno. Assim, com a finalidade de investigar as evidências de validade da estrutura interna desse exame, o presente trabalho objetivou verificar a estrutura fatorial da prova do Enem 2007 e interpretá-la a luz do modelo CHC de habilidades cognitivas. Foram selecionados aleatoriamente de uma base de microdados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em torno de 55.000 estudantes do estado de São Paulo que realizaram a prova do Enem em 2007, composta por 63 questões objetivas de múltipla escolha e uma redação. Os resultados da análise fatorial exploratória por componentes principais e rotação promax indicaram uma estrutura fatorial que permitiram concluir que a prova avalia predominantemente a inteligência fluida e a habilidade de leitura e escrita. Esses resultados foram analisados pela AFC que revelou bons índices de ajustes para a prova composta com menor número de questões indicando que as habilidades cognitivas interpretadas à luz do modelo CHC pode aferir as habilidades do estudante.

Autoria/Filiação: Claudette Maria Medeiros Vendramini   USF – Itatiba/SP
Juliana Maximila de Paula Bueno   USF – Itatiba/SP
Fernanda Luzia Lopes   USF – Itatiba/SP
Apresentação:
Palavras-chave: Avaliação em larga escala, Ensino médio, Psicometria

 

RESUMO (4)

Metacompreensão e o desempenho no Enem 2006

O Enem é utilizado para averiguar o desenvolvimento de competências básicas a partir das habilidades dos indivíduos para que se tornem sujeitos aptos a relacionar o conhecimento entre teoria e prática, buscando utilizar o mesmo a partir das experiências escolares. A matriz de referência para o Enem busca focalizar seis eixos cognitivos comuns às áreas de conhecimento relativas ao domínio da linguagem, compreensão dos fenômenos, o enfrentamento e solução de situações-problema, a construção da argumentação e a elaboração de propostas. Na presente comunicação destaca-se o domínio da linguagem no tocante à leitura e metacompreensão e sua relação com o desempenho no Enem 2006.Utilizou-se os microdados recuperados da base de dados de 2006 fornecida pelo INEP para o projeto Observatório de Educação associado a uma base de dados do Núcleo de Avaliação Psicológica Informatizada com resultados aferidos acerca das estratégias de leitura aplicada em 2006 a estudantes de ensino médio. A maioria das escolas públicas classificou-se como ‘insuficiente a regular’ na prova objetiva e como ‘regular a bom’ na redação. Já a maior parte das escolas particulares classificou-se como ‘regular a bom’ tanto na prova objetiva quanto na redação. Além disso, os alunos relataram baixa freqüência de utilização de estratégias metacognitivas de leitura, porém indicaram utilizar, dentre as aferidas pela META-EM, mais frequentemente as de solução de problemas. Esses resultados podem estar relacionados a uma possível dificuldade para compreender os textos e, assim, baixo desempenho nas provas do ENEM. As estratégias metacognitivas globais associaram-se positivamente às competências da prova objetiva, porém mais significativamente com a compreensão de fenômenos e argumentação. As estratégias de suporte se associaram negativa e significativamente com o domínio da linguagem. Assim, o domínio da linguagem pode diminuir a necessidade de utilização de estratégias de suporte à leitura, talvez por implicar em aporte teórico e vocabulário mais amplos.

Autoria/Filiação: Gisele de Fátima Spineli   Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly
USF – Itatiba/SP   Léia Vilerá da Silva Seixas
USF – Itatiba/SP  
Apresentação:
Palavras-chave: Avaliação em larga escala, Ensino médio, Estratégias metacognitivas

 

Nome:
Leandro S. Almeida

Titulo:
As expetativas académicas de alunos ingressantes no Ensino Superior: Dimensões a considerar na sua avaliação

Resumo:

 

Palavras-chave:
, ,

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Conceito e relevância das expectativas académicas na adaptação e sucesso dos estudantes universitários do 1º ano

Face às exigências e desafios colocados pelo Ensino Superior (ES) aos seus estudantes, e não estando estes muitas vezes informados e preparados para essa transição, alguns autores destacam as expetativas com que os estudantes acedem a este nível de ensino como uma variável central à sua adaptação. A pesquisa mostra que expetativas otimistas favorecem o envolvimento, a adaptação e o sucesso académico, ocorrendo a situação inversa quando o estudante possui expetativas difusas ou pessimistas. Mais ainda, expetativas elevadas e pouco realistas poderão condicionar negativamente a adaptação dos alunos, que experimentam assim alguma desilusão ao longo das suas primeiras semanas ou meses no ES, face à realidade das suas vivências. Para além das expetativas reportadas ao curso e à vida social, mais frequentemente consideradas pela literatura neste domínio, procuramos neste estudo auscultar os próprios estudantes, através de entrevistas individuais, e conhecer as suas expetativas, inventariando assim os motivos e as aspirações que colocam na sua entrada e frequência do ES. Alunos da Universidade do Minho, em Portugal, participaram neste estudo tendo por base este objetivo, identificando-se sete dimensões ou tipos de expetativas que passaram a ser consideradas na sua avaliação formal.

Autoria/Filiação: Alexandra M. Araújo   Universidade do Minho, Portugal
Adriana Benevides Soares   Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Brasil
Leandro S. Almeida   Universidade do Minho, Portugal
Apresentação: Leandro S. Almeida/Adriana Benevides
Palavras-chave: , ,

 

RESUMO (2)

Questionário de Expetativas Académicas: Dados de precisão e validade em Portugal e Espanha

As expetativas académicas constituem uma variável central na adaptação dos estudantes ao Ensino Superior, influenciando o seu nível de compromisso, o seu envolvimento e persistência e a sua realização académica. Tais expetativas assumem maior relevo ainda na transição e adaptação ao primeiro ano no ES, dado que estas poderão não ter correspondência nas vivências do estudante, face a um contexto educativo e relacional exigente e potenciador de stress, levando assim a frustração, desânimo e desinvestimento. Apesar da importância das expetativas académicas para a adaptação dos estudantes ao Ensino Superior, são escassos os instrumentos validados para a sua avaliação na população portuguesa e espanhola, que atualmente partilham os mesmos desafios de educação pós-secundária, formação profissional e emprego. De modo a ultrapassar esta limitação, este estudo apresenta a construção e validação de um Questionário de Expetativas Académicas, a ser utilizado em ambos os países. Participaram 759 estudantes do 1º ano (62,5% mulheres), de diversos cursos, das Universidades do Minho (n= 372), em Portugal, e de Vigo (n= 387), em Espanha, com idades entre os 17 e os 53 anos (Mdn= 19 anos). Após estudos qualitativos de entrevistas e análises exploratórias de versões prévias do questionário, os resultados da análise fatorial confirmatória da versão final deste questionário sugerem a identificação de sete dimensões de expetativas académicas: Formação para o emprego/carreira, Desenvolvimento pessoal e social, Mobilidade estudantil, Pressão social, Envolvimento político e cidadania, Pressão social, Qualidade da formação, e Interação social. Reportam-se resultados de precisão e de validade desta medida, discutindo-se o uso deste instrumento na avaliação da adaptação dos estudantes ao Ensino Superior.

Autoria/Filiação: Alexandra M. Araújo   Universidade do Minho
Leandro S. Almeida   Universidade do Minho
Alexandra Ribeiro Costa   Universidade do Minho
Paula Gonçalves   Universidade do Minho
António Diniz   Universidade de Évora, Portugal
Manuel Deaño   Universidade de Vigo-Ourense, Espanha
Sónia Alfonso Gil   Universidade de Vigo-Ourense, Espanha
Apresentação: Alexandra M. Araújo (UMinho)
Palavras-chave: , ,

 

RESUMO (3)

Estudo preliminar de validação de uma escala de expetativas acadêmicas de ingressantes na educação superior

As expetativas em relação à educação superior têm um papel relevante no processo de transição por influenciarem a maneira como os estudantes enfrentam os inúmeros e complexos desafios dessa transição e, especialmente, como constroem trajetórias acadêmicas bem sucedidas. O objetivo deste estudo foi construir e validar uma escala sobre expetativas de estudantes brasileiros que ingressam na educação superior. Sessenta e dois itens compuseram a primeira versão do instrumento, elaborados com base na revisão de literatura. Cada um dos itens é respondido em uma escala de seis pontos que varia de "discordo totalmente" a "concordo totalmente". Realizou-se um estudo piloto para analisar teórica e semanticamente os itens, para garantir sua compreensão e evitar ambiguidade; na sequência, foram reformulados seis itens. Para exame da validade de constructo, a escala foi aplicada a 350 estudantes de uma universidade pública brasileira e utilizou-se a análise fatorial exploratória. Essa análise gerou seis fatores: Formação para o emprego/carreira, Desenvolvimento pessoal e social, Mobilidade estudantil, Envolvimento político e cidadania, Pressão social, Qualidade da formação e Interação social. Os índices alfa de fidedignidade foram satisfatórios. Espera-se que o entendimento das expetativas dos estudantes que ingressam na educação superior ajude a compreender as dificuldades encontradas por alguns deles no processo de integração e adaptação e auxilie na implantação de políticas de acolhimento.

Autoria/Filiação: Claisy Maria Marinho-Araujo   Universidade de Brasília
Denise de Souza Fleith   Universidade de Brasília
Mauro Luiz Rabelo   Universidade de Brasília
Cynthia Bisinoto   Universidade de Brasília
Apresentação: Mauro Luiz Rabelo (UnB)
Palavras-chave: , ,

 

RESUMO (4)

Sobre a construção de uma escala (quantitativa) de expetativas e de vivência acadêmica de ingressantes no ensino superio

O trabalho mostra a relevância das pesquisas qualitativas para a construção de uma escala de expetativas de estudantes. As respostas dissertativas de grande número de ingressantes na Unicamp em 2005 e 2010 sobre o que esperavam encontrar na universidade serviram de base para a elaboração de escalas de expetativas de estudantes que foram aplicadas, nas versões das expetativas iniciais e da vivência acadêmica, junto aos ingressantes nessa universidade em 2011 e 2012. Os resultados são relevantes para os que se dedicam ao estudo dos fatores acadêmicos, psicológicos, sociais e culturais que permeiam a vida dos estudantes e que interferem na sua integração no ensino superior.

Autoria/Filiação: Maurício U. Kleinke   Instituto de Física “Gleb Wataghin”, Universidade Estadual de Campinas
Mara F. L. Bittencourt   Comissão Permanente para os Vestibulares, Universidade Estadual de Campinas
Apresentação: Mara F. Lazzaretti Bittencourt (UNICamp)
Palavras-chave: , ,

 

Nome:
Daniela Forgiarini Pereira

Titulo:
Aspectos Práticos da Avaliação Psicológica nas Organizações

Resumo:
As grandes mudanças no mercado de trabalho tornam a utilização da Avaliação Psicológica nesse contexto um grande desafio para todos os Psicólogos. Assim, a Avaliação Psicológica passa a ser uma ferramenta de análise que auxilia os profissionais na tomada de decisão em diferentes atuações do Psicólogo Organizacional. Não há como realizar uma avaliação de qualidade sem entender o significado da avaliação psicológica como um processo de construção de um conhecimento sobre um fenômeno decorrente de uma escolha teórica e metodológica. Nessa perspectiva, o objetivo dessa Mesa Redonda é proporcionar uma visão interdisciplinar demonstrando quão ampla é a atuação dos Psicólogos nas Organizações com o intuito de qualificar a área e motivar outros Profissionais a compartilharem suas experiências em Avaliação Psicológica nas Organizações, no Brasil.

 

Palavras-chave:
Avaliação Psicológica nas Orga, Aspectos Práticos ,

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

O uso da Avaliação Psicológica como ferramenta de Treinamento e Desenvolvimento nas organizações

Muito se discute, no contexto da Psicologia das Organizações e do Trabalho, sobre a necessidade de desenvolver competências nos trabalhadores de forma que estes estejam preparados para os desafios do cotidiano, dando assim o suporte adequado às organizações em que atuam. Em especial, quando se trata de ações de desenvolvimento, ou seja, enquanto trabalhando com a dimensão chamada “comportamental” do colaborador é consenso entre os autores de que há ainda muito o que aprender para alcançar a eficácia e eficiência desejadas. Métodos e técnicas de desenvolvimento, tais como dinâmicas de grupo, simulações, visualizações, entre outros são já bem conhecidos e utilizados. O objetivo deste trabalho é apresentar uma proposta que alie a Avaliação Psicológica às tradicionais ferramentas e técnicas de desenvolvimento. Baseados na experiência da apresentadora, serão discutidos os benefícios da aliança entre a Avaliação Psicológica e os processos de desenvolvimento humano no contexto do trabalho. Acredita-se que possuem especial contribuição os instrumentos de avaliação de personalidade, sejam estes psicométricos (QUATI, BFP, NEOPI, IFP, L.A.B.E.L. etc) ou expressivos e projetivos (Palográfico, Pirâmides de Pfister, Zulliger, etc), podendo-se estender para outros testes psicológicos, de acordo com as necessidades da função. Sendo assim, destaca-se o uso da avaliação psicológica como método agregador para processos de aprendizagem no contexto organizacional. Acredita-se que o retorno da Avaliação Psicológica, quando aliado ao planejamento de metas e objetivos das ações de treinamento e desenvolvimento, estimule o autoconhecimento e, assim, pode atuar como disparador de aprendizagem, resultando em melhor aproveitamento das ações de desenvolvimento humano nas organizações.


Autoria/Filiação: Patrícia Costa da Silva   IBGEN
Apresentação: Patrícia Costa da Silva
Palavras-chave: Treinamento e Desenvolvimento, Avaliação Psicológica nas Orga,

 

RESUMO (2)

Percepção da Realidade: Evidências de Validade Normativa do Zulliger no Contexto Organizacional

A prática da avaliação psicológica na busca de garantir os direitos humanos tem se voltado para o estudo das diferenças e das condições socioculturais. Isso faz com que o profissional atente para os limites e as possibilidades dos métodos empregados, para as evidências de validade normativas na população da qual o indivíduo faz parte, como também para a legitimidade das informações construídas em relação a esse sujeito e o seu grupo de referência. Portanto, este estudo teve como objetivo comparar as variáveis de mediação do Zulliger no Sistema Compreensivo ZSC de uma amostra gaúcha de não pacientes, com os dados normativos brasileiros, a fim de contribuir com estudos de evidências de validade no contexto organizacional. As variáveis de mediação estão associadas a tradução da informação e ao grau de adaptabilidade, de adequação do indivíduo a realidade e ao meio em que vive, representando aspectos importantes de sua personalidade. Foram participantes 40 profissionais, entre 18 e 43 anos de idade, de ambos os gêneros, com ensino médio, que realizam atividades de atendimento direto ao público, no interior do Rio Grande do Sul. As análises estatísticas demonstraram que as respostas de forma inusual (Xu%), de espaço em branco com qualidade formal negativa (S-%), Populares ( P) permaneceram nos parâmetros normativos. As respostas adequadas ou bem vistas (XA%), de forma convencional (X+%), àquelas que são adequadas e que a localização é W ou D (WDA%) mantiveram-se acima da média e, as respostas de forma distorcida (X-%), apresentaram-se abaixo da média normativa. Os achados ratificaram a sensibilidade do ZSC ao elucidar aspectos da dinâmica de personalidade dos participantes, especialmente no que se refere a convencionalidade e a adaptação ao meio, características condizentes com a função que ocupam. A homogeneidade do grupo pode ter contribuído com os resultados alcançados. Finalmente, torna-se necessário a condução de novos estudos com amostras ampliadas e em contextos variados.


Autoria/Filiação: Jucelaine Bier Di Domenico Grazziotin   Universidade de Passo Fundo
Silvana Alba Scortegagna   Universidade de Passo Fundo
Apresentação: Jucelaine Bier Di Domenico Grazziotin
Palavras-chave: Zulliger , Exner, Validade Normativa

 

RESUMO (3)

Utilização do L.A.B.E.L. como ferramenta para o Desenvolvimento Organizacional de Empresas Familiares

Empresas familiares são organizações caracterizadas pela necessidade de incluir as relações e funcionamentos que ocorrem nas famílias nas questões de gestão empresarial. Muito do trabalho com famílias empresárias tem como foco a estruturação de relações profissionais a partir das relações familiares, considerando-se os paradoxos inerentes à diversidade dos interesses da empresa, da família e da propriedade. Propõe-se, nesta apresentação, o relato de um trabalho realizado com uma empresa familiar do ramo metalmecânico. Realizou-se um diagnóstico inicial com entrevistas individuais e, posteriormente, a aplicação do L.A.B.E.L. com os familiares envolvidos na gestão da empresa e uma colaboradora em posição estratégica. Foram trabalhadas com a equipe questões como comunicação, integração e adaptação entre diferentes perfis de funcionamento e, com os familiares, as expectativas de comportamento, as crenças e pré-concepções que determinam alguns dos principais conflitos no ambiente de trabalho.

Autoria/Filiação: Maria Célia Lassance   UFRGS
Daniela Forgiarini Pereira   UFRGS FADERGS
Apresentação: Maria Célia Lassance
Palavras-chave: Empresas Familiares , LABEL,

 

RESUMO (4)

Psicotécnico em concursos públicos – uma visão do Poder Judiciário

Atualmente, tem havido uma demanda crescente junto ao Poder Judiciário de recursos frente a resultados de inaptidão em avaliações psicológicas (psicotécnico) realizadas em concursos públicos. Tais recursos têm questionado não apenas o resultado final de um candidato específico, como os procedimentos e os critérios adotados pelos psicólogos avaliadores. No presente trabalho foram levantadas as principais críticas encontradas nestes processos judiciais, verificando sua pertinência quanto aos direitos legais do candidato e às determinações do Conselho Federal de Psicologia para a atuação do psicólogo em concursos desta natureza. Os resultados indicam que os critérios psicológicos relacionados ao perfil profissiográfico e os fatores restritivos para o ingresso utilizados pelos psicólogos não se apresentam explicitados nos editais, bem como não se encontram justificados em pesquisas empíricas específicas aos cargos em questão. As tomadas de decisão quanto ao ponto de corte para o ingresso dos candidatos têm se mostrado arbitrárias e sem uma fundamentação científica que as sustentem.

Autoria/Filiação: Sonia Liane Reichert Rovinski   Tribunal de Justiça do RS
Apresentação: Sonia Liane Reichert Rovinski
Palavras-chave: Psicotécnico , Poder Judiciário, Concurso Público

 

Nome:
Latife Yazigi

Titulo:
ATUALIZAÇÕES DO SISTEMA COMPREENSIVO E DO RORSCHACH PERSONALITY ASSESSMENT SYSTEM

Resumo:
Nessa mesa serão apresentados estudos de avaliação da personalidade em diferentes contextos e com distintos propósitos e por isso em amplitude de faixas etárias. Inicialmente, será apresentado um estudo clínico por meio do Rorschach Sistema Compreensivo de pessoas adultas com diagnóstico de dermatite atópica. Neste mesmo Sistema Compreensivo, segue estudo comparando população normativa adulta de dois países, Brasil e Argentina, que tem como foco o funcionamento cognitivo e o manejo de estresse em indivíduos adultos. Finalizando, duas investigações são dedicadas ao cotejamento entre o Sistema Compreensivo e o novo Rorschach Personality Assessment System, um focalizando a produtividade em protocolos de crianças e outro relativo à qualidade formal e referente à população adulta de casos clínicos.

 

Palavras-chave:
-----------------, -----------------, -----------------

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Aspectos psicológicos observados em pacientes com dermatite atópica avaliados pelo Método de Rorschach e entrevistas clí

O presente trabalho objetiva analisar os aspectos psicológicos em indivíduos com Dermatite Atópica, por meio do Método de Rorschach e entrevistas clínicas. A dermatite atópica é um quadro inflamatório da pele, não contagioso, crônico evoluindo por crises, que acometem pacientes que sofrem de atopia, que é a tendência hereditária a possuir alergias. Psicologicamente, o quadro se associa diretamente com o bem-estar físico e mental do paciente, podendo prejudicar o desenvolvimento emocional, pois a crise pode surgir em momentos mais críticos na vida do ser humano. A pesquisa caracterizou-se de acordo com o procedimento metodológico, como estudo de caso, contando com a participação de cinco pacientes com dermatite atópica, sendo quatro homens, entre 20 e 44 anos, todos com ensino médio concluído e com diferentes ocupações. Todos foram submetidos a uma entrevista clínica e em seguida ao Método de Rorschach, suas entrevistas foram analisadas e suas respostas codificadas e cotadas de acordo com as normas do teste, segundo o sistema compreensivo. Dentre os vários aspectos de avaliação do Rorschach, os resultados que foram mais significativos e confirmados pela literatura, são pertencentes ao módulo de relações interpessoais: todos os sujeitos apresentaram um CDI positivo, apresentando um déficit em todas as situações relacionais, gerando relações superficiais, com pouca intimidade, pouca duração, e certa incapacidade de verificar as necessidades alheias. Sendo assim, podem ser rejeitados em determinados ambientes, devido a esta falta de traquejo social, possibilitando a presença de sentimentos de baixa autoestima e podem até serem mais propensos a quadros de depressão. Tal aspecto foi corroborado pelas entrevistas, sendo o aspecto principal das dificuldades psicológicas observadas nos pacientes, outros aspectos do teste foram relevantes e se associam à dificuldade de relacionamento. Por se tratar de estudo de caso, pesquisas mais amplas são necessárias para generalização dos dados obtidos

Autoria/Filiação: Joyce Fernanda Ferraz Constantini   Universidade de Taubaté
Paulo Francisco de Castro   Universidade de Taubaté e Universidade Guarulhos
Apresentação: Joyce Fernanda Ferraz Constantini
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, Teste de Rorschach, Dermatite Atópica

 

RESUMO (2)

Recursos Cognitivos e estresse em estudo comparativo de argentinos e brasileiros de nível superior

Esta pesquisa se insere no campo dos estudos interculturais. Numerosas investigações indicam diferenças ao comparar culturas, mas as amostras nem sempre são rigorosamente equiparadas segundo a idade, sexo, nível de estudo e outros critérios. Conforme apontado por Meyer, quando fatores demográficos são controlados, discrepâncias nos resultados do Rorschach tendem a desaparecer, embora diferenças culturais possam ser encontradas. Nosso interesse foi verificar a existência de diferenças culturais entre duas amostras, uma brasileira e outra argentina, que foram cuidadosamente equiparadas, através do método de Rorschach. Objetivos: o presente trabalho refere-se a uma comparação dos recursos cognitivos e do módulo de controle e tolerância ao estresse, de adultos de ambos os países, com pelo menos 15 anos de estudo (nível superior). Foram trabalhadas as seguintes variáveis: R, W, D, Dd, Zf, Zd, DQ+, XA%, Xu%, X+%, X-%, Populares, M, FM, m, índice de intelectualização, MOR, WSum6 e Lvl2, EA, es, WSumC, SumSh, D, AdjD. Procedimento: Foi realizado o t de Student e Cohen’s d. Uma vez que houve diferença estatística significativa quanto ao número de respostas (R), as demais variáveis foram estudadas em proporção ao R. Resultados: Apesar da semelhança entre as amostras, os resultados apresentaram algumas diferenças entre os grupos, a saber, R, Dd, P , Xu%, X+%, M, FM, m, índice de intelectualização) e SumSh. Os argentinos apresentaram resultados mais elevados nas respostas populares (P) e X+%, e os brasileiros nas demais variáveis. Discussão: Apesar de muitas diferenças serem apenas marginalmente significativas, o “effect size” foi pelo menos medianamente significativo, indicando bom poder estatístico aos resultados. Conclusão: Algumas diferenças culturais podem ser notadas nos resultados destas amostras e estas discrepâncias são mais acentuadas se as compararmos com as amostras normativas de adultos apresentadas por Exner. As respostas populares e X+% parecem apresentar mais variações por interferência da cultura.

Autoria/Filiação: Regina Sonia Gattas Fernandes do Nascimento   Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Helena Ana Lunazzi   Universidad Nacional de La Plata
Apresentação: Regina Sonia Gattas Fernandes do Nascimento
Palavras-chave: Rorschach, pesquisas interculturais, recursos cognitivos

 

RESUMO (3)

A variação da produtividade no Rorschach de crianças: SC versus R-PAS

O número de respostas (R) no método de Rorschach é muito importante para o processo interpretativo. Muitos índices são calculados considerando o R e estudos recentes demonstram que a estabilidade teste-reteste e a validade dos protocolos são maximizadas quando R está na faixa média de 18 a 27 R. Diante das vantagens de se ter um protocolo médio, alterações na técnica de administração do Rorschach são propostas pelo Rorschach Performance Assessment System (R-PAS). Essas alterações têm a finalidade de simplificar a administração do teste, evitar os problemas com protocolos curtos e longos e aumentar a confiabilidade e validade do teste. O objetivo desse estudo foi verificar como as instruções de administração do Rorschach, propostas no R-PAS, afetam a produtividade de respostas nos testes de crianças de 7 a 12 anos, não pacientes de clínicas psicológicas ou psiquiátricas, de escolas públicas e particulares, com índice de inteligência geral não verbal médio (percentil maior ou igual a 50). O delineamento da pesquisa consiste em um estudo comparativo de desempenho entre grupos contrastantes: um grupo (N=80) foi submetido ao Rorschach de acordo com o Sistema Compreensivo (SC) e o outro (N=80) de acordo com R-PAS. Os resultados apontam que o novo método de administração do teste foi eficiente na eliminação dos protocolos curto e longos na amostra de participantes deste estudo. A maior parte dos protocolos manteve-se com R na faixa considerada ideal para maximizar a estabilidade teste-reteste e validade dos protocolos e, consequentemente, propiciar interpretação mais adequada. Dez de 120 variáveis do testes mostraram-se significativamente diferentes. Além disso, questões relacionadas à quantidade de prompts, pull e cartões com uma única resposta também serão consideradas nesta apresentação.

Autoria/Filiação: Ana Cristina Resende   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Liliane Domingos Martins   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Apresentação: Ana Cristina Resende
Palavras-chave: Rorschach em crianças, Sistema Compreensivo, Sistema R-PAS

 

RESUMO (4)

Estudo comparativo da Qualidade Formal entre o Rorschach, Sistema Compreensivo, e o Rorschach Performance Assessment Sys

O Rorschach Performance Assessment System, R-PAS, foi criado recentemente a partir de mudanças realizadas no Sistema Compreensivo. A lista de qualidade formal do sistema compreensivo foi realizada na década de 70 por Exner, e não houve pesquisas posteriores para uma possível atualização. Já a lista de qualidade formal do R-PAS é recente e envolve protocolos de pessoas de diversos países, podendo assim ser considerada de abrangência mundial. É necessária a verificação da aplicabilidade e da acurácia desta última lista para a população brasileira, sendo a hipótese a de que ela é mais precisa do que a lista do Sistema Compreensivo. Assim, para verificação de diferenças entre os dois sistemas, foram avaliados 200 pacientes de um ambulatório de psicoterapia de um hospital universitário. A amostra é composta em sua maioria por mulheres, com ensino médio completo e que preenchem critérios para diversos transtornos de eixo I e de eixo II pela SCID. O Rorschach foi aplicado no início da psicoterapia, e os protocolos foram classificados tanto pela lista de qualidade formal do Sistema Compreensivo como pela lista do R-PAS. Foram verificadas variáveis que estão relacionadas com a qualidade formal das respostas: FQ-%, FQu%, FQo%, GHR, PHR e M-. Serão realizadas estatísticas comparando-as nos dois sistemas e haverá uma discussão sobre os achados.

Autoria/Filiação: Latife Yazigi   Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo
Kelsy N. Areco   Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo
Carolina O. Avancine   Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo
Roberta K. Abela   Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo
Tatiana G. Lerman   Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo
Thaís C. Marques   Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo
Apresentação: Latife Yazigi
Palavras-chave: Rorschach e qualidade formal, Sistema Compreensivo, Sistema R-PAS

 

Nome:
Giselle Pianowski

Titulo:
Atualizações na instrumentalização da avaliação psicológica em saúde mental.

Resumo:
A avaliação psicológica tem sido foco de frequentes estudos na busca de instrumentalização criteriosa que visa uma compreensão, abrangente e aprofundada, dos diferentes casos, favorecendo assim o direcionamento, adequabilidade e rigor de suas intervenções. A presente mesa tem como objetivo expor novos investimentos, incrementos e panoramas atuais que pesquisadores em saúde mental têm empreendido com instrumentos de avaliação psicológica no Brasil. A adaptação de instrumentos estrangeiros para o uso nacional, o aprimoramento de sistemas de aplicação, codificação e interpretação de testes para a obtenção de dados confiáveis em sua interpretação, bem como a reflexão sobre a integração de ferramentas em prol de uma prática eficaz e pontual de avaliação psicológica, são temas assaz importantes para o avanço da cientificidade em saúde mental. Para isto, esta mesa dará visibilidade, em um primeiro momento, ao trabalho que vem sendo realizado com uma escala de avaliação de pensamentos mágicos, a Magical Ideation Scale (MIS), elaborada nos Estados Unidos e que está em processo de adaptação para uso em contexto brasileiro. Em outro momento, serão explanadas algumas ponderações preliminares que investigações a respeito da necessidade de otimização dos procedimentos de aplicação do teste de Zulliger têm evidenciado, o que possivelmente colaborará para a aquisição de protocolos com índices mais estáveis, resultando em um aumento na segurança de suas interpretações. E, por fim, será apresentado um panorama geral e reflexivo do papel e contribuições que as técnicas de auto expressão têm demonstrado na avaliação e compreensão do transtorno de personalidade conhecido como psicopatia.

 

Palavras-chave:
Instrumentalização Psicológica, Saúde mental , Transtornos da Personalidade

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

TRADUÇÃO, ADAPTAÇÃO E ANÁLISE SEMÂNTICA DOS ITENS DA MAGICAL IDEATION SCALE

A Magical Ideation Scale (MIS) é uma escala de autorrelato composta por 30 itens com possibilidade dicotômica de resposta. Sua proposta é avaliar a presença de pensamentos mágicos. De modo geral, pensamento mágico é uma espécie de crença, por vezes, bizarra, que se distancia do pensamento coletivo, uma vez que está focada na possibilidade de eventos acontecerem sem que estes tenham relação causal apropriada aos padrões convencionais da cultura. Esse fenômeno pode ser encontrado em quadros clínicos propensos à esquizofrenia, tal como o transtorno de personalidade esquizotípico. Este é caracterizado por um padrão persistente de comprometimento social e interpessoal, atrelado a distorções cognitivas e perceptuais, bem como comportamentos excêntricos. Embora os sujeitos acometidos por este transtorno não apresentem delírios, tampouco alucinações, frequentemente atribuem interpretações incorretas acerca de eventos externos, acreditando que estes possuem significados peculiares para si próprios. Diante do exposto, o presente trabalho objetivou propor uma versão da MIS traduzida e adaptada para a cultura brasileira, por meio de um estudo de análise semântica dos itens. Participaram da pesquisa 283 sujeitos, com idades entre 18 e 68 anos, sendo 71% do gênero feminino. No que diz respeito à formação, 145 eram universitários, 104 cursavam o ensino médio e 34 o ensino fundamental. Todos os participantes responderam à versão traduzida da MIS, marcando os itens que não conseguiram compreender e as palavras cujos significados eram desconhecidos. Os itens apontados como desconhecidos com maior frequência foram os de número 01, por 29 sujeitos; número 14, por 08 sujeitos e número 16, por 09 sujeitos. Paralelamente, foram destacadas 06 palavras como desconhecidas. Contudo, a frequência com que elas apareceram também se manteve inexpressiva. Desse modo, considera-se a versão utilizada da MIS adaptada para a cultura brasileira, necessitando, contudo, que estudos psicométricos sejam conduzidos na sequência para possibilitar sua utilização em contexto nacional.

Autoria/Filiação: Philipe Gomes Vieira   Laboratório de Avaliação Psicológica em Saúde Mental - Universidade São Francisco (USF).
Anna Elisa de Villemor- Amaral   Laboratório de Avaliação Psicológica em Saúde Mental - Universidade São Francisco (USF).
Giselle Pianowski   Laboratório de Avaliação Psicológica em Saúde Mental - Universidade São Francisco (USF).
Apresentação: Philipe Gomes Vieira
Palavras-chave: Pensamento Mágico, Transtorno Esquizotípico, Análise de Itens

 

RESUMO (2)

O R-OTIMIZADO PARA O TESTE DE ZULLIGER: DISCUSSÕES PRELIMINARES.

O teste de Zulliger utiliza, assim como o Rorschach, de manchas de tinta como estímulo para avaliação da personalidade. Pesquisas com o Rorschach vêm demonstrando a relevância do número de Respostas (R) na estabilidade e validade de seus indicadores. O novo sistema de aplicação do Rorschach Performance Assessment System (R-PAS) trouxe importantes inovações, incluindo normas internacionais, uma vez que averiguou-se que a variação no número de respostas interfere mais nas características psicométricas do método do que variações culturais. Uma das grandes mudanças introduzidas pelo R-PAS foi a reestruturação das instruções de aplicação para a obtenção de protocolos com intervalo de R considerado otimizado. Assim, observa-se a necessidade de pesquisas que demonstrem a legitimidade destas modificações também para o Teste de Zulliger. O objetivo desse estudo foi analisar dados preliminares sobre a importância de se otimizar o número de respostas também nesse teste. Foram realizadas análises em uma amostra de 51 sujeitos que responderam ao Rorschach e ao Zulliger, na qual identificaram-se algumas divergências relativas ao Tipo de Vivência, contrariando a hipótese de que haveria convergência total dada a similaridade dos instrumentos. Por essa razão comparou-se os casos em que houve divergência e convergência, considerando o número de respostas dadas nos dois testes. Os resultados revelaram diferenças significativas entre os grupos, mostrando um R menor no grupo com divergência, o que sinaliza que um baixo número de respostas torna os resultados dos instrumentos menos consistentes, como já vêm sendo demonstrado para o Rorschach. Os protocolos com maior convergência de resultados no tipo de vivência revelaram uma média de três respostas por prancha no Zulliger e os divergentes de aproximadamente duas. Esse resultado confirma a necessidade de se estabelecer um intervalo ótimo de respostas para o Zulliger, de modo a melhorar a legitimidade dos seus resultados.

Autoria/Filiação: Giselle Pianowski   Laboratório de Avaliação Psicológica em Saúde Mental - Universidade São Francisco (USF).
Anna Elisa de Villemor-Amaral   Laboratório de Avaliação Psicológica em Saúde Mental - Universidade São Francisco (USF).
Apresentação: Giselle Pianowski
Palavras-chave: Zulliger, R-otimizado, Personalidade

 

RESUMO (3)

AVALIAÇÃO DA PSICOPATIA POR MEIO DAS TÉCNICAS DE AUTO EXPRESSÃO.

A psicopatia pode ser definida como um transtorno de personalidade marcado por prejuízos na socialização, no auto funcionamento e nas relações interpessoais. Dentre os prejuízos no auto funcionamento destacam-se egocentrismo, autoestima direcionada para ganhos pessoais, auto orientação para a obtenção de metas, e, por fim, ausência de normas internas pró sociais associadas a não conformidade com o comportamento normativo legal ou culturalmente ético. Em relação à avaliação psicológica, a tradição clínica apoia-se na Psychopathy Check List Revised (PCL-R), escala que prioriza a entrevista semi estruturada e inclui a avaliação sistemática de tendências e traços de personalidade próprios da psicopatia. De acordo com a literatura, alguns dos instrumentos de auto expressão utilizados na avaliação da personalidade são o Teste de Rorschach – SC e o Zulliger - SC. Desse modo, o objetivo geral do presente estudo foi um levantamento bibliográfico de pesquisas e publicações realizadas nos últimos dez anos que utilizaram a PCL-R, bem como as Técnicas de Auto Expressão na avaliação e compreensão da psicopatia. O levantamento bibliográfico demonstrou estudos com resultados estatisticamente significativos, ressaltando a importância do Rorschach-SC e do Zulliger-SC para o exercício dos profissionais no contexto forense. Entretanto, destacou-se a importância da realização de novos estudos de validade para esses instrumentos, visando contribuir para a normatização da população brasileira.

Autoria/Filiação: Fernando José Silveira   Laboratório de Avaliação Psicológica em Saúde Mental - Universidade São Francisco (USF).
Anna Elisa de Villemor-Amaral   Laboratório de Avaliação Psicológica em Saúde Mental - Universidade São Francisco (USF).
Apresentação: Fernando José Silveira
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, Técnicas Auto Expressivas , Psicopatia

 

Nome:
Anna Elisa de Villemor-Amaral

Titulo:
Atualizações no Teste de Pfister

Resumo:
Serão apresentados trabalhos que visam contribuir para o desenvolvimento do teste das Pirâmides Coloridas de Pfister. No primeiro trabalho intitulado “A inteligência geral e o desempenho nas Pirâmides Coloridas de Pfister em crianças: dados preliminares”, os autores descrevem o desempenho no Pfister em uma amostra de 70 crianças com nível médio e superior de inteligência medido pelo Raven, cujos resultados confirmam os indicadores de inteligência e maturidade emocional comumente esperados. O segundo trabalho tem como título “O Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister e a criatividade em crianças”, no qual se comparou o desempenho no teste de dois grupos de crianças, com pontuações alta e baixa no Teste de Criatividade Figural. As autoras encontraram diferenças significativas na freqüência de cor laranja e da síndrome de estímulo em crianças mais criativas e síndrome incolor em menos criativas, não encontrando diferenças significativas quanto ao aspecto formal, conforme hipótese inicial. Em seguida será apresentado o trabalho “Indicadores de ansiedade no Pfister e no Zulliger: um estudo correlacional” em que as autoras procuraram verificar a validade para as interpretações atribuídas à cor violeta (Vi) no Pfister, por meio da análise do teste de Zulliger de pessoas com baixa e alta freqüência de Vi. O resultado aponta que o aumento do Violeta se correlaciona com indicadores de ansiedade no Zulliger, quando este último não for muito restrito ou defendido, confirmando as interpretações de ansiedade atribuídas ao Vi. A última apresentação refere-se a um estudo de caso em que utilizou-se o Pfister, o Zulliger e o HTP para avaliar uma paciente adulta do sexo feminino e concluem que a combinação dos testes permite uma compreensão abrangente e complementar das queixas trazidas.

 

Palavras-chave:
Validade, Zulliger, inteligencia

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

A inteligência geral e o desempenho nas Pirâmides Coloridas de Pfister em crianças: dados preliminares

O objetivo geral desse estudo foi verificar possíveis correlações entre inteligência geral não verbal e as categorias do aspecto formal, modo de colocação e processo de execução no teste das Pirâmides Coloridas de Pfister de crianças. Participaram 70 crianças (33M e 37 F), alunos de um programa de estimulação cognitiva mantido pela PUC Goiás, com idade entre 7 e 13 anos, e nível de inteligência médio (percentil 50) no Teste Matrizes Progressivas Raven. Todos os participantes foram autorizados por um de seus responsáveis a participar deste estudo, e foram submetidos ao Raven e posteriormente às Pirâmides.A análise dos dados foi realizada mediante estatística descritiva e estudos de correlação para dados não paramétricos. Os dados apontam que crianças com níveis intelectuais médio e médio superior confeccionam pirâmides com aspecto formal do tipo Tapete, em que há menor grau de desenvolvimento emocional ou intelectual, e crianças com níveis intelectuais superiores produzem pirâmides do tipo Formação e Estrutura, que apontam para um funcionamento cognitivo e emocional de nível intermediário. Notou-se ainda o predomínio de pirâmides do tipo Tapetes e de modo descendente, o que sugere insegurança e instabilidade nesta fase em que estão aprendendo a modular as emoções. Quanto à faixa etária, as crianças de 7 e 8 anos apresentam um número estatisticamente significativo de pirâmides do tipo Tapetes, com modo de execução ordenado, e com colocação predominantemente descendente. Em crianças de 9 e 10 anos, e de 11 a 13 anos,há maior ocorrência do tipo Formação e Estrutura, com processo de execução ordenado. O grupo de 11 a 13 anos se destacou pela prevalência do modo ascendente, o que demonstra uma atitude mais estável e madura em relação às demais crianças. Estes dados são preliminares, e uma amostra maior de participantes será necessária para a confirmação destes dados.

Autoria/Filiação: Ana Cristina Resende   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Larissa Escher Chagas   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ana Clara Mateus Carvalho   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Carolina Cardoso de Souza   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Débora Diva Alarcon Pires   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Apresentação: Ana Cristina Resende
Palavras-chave: Crianças, Inteligencia, Raven

 

RESUMO (2)

Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister e a criatividade em crianças

O Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister é um método expressivo que possibilita a avaliação de aspectos emocionais e cognitivos da pessoa avaliada. A escassez de estudos do teste de Pfister destinado à população infantil e a importância de buscar evidências de validade dos instrumentos psicológicos para diferentes contextos justificam a presente pesquisa, que objetiva verificar a sensibilidade deste método para avaliar a criatividade. Participaram do estudo 90 crianças paulistas, ambos os gêneros, que cursavam a quinta série do Ensino Fundamental em escola pública. A amostra foi selecionada por conveniência e dividida em dois grupos extremos, sendo um composto por 26 crianças com baixo nível de criatividade e outro com 30 estudantes com alto nível de criatividade. O critério de inclusão em cada um dos grupos foi delimitado por meio do Teste de Criatividade Figural Infantil. O teste de criatividade foi administrado em sessão coletiva e após análise do desempenho no teste, foram compostos os dois grupos extremos. Em seguida, o Teste de Pfister foi administrado em sessão individual de aproximadamente 20 minutos. Verificou-se, por meio do teste t de student, o aumento da cor laranja e síndrome de estímulo em crianças criativas e aumento da síndrome incolor em crianças menos criativas. Além disso, foi feito o qui quadrado para identificar diferenças de acordo com o aspecto formal e fórmula cromática. Não foram encontradas diferenças pelo aspecto formal e identificou-se aumento de fórmula cromática ampla e flexível em crianças menos criativas. Os dados sugerem que o Pfister pode contribuir para identificar diferenças entre crianças criativas e não criativas, contudo destaca-se que não há evidencias até o momento de que constitua um instrumento adequado para avaliação do constructo criatividade no contexto infantil, que é caracterizado por um conjunto de informações além da dinâmica emocional e funcionamento cognitivo.

Autoria/Filiação: Lucila Moraes Cardoso   Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP).
Raquel Rossi Tavella   Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP).
Pâmela Malio Pardini Pavan   Universidade São Francisco
Fabíola Cristina Biasi   Universidade São Francisco
Anna Elisa de Villemor-Amaral   Universidade São Francisco
Apresentação: Lucila Moraes Cardoso
Palavras-chave: Crianças, Criatividade, Teste de Criatividade Figural

 

RESUMO (3)

Indicadores de ansiedade no Pfister e no Zulliger: um estudo correlacional.

O objetivo do estudo foi buscar evidencias de validade para as interpretações relativas à ansiedade atribuídas à cor violeta (Vi) no Pfister, correlacionando com os possíveis indicadores de ansiedade no teste de Zulliger. De uma amostra de estudantes universitários, selecionou-se 40 sujeitos distribuídos em dois grupos, tendo por referência a frequência de violeta no teste de Pfister ,em relação a média esperada na população, a saber : 20 com alta frequência, ou seja acima da média , e 20 com violeta rebaixado . Todos haviam se submetido também ao teste de Zulliger-SC.Procedeu-se a avaliação dos protocolos do Zulliger , sem identificação do grupo de pertença, por duas psicólogas especialistas em ambos os instrumentos. Solicitou-se que cada uma, de modo independente e às cegas, agrupasse, com base no Zulliger, os sujeitos que evidenciavam indicadores de ansiedade , justificando cada alocação no grupo com base em indicadores quantitativos e/ou em análise qualitativa de respostas. Estabeleceu-se como hipótese que os protocolos com Vi aumentado no Pfister teriam também protocolos do Zulliger-SC com maior frequência de indicadores de ansiedade . Os resultados indicaram uma alta concordância entre as juízas na composição dos grupos (88%). Entretanto, embora com alta concordância entre as duas juízas, somente 52% dos casos foram corretamente agrupados. A seguir realizou-se uma análise qualitativa dos protocolos agrupados incorretamente, para se compreender as possíveis causas de discordância. No geral, os protocolos do Zulliger empobrecidos, com baixo numero de respostas, foram os responsáveis pela baixa correlação. Eliminando-se tais protocolos, as correlações foram satisfatórias. Tal resultado sugere que o aumento do Violeta se correlaciona com indicadores de ansiedade no Zulliger, sempre que neste último a pessoa não tenha tido um desempenho muito restrito ou defendido, confirmando as interpretações de ansiedade atribuídas ao Vi.

Autoria/Filiação: Anna Elisa de Villemor-Amaral   Universidade São Francisco
Sonia Regina Pasian   Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto
Sonia Regina Loureiro   Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto
Apresentação: Sonia Regina Loureiro
Palavras-chave: Cor, Pfister, Zulliger

 

RESUMO (4)

Técnicas de avaliação em psicodiagnóstico: Um estudo de caso

O presente trabalho tem como objetivo apresentar o estudo de um caso avaliado na clínica escola na disciplina de Psicodiagnóstico de uma universidade do Paraná. A avalianda H., sexo feminino, 22 anos, procurou atendimento psicológico e foi convidada a participar da avaliação psicodiagnóstica enquanto aguardava atendimento na fila de espera da clínica. A queixa principal relatada por H. foi que se sentia muito sozinha, triste e não sentia vontade de sair de casa. Foram realizados encontros semanais, totalizando 12 encontros e uma devolutiva ao final do processo. Os instrumentos de avaliação utilizados foram: entrevistas, House-Tree-Person, Inventário Fatorial de Personalidade, Zulliger Sistema Compreensivo e Pirâmides Coloridas de Pfister. Ao longo dos encontros, algumas questões envolvendo seus relacionamentos interpessoais foram levantadas, como, por exemplo, o relacionamento conflituoso com um namorado controlador e sua relação com a avó materna, permeado por conflitos semelhantes. Ao longo do processo de psicodiagnóstico, algumas dessas questões também puderam ser trabalhadas, embora superficialmente. Foi observado também que H. costumava desenvolver atividades de lazer que fossem individuais, como leituras e vídeo games. H. também se mostrou interessada em assistir e ler séries sobre assassinatos ou temas fantásticos e ficar em locais onde pudesse permanecer sozinha (ex. cemitérios). Com auxílio dos instrumentos de avaliação, algumas características importantes de H. ficaram evidentes, como, por exemplo, no teste de Zulliger a percepção de si mesma ou dos objetos como distorcidos (MOR elevado) e propensão a perceber de modo negativo as relações interpessoais (COP
Autoria/Filiação: Ana Carolina Zuanazzi Fernandes   Universidade Estadual de Londrina
Fernanda Barros Moreira   Universidade Estadual de Londrina
Fabiano Koich Miguel   Universidade Estadual de Londrina
Apresentação: Fabiano Koich Miguel
Palavras-chave: Pfister, HTP, Zulliger

 

Nome:
JULIANA CERENTINI PACICO

Titulo:
Autoeficácia, autoestima e vaidade no contexto organizacional

Resumo:
O contexto organizacional é composto por variáveis que influenciam o comportamento e o desempenho dos profissionais. Entre elas podemos citar a autoeficácia, autoestima e vaidade. Estudos apontam para uma correlação positiva entre autoeficácia e desempenho no trabalho (Yeo, & Neal, 2006). Por isso, quanto maior a crença do sujeito em sua capacidade de desempenhar bem uma tarefa, melhor ele a executa. O contínuo desenvolvimento das capacidades do sujeito conduz também à elevação de sua autoestima. Assim, autoeficácia e autoestima aparecem positivamente correlacionadas, possivelmente favorecendo o bom desempenho no trabalho. Por fim, a vaidade, composta por preocupação física, percepção física, realização profissional e realização pessoal, também apresenta correlação positiva com autoestima. O componente realização profissional está relacionado diretamente ao contexto organizacional e serve de incremento ao desempenho do profissional.

 

Palavras-chave:
AUTOEFICÁCIA, AUTOESTIMA, vaidade

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

AVALIAÇÃO DA AUTOESTIMA E AUTOEFICÁCIA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE ALUNOS DE MBA EXECUTIVO

Estudos recentes têm demonstrado que o desenvolvimento de capacidades em alunos de MBA se relaciona com a elevação da autoestima e do senso de autoeficácia, quando estes se sentem valorizados pelo mercado de trabalho pelo conhecimento especializado obtido no curso (Hay & Hodgkinson, 2008; Latham & Brown, 2006; Warhurst, 2011). No entanto, o modo como estes construtos influenciam o processo de produção de conhecimento especializado nestes alunos ainda é uma lacuna presente nas pesquisas da área. O presente trabalho se insere neste debate com objetivo de identificar modificações na autoestima e no senso de autoeficácia e suas possíveis influências na aprendizagem de alunos de MBA. Participaram da pesquisa 21 alunos de dois cursos de MBA Executivo em SP e no RS, com idade entre 28 e 54 anos (M=38,8, DP=8,13). Foram aplicadas as Escala Geral de Autoeficácia (Ferraz, Pacico & Hutz, 2013) e Escala de Autoestima (Zanon & Hutz, 2011) em dois momentos: nas primeiras atividades em sala de aula e no final do curso. Foi realizado o teste t para medidas repetidas para avaliar diferenças de médias entre as duas aplicações. Os resultados mostraram diferenças significativas, porém em direção contrária à esperada para autoeficácia.

Autoria/Filiação: ANA CLAUDIA VAZQUEZ   UFCSPA
Roberto Lima Ruas   UFRGS
Apresentação: ANA CLAUDIA VAZQUEZ
Palavras-chave: AUTOESTIMA, AUTOEFICÁCIA, CONHECIMENTO

 

RESUMO (2)

Autoeficácia- relações com desempenho e formas de mensurar

Estudos sobre autoeficácia no contexto organizacional tem examinado a sua relação com escolha de carreira, satisfação no trabalho e desempenho profissional. Existem duas abordagens (específica e geral) através das quais se pode conceituar autoeficácia. Em linhas gerais, podemos defini-la como a crença que o sujeito tem em suas próprias capacidades de atingir um objetivo. A importância da autoeficácia nas organizações salienta-se em função de sua relação com desempenho. Estudos recentes apontam que existe uma correlação moderada entre autoeficácia e alto desempenho. Uma escala de autoeficácia geral foi construída e avaliou esta relação.

Autoria/Filiação: JULIANA CERENTINI PACICO   UFRGS
SABRINA BORGES FERRAZ   UFRGS
Apresentação: SABRINA BORGES FERRAZ e JULIANA CERENTINI PACICO
Palavras-chave: AUTOEFICÁCIA, AUTOESTIMA, DESEMPENHO

 

RESUMO (3)

VAIDADE NO ÂMBITO ORGANIZACIONAL

Os estudos sobre vaidade ainda são pouco recorrentes, muito embora seja um constructo relevante na contemporaneidade, uma vez que é relacionada tanto a aparência física, quanto o desenvolvimento profissional. A percepção que o indivíduo tem de como as outras pessoas o veem é avaliada pela vaidade e influencia no modo como este percebe o mundo e a si mesmo. A Geração Y considera importante ser atraente e ter boa aparência, refletindo a crença atual de que o sucesso é vinculado à beleza física, tornando essa um atributo desejável. Este movimento pode ser entendido pela Teoria da Comparação Social que afirma que as pessoas comparam-se aos seus semelhantes, de forma inconsciente, formando padrões a serem seguidos. Neste trabalho se discute os efeitos da vaidade no âmbito organizacional, através dos resultados de três estudos: a) Estudo Piloto, com 31 participantes, estudantes do primeiro ano de Psicologia, sendo 67% mulheres e média de idade de 20,5 anos (DV= 6,2). b) Estudo 1, com 86 universitários, entre 18 e 38 anos (M= 21,75, DV=3,6) e 42% homens. c) Estudo 2, com uma amostra de 480 brasileiros entre 18 e 63 anos (M= 27,42 e DV= 8,448), com 67,7% mulheres. Foram aplicadas a Escala de Autoestima de Rosenberg (Hutz & Zanon, 2011) e a escala de Vaidade (Netemayer et al., 1995), essa última traduzida nesses mesmos estudos. Neste trabalho serão apresentados além da validação da Escala de Vaidade no Brasil, como a carreira profissional se vincula à vaidade e à autoestima em uma relação que tende a mudar com a idade e entre homens e mulheres. Os resultados encontrados apontam também possíveis repercussões no consumo e efeitos da mídia.

Autoria/Filiação: FERNANDA MARTINS CONCATTO   UFCSPA
Apresentação: FERNANDA MARTINS CONCATTO
Palavras-chave: VAIDADE, AUTOESTIMA, MOTIVAÇÃO

 

Nome:
Nara Lúcia Poli Botelho

Titulo:
Avaliação Cognitiva do Transtorno do Humor após Intervenção Psicoterápica

Resumo:
O Transtorno Depressivo Maior (TDM) está entre os transtornos psiquiátricos mais prevalentes e diversos estudos o associam a déficits cognitivos e funcionais, sendo um dos domínios cognitivos mais comumente prejudicados, a memória. O conceito de memória consiste em funções que podem ser mutualmente consideradas distintas. É a distinção entre memória para material verbal e visual, ou para materiais assessados por diferentes canais sensoriais. Na definição de Squire (1987), “aprendizagem é o processo de aquisição de novas informações, ao passo que a memória se refere à persistência da aprendizagem em um estado que pode ser revelado em uma ocasião posterior”. Há dois sistemas de memória: um de curto prazo (MCP) e um de longo prazo (MLP). A memória de longo prazo é classificada como procedimental ou declarativa. A procedimental modifica o comportamento do indivíduo com base nas suas experiências, sem que necessariamente tenha acesso consciente ao que produziu a modificação, ou seja, os procedimentos são executados automaticamente. A memória declarativa é a capacidade de armazenar e evocar informações ou conhecimentos especificos e também pode ser classificada em semântica e episódica. A memória semântica envolve lembrança de fatos e conceitos gerais. A episódica envolve informação de situações e contextos específicos. Assim, a presente proposta visa conhecer do espectro da psicopatologia, a plasticidade cerebral como via de acesso para promover melhor desempenho funcional, pela estabilidade psíquica que a psicoterapia possa fornecer, ao observar a existência ou ausência de alterações cognitivas e comportamentais nos indivíduos ao longo do tratamento psicoterápico ao qual estiveram submetidos, por meio dos testes utilizados.

 

Palavras-chave:
Transtorno Depressivo Maior, Memória, Psicoterapia

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Avaliação Longitudinal da Memória no Transtorno Depressivo Maior

Objetivo: Avaliar a memória de indivíduos com TDM submetidos a um ano de tratamento psicoterápico. Método: Os participantes foram avaliados antes do ingresso na psicoterapia e re-avaliados após o término do tratamento, na forma teste-reteste. Para o diagnóstico psiquiátrico foi utilizada a Entrevista Clinica Estruturada para o DSM-IV-R (SCID I), para a avaliação da intensidade dos sintomas da depressão foi administrado o Inventário de Depressão de Beck (BDI) e para a avaliação da memória foram selecionados dois subtestes da WMS-R, Memória Lógica (ML) e Reprodução Visual (RV), e os testes Figura Complexa de Rey (FCR) e Rey Auditory Verbal Learning Test (RAVLT). Foram avaliados 40 indivíduos, de ambos os sexos, com idades variando entre 18 e 69 anos, idade média de 40,43 anos, com diagnostico de TDM atendidos em psicoterapia psicanalítica no Ambulatório de Psicoterapia do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Resultados: Foi feita análise estatística do Teste de Wilcoxon para avaliação dos resultados. Segundo o BDI houve supressão dos sintomas após um ano de tratamento; quanto a memória visual, observou-se melhora significativa na evocação imediata (FCR e RV) e tardia (FCR) e; quanto a memória verbal, não foram observadas diferenças significativas após o tratamento. Conclusão: Após um ano de psicoterapia os indivíduos apresentaram supressão dos sintomas e com isso, demonstraram maior ajustamento emocional, o que contribuiu para uma maior capacidade perceptiva do ambiente, tendo maior pregnância os estímulos visuais do que os verbais.

Autoria/Filiação: Nara Lucia Poli Botelho   Departamento de Psiquiatria, Universidade Federal de São Paulo
Hilda Gardenia Barros Guedes   Departamento de Psiquiatria, Universidade Federal de São Paulo
Latife Yazigi   Departamento de Psiquiatria, Universidade Federal de São Paulo
Apresentação: Nara Lucia Poli Botelho
Palavras-chave: Transtorno Depressivo Maior, Memória, Psicoterapia

 

RESUMO (2)

ESTUDO LONGITUDINAL DOS ASPECTOS COGNITIVOS DO TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR

Objetivo: Identificar padrões neuropsicológicos presentes em indivíduos com TDM em seguimento de dois anos de tratamento psicoterápico, discriminar quais aspectos cognitivos estão mais prejudicados e verificar se o tempo de exposição da amostra à psicoterapia influencia os resultados. Método: Os participantes foram avaliados antes do ingresso no tratamento psicoterápico e re-avaliados anualmente, por dois anos, na forma teste-reteste. Para o diagnóstico psiquiátrico foi utilizada a Entrevista Clinica Estruturada para o DSM-IV-R (SCID I) e para a avaliação do perfil cognitivo foi selecionada uma bateria neuropsicológica, a qual consta do WAIS-III e do Rey-Osterrieth Complex Figure Test. Foram avaliados 20 indivíduos, de ambos os sexos, com idades variando entre 18 e 65 anos, idade média de 37,85 anos, com diagnostico de TDM atendidos em psicoterapia psicanalítica no Ambulatório de Psicoterapia do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Resultados: Foi feita análise estatística do Teste de Friedman para avaliação longitudinal dos resultados, tendo sido observadas melhoras significativas nos subtestes Semelhanças (S), Completar Figuras (CF), Arranjo de Figuras (AF), Procurar Símbolos (PS) e Armar Objetos (AO) do WAIS-III, os quais demonstraram melhoras nas capacidades de abstração (S), visuo-perceptivas (CP), de inteligência social (AF) e na velocidade de processamento (PS e AO). No Teste da Figura Complexa de Rey a melhora significativa ocorreu na evocação tardia, o que se deu devido a uma melhora na consolidação e armazenamento da informação visual. Conclusão: Os aspectos cognitivos característicos do TDM inicialmente prejudicados, foram beneficiados pelo tratamento psicoterápico de dois anos.

Autoria/Filiação: Hilda Gardenia Barros Guedes   Departamento de Psiquiatria, Universidade Federal de São Paulo
Nara Lucia Poli Botelho   Departamento de Psiquiatria, Universidade Federal de São Paulo
Latife Yazigi   Departamento de Psiquiatria, Universidade Federal de São Paulo
Apresentação: Hilda Gardenia Barros Guedes
Palavras-chave: Transtorno Depressivo Maior, Aspectos Cognitivos, Psicoterapia

 

RESUMO (3)

Cognitive and behavior assessment of psychiatric patients in one year of psychotherapy follow-up

Since the brain systems and the environment influence each other, and also considering that it is possible to learn and model behaviors, it is believed that psychotherapy can be useful for improving brain plasticity. This study aimed to present a frequency analysis of cognitive and behavioral aspects improving in adults attending a free university healthcare service in São Paulo, Brazil, after one year of psychotherapy. Methods: The patients were evaluated before and after one year of psychotherapy with the same instruments by the means of the test-retest method. Administered instruments were the Structured Clinical Interview for DSM-IV (SCID-I, SCID-II) and the Wechsler Intelligence Scale for Adults – Third Edition (WAIS-III). SCID-I and SCID-II were applied for identifying psychiatric diagnoses before starting psychotheraphy and the WAIS-III was to assess cognitive profiles before and after treatment. Results: 65 adult patients from both genders with a mean age of 40.17 years were assessed. Of these patients, 89.66% presented Mood Disorders on Axis-I (SCID-I) and 70.77% presented Personality Disorders on Axis-II (SCID-II). The comparison between the two sets of results reveals improvements in their global cognitive functions, with more significant changes in the performance scale than the verbal scale. Conclusions: Over one year of psychotherapy, all patients showed improvements in their mental process development, declines in their defensive response, greater receptivity to environmental demands and a progressive increase in adaptability due to both psychotherapy and psychotropic drugs intake. The treatmet provided effective behavioral changes in cognitive functioning.

Autoria/Filiação: Latife Yazigi   Departamento de Psiquiatria, Universidade Federal de São Paulo
Nara Lucia Poli Botelho   Departamento de Psiquiatria, Universidade Federal de São Paulo
Apresentação: Nara Lucia Poli Botelho
Palavras-chave: Intelligence Tests, Mood Disorders, Psychotherapy

 

Nome:
PATRÍCIA WALTZ SCHELINI

Titulo:
Avaliação da metacognição

Resumo:
A metacognição se refere ao conhecimento e à cognição sobre o fenômeno cognitivo e, quanto à sua avaliação, a literatura aponta dois modos mais frequentemente utilizados: as escalas de autorrelato e a requisição de estimativas pelo indivíduo, que consiste na formulação de julgamentos. A presente proposta vai de encontro a estas duas maneiras de avaliar a metacognição. Os dois primeiros estudos visaram à elaboração de uma escala do tipo Likert destinada à avaliação da metacognição de crianças e idosos. No primeiro estudo, voltado a crianças entre nove e 12 anos, a escala foi nomeada como EMETA e sua adaptação para a população idosa, caracterizada no segundo estudo, foi chamada de EMETA-Sênior (EMETA-S). Em relação às duas versões da EMETA, a análise fatorial exploratória indicou a existência de dois fatores. O terceiro estudo propôs um procedimento para a avaliação do monitoramento metacognitivo de crianças e que consistiu na apresentação de três subtestes da Bateria Multidimensional de Inteligência Infantil (BMI) que avaliam as capacidades de conhecimento quantitativo, inteligência cristalizada e inteligência fluida. Os participantes do terceiro estudo emitiram estimativas acerca de seu desempenho nos três subtestes da BMI. Tais estimativas são entendidas como julgamentos que proporcionam a compreensão do monitoramento metacognitivo. Os resultados indicaram que a amostra apresentava habilidades de monitoramento cognitivo e algumas medidas de monitoramento mostraram-se significativamente melhores para o subteste que avaliava o conhecimento quantitativo. Portanto, os três estudos que constam da presente proposta visaram contribuir à formação de um corpo de técnicas/procedimentos capazes de facilitar a avaliação das capacidades metacognitivas.

 

Palavras-chave:
escalas, monitoramento metacognitivo, julgamento

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Metacognição Infantil: elaboração de instrumento para avaliação e análise dos seus parâmetros psicométricos

A metacognição corresponde a pensamentos e conhecimentos que os indivíduos possuem sobre seus próprios pensamentos e processos cognitivos. A utilização e o domínio das habilidades metacognitivas são aspectos importantes para a aprendizagem, uma vez que a literatura aponta que alunos que não utilizam essas habilidades tendem a apresentar rendimento acadêmico inferior aos alunos que as utilizam de maneira eficiente. Após constatação na literatura nacional de carência de instrumentos para mensurar a metacognição infantil foi elaborada a Escala de Metacognição (EMETA) destinada a crianças de 9 a 12 anos de idade. A análise das evidências de validade e precisão do instrumento, em um primeiro estudo, revelou resultados pouco satisfatórios, especialmente em relação ao número de fatores encontrados e à porcentagem de variância explicada, considerada baixa. Em estudo posterior, realizou-se nova análise das evidências de validade baseadas na estrutura interna e análise da consistência interna da escala, bem como novo cálculo do número de fatores e da porcentagem da variância explicada. Os resultados observados nesse último estudo com amostra de 196 participantes foram mais satisfatórios, tendo o número de fatores alterado para dois e a porcentagem de variância total explicada aumentado. Entretanto, o valor para a porcentagem de variância ainda é considerado baixo para escalas como a EMETA e estudos futuros deverão ser conduzidos com o objetivo de aumentá-lo. Acredita-se que uma primeira variável a ser manipulada deveria ser o número de participantes da amostra, uma vez que a quantidade utilizada foi considerada baixa para um instrumento com a quantidade de itens da Escala de Metacognição.


Autoria/Filiação: Jussara Fátima Pascualon-Araujo   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.
Patrícia Waltz Schelini   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos
Apresentação: Jussara Fátima Pascualon-Araujo
Palavras-chave: metacognição infantil, construção de instrumentos, avaliação psicológica

 

RESUMO (2)

Escala metacognitiva para idosos: elaboração de itens e análise dos parâmetros psicométricos.

Novas formas de estudar e intervir junto à população idosa vem surgindo, pois o envelhecimento não mais é visto como necessariamente acompanhado de declínio cognitivo. Juntamente à valorização dos estudos sobre o envelhecimento, os processos metacognitivos, que coordenam o desempenho cognitivo, passaram a adquirir importância na literatura das últimas quatro décadas. A metacognição corresponde a pensamentos e conhecimentos que os indivíduos possuem sobre seus próprios pensamentos e processos cognitivos. Assim, uma pessoa que avalia se a atividade que está realizando atingirá ou não os objetivos estabelecidos por ela, está utilizando a metacognição. Haja vista a carência de instrumentos nacionais que a mensurem, o estudo teve como objetivo principal investigar os parâmetros psicométricos de uma escala destinada à avaliação da metacognição em idosos. A primeira etapa do estudo consistiu na elaboração da Escala de Metacognição Sênior (EMETA-S), do tipo Likert, sendo que o participante deve escolher, dentre quatro possibilidades de resposta, aquela que mais o caracteriza. A segunda etapa investigou as evidências de validade baseadas no conteúdo por meio da avaliação de três juízes especialistas. A escala também foi aplicada em uma amostra piloto de 15 participantes idosos com a finalidade de verificar se as instruções e os itens eram compreensíveis, o que resultou em modificações na redação das instruções, dos itens e nos descritores da escala, sendo esta a terceira etapa do estudo. Na quarta etapa, foi realizada análise fatorial na amostra de 194 participantes e feita a exclusão de itens que apresentaram cargas fatoriais baixas, itens com baixa concordância entre juízes, itens mal compreendidos pelos participantes e itens semelhantes entre si. A análise de precisão indicou adequação dos itens ao conceito proposto e boa consistência interna da escala. A ANOVA não mostrou diferenças significativas entre a média do desempenho e as variáveis: gênero, escolaridade e idade dos participantes.

Autoria/Filiação: Alex Bacadini França   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos
Patrícia Waltz Schelini   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos
Apresentação: Alex Bacadini França
Palavras-chave: metacognição, medidas psicológicas, envelhecimento

 

RESUMO (3)

Monitoramento metacognitivo de crianças diante de medidas de capacidades intelectuais.

A metacognição pode ser entendida como o conhecimento que o indivíduo possui sobre seu próprio funcionamento cognitivo, o que lhe permite planejar, monitorar, regular e avaliar suas atividades cognitivas. Estudos da área têm sido conduzidos para produzir instrumentos e medidas confiáveis do desempenho metacognitivo dos indivíduos, diversos deles tendo como referencial teórico os modelos formulados por Flavell e Nelson e Narens. Alguns destes instrumentos são escalas de autorrelato. O monitoramento metacognitivo, foco do presente estudo, é avaliado com frequência por meio dos julgamentos, que constituem outra ferramenta de avaliação da metacognição. O presente estudo teve como objetivo investigar o monitoramento metacognitivo de crianças durante a realização de três subtestes que compõem a Bateria Multidimensional de Inteligência Infantil: Desempenho em Matemática, Vocabulário Geral e Indução. O referencial teórico desta bateria é o Modelo Cattell-Horn-Carroll de inteligência e os subtestes referidos são destinados à avaliação das capacidades de conhecimento quantitativo, inteligência cristalizada e inteligência fluida, respectivamente. Participaram do estudo 44 alunos do quinto ano do Ensino Fundamental. Eles realizaram, individualmente, os três subtestes da BMI, e foram solicitados a emitir estimativas acerca de seu desempenho; estes julgamentos correspondem ao monitoramento metacognitivo. Os resultados indicaram que a amostra já apresenta habilidades de monitoramento cognitivo, e algumas medidas de monitoramento mostraram-se significativamente melhores para o subteste Desempenho em Matemática. Os dados são relevantes para confirmar, na população nacional, as informações da literatura internacional, e também para discutir a importância do incentivo e estímulo ao treinamento das habilidades metacognitivas.

Autoria/Filiação: Marília Zampieri   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos
Patrícia Waltz Schelini   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos
Apresentação: Patrícia Waltz Schelini
Palavras-chave: monitoramento metacognitivo, medidas metacognitivas, Modelo CHC

 

Nome:
Cláudia de Moraes Bandeira

Titulo:
Avaliação de Indicadores do Desenvolvimento Positivo: Otimismo, Esperança e Bem-Estar Subjetivo

Resumo:
O campo de estudos sobre o desenvolvimento positivo tem servido de modelo para a compreensão dos caminhos que conduzem a uma adaptação bem sucedida. Existem vários modelos de estudo sobre o funcionamento positivo, e alguns estudos enfatizam aspectos diferentes. Entretanto, alguns fatores garantem que o processo desenvolvimental ocorra de forma positiva e produtiva. Existe forte evidencia de que o otimismo promove a saúde mental e física, principalmente no enfrentamento de situações estressantes. A satisfação de vida desempenha um papel importante no desenvolvimento positivo como indicador, preditor, mediador ou como resultado. A satisfação de vida e os afetos positivos atenuam os efeitos negativos dos eventos de vida estressantes e funcionam contra o desenvolvimento de problemas psicológicos e de comportamento. A necessidade de pesquisas sobre o desenvolvimento positivo é oportuna por tratar de um campo de estudos relativamente novo e potencialmente capaz de gerar contribuições relevantes. A presente mesa visa apresentar um estudo teórico e três pesquisas que relatam estudos que avaliam indicadores do desenvolvimento positivo na infância e adolescência. São exploradas as áreas do bem-estar subjetivo, da satisfação de vida e do otimismo. O primeiro trabalho discute o conceito de desenvolvimento positivo e apresenta uma revisão sobre os principais indicadores de desenvolvimento positivo infantil. O segundo trabalho discute o conceito de BES e apresenta algumas pesquisas desenvolvidas sobre o construto ao longo da infância e adolescência. Além disso, apresenta instrumentos de medida de auto-relato de indivíduos de diferentes fases do desenvolvimento, construídos no Brasil. O terceiro trabalho apresenta um estudo que foi desenvolvido com o objetivo de investigar a relação entre otimismo e personalidade na adolescência. O quarto trabalho discute as relações entre esperança e personalidade na adolescência. Os estudos apresentam resultados de variáveis positivas que servem como indicadores do desenvolvimento positivo.

 

Palavras-chave:
desenvolvimento positivo, otimismo, bem-estar

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Desenvolvimento positivo ao longo da infância e adolescência

As pesquisas sobre desenvolvimento humano têm abarcado questões relacionadas aos aspectos cognitivos, emocionais e relacionais. Entretanto, tais estudos pouco contribuem para o conhecimento de como é possível otimizar o desenvolvimento de aspectos positivos desde a infância. Para que o período de transição entre infância e adolescência ocorra de maneira positiva, é necessária a presença de certos fatores que possam garantir um processo produtivo e positivo. A perspectiva positiva do desenvolvimento é uma concepção baseada nas forças, potenciais, e atributos positivos das crianças e dos adolescentes. Refere-se aos aspectos positivos do comportamento humano e aos resultados bem sucedidos do desenvolvimento. É uma abordagem que concebe o processo do desenvolvimento basicamente como um esforço para sobrepor riscos e deficiências, enquanto reconhece a existência de desafios que podem afetar as crianças de varias maneiras ao longo do desenvolvimento. Os jovens são vistos como recursos a serem desenvolvidos e não apenas desafios a serem treinados ou orientados. O objetivo desse trabalho é discutir o conceito de desenvolvimento positivo e apresentar uma revisão sobre os principais indicadores de desenvolvimento positivo ao longo da infância e adolescência, entre eles o bem-estar subjetivo e o otimismo. Serão discutidos os principais desafios desse novo paradigma, bem como a importância do papel que pais, professores e outros adultos desempenham junto à criança e ao adolescente.

Autoria/Filiação: Cláudia de Moraes Bandeira   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Claudio Simon Hutz   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Cláudia de Moraes Bandeira
Palavras-chave: desenvolvimento positivo, infância, adolescência

 

RESUMO (2)

Bem-estar subjetivo ao longo do desenvolvimento: estudos brasileiros

O bem-estar subjetivo (BES), termo científico para a compreensão da felicidade e satisfação de vida, vem recebendo atenção da comunidade científica brasileira nos últimos tempos. O BES refere-se à satisfação da pessoa com a própria vida e inclui os julgamentos cognitivos e as reações emocionais frente a eventos e à experiência destes. Os principais autores da área definem BES como uma categoria de fenômenos na qual se encontram as respostas emocionais, as satisfações referentes a domínios específicos da vida e os julgamentos globais de satisfação de vida. Este trabalho tem como objetivo discutir o conceito de BES e apresentar algumas pesquisas desenvolvidas junto ao Núcleo de Psicologia Positiva, do Laboratório de Mensuração da UFRGS, sobre BES ao longo do desenvolvimento infantil e da adolescência. Instrumentos de medida de auto-relato de indivíduos de diferentes fases do desenvolvimento, construídos no Brasil, serão apresentados. Os dados encontrados vêm sugerindo que essa variável deve ser compreendida e estudada como função de múltiplos fatores em interação. O conhecimento disponível sobre os componentes e os antecedentes do BES reforçam o modelo multidimensional. Os domínios de satisfação de vida comuns para crianças e adolescentes ao longo dos estudos reforçam a importância do self, da família, da escola e da amizade para a constituição de níveis positivos de satisfação de vida. No que se refere ao componente emocional do BES, os afetos positivos e negativos, os resultados dos estudos desenvolvidos têm apontado para medidas positivas entre crianças, adolescentes e adultos. São explorados os resultados de alguns estudos correlacionais entre o BES e outras variáveis positivas, entre elas otimismo e auto-estima. Aponta-se e discute-se caminhos futuros do estudo do bem-estar subjetivo.

Autoria/Filiação: Claudia Hofheinz Giacomoni   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Claudia Hofheinz Giacomoni
Palavras-chave: bem-estar subjetivo, satisfação de vida, afetos

 

RESUMO (3)

Expectativas futuras positivas: Um estudo correlacional entre Otimismo e Personalidade

Otimismo pode ser definido como um traço disposicional que leva o indivíduo a ter expectativas positivas em vários domínios importantes da vida. Uma pessoa otimista acredita que mais eventos bons irão acontecer que eventos ruins, enquanto que os pessimistas esperam mais por eventos ruins. Pesquisas demonstram que o otimismo está associado com medidas proativas para proteger a saúde, maior engajamento e persistência em estudos, trabalhos e no tratamento de doenças. O objetivo deste estudo foi investigar a correlação entre otimismo e personalidade na adolescência, entendendo que esta etapa do desenvolvimento é preparatória para comportamentos futuros. Uma amostra de 450 estudantes brasileiros do ensino médio (56% meninas) com idade entre 14 e 18 anos (M = 16,8, DP = 3,4) participaram do estudo e preencheram as seguintes escalas: Revised Life Orientation Test (LOT-R), para avaliar otimismo e, Bateria Fatorial de Personalidade (BFP), para avaliar a personalidade no modelo dos cinco grandes fatores. Os resultados indicaram que o otimismo apresenta uma correlação moderada e negativa com o fator Neuroticismo. Isso pode indicar que quanto menor o nível de comprometimento e instabilidade emocional da pessoa, maior o grau de expectativas positivas em relação a eventos futuros. Entre otimismo e os fatores de personalidade Extroversão e Socialização foram encontradas correlações positivas. Conclui-se que os indivíduos otimistas tendem a apresentar mais características tais como socialização, empatia, generosidade, organização e determinação. Ter conhecimento disso, em uma etapa anterior a vida adulta, como a adolescência, pode ajudar os pais na maneira de orientar seus filhos, bem como melhorar políticas educacionais.

Autoria/Filiação: Micheline Bastianello   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Claudio Simon Hutz   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Micheline Bastianello
Palavras-chave: otimismo, personalidade, adolescência

 

RESUMO (4)

Esperança em adolescentes

A esperança emerge da interação entre rotas e agenciamento quando existe um objetivo suficientemente importante para que o sujeito decida buscá-lo. As rotas são os caminhos cognitivamente traçados para buscar o objetivo. O agenciamento é o componente motivacional da esperança, que impele o sujeito a buscar os resultados desejados. Existem relatos na literatura relacionando esperança a desempenho, principalmente acadêmico, bem estar, otimismo e satisfação de vida. Outros estudos destacam a relação entre esperança e personalidade. No Brasil foi realizado um estudo com 450 adolescentes de escolas públicas e privadas do RS com objetivo de relacionar esperança e personalidade. Os resultados indicaram que extroversão e realização correlacionam-se positivamente com esperança. Já entre neuroticismo e esperança existe uma correlação negativa. Tais resultados sugerem que características como determinação, comunicação e persistência são importantes para elevados níveis de esperança. Por outro lado, instabilidade emocional colabora para a redução da esperança.

Autoria/Filiação: Juliana Cerentini Pacico   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Claudio Hutz   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Juliana Cerentini Pacico
Palavras-chave: esperança, personalidade, psicologia positiva

 

Nome:
Kely Maria Pereira de Paula

Titulo:
Avaliação do coping em contextos de risco para a Saúde Infantil

Resumo:
A compreensão sobre o modo como o indivíduo lida ou enfrenta os acontecimentos, mais particularmente como reage a eventos estressantes (processo de coping), tem sido temática relevante no campo da saúde, considerando, nessa análise, tanto o nível de vulnerabilidade para o surgimento de determinadas doenças ou transtornos psicológicos, quanto o de “resistência psicológica” ou adaptação positiva na superação de inúmeros desafios. Desde 2004, um conjunto de investigações desenvolvidas em alguns núcleos de pesquisa no país, circunscritos ao GT Psicologia Pediátrica-ANPEPP, investiga o coping em diferentes populações, a partir de uma perspectiva cognitiva, derivada dos estudos de Lazarus e Folkman e, mais recentemente, sob um enfoque desenvolvimentista, centrado na autorregulação e na Teoria Motivacional do Coping, de Ellen Skinner e colaboradores. Nessa trajetória, a adoção e o desenvolvimento de novos instrumentos e metodologias de análise, capazes de apreender o fenômeno, se constitui em desafio para a área. Nesta Mesa serão apresentadas três comunicações abordando a avaliação do coping em situações que oferecem risco ao bem-estar psicológico da criança e sua família. A primeira apresentará dados de pesquisa sobre o enfrentamento de mães diante da prematuridade e internação do filho na UTIN e, a segunda, o nível de estresse e coping de cuidadores que lidam com a dor contínua de crianças com Anemia Falciforme. Por fim, a terceira comunicação analisará comportamentos e enfrentamento adotado por crianças antes de um procedimento cirúrgico. Espera-se contribuir para a divulgação de modelos teóricos vigentes sobre o fenômeno, fornecendo subsídios a diferentes intervenções pelas equipes de saúde, que promovam a adoção de estratégias mais adaptativas nas populações estudadas.

 

Palavras-chave:
Coping, Cuidador, Hospitalização infantil

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

AVALIAÇÃO DO ENFRENTAMENTO MATERNO FRENTE À HOSPITALIZAÇÃO DO BEBÊ EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

Este trabalho discute a avaliação do enfrentamento (coping) materno da hospitalização do bebê prematuro e com baixo peso em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), a partir da Teoria Motivacional do Coping. Esta define o enfrentamento como um processo de autorregulação em condições de estresse, visando manter, restaurar ou reparar necessidades psicológicas básicas de relacionamento, competência e autonomia. Os estressores podem ser percebidos como ameaça ou desafio, sendo seu enfrentamento classificado em 12 “famílias”, segundo seu desfecho adaptativo: (a) positivo (autoconfiança, busca de suporte, resolução de problemas, busca de informações, acomodação e negociação); e (b) negativo (delegação, isolamento, desamparo, fuga, submissão e oposição). As 25 participantes foram abordadas na UTIN e, após consentimento escrito, responderam aos instrumentos: (a) Protocolo de Registro de Dados Gerais; (b) Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP); (c) Questionário Momento da Notícia; e (d) entrevista sobre coping. Após a alta hospitalar, as mães foram entrevistadas, preenchendo novamente a EMEP. As estratégias de enfrentamento (EE) mais utilizadas foram autoconfiança, negociação, acomodação (mediadas principalmente por crenças religiosas) e busca de suporte (sobretudo do marido/companheiro); ocorreram também estratégias menos adaptativas, como delegação. Houve correlações significativas entre: (a) nível socioeconômico mais alto e uso de EE relacionadas à necessidade de relacionamento; (b) mães multíparas e desamparo, fuga e oposição e EE agrupadas como percepção de ameaça; (c) mães que não trabalhavam fora de casa e autoconfiança; e (d) maior número de dias de internação do bebê e menor delegação. Avaliação do coping após a alta do bebê indicou maiores médias em negociação, autoconfiança, acomodação e busca de suporte, e redução significativa de delegação. No geral, as mães enfrentaram a hospitalização com EE relacionadas a desfecho adaptativo positivo. Discute-se a importância da adoção de uma perspectiva multimetodológica na análise do coping e o desenvolvimento de novos instrumentos para sua medida.

Autoria/Filiação: Fabiana Pinheiro Ramos   Programa de Pós-Graduação em Psicologia/UFES
Sônia Regina Fiorim Enumo   Programa de Pós-Graduação em Psicologia/PUC-Campinas e UFES
Kely Maria Pereira de Paula   Programa de Pós-Graduação em Psicologia/UFES
Apresentação: Kely Maria Pereira de Paula
Palavras-chave: Estratégias de Enfrentamento, Cuidador, UTI Neonatal

 

RESUMO (2)

AVALIAÇÃO DO ESTRESSE E DAS ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO DE CUIDADORES DE CRIANÇAS COM ANEMIA FALCIFORME

Uma doença crônica na infância pode provocar, precipitar ou agravar desequilíbrios psicológicos e sociais no contexto familiar. Na Anemia Falciforme (AF), doença que tem a dor como principal manifestação clínica, os cuidadores podem apresentar maior vulnerabilidade ao estresse, necessitando cuidado especial pelos profissionais de saúde. Este estudo avaliou as estratégias de enfrentamento (EE) da dor e o nível de estresse em 8 cuidadores de crianças com AF (8-10 anos), em Hospital Universitário de Vitória, ES. Os cuidadores responderam aos seguintes instrumentos: a) Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), que identifica presença, tipo de sintoma (somático/físico ou psicológico) e fase de estresse (Alerta, Resistência, Quase Exaustão e Exaustão); e b) Inventário de Estratégias de Enfrentamento (IEE), de Savóia, que permite análise clínica do coping diante de um evento específico, com 66 itens agrupados em 8 fatores avaliados como “0= não utilizado, 1= pouco utilizado, 2= usado bastante ou 3= usado em grande quantidade”. As EE classificadas como positivas foram Autocontrole (AUT), Busca por Suporte Social (BUS), Aceitação de responsabilidade (ARE), Resolução de Problemas (RES) e Reavaliação positiva (REA); e as negativas Confronto (CON), Afastamento (AFA) e Fuga e Esquiva (FUE). Na avaliação do estresse, a maioria (87,5%) apresentou sintomas psicológicos na fase de Resistência. As EE “utilizadas em grande quantidade” foram BUS e RES (87,5%), REA e FUE (75%). Por outro lado, ARE (75%), AUT (75%) e CON (62,5%) foram as EE descritas como “pouco utilizadas”. Para toda a amostra, AFA foi assinalada como uma EE “não utilizada” diante do estressor dor. Apesar dos cuidadores demonstrarem comportamentos proativos para resolução do problema da dor da criança com AF, esta situação não é percebida sem sofrimento, colocando-os em risco para desenvolvimento de problemas físicos e emocionais, dificultando seu papel de protetor do desenvolvimento infantil.

Autoria/Filiação: Christyne Gomes Toledo de Oliveira   Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo; Programa de Pós-Graduação em Psicologia/UFES
Ednéia Bonning Oliveira   Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo
Nayara Silva Miranda   Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo
Sônia Regina Fiorim Enumo   Programa de Pós-Graduação em Psicologia/PUC-Campinas e UFES
Kely Maria Pereira de Paula   Programa de Pós-Graduação em Psicologia/UFES
Grace Rangel Felizardo   Programa de Pós-Graduação em Psicologia/UFES
Apresentação: Grace Rangel Felizardo
Palavras-chave: Cuidador, Estratégias de Enfrentamento, Estresse

 

RESUMO (3)

AVALIAÇÃO DE COPING EM CRIANÇAS PRÉ-CIRURGICAS ATRAVÉS DO AEH

Crianças que vão ser submetidas a cirurgias passam por procedimentos desconhecidos e incontroláveis, tornando a internação um evento ameaçador, circundado por fantasias, medos e reações adversas. Objetivando melhorar adaptação e diminuir sofrimento, cabe ao psicólogo reconhecer os sentimentos que essa situação desperta e os recursos que a criança dispõe para enfrentá-la. Esta pesquisa teve como objetivo identificar os comportamentos e estratégias de enfrentamento utilizadas por crianças cirúrgicas, no momento da hospitalização, através de um instrumento lúdico e de fácil aplicação. Responderam à Avaliação das Estratégias de Enfrentamento da Hospitalização (AEH), 58 crianças com idade entre 7 e 12 anos. O instrumento, composto por 20 cenas coloridas, retrata possíveis comportamentos emitidos na hospitalização, cabendo à criança apontar, numa escala Likert de 5 pontos, quão frequentemente utiliza aquele comportamento e justificar suas respostas. As crianças tinham idade média de 9 anos, 80% já havia tido contato com o hospital e, 41,4% com cirurgias previas. Meninos e crianças menores de 11 anos apresentaram um repertório de estratégias mais limitado que meninas e crianças maiores. Os comportamentos mais escolhidos foram tomar medicação (89%), assistir TV (80%) e conversar (74%); e estratégias de enfrentamento relacionadas à solução de problemas e distração. Os comportamentos menos pontuados foram esconder-se (3%) e pensar em fugir (9,7%). Estratégias como desamparo e esquiva foram mais utilizadas por crianças sem experiência prévia com cirurgia e reestruturação cognitiva foi apontada, principalmente por crianças mais velhas e com cirurgias prévias. Conclui-se que apesar da maioria das crianças optarem por estratégias de enfrentamento direcionadas ao problema, crianças mais novas e sem internação prévia apontaram estratégias que podem dificultar sua adaptação. Os dados sinalizam para a necessidade de apresentar a essas crianças o ambiente hospitalar, informar sobre procedimentos e desconstruir fantasias para diminuir a ansiedade. Sempre que possível, possibilitar a aprendizagem de novas estratégias mais adaptativas.

Autoria/Filiação: Luciana Carnier   Programa de Pós Graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem/UNESP
Gimol Benzaquen Perosa   Programa de Pós–Graduação em Saúde Coletiva/UNESP
Olga Maria Paizentin Rodrigues   Programa de Pós Graduação em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem/UNESP
Apresentação: Gimol Benzaquen Perosa
Palavras-chave: Enfrentamento, Hospitalização infantil, Período pré-operatório

 

Nome:
Ana Paula Porto Noronha

Titulo:
Avaliação dos interesses profissionais: verificação de perfis em diferentes contextos

Resumo:
A avaliação dos interesses é uma prática comum e necessária em processos de orientação profissional. Contudo, apesar dos primeiros estudos sobre o construto serem datados do início do século XX, ainda há lacunas teóricas importantes, relacionadas principalmente à conceituação do construto. Nesse sentido, a compreensão dos perfis de interesses profissionais, e de forma especial, da nitidez de tais perfis, podem contribuir para a clarificação de algumas da lacunas. Dessa forma, esta mesa redonda tem o intuito de apresentar pesquisas que avaliaram os perfis de interesses profissionais em diferentes contextos e considerando diversas variáveis. O primeiro trabalho teve o objetivo de avaliar as diferenças entre os interesses de estudantes de dois cursos técnicos profissionalizantes. No segundo, buscou-se verificar quais das variáveis, idade ou escolaridade, explicaria melhor os perfis de nitidez de interesses, em uma grande amostra. No terceiro trabalho, buscou-se verificar eventuais diferenças na nitidez do perfil de interesses de estudantes de ensino médio de escolas com diferentes classificações no ENEM. Por fim, o quarto trabalho intentou verificar a existência de diferenças de nitidez do perfil em relação aos níveis de maturidade para escolha profissional. Os resultados de cada trabalho serão discutidos individualmente, ressaltando suas limitações bem como as contribuições para a área da orientação profissional.

 

Palavras-chave:
Orientação profissional, interesses profissionais, avaliação psicológica

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Nitidez dos interesses profissionais e qualidade do ensino: uma pesquisa com estudantes do Ensino Médio

Os interesses profissionais estão entre as variáveis que se associam à satisfação profissional e, portanto, um dos principais fatores a ser considerado no momento da escolha da profissão. Em um processo de avaliação, devem-se investigar as variáveis que indicam o estado de desenvolvimento dos interesses, quais sejam, consistência, congruência e nitidez do perfil. A nitidez ou diferenciação, foco do presente estudo, se refere à clareza dos interesses, ou seja, dentre as dimensões profissionais avaliadas verifica-se o quanto a mais preferida se distancia da menos preferida. Salienta-se que as experiências de aprendizagem, tais como, aquelas relacionadas ao contexto escolar podem contribuir para a formação dos interesses, por meio da exposição a diferentes situações profissionais, bem como pela qualidade do ensino. O objetivo deste estudo foi verificar diferenças na nitidez do perfil de interesses de estudantes de três escolas públicas com desempenho inferior, médio e superior no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A Escala de Aconselhamento Profissional (EAP) foi aplicada, coletivamente, a 232 estudantes do terceiro ano do Ensino Médio. Os resultados indicaram que, para as dimensões da EAP, houve diferença significativa apenas entre as escolas com desempenho baixo e intermediário, sendo a última com maior média na dimensão Artes/Comunicação. Em relação à nitidez, a ANOVA demonstrou que houve diferença significativa entre as instituições, de forma que os estudantes da escola com baixo desempenho no ENEM tiveram níveis inferiores em relação aos participantes da escola com desempenho elevado. Não obstante as limitações do estudo, infere-se que ao final do Ensino Médio as características do contexto escolar, principalmente, a qualidade do ensino pode ser um dos fatores que vão contribuir para que os alunos criem expectativas positivas em relação a vida profissional, fazendo com que eles reflitam mais sobre as atividades que gostariam de desenvolver e, assim, tenham um perfil de interesses mais definido.

Autoria/Filiação: Karen Cristina Alves Lamas   Universidade São Francisco
Apresentação: Karen Cristina Alves Lamas
Palavras-chave: Orientação profissional, interesses profissionais, avaliação psicológica

 

RESUMO (2)

Nitidez dos perfis de interesses na EAP em relação à idade e escolaridade

Uma variável importante a ser observada na avaliação dos interesses profissionais é o nível de nitidez do perfil, ou seja, uma avaliação intra-pessoa da diferença entre as distâncias das preferencias por determinados grupos de atividades profissionais. Esse índice pode ajudar na interpretação do perfil, uma vez que informa sobre quão definidas está o padrão de diferença entre os interesses. Assim, o objetivo deste trabalho é verificar diferenças na nitidez de perfis de interesses na EAP em relação à idade e escolaridade dos participantes. Para tanto, foi analisado um banco de dados com respostas de 6824 estudantes brasileiros, com idades entre 14 e 50 anos, cursando desde ensino fundamental até ensino médio. Para determinar o nível de nitidez, foram gerados os escores para cada participantes nas dimensões da EAP, quais sejam, Ciências Exatas, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Ciências Agrárias e Ambientais, Atividades Burocráticas, Entretenimento, Ciências Biológicas e da Saúde e Artes e Comunicação. Foram utilizadas as médias das pontuações da escala tipo Likert, a fim de torná-los comparáveis entre si. Em seguida, foi realizada uma subtração entre os dois escores extremos (maior e menor), admitindo-se que quanto maior o resultado da equação, maior o nível de nitidez do perfil. O próximo passo foi realizar análises de variância (ANOVA) considerando as idades e as escolaridades dos participantes. Os resultados sugeriram que a escolaridade parece ser uma variável mais apropriada para a verificação de diferenças na nitidez dos perfis de interesse, sendo que os estudantes de ensino médio apresentaram o menor nível de nitidez e os universitários, o maior. Apesar de algumas limitações, tais como as diferentes quantidades de pessoas alocadas em cada grupo tanto de idade quanto de escolaridade, pode-se afirmar que os resultados deste trabalho contribuem para a compreensão de variáveis relacionadas com o desenvolvimento dos interesses profissionais.

Autoria/Filiação: Rodolfo Augusto Matteo Ambiel   Universidade São Francisco
Apresentação: Rodolfo Augusto Matteo Ambiel
Palavras-chave: Orientação profissional, interesses profissionais, avaliação psicológica

 

RESUMO (3)

Avaliação dos interesses profissionais em dois cursos técnicos profissionalizantes

A avaliação dos interesses profissionais é prática recorrente nos processos de orientação profissional, mesmo com a ausência de uma definição consensual a respeito do construto. Diversas teorias estão disponíveis na literatura e tem sido utilizadas na prática, bem como os instrumentos para medir os interesses. A concepção tida como a mais atual por alguns autores, entende os interesses como padrão de gostos e desgostos e respostas aos estímulos do ambiente, buscando a satisfação das necessidades do indivíduo. Desta forma, a avaliação dos interesses nessa perspectiva deve considerar as preferências dos indivíduos. Ressalta-se que os interesses profissionais podem ser investigados em qualquer momento da vida de uma pessoa, mas a ênfase ainda permanece no momento de escolha de um curso universitário, ainda no período da adolescência. A partir disso, o objetivo deste estudo foi avaliar os interesses profissionais de alunos de dois cursos técnicos profissionalizantes (técnico em fabricação mecânica e técnico em design de móveis) oferecidos pela instituição SENAI. Foram participantes 60 sujeitos, sendo 58,3% homens (N=35) e 41,7% mulheres (N=25), com idades entre 15 e 59 anos (M=21,60; DP=8,20), sendo 48,3% (N=29) do curso Técnico Fabricação Mecânico e 51,7% (N=31) Técnico Designer de Moveis. Os interesses foram avaliados pela Escala de Aconselhamento Profissional (EAP), aplicada de forma coletiva no período regular de aula. Foram verificadas as diferenças de interesses em relação ao curso, sexo e idade, e os resultados evidenciaram que os alunos do curso técnico Fabricação Mecânica apresentaram maiores médias em todas as dimensões quando comparados aos alunos do técnico Design de móveis, sendo as maiores preferência pelas dimensões Ciências Exatas, Ciências Agrárias e Ambientais e Atividades Burocráticas. Os alunos do Desing de móveis preferem mais as dimensões Artes e Comunicação, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Ciências Agrárias e Ambientais. Destaca-se que no curso de Fabricação Mecânica, a maioria dos alunos era do sexo masculino e no Design de móveis, maioria do sexo feminino. Os resultados parecem coerentes às atividades desenvolvidas pelos profissionais de cada curso. As limitações do estudo devem ser consideradas, como a amostra pequena e restrita a uma única instituição.

Autoria/Filiação: Fernanda Ottati   Universidade São Francisco
Apresentação: Fernanda Ottati
Palavras-chave: Orientação profissional, avaliação psicológica, interesses profissionais

 

RESUMO (4)

Nitidez de perfil e maturidade profissional: estudo comparativo

O processo de escolha profissional engloba o conhecimento de características individuais, tais como, interesses, habilidades, traços de personalidade, valores, expectativas quanto ao futuro profissional e a maturidade para realizar a escolha da atividade de trabalho. Nesse sentido investigações da relação entre essas características são necessárias para o aprimoramento da área de Orientação Profissional e de Carreira. Assim, fez-se objetivo do presente trabalho verificar a existência de diferenças na nitidez de perfil de interesses, em relação à maturidade para a escolha profissional. Para tanto, foram utilizadas a Escala de Aconselhamento Profissional (EAP) e Escala para Maturidade para Escolha Profissional (EMEP). Participaram da pesquisa 233 alunos do primeiro e terceiro anos do ensino médio, de ambos os sexos, com média de idade de 16,41 anos (DP=1,13). A nitidez foi considerada a partir da diferença entre a maior e a menor pontuações obtidas entre as sete dimensões da EAP. No que respeita à maturidade, considerou-se a distribuição por grupos criados a partir dos quartis identificados na pontuação total. Utilizando análise de variância (ANOVA), verificou-se que a nitidez de perfil é diferenciada significativamente pelo nível de maturidade. Observou-se ainda quanto maior a pontuação em relação ao nível de maturidade, mais altos também são os índices de nitidez encontrados. Tais resultados sugerem que um perfil nítido representa bom nível de maturidade para a escolha profissional. Entretanto, considerando as limitações desta pesquisa, deve ser mencionado que a amostra provém de uma única instituição de ensino. Nesse sentido, sugere-se o desenvolvimento de novos estudos que investiguem outras amostras.

Autoria/Filiação: Lariana Paula Pinto   Universidade São Francisco
Apresentação: Lariana Paula Pinto
Palavras-chave: Orientação profissional, avaliação psicológica, interesses profissionais

 

Nome:
Andréa Duarte Pesca

Titulo:
Avaliação em Psicologia do Esporte

Resumo:
Atletas de alto rendimento e treinadores esportivos trabalham intensamente para dominar as habilidades da modalidade em que atuam para, assim, serem capazes de se destacar perante adversários e situações aversivas presentes em eventos esportivos. Desta forma, é de suma importância a avaliação das próprias capacidades, principalmente na medida em que as expectativas influenciam não só na quantidade de esforço a ser empregado, mas também no grau de persistência frente aos obstáculos ou experiências desagradáveis, na realização de tarefas com que os atletas e treinadores se confrontam. Sendo, assim, o objetivo desta mesa é discutir os métodos de avaliação em psicologia do esporte, dando ênfase a avaliação do estresse, eficácia de treinamento e avaliação de atletas olímpicos. Assim sendo, vale ressaltar que no meio esportivo a avaliação do estresse é de fundamental importância, além de identificar se o atleta apresenta estresse, é necessário analisar as causas e desenvolver estratégias de enfrentamento. O construto de eficácia de treinamento diz respeito à maneira com que os treinadores demonstram sua capacidade de afetar o aprendizado e desempenho dos seus atletas. Em Psicologia do Esporte avaliar e orientar atletas na sua correta planificação e execução de seu treinamento psicológico é de fundamental importância. Vislumbrando a alta exigência do ambiente competitivo em alcançar metas e superar performances, busca-se, através da avaliação psicológica, identificar, analisar e intervir nas variáveis psicológicas que interferem no desempenho esportivo. Portanto, esse trabalho tem por expectativa contribuir para o aumento da compreensão da importância da avaliação no esporte, uma vez que, a área de avaliação em psicologia do esporte é pouco explorada no contexto brasileiro

 

Palavras-chave:
Avaliação, Psicologia do Esporte, Atletas e Treinadores

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Validade da estrutura interna da Coaching Efficacy Scale no contexto Brasileiro

Recentemente foi incorporado na literatura esportiva o conceito eficácia de treinamento, o qual foi baseado na abordagem social cognitiva de Bandura e, mais especificamente, na teoria da autoeficácia. O modelo de eficácia de treinamento diz respeito à maneira com que os treinadores demonstram sua capacidade de afetar o aprendizado e desempenho dos seus atletas. É, portanto, uma construção multifatorial, que consiste na confiança com respeito à estratégia de jogo, motivação, ensinamento de técnicas e construção de caráter. Além destes, fatores as fontes reconhecidas de eficácia no treinamento, são importantes, pois incluem experiências passadas, sucesso no passado ou percebido melhoras nos atletas, apoio social e experiências educacionais. As consequências desse construto mais conhecidas incluem o comportamento, satisfação e o comprometimento com o técnico, assim como, o desempenho dos atletas e na crença de eficácia. Esta pesquisa tem como objetivo principal verificar a validade da estrutura interna da Coaching Efficacy Scale para o contexto brasileiro. A amostra definida neste estudo foi de caráter não probabilístico, ou seja, não se constitui ao acaso, mas depende das características específicas que o investigador tem interesse de pesquisar. Esta pesquisa foi realizada com 207 treinadores de 5 modalidades esportivas: futebol, basquete, vôlei, handebol e tênis de campo e dividida entre treinadores de categorias de base e da categoria profissional. Os resultados indicam que a EET (Escala de Eficácia de Treinamento) apresenta evidências de validade de construto adequadas ao modelo teórico. Os resultados deste estudo também podem fornecer informações importantes para a formação de treinadores brasileiros.

Autoria/Filiação: Profa. Dra. Andréa Duarte Pesca   Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina - Cesusc
Prof. Dr. Roberto Moraes Cruz   Universidade Federal de Santa Catarina
Profa. Dra.Birgit Keller   Universidade Federal do Paraná
Msc. Adriana de Lacerda Amaral Miranda   Confederação Brasileira de Judô (CBJ)
Apresentação: Profa. Dra. Andréa Duarte Pesca
Palavras-chave: Validade da estrutura interna, Eficácia de Treinamento, Treinadores

 

RESUMO (2)

A EVOLUÇÃO DAS AVALIAÇÕES E PESQUISAS DE ESTRESSE NO ESPORTE

O estresse é um constructo psicológico estudado há várias décadas. Em meados de 1936 o médico Hans Selye formulou o primeiro conceito, onde definiu que o estresse é um “conjunto de reações que o organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço de adaptação”. Os estudos científicos com estresse apareceram na década de 20, enquanto que as investigações de estresse no esporte apenas na década de 50. No meio esportivo a avaliação do estresse é de fundamental importância, além de identificar se o atleta apresenta estresse, é necessário analisar as causas e desenvolver estratégias de enfrentamento. Lembrando que o estresse fisiológico imposto ao organismo pelo treinamento pode ser considerado como uma combinação de influências positivas (condicionamento) e negativas (fadiga) no rendimento, além de ser um bom indicador no diagnóstico de burnout, overtraining ou overreaching. Inicialmente o estresse no esporte era avaliado principalmente através de questionários, inventários, frequência cardíaca, variabilidade cardíaca, frequência respiratória e temperatura corporal. Com o passar dos anos foi verificado que o hormônio cortisol é o marcador fisiológico de estresse, que pode ser avaliado através da urina, sangue, saliva e recentemente também pelo cabelo. Vários estudos tentaram mostrar a relação entre medidas subjetivas (questionários e inventários) e medidas objetivas (hormônio) do estresse no esporte, mas na maioria dos trabalhos não existe relação significativa. Vale ressaltar que ambas as medidas são importantes, pois o estresse é avaliado a partir de diferentes perspectivas que podem dar subsídios para o diagnóstico do estresse crônico. Contudo o grande desafio é trabalhar com instrumentos validados para o português e adaptados para a cultura brasileira.

Autoria/Filiação: Profa. Dra. Andréa Duarte Pesca   Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina - Cesusc
Prof. Dr. Roberto Moraes Cruz   Universidade Federal de Santa Catarina
Profa. Dra.Birgit Keller   Universidade Federal do Paraná
Msc. Adriana de Lacerda Amaral Miranda   Confederação Brasileira de Judô (CBJ)
Apresentação: Profa. Dra.Birgit Keller
Palavras-chave: Avaliação, Estresse, medida

 

RESUMO (3)

PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO PARA ATLETAS OLÍMPICOS

A Confederação Brasileira de Judô dispõe de um Serviço de Psicologia que atende aos atletas da seleção brasileira desde 2004. Acompanhando os avanços na área da neurociência desde 2011 intitulou-se Serviço de Psicologia e Neurociência. O principal objetivo deste Serviço é, além de prestar suporte psicológico específico em treinamentos e competições, avaliar e orientar atletas na sua correta planificação e execução de seu treinamento psicológico. Diante da exigência, cada vez maior, do ambiente competitivo em alcançar metas e superar performances busca-se, através da avaliação psicológica identificar, analisar e intervir nas variáveis psicológicas que interferem no desempenho esportivo. No protocolo seguido a identificação acontece por meio de observações sistemáticas e assistemáticas de treinos e competições e atendimentos individuais. A análise consta da aplicação de instrumentos gerais e específicos para o esporte, tais como: entrevista inicial (anamnese); testes psicológicos projetivos (BFP, CPS), nível atencional (TEACO); questionários: Stress e recuperação de atletas (REST-Q) e de motivos para prática esportiva (QMPD); inventários: ansiedade e depressão (Escalas Beck), Raiva como Estado e Traço (STAXI), Perfil de Estado de Humor (POMS) e auto-informes. Estes constituem parte de um processo de psicodiagnóstico esportivo situacional objetivando a orientação de técnicas e estratégias da última etapa, a de intervenção, voltada não só ao treinamento de habilidades mentais específicas para melhoria de performance, como também a saúde e bem-estar do atleta. Pioneiramente a Confederação de Judô foi a primeira no país a adquirir o software de biofeedback (EmWave2) para avaliação, quantificação e monitoramento das habilidades mentais a fim de oferecer respaldo às intervenções psicológicas, elaboração de estratégias ao gerenciamento do estresse, estimulação cognitiva, treinamento mental e autorregulação de estados emocionais propiciando informações importantes para as áreas técnica e tática.

Autoria/Filiação: Profa. Dra. Andréa Duarte Pesca   Complexo de Ensino Superior de Santa Catarina - Cesusc
Prof. Dr. Roberto Moraes Cruz   Universidade Federal de Santa Catarina
Profa. Dra.Birgit Keller   Universidade Federal do Paraná
Msc. Adriana de Lacerda Amaral Miranda   Confederação Brasileira de Judô (CBJ)
Apresentação: Msc. Adriana de Lacerda Amaral Miranda
Palavras-chave: Protocolo, Avaliação, Atletas Olímpicos

 

Nome:
Claudia Hofheinz Giacomoni

Titulo:
Avaliação em Psicologia Positiva: Instrumentos de Otimismo, Autocompaixão e Bem-estar Subjetivo

Resumo:
A Psicologia Positiva busca identificar fatores do desenvolvimento positivo. Atualmente, abarca áreas de estudos sobre as mais diversas variáveis saudáveis, entre elas, a qualidade de vida, otimismo, esperança e resiliência. A literatura científica sobre a Psicologia Positiva vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. No Brasil, observa-se uma tendência de aumento pelo interesse nas variáveis positivas do desenvolvimento humano. Para tanto, são necessários investimentos na área da avaliação com a construção, adaptação e validação de novos instrumentos para a realidade brasileira. A presente mesa visa apresentar três pesquisas que relatam estudos psicométricos de instrumentos de variáveis da Psicologia Positiva. As áreas do bem-estar subjetivo, mais especificamente a satisfação de vida e seus domínios são explorados. A compreensão sobre otimismo infantil é investigada. Além da apresentação da autocompaixão, tema pouco estudado na literatura nacional. São introduzidos os seguintes instrumentos: Escala Multidimensional de Satisfação de Vida para Crianças – Versão Reduzida, Tarefas Preditoras de Otimismo em Crianças (TAPOC) e a Escala de Autocompaixão. A primeira pesquisa apresenta os estudos de validação e de fidedignidade da Escala Multidimensional de Satisfação de Vida para Crianças em sua versão reduzida. A segunda descreve a elaboração de um instrumento para avaliar do otimismo disposicional em crianças pequenas: Tarefas Preditoras de Otimismo em Criança (TAPOC). A seguir, são expostos os procedimentos de adaptação e validação da Escala de Autocompaixão para uso no Brasil. Os estudos psicométricos realizados são apresentados e discutidos. É apontada a importância de pesquisas da área da avaliação psicológica para o incremento de estudos futuros.

 

Palavras-chave:
Otimismo, Auto-Compaixão, Bem-estar Subjetivo

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Evidências de Validade da Escala Multidimensional de Satisfação de Vida para Crianças – Versão Reduzida

A área de estudos do bem-estar subjetivo (BES), basea-se atualmente, em um modelo multidimensional, constituído pela satisfação de vida e pelos afetos positivos e negativos. Os estudos sobre o bem-estar subjetivo infantil são de fundamental importância para a identificação de fatores que promovam qualidade de vida infantil e que atuam como protetores do desenvolvimento. Este estudo apresenta os estudos de validação e de fidedignidade da Escala Multidimensional de Satisfação de Vida para Crianças em sua versão reduzida. A versão original apresenta seis fatores: self, família, self comparado, escola, não-violência e amizade. Para o estudo de redução de itens da escala participaram do estudo 493 estudantes de escolas públicas do ensino fundamental (49,1% meninas e 50,9% meninos) com média de idade de 10,3 (DP=1,4). Aproximadamente 12,4% dos estudantes estavam na faixa etária de 7 a 8 anos, 38,1% estavam na faixa etária de 9 a 10 anos, e 45,5% estavam na faixa etária de 11 a 12 anos. Para redução da escala, optou-se por incluir nas análises apenas itens referentes à escola, a amizade, a família e ao self-comparado devido a uma decisão teórica. Assim, o conjunto de 27 itens foi submetido a uma análise de eixos principais com rotação obliqua. A primeira extração apresentou seis fatores com eigenvalues maiores que um, mas os agrupamentos de itens não permitiram interpretação clara da solução. Na segunda extração restringiu-se a extração a quatro fatores: escola, amizade, família e self-comparado. Sendo essa solução clara e coerente com as expectativas teóricas, optou-se por adotá-la. Essa solução explicou 49,4% da variância total. A estrutura final da escala apresentou os fatores Amizade, Self Comparado, Família e Escola com índices de fidedignidade acima de 0,78. Os resultados contribuem para indicar o uso da escala em pesquisas e na prática do psicólogo, possuindo potencial de uso clínico, principalmente na avaliação de projetos sociais direcionados a crianças, programas de intervenção e como instrumento de triagem em serviços de saúde.

Autoria/Filiação: Claudia Hofheinz Giacomoni   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Claudia de Moraes Bandeira   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Cristian Zanon   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Claudia Hofheinz Giacomoni
Palavras-chave: bem-estar subjetivo, escala, satisfação de vida

 

RESUMO (2)

Tarefas Preditoras de Otimismo em Crianças (TAPOC): Construção de uma Escala de Otimismo para Crianças

Vários estudos têm apontado para a importância de uma perspectiva positiva ou otimista na vida das pessoas. Existe forte evidencia de que o otimismo promove a saúde mental e física, principalmente no enfrentamento de situações estressantes. O otimismo disposicional tem sido associado positivamente com bem-estar psicológico e físico e com satisfação de vida em adultos. Estudos apontam que o otimismo parece funcionar como uma importante fonte de resiliência em crianças saudáveis ou doentes. As pesquisas sobre otimismo em crianças são limitadas pela falta de medidas apropriadas que possibilitem avaliar as expectativas das crianças ao longo do desenvolvimento. Assim, procedeu-se à elaboração de um instrumento para avaliar do otimismo disposicional em crianças pequenas: Tarefas Preditoras de Otimismo em Criança (TAPOC). O instrumento é composto por 16 lâminas com pequenas histórias ilustradas onde as crianças devem optar por um desfecho otimista ou pessimista. Após escolherem o desfecho, a criança aponta em uma reta o quanto ela acredita que o evento pode ocorrer. Para a elaboração do instrumento foi feita uma busca na literatura por instrumentos que avaliam o otimismo em crianças. Os itens foram elaborados a partir de um grupo focal com psicólogos conhecedores do construto otimismo. A primeira versão das histórias foi apresentada para experts em desenvolvimento infantil. Após a revisão final foi realizado um estudo piloto com o objetivo de verificar a adequação dos itens selecionados. Finalmente, os itens foram aplicados na amostra de crianças escolhida. A amostra contou com 270 crianças de ambos os sexos, entre cinco e nove anos de idade de escolas do Rio Grande do Sul. A escala apresenta dois fatores, otimismo em relação ao self e em relação aos outros. Os resultados indicaram que a escala apresenta boa consistência interna, mostrando-se com um instrumento seguro para a avaliação de crianças pequenas.

Autoria/Filiação: Claudia de Moraes Bandeira   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Claudia Hofheinz Giacomoni   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Claudio Simon Hutz   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Claudia de Moraes Bandeira
Palavras-chave: Otimismo, crianças, escala

 

RESUMO (3)

Adaptação e Validação da Escala de Autocompaixão

A autocompaixão é uma atitude saudável e positiva sobre si mesmo diante de sofrimentos e dificuldades. Envolve bondade consigo no lugar de autocrítica ferrenha, mindfulness no lugar de sobre-identificação com o sofrimento, e senso de humanidade no lugar de isolamento das outras pessoas. Vem sendo estudada no âmbito da psicologia positiva, com interesse na saúde psicológica em contextos como o clínico, por exemplo. É mensurada através de uma escala, a Escala de Autocompaixão, há dez anos disponível em inglês com boa qualidade psicométrica. Dois estudos prévios, de autores distintos, conduzidos em Portugal propuseram validações da escala. No entanto, além de se tratar de adaptações para o português de Portugal, os trabalhos não ofereceram elementos suficientes que melhor amparem a validação realizada, especialmente na justificativa conceitual da disposição de itens nos fatores obtidos. O presente trabalho descreve procedimentos de adaptação e validação da Escala de Autocompaixão para uso no Brasil. A amostra contou com 216 homens e 216 mulheres, maiores de 18 anos, de 23 estados brasileiros e Distrito Federal. A coleta de dados foi realizada através de link para a escala divulgado por e-mail. As análises revelaram uma estrutura fatorial diferente da encontrada com a escala original em inglês de 26 itens, mas conceitualmente coerente e com boas cargas fatoriais. Um item teve de ser retirado. O escore de confiabilidade dos 25 itens foi muito bom, e as correlações apoiaram a análise fatorial. Novas análises fatoriais com a reformulação do item retirado contribuirão para o aperfeiçoamento da escala. Os próximos estudos deverão envolver comparações que contribuam para a validação da escala, como personalidade, depressão, ansiedade, satisfação de vida, otimismo, esperança. Estudos com amostras específicas, como no caso de praticantes de Budismo e meditação, bem como pacientes diagnosticados com depressão e ansiedade, também serão importantes na continuidade da linha de pesquisa.

Autoria/Filiação: Luciana Karine de Souza   Universidade Federal de Minas Gerais
Claudio Simon Hutz   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Luciana Karine de Souza
Palavras-chave: autocompaixao, escala , validade

 

Nome:
Nara Côrtes Andrade

Titulo:
Avaliação neuropsicológica de emoções e memória operacional na infância

Resumo:
A infância é um período do ciclo vital especialmente relevante quanto ao desenvolvimento de habilidades socioafetivas e cognitivas. Dentre elas a compreensão de emoções ou conhecimento emocional (CE) e a memória operacional (MO) são focos dos trabalhos relatados. O CE está prejudicado em diversos transtornos neuropsiquiátricos na infância tais com autismo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, transtorno bipolar pediátrico e transtorno de ansiedade. Já a MO está relacionada de maneira significativa aos transtornos de aprendizagem e ocupa um lugar de destaque na predição do desempenho escolar. Testes psicológicos que avaliem o CE e MO possibilitam o incremento de ações preventivas, a orientação de projetos terapêuticos e intervenções, tornando-se também ferramentas para o diagnóstico neuropsicológico infantil. Os trabalhos propostos apresentam dois novos instrumentos de avaliação psicológica para crianças, o Teste de Conhecimento Emocional (EMT) e o Teste de Arrumação do Armário (TAA). Estes são baseados, respectivamente, na Teoria Diferencial das Emoções, formulada por Carroll Izard, e no modelo multicomponente de memória desenvolvido por Alan Baddeley e Graham Hitch. Os estudos demonstraram que a versão adaptada do EMT possui formato adequado à cultura brasileira e língua portuguesa e que o TAA apresentou boa validade de conteúdo e fidedignidade, além dos resultados em termos de parâmetros cognitivos desenvolvimentais. Para a neuropsicologia do desenvolvimento, a avaliação na infância refere-se a um processo psicodiagnóstico que visa analisar as relações entre cérebro e comportamento. Com vistas a aprofundar esta dimensão, será apresentado também estudo empírico que avalia os efeitos da exposição ao manganês no desenvolvimento da MO em crianças.

 

Palavras-chave:
avaliação neuropsicológica, emoções, memória operacional

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Adaptação transcultural do Teste de Conhecimento Emocional: avaliação neuropsicológica das emoções

As emoções desempenham um papel central nas relações e senso de self das crianças. O conhecimento emocional (CE) é uma dimensão do desenvolvimento emocional definida como o conhecimento acerca das expressões, funções e rótulos das emoções. Deficts no CE têm sido associados a diversos transtornos neuropsiquiátricos, tais como autismo, transtorno do deficit de atenção e hiperatividade, entre outros. Entretanto, revisão evidencia escassez de medidas que visem avaliar o CE em crianças no Brasil. Entre os instrumentos aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia, nenhum se dedica a mensurar o CE em crianças menores de 6 anos. O Teste de Conhecimento Emocional (EMT), desenvolvido pelo Laboratório de Emoções Humanas da Universidade de Delaware, é dirigido a crianças de três a seis anos de idade e visa mensurar o CE receptivo (reconhecimento de expressões emocionais), expressivo (rotulação destas expressões), além do conhecimento acerca das causas e consequências das emoções. O presente estudo teve por objetivo adaptar transculturalmente o EMT. Este teste foi traduzido e adaptado por uma equipe de pesquisadores bilíngues e posteriormente retraduzido para o inglês. As versões foram julgadas pelos autores do instrumento e por juízes brasileiros especialistas. As imagens contidas no instrumento foram submetidas a estudo de padronização em amostra brasileira com a participação de 80 estudantes universitários. A versão final foi aplicada com 50 crianças e respondida por nove juízes de três estados brasileiros. O estudo de padronização das fotografias demonstrou bom nível de concordância geral com índice de Kappa superior a 0,7. A avaliação da tradução foi julgada pelos juízes como não alterada ou pouco alterada, indicando uma boa equivalência semântica do EMT. Os resultados indicam ainda bons níveis de concordância quanto às respostas. A versão adaptada do EMT demonstrou formato adequado à cultura brasileira e língua portuguesa Brasil, possibilitando a sua recomendação neste contexto.

Autoria/Filiação: Nara Côrtes Andrade   Universidade de São Paulo e Universidade Católica do Salvador
Neander Abreu   Universidade Federal da Bahia
Igor Menezes   Universidade Federal da Bahia
Cláudia Berlim de Mello   Centro Paulista de Neuropsicologia, Universidade Federal de São Paulo
Victor Riccio Duran   Universidade Federal da Bahia
Narena de Alencar   Universidade Federal da Bahia
Apresentação: Nara Côrtes Andrade
Palavras-chave: adaptação transcultural, emoções, crianças

 

RESUMO (2)

Teste da Arrumação do Armário infantil: teste de avaliação de memória visuoespacial em crianças

Desde o aparecimento do modelo multicomponente de memória desenvolvido por Alan Baddeley e Graham Hitch, estudos têm sido desenvolvidos para a avaliação de como se dá o processamento multinível da memória operacional verbal e visuoespacial. A memória operacional ocupa um lugar significativo nos transtornos de aprendizagem e na predição do desempenho escolar. Mais recentemente, a introdução de um novo componente no modelo, o retentor episódico, disparou pesquisas dirigidas a compreensão de como as características múltiplas da memória se conectam para a evocação. Este efeito, denominado binding, passou a ser estudado em diferentes pesquisas principalmente da alça fonológica. Estudos com o componente do binding visuoespacial têm sido necessários para investigar como seres humanos processam a memória visuoespacial operacional e de longa duração. Revisões da literatura indicam que o desempenho adequado da memória operacional torna-se um bom preditor do desempenho acadêmico em crianças. Assim, o desenvolvimento de testes para a avaliação neuropsicológica fundamentados em uma teoria consistente de memória operacional são necessários a fim de favorecer a compreensão do desempenho acadêmico e de déficits neuropsicológicos existentes em transtornos do desenvolvimento com prejuízo cognitivo.Nós desenvolvemos um novo teste para avaliação da memória operacional, o teste de Arrumação do Armário. O instrumento é um software desenvolvido em plataforma Flash, com medidas de avaliação de memória de longa duração e binding da memória operacional, com diferentes provas de interferência. O presente trabalho investigou as características psicométricas do instrumento e avaliou o desempenho de 72 crianças de 7 a 12 anos de idade no mesmo. O teste apresentou boa consistência interna (.74) e no grupo avaliado as medidas não mostraram diferenças desenvolvimentais entre dois grupos etários (7-9 e 10-12 anos de idade) e nem dependentes de diferentes tarefas de interferência. A implicação do presente instrumento é discutida e sua relação com o modelo multimodal de memória operacional, mostrando que o instrumento é confiável, apresentando boa validade de conteúdo e fidedignidade, além dos resultados cognitivos desenvolvimentais.

Autoria/Filiação: Neander Abreu   Universidade Federal da Bahia
Gustavo Siquara   Universidade Federal da Bahia
Andréa Oliveira Tourinho   Universidade Federal da Bahia
Apresentação: Andréa Oliveira Tourinho
Palavras-chave: avaliação neuropsicológica, validação, memória operacional

 

RESUMO (3)

Prejuízo na memória operacional em crianças com níveis elevados de manganês

O Manganês (Mn) é um microelemento essencial ao corpo humano, no entanto em altas doses podem acarretar prejuízos ao Sistema Nervoso Central. O presente trabalho tem por objetivo avaliar memória operacional em crianças com idade escolar e a associação com a exposição excessiva ao Mn. Participaram deste estudo 70 díades criança-mãe/responsável, crianças com idades entre 7 e 12 anos, que residem em duas comunidades do município de Simões-Filho, Bahia, Brasil. Essas comunidades estão sob influência da poluição atmosférica gerada pela produção de ligas ferro-manganês de uma eletrosiderúrgica. Os níveis de Mn no cabelo (MnC) das crianças, coletados na região occipital, foram determinados por espectrometria de absorção atômica. Foram aplicados dois testes: Dígitos (WISC-III) e Cubos de Corsi. Foram analisados o escore ponderado de Dígitos e o número de sequências corretas na ordem Direta (OD) e Indireta (OI) dos testes. As crianças foram agrupadas em três grupos de acordo com o tercil dos níveis de MnC: Tercil Inferior, Tercil Médio e Tercil Superior. O teste Mann-Whitney demonstrou que os escores diminuíram significativamente no grupo do Tercil Superior de MnC em comparação com o desempenho do Tercil Inferior, tomado como referência, em: Dígitos (Ponderado), Dígitos OI e Cubos de Corsi OD. Dígitos OI correlacionou significativamente (Spearman), de forma inversa e moderada, com os níveis de MnC. As análises de regressão multivariada revelaram associações inversas e significativas entre os níveis de MnC e os escores de Dígitos (ponderado), ajustado por sexo e escolaridade materna e de Dígitos OI e OD, ajustados por sexo, idade e escolaridade materna. Os resultados sugerem que as crianças estão sobre efeito da exposição crônica ao Mn advindo das emissões da planta metalúrgica. Concentrações elevadas de Mn no organismo estiveram associadas a um menor desempenho em medidas de memória operacional e de curto prazo, corroborando resultados de estudos anteriores.

Autoria/Filiação: Chrissie Ferreira de Carvalho   Instituto de psicologia / Universidade Federal da Bahia
Gustavo Freitas de Sousa Viana   Faculdade de farmácia / Universidade Federal da Bahia
José Antônio Menezes Filho   Faculdade de farmácia / Universidade Federal da Bahia
Neander Abreu   Instituto de psicologia / Universidade Federal da Bahia
Apresentação: Chrissie Ferreira de Carvalho
Palavras-chave: avaliação neuropsicológica, memória operacional, neurotoxicologia

 

Nome:
Irai Cristina Boccato Alves

Titulo:
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Resumo:
A presente mesa-redonda pretende apresentar resultados de pesquisas com diversos instrumentos para avaliação de crianças e adolescentes e em diferentes contextos. Dois dos trabalhos empregaram o Desenho da Figura Humana (DFH), um deles abordando aspectos cognitivos em crianças e o outro aspectos emocionais em adolescentes. Os outros dois estudaram o CBCL em crianças e uma nova escala para avaliação do Bullying escolar em crianças e adolescentes. O primeiro trabalho comparou os resultados de duas amostras de crianças de duas cidades diferentes nos Indicadores maturacionais de Koppitz do DFH para verificar a influência do aspecto cultural sobre os desenhos. O segundo trabalho teve o objetivo de investigar a sensibilidade do DFH aos sintomas depressivos em adolescentes, que também foram avaliados pelo CDI (Children Depression Inventory), de modo a ampliar os dados referentes aos dados empíricos de validade do DFH para esse quadro clínico. O estudo seguinte utilizou o CBCL (Child Behavior Checklist), que constitui um instrumento de avaliação do comportamento infantil para a análise do desenvolvimento e maturação saudável ou psicopatológica, procurando investigar o efeito da variável gênero sobre os sintomas internalizantes e externalizantes em crianças. O último trabalho se refere a um novo instrumento, voltado para uma questão muito atual e preocupante no ambiente escolar, que tem sido tema de muitas discussões relativas à escola, o bullying. Neste estudo foram investigados aspectos referentes à precisão e à análise fatorial da escala, em uma amostra que abrangeu tanto crianças como adolescentes, uma vez que o problema estudado ocorre nessas duas faixas etárias e não existem ainda instrumentos adaptados para o Brasil com esse objetivo.

 

Palavras-chave:
AvaliaçãoPsicológica, Crianças, Adolescentes

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

COMPARAÇÃO DOS INDICADORES MATURACIONAIS (KOPPITZ) DO DFH DE CRIANÇAS DE ASSIS E SÃO PAULO

O Desenho da Figura Humana (DFH) é bastante usado para avaliação cognitiva e de desenvolvimento infantil, sendo um dos sistemas de avaliação mais empregados o dos indicadores maturacionais proposto por Koppitz. Este trabalho teve como objetivo comparar os desenhos obtidos com este sistema de uma amostra de crianças de município de Assis-SP (interior) com uma amostra da cidade de São Paulo (capital) para determinar a existência de diferenças nos resultados entre as duas cidades, investigando a influência do contexto cultural na realização do teste. Cada uma das duas amostras foi composta por 34 crianças, de 5 anos e meio a 10 anos, sendo 18 meninas e 16 meninos, frequentando escolas municipais dos dois municípios. As amostras foram emparelhadas por idade e sexo. Para o Desenho da Figura Humana solicitou-se uma pessoa, o qual foi avaliado pelos 30 Indicadores Maturacionais de Koppitz. Os desenhos foram coletados individualmente. A análise de variância do total de indicadores do DFH, tendo como variáveis idade e sexo, não indicou diferença estatisticamente significante entre as médias das duas cidades, mas constatou diferença entre os sexos, com médias mais altas para os meninos. Também foram feitos testes t para cada item para determinar diferenças na freqüência entre os grupos, tendo sido observadas diferenças entre as crianças das duas cidades nos itens 3, 4, 5, 10, 16, 17 e 18, sendo que em dois itens (16 e 18) as crianças de Assis foram superiores e nos demais, as de São Paulo. Pode-se concluir que, embora não tenha havido diferenças no total de indicadores entre as duas cidades, foram observadas algumas diferenças nos itens isoladamente. Embora as amostras estudadas tenham sido pequenas, esse resultado levanta a possibilidade de existir algumas diferenças na representação do DFH de crianças provenientes de regiões diferentes do Estado de São Paulo.

Autoria/Filiação: Helena Rinaldi Rosa   Universidade Estadual Paulista – Assis e Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Irai Cristina Boccato Alves   LITEP - Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Apresentação: Helena Rinaldi Rosa
Palavras-chave: AvaliaçãoPsicológica, Des. Figura Humana, diferenças culturais

 

RESUMO (2)

IMAGEM COPORAL E SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA EM ADOLESCENTES

Estudos alertam para o aumento da incidência da depressão, tornando-se uma preocupação para a saúde pública em vários países do mundo. Outro aspecto a ser destacado se refere a seu início cada vez mais precoce, acarretando implicações no desenvolvimento de modo geral e na imagem corporal de crianças e adolescentes. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo identificar e analisar a imagem corporal de adolescentes com a presença de sintomatologia depressiva. A mostra foi composta de 119 adolescentes, com idades entre 11 e 15 anos, sendo 66 meninas e 53 meninos de escolas públicas da Região do Grande ABC/SP. Tais jovens foram submetidos à aplicação coletiva do Children Depression Inventory (CDI) e a aplicação individual do Teste do Desenho da Figura Humana (DFH). O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética para pesquisas com humanos, como determina o Conselho Nacional de Saúde. Os dados coletados foram sistematizados e analisados, sendo que os resultados obtidos no CDI indicaram a presença dos sintomas depressivos em 11% da amostra, ou seja, com pontuação igual ou superior a 17 pontos, de acordo com padronização estabelecida pelo instrumento. A seguir foram analisadas qualitativamente as produções gráficas de cada um desses participantes no que se refere à representação da imagem corporal. Assim, observou-se que estes adolescentes denotaram sinais de timidez, hesitação, insegurança e falta de confiança em si mesmo. Entretanto, estas análises permitem apontar a impossibilidade de assegurarmos uma relação direta entre a sintomatologia depressiva e imagem corporal, pois merece destaque o fato do estudo referir-se ao período da adolescência, uma vez que as dificuldades na imagem corporal observadas entre os indicativos para sintomatologia depressiva, podem ser atribuídas a características pertinentes a essa fase da vida, impedindo uma informação mais conclusiva

Autoria/Filiação: Hilda Rosa Capelão Avoglia   Universidade Metodista de São Paulo
Eda Marconi Custódio   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e Universidade Metodista de São Paulo
Apresentação: Hilda Rosa Capelão Avoglia
Palavras-chave: Des. Figura Humana, AvaliaçãoPsicológica, depressão

 

RESUMO (3)

SINTOMAS EXTERNALIZANTES E INTERNALIZANTES DO CHILD BEHAVIOR CHECKLIST: COMPARAÇÃO ENTRE GÊNEROS

O CBCL, Child Behavior Checklist, é um valioso instrumento de avaliação do comportamento infantil com vistas à análise do desenvolvimento e maturação saudável ou psicopatológico da criança e adolescente. Trata-se de uma entrevista estruturada em forma de questionário que aborda com os pais ou responsáveis sobre o tipo de comportamento infanto-juvenil no contexto educacional, social e interpessoal. Um dos aspectos abordados pelo instrumento é a presença de sintomas internalizantes (mais subjetivos e sem manifestação corporal) e de sintomas externalizantes (manifestados por atos motores e com maior impacto no ambiente). O objetivo desta pesquisa foi discutir a influência da variável gênero referente aos sintomas internalizantes e externalizantes das crianças estudadas. Os participantes do estudo foram 500 crianças de 7 a 10 anos, estudantes do ensino fundamental de escolas públicas, distribuÍdos em dois grupos: 250 crianças do sexo feminino e 250 do masculino. A média e mediana de sintomas internalizantes indicou escore considerado limítrofe para os dois grupos enquanto os sintomas externalizantes foram pontuados como dentro do quadro normal em ambos os casos. Os dados reforçam a discussão sobre a relevância da influência do gênero no estudo do comportamento e desenvolvimento infantil, mostrando a necessidade de se controlar essa variável na avaliação e no planejamento das intervenções, quando o instrumento indicar um problema numa das áreas avaliadas.

Autoria/Filiação: Carla Luciano Codani Hisatugo   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Eda Marconi Custódio   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo,Universidade Metodista de São Paulo
Apresentação: Carla Luciano Codani Hisatugo
Palavras-chave: CBCL, crianças , gênero

 

RESUMO (4)

ESTUDO DE VALIDADE E PRECISÃO DA ESCALA DE AVALIAÇÃO DO BULLYING ESCOLAR

O Bullying escolar ocorre quando um ou mais alunos perseguem e agem de forma negativa em relação a outro, de maneira constante ao longo do tempo. Por ações negativas, podem ser citadas a intencionalidade em ferir, incomodar ou causar danos a outra pessoa. Essas ações podem ser físicas (como empurrar ou bater), verbais (palavrões ou apelidos) ou nenhuma dessas duas formas especificamente, como excluir uma pessoa de um grupo ou fazer gestos obscenos em público, dentre outros. Considerando as consequências que tal fenômeno pode gerar, a Escala de Avaliação do Bullying Escolar propõe-se a identificar vítimas ou autores de bullying nesse contexto. O presente estudo teve como objetivos verificar o índice de precisão dessa escala, assim como sua estrutura fatorial. A amostra que serviu de base para os estudos foi composta por 362 crianças e adolescentes de escolas públicas e particulares do estado de Santa Catarina, com idade variando entre 7 e 20 anos (M=12,43; DP=2,508) e cursando entre o primeiro ano do Ensino Básico e o terceiro ano do Ensino Médio. Os coeficientes alpha de Cronbach tanto da escala de autores, quanto de vítimas, foram satisfatórios. A análise fatorial confirmou a existência de dois fatores, sendo o primeiro referente aos itens que compunham a escala de vítimas e o segundo a de autores. Os mesmos itens que não obtiveram a carga fatorial mínima de 0,300 (padrão adotado pelo autor) foram aqueles cuja correlação item-total também ficou abaixo do esperado. Dessa forma, a versão final da escala ficou composta apenas por itens cujas cargas fatoriais e correlação item-total foram satisfatórias. Os resultados encontrados confirmaram tanto a precisão da escala, quanto forneceram uma evidência de validade baseada na estrutura interna.

Autoria/Filiação: Fábio Camilo da Silva   Vetor Editora Psicopedagógica
Apresentação: Fábio Camilo da Silva
Palavras-chave: Bullying escolar, AvaliaçãoPsicológica, validade

 

Nome:
Leila Salomão de L. P. Cury Tardivo

Titulo:
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM DIVERSAS REGIÕES DO BRASIL

Resumo:
A compreensão e o conhecimento da experiência emocional de crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica se torna cada vez mais relevante, em função do número crescente de casos e das sérias consequências no desenvolvimento e saúde física e mental das vítimas. Foi realizada uma ampla pesquisa nas cinco regiões do Brasil que objetivou validar o Teste do Desenho da Pessoa na Chuva e o Inventário de Frases na Identificação da Violência Doméstica (IFVD) em crianças brasileiras (O teste do desenho da pessoa na chuva: estudos de validação em crianças vítimas de violência doméstica no contexto brasileiro”, processo CNPq n. 00867/2010-9). Essa mesa será composta por quatro trabalhos que compuseram esse amplo estudo. Assim, a primeira enfoca o estudo no Estado de São Paulo, com resultados nas duas técnicas, A segunda A segunda enfoca os dados do IFVD no Estado do Rio de Janeiro. A terceira mostra os resultados de crianças e adolescentes de Aracaju (Sergipe) no mesmo instrumento; e finalmente a quarta traz os resultados encontrados no IFVD e no Teste do Desenho da Pessoa na Chuva em crianças e adolescentes de Cuiabá (MT). De forma geral, os trabalhos apontam a validade do Inventário de Frases na identificação de casos de violência doméstica, e nos estudos com o Teste do Desenho da Pessoa na Chuva também foi revelada utilidade da mesmas. Ao mesmo tempo, se concluiu pela necessidade de estudos mais amplos em diversos Estados, reiterando-se a relevância e a importância da avaliação psicológica nessa área.

 

Palavras-chave:
avaliação psicológica, violência doméstica, crianças e adolescentes

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

O INVENTÁRIO DE FRASES NA IDENTIFICAÇÃO DA VIOLÊNCIA DOMESTICA E O TESTE DO DESENHO DA PESSOA NA CHUVA EM SÃO PAULO

Esse trabalho enfoca a violência doméstica contra crianças e adolescentes, problemática com efeitos na saúde e com deletérios efeitos sociais tais como inadaptação escolar e repetição de atos violentos em cadeia. Realizamos ampla pesquisa de tradução e validação do Inventário de Frases na Avaliação da Violência Doméstica e um amplo estudo com essa técnica e com o Teste do desenho da pessoa na chuva( Processo CNPq n. 00867/2010-9). Essa técnica projetiva gráfica, pouco conhecida no Brasil, é empregada por profissionais de países latino americanos em diversos contextos, em especial na avaliação das crianças vítimas de violência doméstica. A presente apresentação mostra os resultados da pesquisa no Estado de São Paulo, onde participaram 638 crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade, de ambos os sexos, sendo 348 do grupo experimental (vítimas de violência doméstica) e 290 do grupo controle (sem suspeita), considerando a capital e outras cidades. A amostra foi composta por conveniência, sendo 55,5 % vitima de violência física e 37,5% de abuso sexual. Verificou-se a fidedignidade do Desenho da Pessoa na Chuva pelo estudo da concordância da avaliação entre três juízes, a qual mostrou correlações muito elevadas .Comparando o desempenho dos dois grupos foram encontradas muitas diferenças, como ausência de guarda-chuva, Chuva Setorizada, nuvens espessas e raios sobre a cabeça, cabeça deteriorada, desproporção e muitos outros, sendo encontradas evidências de validade nessas comparações (por grupo, sexo e idade). No IFVD em São Paulo, também foram obtidas diferenças altamente significantes, no total e por transtorno. Conclui-se que foi possível trazer uma contribuição à área do Psicodiagnóstico, em especial de crianças e adolescentes vitimas de violência doméstica.

Autoria/Filiação: Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Apresentação: Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo
Palavras-chave: : violência doméstica, abuso sexual, avaliação psicológica

 

RESUMO (2)

O INVENTÁRIO DE FRASES NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES VITIMIZADOS NO INTERIOR DO RIO DE JANEIRO

O presente estudo, vinculado ao projeto de Pesquisa “O teste do desenho da pessoa na chuva: estudos de validação em crianças vítimas de violência doméstica no contexto brasileiro”, processo CNPq n. 00867/2010-9, apresenta os resultados da investigação com o Inventário de Frases no diagnóstico de violência doméstica (IFVD), na cidade de Volta Redonda/RJ, para verificar se este instrumento consegue discriminar crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica daquelas que não apresentam esse tipo de queixa. O referido instrumento foi aplicado em 60 crianças e adolescentes, na faixa etária entre 06 e 16 anos, de ambos os sexos, sendo que 30 participantes eram comprovadamente vítimas de violência doméstica nas modalidades física e/ou sexual, atendidas em uma instituição de assistência social (grupo clínico), e 30 participantes, sem suspeitas de sofrerem esse tipo de experiência (grupo controle). Para verificar se os resultados do IFVD discriminam os dois grupos, foi realizada a comparação entre as médias para cada um dos transtornos e para o total do inventário. Os dados foram comparados com o ANOVA de um fator (One Way ANOVA). Os resultados mostram que em quase todos os transtornos avaliados pelo IFVD (Cognitivo, Emocional, Social e Comportamental) e também no total de pontos no instrumento houve diferença significativa entre os dois grupos avaliados (ao nível de 0,01), revelando, assim, a validade desse instrumento para a identificação da situação de violência doméstica entre crianças e adolescentes.

Autoria/Filiação: Antonio Augusto Pinto Junior   Universidade Federal Fluminense – UFF
Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo   Instituto de Psicologia da USP
Apresentação: Antonio Augusto Pinto Junior
Palavras-chave: Violência domestica, Criancas e Adolescentes, Avaliacao Psicologica.

 

RESUMO (3)

AVALIAÇÃO DE VIOLÊNCIA E MAUS-TRATOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES SERGIPANOS

O presente estudo, cujos dados compuseram a pesquisa mais ampla” O teste do desenho da pessoa na chuva: estudos de validação em crianças vítimas de violência doméstica no contexto brasileiro”, (processo CNPq n. 00867/2010-9) ,teve por objetivo verificar a sensibilidade do IFVD (Inventário de Frases para o Diagnóstico de Violência Doméstica) em identificar essa experiência, bem como os transtornos consequentes em crianças e adolescentes vítimas de violência e maus-tratos na cidade de Aracaju/Sergipe. Participaram 60 indivíduos, divididos em dois grupos - Grupo 1: 17 meninos e 13 meninas vítimas de abuso sexual, físico ou ambos, vivendo em regime de abrigamento; Grupo 2 – Controle: 17 meninos e 13 meninas, sem relato de vitimização, vivendo com suas famílias de origem. Ambos os grupos apresentaram idade entre 6 e 16 anos, escolaridade entre pré-escola e o terceiro ano do Ensino Médio. Foi utilizado o IFVD –, aplicado de forma individual e em sala reservada. Os resultados apontam o predomínio de meninos vítimas de violência física. Na comparação entre os dois grupos foi utilizado o ANOVA de um fator. No total o IFVD discrimina os dois grupos, e quanto aos transtornos avaliados pelo IFVD, apenas o comportamental denotou diferença estatisticamente significativa. Assim se conclui que a IFVD é válido quando considerado no total, e pela necessidade de estudos com amostras maiores.

Autoria/Filiação: Rejane Lucia Veiga Oliveira Johann   Universidade Federal de Sergipe- UFS
Adriana Stacy Teixeira Brito   Universidade Federal de Sergipe-UFS
Ana Carolina Melo Mendonça   Universidade Federal de Sergipe - UFS
Beatriz Andrade Oliveira Reis   Universidade Federal de Sergipe - UFS
Apresentação: Rejane Lucia Veiga Oliveira Johann
Palavras-chave: Criança, abuso sexual, violência

 

RESUMO (4)

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE CRIANÇA VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ACOLHIDAS EM UNIDADE DE ABRIGAMENTO DE CUIABÁ MT

A compreensão e o conhecimento da experiência emocional de crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica se torna cada vez mais relevante, em função do número crescente de casos e das sérias consequências que o fenômeno acarreta ao processo de desenvolvimento e à saúde física e mental das vítimas. Este estudo pretende apresentar resultados de crianças e adolescentes vítimas e sem suspeita de serem vítimas de violência doméstica, avaliadas por instrumentos psicológicos. Trata-se de um multicêntrico nacional, que pretende ainda subsidiar a elaboração de normas específicas para a região Centro Oeste e mais especificamente para o estado de Mato Grosso. Para este estudo foram usados os seguintes instrumentos psicológicos: Inventário de Frases no Diagnóstico de Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência Doméstica (IFVD) e Teste do Desenho da Pessoa na Chuva. A amostra de Cuiabá – Mato Grosso foi constituída de 70 crianças e adolescentes, com idade entre a 16 anos, de ambos os sexos, sendo 38 para o grupo experimental e 32 para o grupo controle. Os resultados do IFVD, na amostra da região Centro Oeste, quando comparados a ANOVA mostrou diferenças significativas entre os grupos controle e experimental nos transtornos, cognitivo, emocional, social, comportamental, físico e total. Já, mais especificamente na amostra de Mato Grosso, houve diferenças significativas entre os grupos nos transtornos emocional, físico, comportamental e total. No Desenho da Pessoa na Chuva também foram encontradas diferenças significativas no desempenho dos dois grupos, revelando também que essa técnica projetiva é sensível para captar as dificuldades emocionais de crianças vítimas de violência doméstica. Esses resultados demonstram a sensibilidade desses instrumentos na avaliação de crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica.

Autoria/Filiação: Rosangela Kátia Sanches Mazzorana Ribeiro   Universidade Federal de Mato Grosso- Departamento de Psicologia
Danielle Martins Moreira dos Santos   Universidade Federal de Mato Grosso- Departamento de Psicologia
Natália Félix Duarte   Universidade Federal de Mato Grosso- Departamento de Psicologia
Apresentação: Rosangela Kátia Sanches Mazzorana Ribeiro
Palavras-chave: violência doméstica, crianças , instrumentos psicológicos

 

Nome:
DEISE AMPARO

Titulo:
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM MÉTODOS PROJETIVOS

Resumo:
A ASBRO tem buscado, por meio dos seus associados e grupos de pesquisas vinculados, desenvolver pesquisas que qualifiquem os usos dos instrumentos de avaliação psicológica, focalizando diferentes etapas do desenvolvimento, bem como em contextos e populações específicas. Nessa mesa redonda propõe-se apresentar quatro trabalhos de grupos de pesquisa oriundos e vinculados a diferentes regiões do país. O primeiro trabalho refere-se ao Teste das Fábulas método projetivo para avaliar crianças, resultante dos trabalhos de professoras da PUCRS nos anos 1990; são apresentadas as bases teóricas e as pesquisas empíricas atuais de sustentação e uso do instrumento em crianças. O objetivo é mostrar o material do teste, elementos de administração e correção, e discutir os estudos iniciais acerca do instrumento e os estudos que o utilizaram em pesquisas até a atualidade No segundo e terceiro trabalho as autoras propõem estabelecer parâmetros psicométricos para o Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister (TPC) com crianças e adolescentes. Esse método expressivo vem se mostrando muito útil na avaliação psicológica em diversos contextos e os resultados obtidos são analisados tanto numa perspectiva qualitativa, idiográfica, quanto com base nos estudos normativos. Destaca-se a sua praticidade, rapidez avaliativa e aspectos lúdicos, favorecendo engajamento dos respondentes, além de ricas informações relativas a características de personalidade. Por fim, será apresentada uma pesquisa com o TAT e o Rorschach na abordagem francesa, com uma população específica de adolescentes em conflito com a lei. Será enfatizada a análise da reorganização da identidade, as mudanças narcísicas e objetais decorrentes dos remanejamentos das relações reais e fantasmáticas que o adolescente estabelece consigo e

 

Palavras-chave:
Teste de Rorschach, Teste das Fábulas, TESTE DE PFISTER

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

O TESTE DAS FÁBULAS COM CRIANÇAS

O Teste das Fábulas é um método projetivo, adaptado no Brasil por Cunha e Nunes em sues estudos iniciados no final da década de 1980. Na versão brasileira as autoras adaptaram o material para uso no Brasil, revisaram substancialmente a teorização de sustentação do instrumento, criaram um sistema de categorização para as respostas de crianças às dez historietas e imagens que compõem o teste, cujo objetivo é a avaliação de conflitos inconscientes, em crianças de três a 12 anos. O objetivo da apresentação é mostrar o material do teste, elementos de administração e correção, e discutir os estudos iniciais acerca do instrumento e os estudos que o utilizaram em pesquisas até a atualidade. Dos estudos iniciais são destacados aqueles referentes à construção da versão pictórica e ao estudo das respostas populares; em relação à continuidade dos estudos, são discutidas pesquisas sobre: desenvolvimento evolutivo e emocional do pré-escolar, tendências socio-clínicas, concordância social, transtorno de conduta, conflitiva edípica, crianças com problemas de saúde, crianças com problemas de ordem emocional associados aos temas de violência doméstica, alienação parental, adoção; ainda apresentados estudos sobre o teste no contexto da avaliação psicológica e da psicoterapia. Ao longo dos anos, o Teste das Fábulas se mostra útil para avaliação e para a pesquisa. Os esforços atuais estão direcionados aos novos estudos de suas qualidades psicométricas com vistas a atender ás exigências do Conselho Federal de Psicologia.

Autoria/Filiação: Maria Lucia Tiellet Nunes   Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Rodrigo Luís Bispo Souza   Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Rafaele Medeiros Paniagua   Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Luciana Jornada Lourenço   Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Apresentação: Maria Lucia Tiellet Nunes
Palavras-chave: Teste das Fábulas, Avaliação Psicológica, Métodos projetivos

 

RESUMO (2)

O TESTE DE PFISTER NA INFÂNCIA

Buscou-se estabelecer os parâmetros psicométricos do Teste das Pirâmides Coloridas (TPC) para crianças. O TPC é um método expressivo que vêm se mostrando muito útil na avaliação psicológica em diversos contextos e os resultados obtidos são analisados tanto numa perspectiva qualitativa, idiográfica, quanto com base nos estudos normativos. Participaram do estudo 538 crianças, sendo 218 do sexo masculino e 309 do sexo feminino. A idade das crianças variou entre 6 e 12 anos de escolas públicas e particulares. Foram feitas análises comparando-se os resultados das freqüências das cores, síndromes cromáticas, aspecto formal e fórmula cromática considerando-se as idades, sexo e origem da escola, se pública ou particular. De um modo geral, observaram-se diferenças significativas, conforme a idade, no uso das cores violeta, preto e branco e também da síndrome incolor. Considerando o sexo observaram-se diferenças significativas no uso do vermelho, violeta e síndrome fria aumentados nas meninas. Observou-se que as tonalidades Vm1 e Vi1 predominam nas meninas. Os meninos tiveram um aumento significativo no uso das cores verde, marrom, preto, cinza e síndromes normal e incolor. No que diz respeito ao aspecto formal, este variou conforme a idade sendo maior a frequência de tapetes com início de ordem e tapete puro nas crianças de seis anos em relação às de 12. As estruturas foram maiores em crianças de 9 anos e menores nas de 8 e 11 anos, o que pode ser compreendido teoricamente. Considerando-se os sexos, a formação simétrica é maior entre os meninos e a formação alternada só apareceu em meninas. Os resultados confirmam a necessidade de se estabelecerem padrões normativos específicos para crianças, havendo vários indicadores que revelam diferenças significativas entre as diversas faixas etárias e alguns entre os sexos e o tipo de escola.

Autoria/Filiação: Anna Elisa Villemor-Amaral   Universidade São Francisco
Lucila Moraes Cardoso   Universidade São Francisco
Fabiola Cristina Biasi   Universidade São Francisco
Pamela Malio Pardini Pavan   Universidade São Francisco
Raquel Rossi Tavella   Universidade São Francisco
Fabiano Koich Miguel   Universidade Estadual de Londrina
Apresentação: Anna Elisa Villemor-Amaral
Palavras-chave: Teste de Pfister, Avaliação Psicológica, técnicas expressivas

 

RESUMO (3)

O TESTE DE PFISTER NA ADOLESCÊNCIA

No Brasil e no mundo, pesquisadores têm empreendido esforços no aprimoramento dos instrumentos de avaliação psicológica, em busca de sua qualidade e adequada utilização. Dentre os métodos projetivos, o Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister (TPC) destaca-se por sua praticidade, rapidez avaliativa e aspectos lúdicos, favorecendo engajamento dos respondentes, além de ricas informações relativas a características de personalidade. Com intuito de buscar evidências empíricas para utilização do TPC no Brasil, sobretudo na investigação do desenvolvimento infanto-juvenil, procurou-se elaborar padrões normativos desse método projetivo a partir de 180 adolescentes de 12 a 14 anos de idade, de ambos os sexos, de escolas públicas e particulares do interior do Estado de São Paulo, selecionados a partir de relato de indicadores de desenvolvimento típico (obtidos por questionário informativo sobre história pessoal) e com adequado potencial cognitivo (avaliado pelo Teste de Inteligência Não Verbal INV-Forma C). Os dados aqui sistematizados referem-se às frequências médias das cores, das síndromes cromáticas e do modo de execução das pirâmides do TPC, comparando-os (Teste t de Student, p≤0,05) aos dados normativos disponíveis de 1978 (adolescentes) e 2005 (adultos não pacientes), de modo a evidenciar, empiricamente, a especificidade de referenciais normativos para adequada avaliação psicológica de adolescentes no contexto contemporâneo. Os resultados médios da amostra presentemente avaliada foram os seguintes, em termos descritivos: Azul (18,6%), Verde (15,7%), Vermelho (15,0%), Violeta (12,8%), Branco (8,9%), Amarelo (8,7%), Laranja (7,0%), Preto (6,9%), Marrom (3,0%), Cinza (2,8%) e as síndromes: Síndrome Normal=49,5%, Síndrome Fria=47,2%, Síndrome Estímulo=30,8% e Síndrome Incolor=18,7%. Foi possível identificar diferenças estatisticamente significativas entre os resultados atuais (adolescentes avaliados em 2011) e a amostra de 1978 (adolescentes) e 2005 (adultos), tornando-se indispensável a atualização dos dados normativos do Pfister, como pretendido no presente estudo, fortalecendo suas justificativas.

Autoria/Filiação: Sonia Regina Pasian   Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras FFCLRP/USP
Joana Brasileiro Barroso   Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras FFCLRP/USP
Dayane Rattis Theodozio   Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras FFCLRP/USP
Apresentação: Sonia Regina Pasian
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, Teste de Pfister, Método Projetivo

 

RESUMO (4)

RORSCHACH E TAT NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI

Nessa pesquisa será enfatizada para análise nos métodos projetivos, a reorganização da identidade, as mudanças narcísicas e objetais decorrentes dos remanejamentos das relações reais e fantasmáticas que o adolescente estabelece consigo e com o outro (re) organizando o funcionamento mental. Serão analisados oito casos de adolescentes em situação de conflito com a lei que se encontram em medida de internação. Os instrumentos utilizados são entrevistas clínicas, Rorschach (abordagem francesa) e TAT. Na análise do TAT estruturalmente, as narrativas revelam subjetividades ancoradas em bases narcísicas frágeis, onde a gestão da angústia é feita pela passagem ao ato. Decorrente de uma determinada qualidade de investimento libidinal no eu (A2-3; A3-2; B3-1; B3-2; CN-2), a administração da angústia não é possível no interior do psiquismo e encontra sua descarga no externo ou no real do corpo (CI-2; CM-1; E1-4; E2-2; E2-3; E4-3). Simbolicamente, as narrativas traduzem o ato violento como testemunho da quebra do pacto social e falência simbólica (A1-4 negativas; CF-2). Na análise do Rorschach discute-se a restrição da capacidade de identificação e empatia evidenciando modelos de relação objetal marcadamente estabelecido de forma especular (H-A híbridas; Hd>H; K reduzidos, respostas par e reflexo). Analisa-se as fragilidades das bases narcísicas e dos limites, a problemática da delimitação do eu/não eu, o recurso às defesas e a inibição da fantasia (Barreira-Penetração, F% e F+%). Os métodos projetivos demonstram que esses adolescentes tendem a apresentar dificuldades na constituição de um espaço psíquico interno diferenciado do espaço externo, reforçando a hipótese acerca da pobreza de fantasia e capacidade de mentalização, e uma questão intrapsíquica relevante: a inibição e o pouco dinamismo pulsional. Nas intervenções com os adolescentes, no campo jurídico ou da saúde, é necessário compreender e avaliar a dinâmica psíquica, as fragilidades e os recursos. Essa individualização pode possibilitar a diminuição da cronificação do agir.

Autoria/Filiação: Deise Matos do Amparo   Universidade de Brasília
Lana Wolff   Universidade de Brasília
Bruno Cavaignac   Universidade de Brasília
Roberto Menezes de Oliveira   Universidade Católica de Brasília
Flávia Martins   Universidade Católica de Brasília
Dâmocles Leonardo Albuquerque   Universidade Católica de Brasília
Apresentação: Deise Matos do Amparo
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, Rorschach, TAT

 

Nome:
ANA CRISTINA BARROS DA CUNHA

Titulo:
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE INDICADORES EMOCIONAIS E DE ENFRENTAMENTO EM CONTEXTOS DE EDUCAÇÃO E SAÚDE

Resumo:
Diferentes indicadores emocionais (ansiedade, depressão e estresse) e de enfrentamento (coping) têm sido indicados como aspectos que influenciam na qualidade de vida do ser humano, levando-o a uma série de danos físicos e psicossociais, tais como falta de motivação, doenças físicas e psicológicas, entre outros. Considerando as especificidades do contexto educacional e de saúde, serão apresentadas pesquisas sobre avaliação psicológica de tais indicadores em diferentes populações nestes contextos. Serão quatro comunicações de pesquisas desenvolvidas na UFES, PUC-Campinas e UFRJ, que usaram como instrumentos o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp [ISSL], para avaliação de estresse, as Escalas BECK (BAI e BDI), para avaliação de sinais de ansiedade e depressão, e a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas [EMEP], para avaliação de estratégias de enfrentamento (coping). A Comunicação 1 analisará o nível de estresse, os sintomas mais frequentes, segundo o ISSL, e os estressores de alunos de graduação em Psicologia. A Comunicação 2 analisará os estressores percebidos, além do estresse (ISSL), da ansiedade (BAI), e das estratégias de enfrentamento (EMEP) em professores de classes multisseriadas. Na Comunicação 3, apresenta-se uma proposta de acompanhamento psicológico de grávidas diabéticas, baseada na avaliação pelo BAI, BDI e EMEP, atendidas em ambulatório de pré-natal da Maternidade-escola da UFRJ. Na Comunicação 4, analisaram-se sintomas de estresse (ISSL), níveis de ansiedade (BAI) e de depressão (BDI) em mães de bebês com anomalias congênitas, internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal de três hospitais da Grande Vitória, ES. Visando contribuir para os campos da Saúde e Educação, discutem-se possibilidades de avaliação nestes contextos.

 

Palavras-chave:
indicadores emocionais, coping, desenvolvimento humano

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

AVALIAÇÃO DE INDICADORES EMOCIONAIS E DE ENFRENTAMENTO EM GESTAÇÃO DE RISCO COM DIABETES MELLITUS GESTACIONAL

Na gravidez de risco, a mulher fica vulnerável pela ocorrência de problemas físicos e psíquicos decorrentes de fatores de risco, como, por exemplo, o Diabetes Mellitus Gestacional [DMG]. Este predispõe a díade mãe-bebê a riscos físicos (aborto, macrossomia fetal) e psíquicos (ansiedade, depressão), que mobilizam variáveis psicoafetivas desaforáveis ao vinculo afetivo com a família. Apresenta-se uma proposta de acompanhamento psicológico de grávidas diabéticas e suas famílias, delineada com base na avaliação psicológica de indicadores emocionais e de enfrentamento de 35 gestantes atendidas na Maternidade-Escola da UFRJ. A maioria tinha entre 30 e 40 anos de idade, era casada e teve suporte familiar na gestação. No acompanhamento pré-natal, as gestantes foram avaliadas para identificar sinais de ansiedade e depressão, além das estratégias de enfrentamento [EE] da gravidez de risco, pela aplicação das Escalas BECK (BAI e BDI) e da Escala de Modos de Enfrentamento do Problema [EMEP]. Apenas 6 gestantes não apresentavam sinais de depressão, enquanto as demais apresentavam sinais de depressão leve/mínima (n = 22), moderada (n = 5) e severa (n = 2). Quanto à ansiedade, aproximadamente metade das gestantes apresentava sinais leve/mínimo (n = 19) e sinais de moderados a severo de ansiedade (n = 16). Como EE, a maior parte delas se focava na busca de suporte social (n = 12) e na focalização no problema (n = 14) para lidar com a DMG. Com base nesses dados, foi planejado o acompanhamento psicológico, que incluiu ações educativas multiprofissionais e um atendimento clínico individual à gestante e/ou casal grávido, com objetivo de promover EE facilitadoras da adesão ao tratamento e do manejo das condições emocionais desfavoráveis diante da situação de risco gestacional. Por fim, discute-se a condição de vulnerabilidade emocional que a DMG representa e a eficácia da proposta de avaliação e acompanhamento psicológicos no auxilio às gestantes.

Autoria/Filiação: Ana Cristina Barros da Cunha   Instituto de Psicologia; Maternidade-Escola, UFRJ; Programa de Pós-graduação em Psicologia, UFES
Luciana Monteiro Ferreira   Maternidade-Escola, UFRJ;
Solange Frid Patrício   Maternidade-Escola, UFRJ;
Julia Alves   Instituto de Psicologia, UFRJ
Gabriela Serpa Medina   Instituto de Psicologia, UFRJ
Mariana Prado   Instituto de Psicologia, UFRJ
Suzy Anne Lopes   Instituto de Psicologia, UFRJ
Apresentação: Ana Cristina Barros da Cunha
Palavras-chave: diabetes gestacional, ansiedade, coping

 

RESUMO (2)

AVALIAÇÃO DE INDICADORES EMOCIONAIS EM MÃES DE BEBÊS DIAGNOSTICADOS COM ANOMALIA CONGÊNITA

Desde a gestação, existe por parte dos pais grande expectativa em relação ao novo membro da família. Quando a criança nasce com algum tipo de anomalia congênita (AC), o impacto do diagnóstico pode influenciar significativamente na vida dos familiares. Este estudo visou identificar e analisar sintomas de estresse e níveis de ansiedade e depressão em 25 mães de bebês diagnosticados com AC, internados em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal de três hospitais (estadual e federal), localizados na Grande Vitória, ES. As mães, sem história pregressa de transtorno mental, e mediante o consentimento formal, responderam ao Questionário de Dados Sociodemográficos, ao Inventário de Stress para Adultos de Lipp e às Escalas Beck de Ansiedade e Depressão. Na amostra, com idade entre 18 e 35 anos, 4 eram primíparas, 12 completaram o Ensino Médio e a maioria vivia em união estável (n = 23). Em relação ao estresse, 12 participantes se encontravam na fase de Resistência, 6 na fase de Quase Exaustão, e 3 na última fase, de Exaustão. No tocante à ansiedade, 8 mães apresentaram nível Moderado, 6 nível Leve e 5 nível Grave. Na avaliação da depressão, 7 mães apresentaram nível Leve, 7 Moderado e 3 nível Grave. Assim, a partir desses resultados, considera-se que o diagnóstico de AC é um estressor potencial para as mães, uma vez que a maioria estava experimentando algum grau de estresse (n = 21), ansiedade (n = 19) e depressão (n = 17), destacando-se o percentual de 10% a 15% da amostra com maior vulnerabilidade para transtornos associados. Diante dos resultados, discute-se a necessidade de intervenções precoces dirigidas às mães durante a hospitalização para redução do impacto emocional negativo do diagnóstico de AC e melhor adaptação da família à condição da criança, favorecendo a qualidade do vínculo entre a díade e o desenvolvimento infantil.

Autoria/Filiação: Schwanny Roberta Costa Rambalducci Mofati Vicente   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Espírito Santo
Kely Maria Pereira de Paula   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Espírito Santo
Camila Nasser Mancini   Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Espírito Santo
Sarah de Almeida Muniz   Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Espírito Santo
Apresentação: Kely Maria Pereira de Paula
Palavras-chave: anomalia congenita, ansiedade, depressão

 

RESUMO (3)

AVALIAÇÃO DE ESTRESSE E ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO EM PROFESSORES DE CLASSE MULTISSERIADA

Ensinar em classes multisseriadas pode ser estressante, especialmente em zonas rurais brasileiras, por fatores como o deslocamento, a falta de recursos, a pouca motivação dos alunos e o ensino descontextualizado do cotidiano da comunidade. Este estudo identificou estressores percebidos no trabalho, avaliou o estresse (Inventário de Sintomas de Stress de Lipp), a ansiedade (BAI- Escala Beck de Ansiedade) e as estratégias de enfrentamento [EE] (Escala de Modos de Enfrentamento de Problemas - EMEP), correlacionando com variáveis pessoais e do trabalho de 21 professores, responsáveis por 2,7 séries/classe (variação = 2 a 5 séries), com 16,4 alunos, em média. Identificou-se estresse em 57% da amostra, e sua correlação com ansiedade (moderada a grave) em 30% dos professores. Os estressores mais frequentes foram: pouco acompanhamento familiar, problemas motivacionais e comportamentais dos alunos, dificuldades na realização do trabalho, pressão por resultados e conflitos institucionais. A percepção de estresse frente a atividades escolares correlacionou-se significativamente com a percepção de estresse frente a atividades não escolares; e estas últimas correlacionaram negativamente com o coping baseado na solução de problemas. Predominaram EE baseadas na solução de problemas, especialmente entre professores sem estresse e/ou com mais séries/classe, seguidas da busca de práticas religiosas. Estas últimas se correlacionaram com a busca de suporte social e com o tempo de serviço, especialmente entre professores casados e mais experientes, e entre aqueles que tinham menos séries/turmas. A ansiedade correlacionou-se positivamente com o estresse, e ambas as variáveis correlacionaram-se negativamente com o número de escolas onde trabalhavam. Assim, estresse e ansiedade pareceram atuar de modo conjunto, especialmente para os professores que trabalham em menos escolas, ou seja, exclusivamente em classes multisseriadas. Os dados indicam a necessidade de mais estudos sobre o impacto do ensino multisseriado na saúde docente e justificam intervenções específicas sobre essa temática.

Autoria/Filiação: Kelly Ambrosio Silveira   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Espírito Santo
Sônia Regina Fiorim Enumo   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Kely Maria Pereira de Paula   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Espírito Santo
Apresentação: Kelly Ambrosio Silveira
Palavras-chave: estresse, enfrentamento, professores

 

RESUMO (4)

AVALIAÇÃO DO ESTRESSE DE UNIVERSITÁRIOS FRENTE ÀS DEMANDAS ACADÊMICAS DA GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA

O curso de Graduação em Psicologia gera expectativas nos alunos, que, agregadas às exigências acadêmicas e à cobrança social, podem desencadear um quadro de estresse. Este estudo avaliou o nível de estresse de graduandos, identificando os sintomas mais frequentes e os estressores. Foram avaliadas 15 alunas do sexto período do curso de Psicologia de uma universidade de Campinas-SP. As alunas tinham entre 20-30 anos (n = 8), 30-40 anos (n = 4) e acima de 40 anos (n = 3). Responderam o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp [ISSL] e, para identificar os principais estressores, foi elaborado um questionário estruturado, com 3 perguntas abertas. As respostas verbais foram categorizadas por análise de conteúdo. Os dados do ISSL foram submetidos à estatística descritiva e à correlação de Spearman, relacionando os estágios de estresse e a idade. Os resultados revelam que 9 das 15 participantes estavam estressadas, sendo 6 na fase de Resistência, 2 na fase de Quase exaustão e 1 na fase de Exaustão, com predominância de sintomas psicológicos (n = 6). Foram identificados 12 estressores: quantidade de trabalhos acadêmicos para fazer, provas e conteúdos para ler; avaliações; a falta de domínio do conteúdo apresentado; problemas na relação afetiva com o professor e com os colegas; expectativas em relação ao mercado de trabalho; cobrança familiar e social por tornar-se psicólogo; ter que encarar responsabilidades ao sair do curso; não conhecer a exigência de um professor novo; ter que trabalhar e estudar; os grupos de trabalho. A maioria das estudantes (53,3%) relatou que as expectativas mudaram ao longo do curso, e que estas são estressores (70%). Não houve correlação entre os estágios de estresse e a idade. Este estudo mostra a importância de se avaliar o estresse de uma forma mais abrangente, atentando-se tanto para os estressores, quanto para os sintomas e estágio de estresse.

Autoria/Filiação: Andressa Melina Becker da Silva   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Sônia Regina Fiorim Enumo   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Apresentação: Andressa Melina Becker da Silva
Palavras-chave: estresse, ensino de psicologia, universitários

 

Nome:
Elizeu Coutinho de Macedo

Titulo:
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E PERFIL COGNITIVO EM DISLEXIA DO DESENVOLVIMENTO

Resumo:
O objetivo da mesa é apresentar resultados de estudos que analisaram o perfil neuropsicológico e cognitivo de crianças e adultos com dislexia do desenvolvimento. A Dislexia do desenvolvimento é um transtorno específico de leitura caracterizado por déficits em habilidades de consciência fonológica, soletração, reconhecimentos de palavras, funções motoras entre outras. Com isso, a avaliação deve abranger testes que avaliam diversas funções cognitivas que possam estar relacionadas ao quadro. A primeira apresentação descreverá o perfil cognitivo de adultos com dislexia do desenvolvimento, avaliados por meio da Bateria Wechsler Adult Intelligence Scale – III (WAIS-III). Na segunda apresentação, serão discutidos os resultados de crianças e adolescentes com dislexia do desenvolvimento avaliados por meio da Wechsler Intelligence Scale for Children (WISC-III). A terceira palestra apresentará resultados de pesquisas que avaliaram o padrão de acesso ao léxico semântico e fonológico de crinças com dislexia do desenvolvimento. Por fim, na última palestra, será feita a apresentação de um protocolo de avaliação neuropsicológica para ser implantada em serviços de avaliação de problemas de aprendizagem.

 

Palavras-chave:
dislexia, neuropsicologia, funções cognitivas

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

PROPOSTA DE PROTOCOLO DE AVALIAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NA DISLEXIA DO DESENVOLVIMENTO

O processo de aprendizagem envolve habilidades cognitivas complexas. Assim, é necessário investigar tais processos e traçar perfis neuropsicológicos nos quadros de distúrbios da aprendizagem, mais especificamente a dislexia, para que seja realizado o diagnóstico diferencial, através de avaliação interdisciplinar com enfoque nas habilidades neuropsicológicas, possibilitando maior compreensão acerca das estratégias cognitivas encontradas nessa população. O presente estudo tem por objetivo apresentar e discutir a proposta da bateria de avaliação interdisciplinar em uma abordagem neuropsicológica, realizada no Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social da Universidade Presbiteriana Mackenzie e no ambulatório de Distúrbios de Aprendizagem, NANI–UNIFESP. A partir de estudos anteriores foi proposta a avaliação das seguintes habilidades em duas etapas. Na Etapa 1 é feita uma triagem diagnóstica por meio dos seguintes procedimentos: entrevista de anamnese, escalas comportamentais e medidas de nível intelectual, memória operacional fonológica, leitura de palavras, pseudopalavras e texto, escrita de palavras, matemática, nomeação rápida e consciência fonológica. Na Etapa 2 são avaliadas as seguintes funções cognitivas: atenção, vocabulário receptivo, habilidade sintática, leitura, escrita, matemática, memória episódica e semântica, função executiva, habilidade motora.

Autoria/Filiação: Carolina Matar Toledo-Piza   Universidade Federal de São Paulo
Camila Cruz Rodrigues   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Thais Barbosa   Universidade Federal de São Paulo
Darlene Godoy de Oliveira   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Tatiana Pontrelli Mecca   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Elizeu Coutinho de Macedo   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Apresentação: Elizeu Coutinho de Macedo
Palavras-chave: dislexia, neuropsicologia, funções cognitivas

 

RESUMO (2)

PERFIL COGNITIVO DE DISLÉXICOS ADULTOS NA WAIS-III

A Dislexia do Desenvolvimento é um transtorno específico de leitura que permanece presente ao longo do desenvolvimento dos sujeitos. Compreender o perfil cognitivo de adultos disléxicos na WAIS-III é essencial para o diagnóstico de acordo com o DSM-IV-TR, pois os sujeitos devem ter inteligência média ou acima da média. O objetivo foi descrever o perfil cognitivo de adultos na WAIS-III e comparar com o de adultos sem dificuldades de leitura e escrita. Participaram do estudo 31 adultos disléxicos e 31 adultos bons. ANOVA revelou diferenças significativas entre os grupos somente para o QI Verbal. Além disso, foram observadas diferenças significativas entre os dois grupos, com desempenho inferior dos disléxicos nas seguintes provas: Completar Figuras, Código, Raciocínio Matricial, Semelhanças, Sequência de Números e Letras e Vocabulário. Em relação ao perfil cognitivo, observou-se que disléxicos apresentaram dificuldade em tarefas que exigiam velocidade de processamento, memória operacional com componente da alça fonológica, raciocínio fluido, categorização por associação semântica, vocabulário expressivo e discriminação visual.

Autoria/Filiação: Patrícia Botelho da Silva   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Darlene Godoy Oliveira   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Tatiana Pontrelli Mecca   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Cindy Pereira de Almeida Barros Morão   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Elizeu Coutinho de Macedo   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Apresentação: Patrícia Botelho da Silva
Palavras-chave: dislexia, neuropsicologia, funções cognitivas

 

RESUMO (3)

PERFIS COGNITIVOS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DISLEXIA DO DESENVOLVIMENTO NA WISC-III

A avaliação cognitiva na Dislexia do Desenvolvimento faz parte do processo diagnóstico, pois permite identificar perfis de dificuldades e potencialidades em função do desempenho em tarefas específicas, auxiliando no planejamento de intervenções mais eficazes. O estudo objetivou investigar o perfil na WISC-III de 123 crianças e adolescentes com dislexia do desenvolvimento. A idade variou de 8 a 14 anos, sendo 83 meninos e 65 de escola particular. Análise de conglomerados revelou 3 perfis diferentes em função do desempenho na WISC-III. ANOVA revelou diferenças significativas entre os três subgrupos nas 3 medidas gerais, bem como entre os escores dos subtestes na maioria dos grupos. Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos em função da série e idade. Além disso, verificou-se maior concentração de sujeitos de escola pública no grupo com maior dificuldade nos subtestes da WISC-III.

Autoria/Filiação: Daniela Aguilera Moura Antonio   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Tatiana Pontrelli Mecca   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Elizeu Coutinho de Macedo   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Apresentação: Daniela Aguilera Moura Antonio
Palavras-chave: dislexia, neuropsicologia, funções cognitivas

 

RESUMO (4)

DESEMPENHO DE CRIANÇAS DISLÉXICAS EM TAREFAS DE FLUÊNCIA

Tarefas de fluência semântica e fonológica avaliam a produção espontânea de palavras, tais como animais, frutas e as letras F, A e S. O objetivo desse trabalho foi comparar o desempenho de disléxicos e controles em tarefas de fluência semântica e fonológica. Foram avaliados 84 indivíduos, com idades entre 6 e 17 anos, sendo 42 disléxicos, diagnosticados a partir dos critérios do DSM-IV, e 42 crianças sem queixas de dificuldades de aprendizagem. O teste t-Student indicou diferença no QI Total e foi realizada ANCOVA, covariando o QIT. Resultados mostram diferenças no número total de palavras geradas nas tarefas para as letras F e S. Nas tarefas de fluência semântica (animais e frutas), disléxicos apresentaram mais repetições. Esses resultados corroboram estudos anteriores e confirmam que o acesso ao léxico semântico depende de bom desenvolvimento da linguagem e de processamento fonológico, habilidades que estão prejudicadas nos quadros de dislexia. Além disso, tarefas com grande demanda fonológica podem trazer dificuldades de automonitoramento verbal.

Autoria/Filiação: Julia Simões de Almeida   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Ellen Marise Lima   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Camila Cruz Rodrigues   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Thais Barbosa   Universidade Federal de São Paulo
Darlene Godoy de Oliveira   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Elizeu Coutinho de Macedo   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Apresentação: Julia Simões de Almeida
Palavras-chave: dislexia, neuropsicologia, funções cognitivas

 

Nome:
CRISTIANE FAIAD DE MOURA

Titulo:
Avaliação Psicológica no contexto da segurança pública e privada

Resumo:
A avaliação psicológica para ingresso na área da segurança no Brasil é uma exigência normatizada por meio de um conjunto de legislações que tratam desde o aspecto jurídico, até à atuação do Psicólogo. Tal regulamentação deve-se à tipicidade do trabalho dos agentes de segurança pública e privada, que envolve, dentre outras atividades peculiares, o porte e uso de armas de fogo. Desse modo, exige-se a realização de avaliações psicológicas para o ingresso e permanência em serviço nas quais sejam utilizados instrumentos que, além de apresentar qualidade psicométrica, também se mostrem válidos para o contexto no qual serão empregados. Assim foi criado o grupo de pesquisa em avaliação psicológica na Segurança Pública - APSP, constituído por pesquisadores e alunos como uma ferramenta de reflexão e discussão para a área. A temática da segurança privada se incorpora como parte indissociável na atual discussão sobre avaliação para o porte e uso de arma de fogo, passando a ser contemplada nas discussões e produções do grupo. A proposta de uma mesa para discutir contribuições do campo da avaliação psicológica à área da segurança visa acrescentar informações relevantes sobre novos instrumentos, que apresentam como peculiaridade a exclusiva participação de policiais e agentes de segurança em suas amostras de validação, de forma que os mesmos sejam úteis nos processos seletivos desses quadros. Nesse sentido, a presente mesa se propõe apresentar uma escala para a medida de instabilidade emocional, construída para uso na segurança pública; um teste para a medida de conscienciosidade em formato verbal e não-verbal para uso na área da segurança e a discussão sobre o desenvolvimento de um perfil psicológico para arma de fogo no Brasil.

 

Palavras-chave:
Avaliação Psicológica, Segurança Pública, Segurana Privada

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA PARA PORTE DE ARMA FOGO: O QUE MEDIR AFINAL?

O debate sobre a violência urbana pauta a atualidade em todo o mundo e traz à tona discussões sobre o uso da força e o emprego das armas de fogo no contexto da segurança, bem como a disseminação de seu uso por parte da população civil. No Brasil, recentemente, a sociedade civil e as instituições questionaram intensamente a conveniência da posse e uso de armas, tendo como produto dessas discussões um referendo nacional que confrontou ideias de diversos atores, tais como grupos que utilizam armas em atividades desportivas ou laborais e organizações de direitos humanos. Por sua parte o governo brasileiro editou legislação disciplinadora para a área, de forma que a venda, porte e uso de armas de fogo ficaram submetidas a um conjunto de regras, dentre as quais figura a exigência de comprovação de aptidão psicológica, para todos aqueles que desejem tal atividade. Em que pese a magnitude do tema, o que se observa é a escassez de estudos que contemplem dados que auxiliem o psicólogo em sua tarefa de realizar avaliações nesse contexto. Nesse sentido o presente trabalho, que se encontra em desenvolvimento, subdivide-se em três etapas que objetivam: identificar as práticas dos psicólogos credenciados pela Polícia Federal para realização de avaliações psicológicas específicas para a permissão do porte de armas de fogo; realizar o estudo científico do perfil psicológico para tal situação bem como, apresentar as evidências de validade identificadas no estudo. Dessa forma, pretende-se contribuir com a área da avaliação psicológica por meio do acréscimo de parâmetros científicos balizadores para o contexto do porte e uso de armas de fogo no Brasil.

Autoria/Filiação: Cristiane Faiad   UNIVERSO
Elza Maria Gonçalves Lobosque   UNIVERSO
Apresentação: Elza Maria Gonçalves Lobosque
Palavras-chave: Arma de fogo, Perfil Psicológico, Avaliação Psicológica

 

RESUMO (2)

CONSTRUÇÃO DE ESCALA DE CONSCIENCIOSIDADE PARA O CONTEXTO DA SEGURANÇA PRIVADA

Na década de 60, com a legalização do segmento da segurança privada no Brasil, as instituições foram obrigadas por lei a criar dispositivos de segurança compostos por guardas armados ostensivamente e alarmes. Esse posto de trabalho tem como função apoiar órgãos na prevenção de atos ilícitos e, para isso, demandam desses profissionais o porte de arma de fogo. No Brasil a habilitação para portar arma de fogo no exercício da função requer como uma de suas fases o processo de avaliação psicológica. Contudo, os psicólogos que trabalham nesse processo no processo de avaliação têm enfrentado como grande limitação a falta de instrumentos de medida da personalidade de personalidade adequados para essa parcela da população: considerada em sua maioria como analfabetos funcionais. Embora os psicólogos que atuam atuem na avaliação desses profissionais utilizem escalas de medidas de personalidade aprovadas pelo SATEPSI, deparam-se com a dificuldade de avaliar vigilantes apenas com nível fundamental completo, com dificuldades de compreenderem a natureza das questões proposta pelos instrumentos. Nesse contexto, o presente estudo se propõe a apresentar o processo de construção de um teste de conscienciosidade de formato verbal e não verbal construído para uso na área de segurança privada. O instrumento foi baseado na teria dos cinco grandes fatores, tendo como foco a medida da conscienciosidade, considerada uma variável preditora de bom desempenho no trabalho, de menores taxas de absenteísmo e de maior comprometimento no trabalhado. O processo de construção seguiu a proposta dos pólos teóricos, experimental e analítico. Foram construídos 30 itens verbais, que também foram transformados em imagens pictóricas, de forma a representar cada uma das situações indicadoras de conscienciosidade. Os itens foram submetidos à passaram pela análise semântica e de juízes, sendo considerados adequados tendo apresentado índices de concordância com mais de 80% entre os avaliadores. O instrumento em questão está em fase de validação, embora já se apresente como um instrumento promissor para medida da personalidade no contexto da segurança privada.

Autoria/Filiação: Cristiane Faiad   UNIVERSO
Fernanda Gonçalves da Silva   UNIVERSO
Andressa Dumarde   Universidade Federal Fluminense
Apresentação: Fernanda Gonçalves da Silva
Palavras-chave: Conscienciosidade, Segurança Privada, Teste

 

RESUMO (3)

ESCALA DE INSTABILIDADE EMOCIONAL PARA A ÁREA DA SEGURANÇA PÚBLICA - IESP

Dentre os temas de maior relevância no cenário nacional, encontra-se configurada a segurança pública. Sua importância evidencia-se nas discussões empreendidas no cenário político e acadêmico, mas também pela expectativa dos cidadãos de que o estado seja capaz de cumprir com seu dever constitucional de oferecer segurança à população. A operacionalização de tal tarefa se faz, se não exclusivamente, mas em grande parte por meio da ação de profissionais da área, dos quais se espera que apresentem um conjunto de atributos, onde se destaca a estabilidade emocional. A ênfase em tal característica se relaciona a constatação de que policias com grande constância se envolvem em situações de risco onde a apresentação de adequada estabilidade emocional é considerada como uma das determinantes de sucesso no trabalho. Nesse sentido o presente trabalho busca contribuir com a ciência psicológica e com a área da segurança pública por meio da construção de um instrumento de medida de instabilidade emocional fundamentado no modelo dos Cinco Grandes Fatores para uso específico na área, com o diferencial do uso de amostra de validação composta exclusivamente por policiais. Para tal intento conceberam-se dois estudos destinados à apresentação de evidências de validade baseadas no conteúdo bem como na estrutura interna da escala denominada IESP, contemplando-se também a busca por evidências de validade com base em variáveis externas, sendo avaliada a validade convergente da IESP com o teste EFN. Os resultados indicaram uma estrutura composta por um fator geral e quatro facetas e apontam evidências de validade da IESP bem como abrem caminho para novas pesquisas que tenham como foco a interface da ciência psicológica com a área da segurança pública.

Autoria/Filiação: Marcela Reis   UNIVERSO
Cristiane Faiad   UNIVERSO
Apresentação: Marcela Reis
Palavras-chave: Instabilidade Emocional, Construção de Instrumentos, Segurança Pública

 

Nome:
ANA CRISTINA AVILA BATISTA

Titulo:
Avaliação Psicológica para Porte de Arma de Fogo: Contextos e Relatos de Casos

Resumo:
O objetivo dessa mesa é propor discussões acerca da avaliação psicológica para porte de arma de fogo a partir de perspectivas e contextos diferenciados. Dessa forma, serão trazidos quatro trabalhos que abordam especificamente as temáticas apresentadas a seguir. A primeira autora contextualiza a avaliação psicológica para porte de arma e apresenta um instrumento que pode ser utilizado para tal avaliação. Trata-se da primeira escala brasileira a medir exclusivamente a impulsividade, sendo esse construto descrito por meio de quatro fatores. Abordará etapas de construção e principais características. O segundo autor apresentará estudo realizado com sujeitos avaliados com o objetivo de obtenção da arma de fogo. A amostra foi de 60 indivíduos de procedências diversas, no qual se utilizou, entre os instrumentos, o Teste de Zulliger. Priorizou-se na análise aqueles indicadores que mais contribuiriam para a tomada de decisão: adaptação à realidade, adaptação e maturidade social, controle emocional, agressividade e sinais psicopatológicos e os comparou a partir dos resultados de aptidão e inaptidão no exame. A terceira autora aborda a avaliação psicológica realizada em uma Unidade da Polícia Militar a fim de embasar a decisão de manutenção ou suspensão do armamento em militares. Serão apresentados relatos de casos em que foi utilizada, entre outras técnicas, o Teste de Pfister. Por fim, a quarta autora destaca a importância da utilização da entrevista psicológica como uma ferramenta imprescindível para o embasamento, aliada a outras técnicas como, por exemplo, o Zulliger, da decisão de aptidão ou inaptidão de sujeitos que realizam a avaliação psicológica para porte de arma de fogo.

 

Palavras-chave:
testes, porte de arma de fogo, avaliação psicológica

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Avaliação Psicológica para Porte de Arma de Fogo: Apresentação de instrumento

A avaliação psicológica está presente em diversos cenários de nossa atuação profissional. Da área clínica à organizacional, da escola ao esporte, da área hospitalar à jurídica, os psicólogos dispõem de instrumentos que o auxiliam na tomada de decisão nos diversos contextos. A avaliação psicológica para porte de arma de fogo, exigência legal de acordo com a Lei nº 10826 de 22 de dezembro de2003, tem mobilizado psicólogos e o Sistema Conselhos por meio de discussões que possam fornecer subsídios para essa atividade se dê de maneira ética, consciente e científica. Nesse sentido, torna-se necessário que cada vez mais existam instrumentos disponíveis, validados para nossa população e que atendam as exigências para uma avaliação dessa natureza. O objetivo desse trabalho é apresentar um instrumento para avaliação da impulsividade que se constitui a primeira escala brasileira destinada a avaliar exclusivamente esse construto. Esse instrumento denominado EsAvI, resultado da pesquisa realizada no Mestrado da autora, é composto por 31 itens e define a impulsividade a partir de 4 fatores: Falta de Concentração e de persistência se refere à incapacidade que o indivíduo apresenta de manter o foco em uma determinada tarefa ou atividade por um tempo prolongado sem se dispersar, assim como dar continuidade a algo que tenha iniciado; Controle cognitivo, diz respeito ao quanto o indivíduo procura refletir sobre suas ações, buscando avaliá-las antes de agir ou responder aos estímulos externos ou internos; Planejamento futuro, faz menção à capacidade de planejar ações cujos efeitos não se restringem ao momento presente, ou seja, os itens referem-se apensamentos sobre o futuro da pessoa e por fim, Audácia e temeridade, avalia a incapacidade para avaliar situações que possam envolver algum risco, bem como refletem busca por sensações novas, muitas vezes relacionadas com imprudência ou aventura arriscada. Apresentar-se-ão resultados e possibilidades de utilização.

Autoria/Filiação: Ana Cristina Ávila-Batista   Universidade São Francisco - Itatiba SP Polícia militar de Minas Gerais
Apresentação: Ana Cristina Ávila-Batista
Palavras-chave: arma de fogo, impulsividade, testes psicológicos

 

RESUMO (2)

APTO X INAPTO PARA PORTE DE ARMA DE FOGO – Estudo de casos com o Zulliger.

A avaliação psicológica de aptidão para portar uma arma de fogo, exigida pela Polícia Federal, tem por finalidade verificar se o sujeito tem características compatíveis para trabalhar ou andar armado. A utilização de testes psicológicos, favoráveis pelo Conselho Federal de Psicologia, contribui na tomada de decisão. O teste de Zulliger, também conhecido como Z-teste, tem sido um dos instrumentos mais utilizados para esta finalidade em função da rapidez, economia e descrição das características de personalidade do aspirante ao armamento. Nesse sentido, torna-se um dos testes mais indicados e usados pelos psicólogos mineiros credenciados da Polícia Federal. O objetivo do presente estudo é identificar fatores de aptidão e inaptidão para o porte de arma de fogo, através do Zulliger. O método utilizado foi o estudo de 60 casos submetidos ao Z teste, em avaliações para porte de arma, realizadas anteriormente em cidadãos comuns, vigilantes e policiais militares. Os protocolos foram divididos em duas categorias: aptidão e inaptidão. Dentre os vários indicadores que podem ser identificados através das interpretações das manchas de tinta, optou-se neste levantamento por priorizar especificamente aqueles que contribuiriam mais para a tomada de decisão: adaptação à realidade, adaptação e maturidade social, controle emocional, agressividade e sinais psicopatológicos. Resultados: os indicadores de aptidão mais freqüentes foram: ausência de agressividade, depressão, confabulação e contaminação; juízo crítico adequado; presença de conteúdo humano; ausência de percepções paranóides e adaptação à realidade. Os indicadores de inaptidão mais freqüentes foram: descontrole emocional e imaturidade social. Conclusão: Um parecer de aptidão para portar arma de fogo exige capacitação e muita responsabilidade do profissional psicólogo. O teste de Zulliger tem se mostrado confiável para esta finalidade, e aliado ao exame detalhado dos resultados da entrevista e dos outros testes utilizados, embasa este parecer.

Autoria/Filiação: Marcelo Augusto Resende   PUC MG UFMG
Apresentação: Marcelo Augusto Resende
Palavras-chave: avaliação psicológica, porte de arma, Zulliger

 

RESUMO (3)

O Teste de Pfister como instrumento para Avaliação de Uso de Arma em Policiais Militares.

Os candidatos ao ingresso na Polícia Militar de Minas Gerais são submetidos ao exame psicológico para avaliar se apresentam traços de personalidade incompatíveis com o exercício da função. Ao longo da carreira. entretanto, mesmo os militares que tiveram parecer favorável por ocasião de sua admissão, podem vir a ter sua saúde mental comprometida. As atribuições típicas da segurança pública somadas a fatores predisponentes de sua história de vida podem afetar seu equilíbrio emocional e comportamento, dentro ou fora da Instituição. A constatação, por parte do próprio militar ou de seus superiores, de que o mesmo não se encontra em condições psicológicas para o exercício de suas funções, leva ao encaminhamento para o serviço de Psicologia de sua Unidade e resultar no parecer de dispensado de uso e manuseio de arma, enquanto perdurar sua condição. Em situações como esta, o militar tem seu armamento recolhido e só poderá voltar a portá-lo novamente se submetido a exame médico e psicológico. Os transtornos de comportamento mais comumente diagnosticados na clínica são: depressão, ansiedade, dificuldade adaptação e abuso de álcool. O Teste de Pfister é uma técnica projetiva que consiste em solicitar ao examinando que monte três pirâmides com quadrículos coloridos que lhe agrade e permite avaliar a dinâmica emocional do paciente. Sua aplicação se caracteriza pela simplicidade e a duração normalmente não excede quinze minutos. O caráter lúdico gera pouca resistência naqueles que são submetidos a ela. Pesquisas recentes tem mostrado que o Teste de Pfister apresenta indicadores que podem colaborar para o diagnóstico de transtornos mentais quando associado com outras técnicas. A aplicação do teste, somada a entrevista, tem sido usada na clínica de Psicologia da PMMG e se mostrado um instrumento confiável para embasar parecer sobre a conveniência ou não de retornar o militar para o serviço de rua.

Autoria/Filiação: Maria Cristina Garcia Costa   PUC MG Polícia Militar de Minas Gerais
Apresentação: Maria Cristina Garcia Costa
Palavras-chave: avaliação psicológica, porte de arma, Teste Pfister

 

RESUMO (4)

O teste projetivo Zulliger na avaliação psicológica para o porte de arma de fogo.

Para se adquirir o porte de um armamento é necessário obter, perante a Polícia Federal, um parecer psicológico de aptidão, com testes favoráveis pelo CFP. A técnica projetiva Zulliger e a entrevista psicológica permitem fornecer um parecer restritivo ou não para se portar arma de fogo. A entrevista não é uma técnica única, mas uma ferramenta que associada aos instrumentos de avaliação favorecem o conhecimento da dinâmica da personalidade. Seu emprego dirigido por um entrevistador treinado, objetivando descrever e avaliar aspectos pessoais, relacionais ou sistêmicos, em um processo que visa a recomendações, encaminhamento ou propor alguma intervenção, é de fundamental importância para que se possam tomar decisões dentro do processo avaliativo como um todo.
Este trabalho tem como objetivo esclarecer sobre avaliação psicológica para porte de armas de fogo, através da associação dos dados da entrevista aos resultados apresentados na Técnica de Zulliger. A metodologia utilizada foi o estudo de caso de um vigilante de uma empresa estatal submetido, entre outros testes, ao Zulliger e a entrevista psicológica, numa das avaliações periódicas exigidas. Utilizou-se o sistema Klopfer, através do atlas do Cícero Vaz, para análise e interpretação do protocolo. Os resultados apontaram que apesar do mesmo ser da equipe de segurança por muitos anos, neste momento não apresentava condições suficientes para continuar armado. Dados relacionados ao controle emocional, à interação social e a adaptação à realidade do examinando, imprescindíveis para aptidão segundo a Polícia Federal, foram insuficientes. Além disso, o examinado apresentou na entrevista ser introspectivo, desconfiado, retraído e de difícil contato social. Conclusão: o Z-teste, associado a uma entrevista em profundidade, é uma técnica que auxilia o psicólogo na difícil tarefa de dar um parecer a quem deseja portar arma de fogo. A utilização de instrumentos favoráveis pelo CFP, como o Zulliger, embasa cientificamente este parecer.

Autoria/Filiação: Maria do Socorro Albergaria de Castro   PUC MG USF - Itatiba SP
Apresentação: Maria do Socorro Albergaria de Castro
Palavras-chave: entrevista psicológica, porte de arma, Zulliger

 

Nome:
Marina Pereira Gonçalves

Titulo:
AVALIANDO ATRIBUTOS DESEJÁVEIS DO (A) PARCEIRO (A) IDEAL: UMA PROPOSTA DE MEDIDA COM GRUPOS HETEROS E HOMOSSEXUAIS

Resumo:
De acordo com a perspectiva evolucionista, os comportamentos dos ancestrais do homem em sua prática primitiva influenciam na seleção de parceiros (as), assim, a atratividade física do corpo e do rosto é um indicador de saúde hormonal física. Por outro lado, na perspectiva da psicologia social, a atração inicial por uma pessoa é influenciada por normas sociais e processos de troca interpessoal, enfatizando que cada cultura especifica os tipos de relacionamento que as pessoas podem ter. Ademais, a literatura aponta que geralmente os atributos ou as características desejáveis de um (a) parceiro (a) são medidos a partir de itens isolados (e.g., bonita, educada, inteligente), sem contar com a possibilidade de reuni-los em fatores. Por este motivo, objetivou-se desenvolver para o contexto brasileiro a Escala de Atributos Desejáveis do Parceiro Ideal (EADPI), a fim de viabilizar estudos futuros nesta área, onde as pesquisas ainda são escassas. Neste contexto, pensou-se a realização desta mesa redonda, com o objetivo de divulgar esta medida e seus parâmetros psicométricos, bem como de apresentar algumas pesquisas em que esta medida foi empregada. Para tanto, três apresentações serão realizadas: a primeira por Oliveira e colaboradores terá o objetivo de indicar como foi realizada a construção da EADPI, sua validação e comprovação da sua estrutura fatorial; a segunda apresentação será realizada por Gonçalves e colaboradores com o intuito de apontar as diferenças entre as versões explícitas (tipo lápis e papel) e implícitas da EADPI; e na última apresentação, realizada por Freires e colaboradores, pretende-se apresentar as diferenças entre homens e mulheres, tanto heterossexuais quanto homossexuais na EADPI e também sua invariância fatorial a partir do sexo e orientação sexual.

 

Palavras-chave:
Escala, Atributos desejáveis, Parceiro (a)

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

ESCALA DE ATRIBUTOS DESEJÁVEIS DO (A) PARCEIRO (A) IDEAL: CONSTRUÇÃO E COMPROVAÇÃO DE SUA ESTRUTURA FATORIAL

A presente pesquisa objetivou construir e validar a Escala de Atributos Desejáveis do Parceiro Ideal (EADPI), reunindo evidências de sua estrutura fatorial e consistência interna. Para tanto, foram realizados três estudos: No Estudo 1 solicitou-se a sete psicólogos que escrevessem 25 atributos considerados desejáveis em uma pessoa para casar ou compartilhar a vida, em seguida realizou-se uma análise semântica destes atributos e formou-se um painel de juízes, aonde por meio de discussão e consenso absoluto, chegou-se à versão experimental composta por 56 itens. Para a verificação empírica da medida, participaram 200 pessoas de João Pessoa (PB), a maioria mulheres, com idade média de 25 anos. Uma análise de CP apontou como adequada uma estrutura multifatorial da EADPI composta por cinco fatores (Atlética, Afetuosa, Tradicional, Sociável e Realizada) com índices de consistência interna adequados. No Estudo 2, para confirmar essa estrutura fatorial, participaram 201 pessoas da mesma cidade, a maioria mulheres, com idade média de 26 anos. Uma análise fatorial confirmatória sugeriu como aceitável a estrutura penta fatorial desta medida, com sua versão final composta por 20 itens. O Estudo 3 foi realizado para testar a adequabilidade do modelo multifatorial da EADPI entre capitais e cidades do interior do Nordeste, considerando-se duas amostras: uma formada por residentes no interior (1.541) e a segunda por residentes nas capitais (1.583), ambas compostas majoritariamente por mulheres com idade média de 23 anos. Foram realizadas análises fatoriais confirmatórias e os resultados indicaram uma adequação do modelo, tanto para as capitais nordestinas, quanto para as cidades do interior. Diante do exposto, ressalta-se que a EADPI é uma medida psicometricamente adequada para mensurar os atributos desejáveis na escolha por parceiros estáveis, podendo ser utilizada em estudos futuros na área de relacionamentos íntimos, sobretudo na região do nordeste.

Autoria/Filiação: Letícia Coelho de Oliveira   Universidade Federal do Vale do São Francisco
Marina Pereira Gonçalves   Universidade Federal do Vale do São Francisco
Ana Isabel Araújo Silva de Brito Gomes   Universidade Federal da Paraíba
Rafaella de Carvalho Rodrigues Araújo   Universidade Federal da Paraíba
Ana Karla Silva Soares   Universidade Federal da Paraíba
Apresentação: Letícia Coelho de Oliveira
Palavras-chave: atributos desejáveis, escala, relacionamentos íntimos

 

RESUMO (2)

ESCALA DE ATRIBUTOS DESEJÁVEIS DO (A) PARCEIRO (A) IDEAL: COMPARAÇÕES ENTRE AS MEDIDAS EXPLÍCITA E IMPLÍCITA

A presente pesquisa objetivou verificar a relação entre as medidas explícita e implícita dos atributos desejáveis do (a) parceiro (a), considerando duas dimensões desta medida (atlética e realizada). Objetivou-se ainda verificar diferenças entre sexo nessas medidas. Para tanto, participaram do estudo 49 estudantes universitários da cidade de João Pessoa/PB distribuídos equitativamente quanto o sexo, com idade média de 25 anos. Estes responderam a Escala de Atributos Desejáveis do Parceiro Ideal (EADPI), em formato lápis e papel (medida explícita) e o TAI – Parceiro Ideal (medida implícita), elaborada para o presente estudo, utilizando como categorias de estímulos, palavras indicando níveis de importância (e.g., importante, significante) e não importância (e.g., não importante, insignificante), e como categorias-alvo as dimensões atlética (e.g., sexy, sarada e bonita) e realizada (e.g., bem-sucedida, rica e decidida). Os resultados não indicaram correlações significativas entre as medidas explícita e implícita nas dimensões atlética e realizada, porém foi identificada uma correlação inversa e significativa entre a dimensão realizada implícita e a dimensão atlética explícita, apontando que quanto maior as atitudes explícitas favoráveis à importância dos atributos físicos (atlética) na escolha do parceiro, menor são as atitudes implícitas frente à importância dos atributos relacionados a possibilidades de recursos (realizada). Quanto às diferenças entre sexo, foi verificada na medida explícita que os homens pontuam mais alto do que as mulheres na dimensão atlética, sendo este resultado estatisticamente significativo, porém não foi encontrada diferença significativa na dimensão realizada explícita. Por outro lado, na medida implícita, também foi verificado que os homens pontuam mais do que as mulheres na dimensão atlética, e foi verificado ainda que as mulheres pontuam mais alto do que os homens na dimensão realizada, ambos os resultados estatisticamente significativos. Diante do exposto, verifica-se que mensurar os atributos desejáveis do parceiro por meio de medidas implícitas torna-se relevante para minimizar os efeitos da desejabilidade social na compreensão da escolha do (a) parceiro (a).

Autoria/Filiação: Marina Pereira Gonçalves   Universidade Federal do Vale do São Francisco
Valdiney Veloso Gouveia   Universidade Federal da Paraíba
Luis Augusto de Carvalho Mendes   Universidade Federal da Paraíba
Sandra Elisa de Assis Freire   Universidade Federal do Piauí
Rebecca Alves Aguiar Athayde   Universidade Federal da Paraíba
Apresentação: Marina Pereira Gonçalves
Palavras-chave: atitudes implícitas, atributos desejáveis, medidas

 

RESUMO (3)

ESCALA DE ATRIBUTOS DESEJÁVEIS DO (A) PARCEIRO (A) IDEAL: INVARIÂNCIA FATORIAL E ANÁLISE MULTIGRUPO COM HETEROS E HOMOSS

A presente pesquisa objetivou conhecer diferenças entre homens e mulheres, tanto heterossexuais quanto homossexuais nas pontuações da Escala de Atributos Desejáveis do Parceiro Ideal (EADPI) e também avaliar sua invariância fatorial a partir do sexo e orientação sexual dos participantes. Para tanto, participaram deste estudo 376 pessoas da população geral da cidade de João Pessoa (PB), com idade média de 25 anos, destes 198 eram do sexo masculino (108 heterossexuais e 90 homossexuais) e 178 do sexo feminino (100 heterossexuais e 78 homossexuais). Estes responderam a um livreto, com as seguintes medidas: EADPI e um Questionário Sociodemográfico. Inicialmente realizou-se uma MANOVA, considerando como variáveis antecedentes a orientação sexual e o sexo e como critério as dimensões de atributos desejáveis do (a) parceiro (a) ideal (Afetuosa, Atlética, Sociável, Tradicional, Realizada). Os resultados destas análises apontam que homens e mulheres heterossexuais diferenciam-se, de forma estatisticamente significativa, em relação aos atributos desejáveis do parceiro, sendo que os homens pontuaram mais alto na dimensão Atlética e as mulheres em Afetuosa, Tradicional e Sociável. O mesmo padrão se repete nos homossexuais, sendo que os homens pontuaram mais alto do que as mulheres nas dimensões Atlética e Afetuosa, nas demais dimensões não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. Além disso, testou-se a invariância fatorial do modelo original da EADPI (penta fatorial), que reuniu as propriedades de invariância configural, métrica e estrutural, a partir do valor dos indicadores do ΔRMSEA. Concluiu-se que, a EADPI reúne evidências empíricas de sua adequação tanto em heterossexuais, quanto em homossexuais. Portanto, poderá ser utilizada em estudos futuros que abordem tal temática, com estes grupos para compreender as diferenças de gênero e orientação sexual. Estudos desta natureza são importantes, sobretudo, porque os relacionamentos íntimos podem influenciar várias esferas da vida de um indivíduo.

Autoria/Filiação: Leogildo Alves Freires   Universidade Federal da Paraíba
Valdiney Veloso Gouveia   Universidade Federal da Paraíba
Ana Isabel Araújo Silva de Brito Gomes   Universidade Federal da Paraíba
Romulo Lustosa Pimenteira de Melo   Universidade Federal da Paraíba
Layrtthon Carlos de Oliveira Santos   Universidade Federal da Paraíba
Apresentação: Leogildo Alves Freires
Palavras-chave: atributos desejáveis, relacionamentos íntimos, invariância fatorial

 

Nome:
José Maurício Haas Bueno

Titulo:
Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do CFP: 10 anos de atuação

Resumo:
Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica do CFP: 10 anos de atuação
José Maurício Haas Bueno
Universidade Federal de Pernambuco

A área de avaliação psicológica tem passado por grandes transformações, especialmente ao longo da última década. Além das transformações conceituais, científicas, tecnológicas também é importante considerar as que ocorreram no campo político, que afetam direta e profundamente o fazer em avaliação psicológica. É neste campo que este trabalho se insere, tendo como objetivo apresentar uma revisão histórica das políticas do CFP em relação à avaliação psicológica nos últimos 10 anos, com ênfase no trabalho da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica e na implantação do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos, o SATEPSI. Neste sentido, a mesa faz uma revisão do cenário da avaliação psicológica no período anterior à implantação do SATEPSI, recupera as dificuldades enfrentadas quando de sua implantação, aponta os efeitos que produziu e os novos desafios que provavelmente a categoria terá que enfrentar na área da avaliação psicológica.

 

Palavras-chave:
Conselho Federal de Psicologia, SATEPSI, Avaliação Psicológica

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Aspectos históricos da avaliação psicológica no Brasil até a implantação do SATEPSI

Embora a prática da avaliação psicológica sempre tenha sido citada como aquela em que apenas o psicólogo pode atuar e seja considerada uma área de formação profissional básica, os psicólogos têm lidado com a área de formas distintas ao longo do tempo. A implantação do Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI) em 2001 insere-se num contexto histórico e o objetivo desta apresentação é resgatar esse contexto. Identificam-se as práticas e concepções sobre a avaliação psicológica que culminaram com a necessidade de implantação de um sistema de controle da qualidade dos testes.

Autoria/Filiação: José Humberto da Silva Filho   Universidade Federal do Amazonas - UFAM
Apresentação: José Humberto da Silva Filho
Palavras-chave: Conselho Federal de Psicologia, SATEPSI, Avaliação Psicológica

 

RESUMO (2)

A Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica e o SATEPSI: uma avaliação do seu impacto

A Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica foi instituída oficialmente por meio da Resolução do CFP 02/2003 com o objetivo principal de analisar e emitir parecer sobre os testes psicológicos encaminhados ao CFP. O trabalho dessa comissão e dos pareceristas Ad Hoc que a auxiliam, se confundem com o próprio SATEPSI. Agora, passado um tempo considerável, é possível olhar para trás e fazer uma análise da relação custo/benefício que tal comissão tem trazido para a categoria. Por isso, o objetivo dessa fala é apresentar as dificuldades enfrentadas quando de sua implantação, seu modo de funcionamento e os impactos que produziu para a área de avaliação psicológica.

Autoria/Filiação: Ricardo Primi   Universidade São Francisco - USF
Apresentação: Ricardo Primi
Palavras-chave: Conselho Federal de Psicologia, SATEPSI, Avaliação Psicológica

 

RESUMO (3)

O Conselho Federal de Psicologia e a área de avaliação psicológica.

O Conselho Federal de Psicologia tem como objetivos regulamentar, orientar e fiscalizar o exercício profissional, e também promover espaços de discussão sobre os grandes temas da Psicologia, o que obviamente inclui a avaliação psicológica. Portanto, é natural que contemple esta área da psicologia em suas ações e em seu modo de funcionamento. Esta fala mostra de que forma a avaliação psicológica é representada no sistema conselhos e que outras ações têm feito parte da política do CFP em relação à avaliação psicológica.

Autoria/Filiação: Ana Paula Porto Noronha   Universidade São Francisco - USF
Apresentação: Ana Paula Porto Noronha
Palavras-chave: Conselho Federal de Psicologia, SATEPSI, Avaliação Psicológica

 

RESUMO (4)

Novos desafios para a categoria em relação à avaliação psicológica

Apesar do trabalho da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica ter se organizado em função do SATEPSI, as atividades efetivamente desenvolvidas por essa comissão em muito extrapolou essa circunscrição. Na atualidade, a comissão tem sido consultada em diversas ocasiões que envolvem a relação entre a avaliação psicológica e a sociedade. Esta fala tem o objetivo de informar os temas que têm sido objetos de discussão nas reuniões da Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica, que extrapolam as atividades relacionadas ao SATEPSI, e que, algumas vezes, apontam para a necessidade de um grande debate com a categoria.

Autoria/Filiação: Caroline Tozzi Reppold   Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Apresentação: Caroline Tozzi Reppold
Palavras-chave: Conselho Federal de Psicologia, SATEPSI, Avaliação Psicológica

 

Nome:
José Maurício Haas Bueno

Titulo:
Construção de um Instrumento para Avaliação da Dependência de Redes Sociais

Resumo:
É inegável o grande desenvolvimento que a internet tem trazido no campo da comunicação entre as pessoas, especialmente por meio das redes sociais. Não é à toa que as principais redes sociais congregam desde usuários comuns até grandes empresas. No entanto, o relacionamento com a internet e com as redes sociais pode tornar-se patológico, na medida em que a pessoa não consegue controlar o seu uso e passa a ter prejuízos em outras áreas da vida em função do tempo que permanece online. Apesar do grande interesse que a dependência de internet tem suscitado em pesquisadores do mundo inteiro, o tema vem sendo pouco estudado no Brasil, especialmente no que se refere à avaliação. Por isso, o propósito deste trabalho foi adaptar o Internet Adiction Test para avaliação de Dependência de Redes Sociais, e avaliar suas propriedades psicométricas. A mesa apresenta quatro tópicos: (1) fundamentos teóricos da dependência de internet; (2) evidências de validade baseadas na estrutura interna da escala; (3) evidências de validade baseadas na relação com critérios externos e (4) análise da escala com auxílio da Teoria de Resposta ao Item. Os resultados permitem identificar qualidades e fraquezas da escala, indicando de que forma o instrumento pode ser utilizado para avaliações da dependência de redes sociais e que em que direção as pesquisas devem seguir para aprimorá-la.

 

Palavras-chave:
Dependência, Internet, Avaliação Psicológica

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Fundamentos teóricos, controvérsias e instrumentos para avaliação da dependência de internet

Para a maior parte da população de usuários, a Internet e o cyberespaço se apresentam como ferramentas associadas à aprendizagem e aquisição de informação, ao bem-estar emocional, à socialização, produtividade profissional, qualidade de vida, entre outros. Mas, para uma pequena parcela da população, a relação com essas tecnologias pode se tornar um problema. Embora a conceituação do que vem sendo chamado de dependência de internet (DI) ainda seja vaga e imprecisa, parece haver consenso entre pesquisadores e clínicos de que há notáveis prejuízos nas vidas dos sujeitos que fazem um uso disfuncional da ferramenta (Internet), seus recursos, conteúdos e derivados. E os prejuízos são tão visíveis e relativamente frequentes, que autoridades no assunto têm discutido a inclusão da DI na formulação do DSM-V. Assim, com o crescente interesse pelas conseqüências adversas do uso do computador e da Internet, a busca pela construção de instrumentos e desenvolvimento de métodos para avaliação da D.I (e seus derivados) e dos usos das TICs também tem aumentado, embora ainda seja restrito, especialmente no contexto brasileiro. É documentada na literatura especializada a existência de inúmeros instrumentos voltados para a mensuração da dependência de Internet, entre os quais figura o Internet Addiction Test- IAT, que foi traduzido para o português e adaptado para a cultura brasileira. O propósito desta mesa é apresentar os estudos psicométricos de adaptação do IAT para a dependência específica de redes sociais e os objetivos específicos desta fala são apresentar as controvérsias sobre a conceituação de dependência de internet, o status atual dos instrumentos existentes para avaliá-la e os fundamentos teóricos que embasaram a realização deste estudo.

Autoria/Filiação: Raíssa Almoêdo de Assis   Universidade Federal de Pernambuco
Apresentação: Raíssa Almoêdo de Assis
Palavras-chave: Dependência, Internet, Avaliação Psicológica

 

RESUMO (2)

Escala de Dependência de Redes Sociais: Evidências de Validade Baseadas na Estrutura Interna

A forma virtual de relacionar-se através da Internet é um tema que vem sendo estudado por diversos pesquisadores no mundo, embora no Brasil haja poucos estudos realizados, principalmente no campo da avaliação. Por isso, o presente trabalho teve por objetivo analisar a estrutura fatorial de uma escala adaptada para avaliação da dependência de redes sociais a partir do Internet Adiction Test - IAT. Participaram dessa pesquisa 202 estudantes universitários, brasileiros, predominantemente do sexo feminino. O instrumento continha 19 itens para serem respondidos através de uma escala do tipo Likert de 5 pontos. A forma adaptada do instrumento foi formatada na plataforma GoogleDocs, de modo que as respostas foram dadas via internet. Para análise dos dados, foi empregada uma análise fatorial exploratória com extração dos fatores por fatoração dos eixos principais e rotação oblíqua. Foram obtidas uma solução unifatorial e uma com quatro fatores, que indicaram a forma como a escala atual pode ser utilizada com validade e fidedignidade e caminhos para o seu desenvolvimento futuro, respectivamente.

Autoria/Filiação: Fernanda Augusta Lima das Chagas   Universidade Federal de Pernambuco
Apresentação: Fernanda Augusta Lima das Chagas
Palavras-chave: Dependência, Internet, Avaliação Psicológica

 

RESUMO (3)

Escala de Dependência de Redes Sociais: Evidências de validade baseadas na relação com variáveis externas

Com os avanços tecnológicos das últimas décadas, os sites de redes sociais tornaram-se ferramentas acessíveis e muito utilizadas em todo o mundo, o que despertou também o interesse dos pesquisadores, inclusive com relação à construção de instrumentos com boas propriedades psicométricas para avaliá-lo. Esta comunicação visa apresentar dados de relações com variáveis externas de um instrumento adaptado para o português para avaliação do uso de redes sociais. A escala constituiu-se de 19 itens, para serem respondidos via internet, por meio de uma escala Likert de 5 pontos. Foi aplicada em 202 estudantes universitários, com idades superiores a 18 anos, a maioria do sexo feminino. Os resultados mostraram que não há diferenças de gênero na dependência de redes sociais, nem importa se a pessoa faz uso do computador no trabalho ou não. No entanto, os dados obtidos mostram que quanto mais aumenta a idade, menor é a dependência de redes sociais. Este último resultado provavelmente se deve ao fato de os jovens utilizarem a ferramenta das redes sociais com maior desenvoltura do que os mais velhos, uma vez que seu uso tornou-se popular na última década.

Autoria/Filiação: Emmanuelle Renato Alves Fontenelle   Universidade Federal de Pernambuco
Apresentação: Emmanuelle Renato Alves Fontenelle
Palavras-chave: Dependência, Internet, Avaliação Psicológica

 

RESUMO (4)

Escala de Dependência de Redes Sociais: Estudos psicométricos baseados na Teoria de Resposta ao Item

A dependência de internet é um tema que vem sendo muito estudado ao redor do mundo. No contexto brasileiro ainda não há muitas pesquisas relacionadas ao uso excessivo de redes sociais, especialmente no campo da avaliação. Partindo desse princípio, o objetivo principal do presente trabalho foi adaptar o instrumento IAT (Internet Addiction Test) para a verificação do uso específico de redes sociais, bem como, avaliar suas propriedades psicométricas com o auxílio da Teoria de Resposta ao Item. Para tanto, contou-se com a participação de 200 estudantes universitários, de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos. A forma adaptada do instrumento ficou com 19 itens, respondidos através da plataforma GoogleDocs. Desta forma, ao se observar as condições para a realização das análises com base no Modelo de Rasch, constatou-se um bom ajustamento dos índices de infit e outfit, o que propiciou a continuidades das análises. Ao verificar a relação entre as categorias de respostas adotadas no instrumento e o theta dos participantes, observou-se a existência de um bom paralelismo entre tais aspectos. Deste modo, todas as categorias de respostas foram consideradas úteis na discriminação dos níveis de dependência de redes sociais. Observando-se o mapa de itens, notou-se que a média da população ficou abaixo da média dos itens. Este dado sugere que o IAT possui itens que descrevem uma dependência mais intensa do que se manifesta na população. Destaca-se ainda que, os itens considerados mais difíceis e que ficaram acima da média são os que compõem o segundo fator da escala em questão. Logo, o segundo fator estaria mensurando comportamentos mais patológicos da dependência de redes sociais do que os itens da primeira dimensão. Diante do exposto, conclui-se que o Inventário sobre o uso de Redes Sociais apresenta boas propriedades psicométricas para a mensuração do construto em questão.

Autoria/Filiação: Maria Aline Rodrigues de Moura   Universidade Federal de Pernambuco
Apresentação: Maria Aline Rodrigues de Moura
Palavras-chave: Dependência, Internet, Avaliação Psicológica

 

Nome:
Cláudia Cristina Fukuda

Titulo:
Contribuições da psicometria à eficácia do fazer psicológico nos contextos clínico, organizacional e na gerontologia.

Resumo:
Propõe-se, nesta mesa, discutir a aplicabilidade do saber psicométrico na Psicologia, especificamente na avaliação: a) de serviços de intervenção psicoterápica e de atendimento psicossocial; b) da qualidade de vida no envelhecimento; e c) da satisfação de pesquisadores com o trabalho. O uso de instrumentos psicométricos com evidências de validade e precisão, associados ou não a instrumentos mais intuitivos, tais como entrevistas e observações, contribui para a melhoria da eficiência e eficácia da atuação do psicólogo e para o aumento da satisfação de usuários. Serão apresentados quatro trabalhos que exemplificam a importância da psicometria em diferentes áreas de atuação do psicólogo, a saber, contextos clínico, hospitalar e organizacional. O primeiro trabalho apresentará um procedimento para avaliação de psicoterapias e atendimentos psicossociais, individuais e em grupo, que inclui o uso conjunto de técnicas psicométricas e intuitivas, que juntas possibilitam o desenvolvimento de evidências de efetividade desses serviços psicológicos em clínicas escola e hospitais. Em seguida, será apresentado o estudo de adaptação brasileira do Clinical Outcomes in Routine Evaluation - Outcome Measure (CORE-OM), instrumento psicométrico utilizado para medir resultados de psicoterapias, foi elaborado na Inglaterra por Barkham em 1993 é, atualmente, utilizado em vários países europeus (Holanda, Dinamarca, Suécia e Portugal) e compõe o CORE System. O terceiro trabalho irá descrever o uso de instrumentos psicométricos para avaliação da relação entre ambiente físico, psicológico e social na qualidade do envelhecimento em idosos brasileiros apresentando um modelo ecológico de envelhecimento saudável nesse contexto. O último trabalho tratará do estudo da validade de uma escala de satisfação

 

Palavras-chave:
Psicometria, Atuação profissional, eficácia

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Avaliação de serviços de intervenções psicoterapêuticas e atendimentos psicossociais em clínicas-escola e hospitais

A avaliação de intervenções psicoterapêuticas e psicossociais é uma temática discutida informalmente pelos psicólogos e pesquisadores clínicos. Estudos na área buscam evidências científicas que comprovem a eficiência de tais intervenções. A realização de pesquisas para avaliar as intervenções psicoterapêuticas e psicossociais, possibilita aos profissionais reflexões mais sistematizadas sobre sua prática e fornece elementos pedagógicos para a formação de novos psicólogos. Também contribui para identificar estratégias mais relacionadas aos processos de mudança em psicoterapias e atendimentos psicossociais, garantindo aos pacientes uma maior eficiência nos serviços oferecidos. Esta exposição tem como objetivo apresentar a pesquisadores da área de avaliação psicológica, um procedimento de avaliação de psicoterapias e atendimentos psicossociais individuais e grupais de pacientes adultos e adolescentes em contexto de clínica-escola e em um instituto de formação de psicoterapeutas. O processo de avaliação proposto é composto por instrumentos que avaliam qualitativa e quantitativamente os atendimentos. Os participantes serão usuários adultos e adolescentes dos serviços de atendimento psicoterápico e psicossocial, além de supervisores de estágio e estagiários. Os instrumentos utilizados nesta pesquisa são o Clinical Outcome in Routine Evaluation - Outcome Measure (CORE-OM), Experiência Pessoal (SAI-R), Aspectos Úteis da Terapia (HAT), Protocolo de entrevista de mudança do cliente (CI), e o Questionário Pessoal Simplificado (PQ). Para a validação dos instrumentos quantitativos de avaliação (CORE-OM e SAI-R) será utilizada análise fatorial e análise de consistência interna. Os instrumentos qualitativos (HAT, CI e PQ) já estão adaptados. No procedimento proposto os instrumentos devem ser aplicados, de forma alternada, em usuários dos serviços por estagiários sob supervisão em períodos regulares que variam de três a seis meses. Procedimentos como esse já são utilizados com regularidade em vários países europeus.

Autoria/Filiação: Cláudia Cristina Fukuda   Universidade Católica de Brasília
Marília Marques da Silva   Universidade Católica de Brasília
Maria Eveline Cascardo Ramos   Universidade Católica de Brasília
Apresentação: Cláudia Cristina Fukuda
Palavras-chave: Eficácia, Psicoterapia, Avaliação

 

RESUMO (2)

Adaptação transcultural do instrumento CORE-OM para o português do Brasil.

O instrumento CORE-OM foi criado originalmente na língua inglesa, sendo uma medida de resultado normalizado e aceitável para avaliar eficácia e efetividade da psicoterapia. O instrumento é composto por 34 questões que avaliam bem estar subjetivo, sintomas, funções e risco. O Programa de Pós Graduação em Psiquiatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, juntamente com o Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Católica de Brasília está realizando o processo de adaptação transcultural da versão inglesa do CORE-OM para português do Brasil. O modelo de tradução e adaptação ocorre em sete etapas: tradução, retrotradução, avaliação da equivalência semântica, elaboração da versão síntese, pré-teste na população, e segundo pré-teste na população–alvo. A amostra é formada por participantes do Rio Grande do Sul e do Distrito Federal, sendo composta por pessoas adultas, maior de 18 anos, de diferentes níveis socioeconômicos, culturais e educacionais, visando representar a diversidade social e cultural presente em nosso País. Os participantes responderam a um questionário socioeconômico, ao teste e em seguida apresentaram sua compreensão sobre o instrumento CORE-OM na versão em português do Brasil. Ao finalizar a versão brasileira, esta será validada e será possível fornecer a população uma nova escala para medir a eficácia e a efetividade do processo psicoterápico. Com o melhor conhecimento sobre o processo psicoterápico, poderão ser propostas melhorias neste sentido, visando diminuir o sofrimento das pessoas que se beneficiam deste tratamento. Também, com a adaptação do CORE-OM para o português do Brasil será possível replanejar alguns aspectos no processo psicoterápico, reduzindo consequentemente o tempo de tratamento e os custos para o sistema de saúde.

Autoria/Filiação: Márcia Rosane Moreira Santana   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Lucia Helena Freitas Ceiclin   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Danielle Moraes   Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Apresentação: Márcia Rosane Moreira Santana
Palavras-chave: CORE-OM, Psicoterapias, Validade semântica

 

RESUMO (3)

Um modelo ecológico para a avaliação da pessoa idosa

O envelhecimento humano provoca um aumento da vulnerabilidade das pessoas idosas frente a seu ambiente, surgindo a necessidade de compensar as perdas biológicas, cognitivas e comportamentais para prevenção de danos e promoção da qualidade de vida. Propomos nesse estudo avaliar a pessoa idosa sob a perspectiva do envelhecimento ativo ressaltando fatores que contribuem para a qualidade de vida reconhecendo os determinantes que afetam a saúde física e mental dos idosos, propondo um modelo ecológico de avaliação. Tal modelo para o estudo do envelhecimento ativo realizou uma avaliação da saúde com a aplicação de escalas que exploraram as dimensões física (capacidade funcional, acidentes, agravos a saúde, limitações físicas e prática de atividades físicas) e mental (bem-estar subjetivo, bem-estar psicológico e autopercepção de saúde). Nesse modelo incluimos a avaliação do ambiente onde o idoso vive, considerando as dimensões: ambiente físico (tipo de moradia, propriedade, densidade, e acessibilidade); ambiente psicológico (privacidade, preferência e satisfação);ambiente familiar (anos da vida adulta vividos na moradia atual, arranjo familiar e uso do espaço doméstico) e vizinhança (de apoio social, perigos, serviços e facilidades observados na comunidade). Foram realizadas entrevistas com a aplicação de escalas com 50 idosos (32 mulheres) com idades entre 60 e 99 anos, residentes em quatro unidades federativas brasileiras Foram realizadas análises estatísticas descritivas e inferenciais (correlação canônica e regressões múltiplas) para a verificação dos fatores do ambiente que contribuem para o envelhecimento. Os resultados indicaram uma correlação significativa entre o ambiente e o envelhecimento ativo. As dimensões ambiente psicológico e físico foram as que obtiveram a maior carga na variável ambiente, enquanto o bem-estar subjetivo e bem-estar psicológico obtiveram as maiores cargas na variável envelhecimento ativo. Tais resultados evidenciam que a maneira como os idosos percebem e vivenciam seus espaços contribui significativamente para o envelhecimento ativo e saudável.

Autoria/Filiação: Ana Beatriz Rocha-Lima   Universidade Católica de Brasília
Apresentação: Ana Beatriz Rocha-Lima
Palavras-chave: Envelhecimento ativo, Bem-estar em idosos, Modelo ecológico

 

RESUMO (4)

Satisfação no trabalho de pesquisadores: um estudo em uma empresa pública brasileira

Satisfação no trabalho é um dos construtos mais estudados na psicologia do trabalho em função do entendimento comum de estar relacionada ao desempenho, produtividade, rotatividade e assiduidade. Sua definição ainda é bastante discutida por ser um fenômeno complexo e atitudinal. Nesse estudo, satisfação no trabalho é conceituada como um estado emocional positivo advindo da vivência no ambiente organizacional. O objetivo desse estudo foi analisar a estrutura fatorial e consistência interna da Escala de Satisfação no Trabalho para uma amostra de pesquisadores e a relação entre satisfação no trabalho, dados sociobiográficos (sexo e idade) e características do trabalho (liderança de equipes e tempo de empresa). O estudo foi realizado com 367 participantes de uma empresa de pesquisa pública brasileira presente em todas as regiões brasileiras. Houve uma predominância de participantes do sexo masculino e da Região Sudeste. A Escala de Satisfação no Trabalho (EST) foi elaborada e validada no Brasil por Siqueira (2008), composta por cinco fatores: a) satisfação com colegas; b) satisfação com trabalho; c) satisfação com chefia; d) satisfação com a natureza do trabalho; e, satisfação com as promoções. Os resultados mostraram: a) que a estrutura fatorial da escala manteve-se equivalente à do instrumento original; b) existência de relações significativas entre as variáveis, de forma que houve maior satisfação entre gerentes e pesquisadores do sexo masculino e c) que as variáveis idade e tempo de serviço não eram correlacionadas com satisfação.

Autoria/Filiação: Giovana Zappalá Porcaro Sousa   Universidade Católica de Brasília
Cláudia Cristina Fukuda   Universidade Católica de Brasília
Apresentação: Giovana Zappalá Porcaro Sousa
Palavras-chave: Satisfação trabalho, Pesquisadores, Validade

 

Nome:
MARIA CECILIA DE VILHENA MORAES SILVA

Titulo:
Contribuições de diferentes leituras do TAT para compreensão de processos psicológicos em condições clínicas distintas

Resumo:
RESUMO DA MESA
O Teste de Apercepção Temática de Henry Murray é um instrumento tradicionalmente associado ao psicodiagnóstico. De modo geral está claro para os psicólogos clínicos que o termo psicodiagnóstico vai muito além da mera atribuição de um rótulo que enquadre o paciente em uma categoria nosológica. Constitui, sim, a descrição rigorosa de processos mentais, observados em pleno funcionamento, que podem – ou não – se mostrar adequados à adaptação do indivíduo ao meio em que vive. Alguns processos mentais ficam particularmente evidentes nas tarefas solicitadas pelas técnicas projetivas, como o TAT. O objetivo da mesa é demonstrar como diferentes abordagens às respostas ao TAT (Escola de Paris, leitura neuropsicológica e leitura psicodinâmica tradicionalmente usada para a interpretação das respostas ao instrumento) – dada sua complexidade – podem contribuir para a investigação e a compreensão de processos psicológicos complexos em diferentes condições clínicas (esquizofrenia, TDAH e TOC). Atenção especial é dedicada à análise qualitativa dos processos de pensamento e às evidências de controle sobre a atividade ideacional.

 

Palavras-chave:
TAT, Diagnóstico, Seguimento

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

DIFERENCIAÇÃO DE SUJEITOS ESQUIZOFRÊNICOS E SUJEITOS NÃO ESQUIZOFRÊNICOS NO TAT SEGUNDO A ESCOLA DE PARIS

Processo primário é um conceito básico nas teorias psicanalíticas com referência aos aspectos inconscientes do funcionamento psíquico. Suas principais características são: a ausência de coerência e de relações lógicas e o desconhecimento das relações temporais e do princípio de realidade. De acordo com os estudos franceses disponíveis na literatura, o Teste de Apercepção Temática é apontado como instrumento eficaz na identificação desses processos, a partir da identificação da alteração da percepção visual, utilização maciça da projeção, desorganização das demarcações identitárias e objetais e alteração do discurso. Nesse sentido, no presente estudo pretendeu-se investigar as emergências dos processos primários por meio do TAT em quatro adultos, sendo dois portadores de diagnóstico de esquizofrenia e dois sem diagnóstico psiquiátrico. Especificamente utilizou-se a quarta série de procedimentos de elaboração do discurso segundo a Folha de Cotação do TAT da Escola de Paris. Os protocolos dos quatro participantes foram cotados por dois juízes/avaliadores independentes e sem acesso entre si. Além de alta concordância entre os juízes para todos os critérios de análise, observaram-se diferenças de média entre o grupo clínico e não-clínico no Total da Serie E - Emergências dos Processos Primários - corroborando o registrado na literatura especializada.

Autoria/Filiação: Álvaro José Lelé   Universidade Federal de Minas Gerais
Carmen E. Flores-Mendoza   Universidade Federal de Minas Gerais
Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Apresentação: Álvaro José Lelé
Palavras-chave: esquizofrenia, processo primário, , Teste de Apercepção Temática

 

RESUMO (2)

ASPECTOS NEUROPSICOLÓGICOS E PSICODINÂMICOS NO TAT DE UM CASO DE TDAH DE ADULTO

A expressão “funções executivas” (FE) refere-se às habilidades de planejamento, monitorização do comportamento, percepção e crítica ao erro e autorregulação emocional. As FE vêm sendo associadas a diversas alterações neuropsiquiátricas, dentre as quais o transtorno de déficit de atenção e impulsividade (TDAH). Entretanto, há controvérsias em torno da questão do diagnóstico do TDAH em adolescentes e adultos, nos quais os problemas decorrentes das alterações nas FE são detectados mais a partir da presença de desorganização e conflitos no âmbito afetivo-emocional do que no cognitivo propriamente dito. A tarefa de contar histórias no TAT requer a organização de um discurso lógico sequencial a partir de figuras relativamente ambíguas, processo que envolve observação do estímulo, acionamento da memória visual e verbal, levantamento de hipóteses perceptivas e, por fim, organização dos elementos em sequência lógico-temporal e expressão verbal. Por se tratar de atividade complexa envolvendo múltiplas etapas, essa tarefa requer a participação das FE. Ilustra-se aqui uma leitura neuropsicológica dos relatos ao TAT de uma jovem de 23 anos com diagnóstico de TDAH. Foram observadas dificuldades de sustentação da atenção às instruções e ao relato, de seletividade de um tema, de foco em um personagem bem como perda de sequência e ritmo de elaboração. Tais problemas configuram alterações nas FE que são permeadas por aspectos de imaturidade e componentes de ansiedade. Os aspectos neuropsicológicos e psicodinâmicos detectados no TAT contribuem para uma compreensão mais ampla dos quadros de TDAH.

Autoria/Filiação: Maria Cristina Petroucic Rosenthal   Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Apresentação: Maria Cristina Petroucic Rosenthal
Palavras-chave: TAT, TDAH em adultos, funções executivas

 

RESUMO (3)

DADOS DO TAT NO SEGUIMENTO DE PACIENTE COM TOC REFRATÁRIO SUBMETIDO A NEUROCIRURGIA FUNCIONAL

O transtorno obsessivo compulsivo é um transtorno de ansiedade caracterizado por obsessões e compulsões. A despeito dos avanços em tratamento medicamentoso e psicoterápico, casos refratários a esses procedimentos são indicados a neurocirurgia funcional. O objetivo deste estudo é relatar os resultados pré-operatórios e o seguimento longitudinal de cinco anos de um paciente adulto, do sexo masculino, submetido a cingulotomia bilateral esterotáxica como tratamento para transtorno obsessivo compulsivo (TOC) refratário. O paciente foi diagnosticado pela equipe interdisciplinar, submetido a escalas clínicas para aferição do grau de severidade do TOC e encaminhado para a realização do estudo de caso. Os instrumentos utilizados foram: escala Weschsler de inteligência (WAIS), entrevistas semidirigidas e o Teste de Apercepção Temática (TAT). Para a análise do TAT foram utilizadas as categorias de interpretação: produtividade, organização do discurso, percepção do ambiente, autopercepção, e natureza dos conflitos e desenlace. Após cinco anos da cirurgia e acompanhamento psicoterápico, todos os instrumentos apontam desempenho mais rico e flexível, maior autonomia e tônus emocional mais positivo, atestando a evolução positiva do caso; por outro lado, observa-se que aspectos fóbicos ainda estão presentes.

Autoria/Filiação: Maria Cristina Petroucic Rosenthal   Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Maria Cecilia de Vilhena Moraes Silva   Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Apresentação: Maria Cecilia de Vilhena Moraes Silva
Palavras-chave: TAT, TOC refratário, neurocirurgia funcional

 

Nome:
Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly

Titulo:
Contribuições para avaliação de adolescentes no contexto brasileiro e português

Resumo:
Faz-se necessário considerar as características peculiares da avaliação psicológica na adolescência, quer pela perspectiva do desenvolvimento, desafios e demandas que se impõem ao indivíduo nessa etapa de sua vida, quer seja pelos instrumentos que devem contar com características psicométricas específicas para essa população e para os objetivos imbricados no processo psicológico em questão. Em assim sendo, propõem-se uma discussão dos aspectos desenvolvimentais dos adolescentes à luz da Psicologia Positiva, das características de personalidade e adaptação e das demandas acadêmicas voltadas para a escolha profissional e para a autorregulação do processo de aprendizagem com expertise. Serão apresentadas comunicações por especialistas brasileiros e portugueses com vistas a gerar um debate acerca da temática considerando-se as similaridades e diferenças quanto à avaliação de adolescentes nos dois países.

 

Palavras-chave:
psicologia positiva, avaliação, psicometria

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

As contribuições da Psicologia Positiva para a saúde coletiva no Brasil, especialmente na atenção aos adolescentes

O presente trabalho tem como objetivo discutir as contribuições e perspectivas da Psicologia Positiva para os cuidados em saúde em âmbito nacional. Observa-se, atualmente, esforços relacionados com a busca de medidas preventivas mais eficazes, e de promoção da saúde, que desenvolvam habilidades de enfrentamento das adversidades e melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, especialmente de crianças e adolescentes. Inicialmente focado em ciências biológicas, o modelo de atenção à saúde recentemente tem incorporado contribuições de teorias das ciências sociais. Atualmente, o modelo conhecido como “Clínica ampliada” propõe uma extensão da atenção à saúde, que inclui também determinantes subjetivos, além dos biológicos e sociais. No final da década de 1970, verificou-se o desenvolvimento da Saúde Coletiva como uma proposta para ultrapassar a prática tradicional. Esta contribuição foi determinante para a melhoria do processo de saúde. O modelo brasileiro de “Clínica Ampliada” propôs uma ampliação da assistência à saúde, combinando determinantes biológicos e sociais. De acordo com o conceito da “Clínica ampliada”, a Psicologia Positiva tem desempenhado um papel importante, com a proposta de dar um novo dinamismo ao modelo tradicional. A partir dessa perspectiva, a mesa discute o advento da Psicologia Positiva como uma nova forma de compreender e atuar no campo da saúde coletiva, priorizando ações de promoção da saúde, sobretudo em relação aos adolescentes.

Autoria/Filiação: Caroline Tozzi Reppold   Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – Brasil
Léia Gonçalves Gurgel   Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – Brasil
Ana Cristina Pedron   Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – Brasil
Apresentação: Caroline Tozzi Reppold
Palavras-chave: psicologia psitiva, saúde pública, adolescentes

 

RESUMO (2)

Contributos do MMPI-A para a compreensão do comportamento adaptativo na adolescência

Nesta comunicação, pretendemos sistematizar e apresentar os resultados de uma investigação, composta por vários estudos, em que procurámos compreender a relação entre a organização da personalidade na adolescência e a adaptação dos adolescentes aos seus contextos de vida, particularmente o escolar. Para tal, além de um questionário sobre a vida escolar, que recolheu indicadores de desempenho, integração e satisfação global, utilizámos a versão experimental portuguesa do Inventário Multifásico da Personalidade de Minnesota – Adolescente (MMPI-A), um instrumento de autorrelato de avaliação da personalidade e da psicopatologia adolescente, e que se encontra a ser aferido para a população portuguesa. Os resultados serão discutidos tendo em conta a importância da personalidade para a capacidade de resposta dos jovens aos desafios da adolescência e, particularmente, considerando a relevância da identificação de situações de potencial vulnerabilidade através da utilização de instrumentos de avaliação psicológica, como o MMPI-A, que nos ofereçam bons indicadores de validade e permitam conceptualizar melhor a natureza das dificuldades dos jovens.

Autoria/Filiação: Renato G. Carvalho   Universidade de Lisboa – Portugal
Rosa F. Novo   Universidade de Lisboa – Portugal
Apresentação: Renato G. Carvalho
Palavras-chave: personalidade, satisfação global, adaptação adolescentes

 

RESUMO (3)

Adaptação ao ensino superior e desenvolvimento de carreira na adultez emergente

O Ensino Superior apresenta mudanças significativas ao longo das últimas décadas, recebendo um público cada vez mais diverso na sua proveniência social e cultural, preparação académica prévia, e motivações e expetativas. Apesar desta diversidade, uma percentagem significativa desse público é ainda composta por jovens entre os 18 e os 25 anos, geralmente chamados de alunos “tradicionais”. Estes jovens encontram-se num período do seu desenvolvimento, designado de “adultez emergente”, que se carateriza pela intensa atividade de exploração da identidade, um foco no self, a perceção de múltiplas possibilidades e o sentimento de instabilidade próprio de quem se sente estar entre a adolescência e a adultez. Através do adiamento de responsabilidades da vida adulta (como a independência financeira, o casamento, ou o nascimento do primeiro filho), a experiência universitária e o contexto do Ensino Superior permitem ao “adulto emergente” a vivência de uma moratória para a experimentação e definição da sua identidade, nomeadamente em termos vocacionais ou de carreira. Nesta comunicação explicitamos como a qualidade da adaptação ao Ensino Superior poderá influenciar os resultados neste domínio do desenvolvimento da identidade, e vice-versa. São exploradas as necessidades e caraterísticas destes universitários, em termos da sua exploração e decisão vocacional, expetativas e formação de objetivos, e compromisso com uma identidade vocacional. Discutem-se, ainda, pistas e medidas para a avaliação e intervenção na área.

Autoria/Filiação: Alexandra M. Araújo   Universidade do Minho – Portugal
Leandro S. Almeida   Universidade do Minho – Portugal
Apresentação: Alexandra M. Araújo
Palavras-chave: motivação, universitários, decisão vocacional

 

RESUMO (4)

Expertise e competência no estudo

Diversas variáveis podem influenciar o processo de aprendizagem, mas ressalta-se a concepção de que o estudante deve assumir um papel ativo em seu processo de aprender. A autorregulação e a expertise vêm recebendo atenção dos pesquisadores da Psicologia Educacional. Isso porque representam a capacidade do indivíduo em se adaptar às demandas dos contextos atuais, em especial, no acadêmico e na vida profissional. A presente comunicação visa discutir a Autorregulação da Aprendizagem (ARA) por se tratar das competências necessárias ao estudante para se tornar autônomo e bem sucedido. Para tanto, um dos aspectos que devem ser considerados é a competência de estudo observada tanto pelos comportamentos e forma de estudar, como pelo desempenho e resultado dessas ações no tocante a expertise do estudante. Serão apresentados resultados de investigação acerca da temática para o contexto brasileiro e estudo acerca da construção de um instrumento psicometricamente adequado para Brasil e Portugal.

Autoria/Filiação: Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly (coordenadora)   Universidade São Francisco – Brasil
Leandro S. Almeida   Universidade do Minho – Portugal
Nayane Martoni Piovezan   Universidade São Francisco – Brasil
Anelise Silva Dias   Universidade Paulista - UNIP - Brasil
Apresentação: Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly (coordenadora)
Palavras-chave: psicometria, universitarios, autorregulação

 

Nome:
Solange Wechsler

Titulo:
Convergências e necessidades da avaliação psicológica nos países ibero-latinos: uma proposta de integração

Resumo:
A avaliação psicológica no contexto ibero-latino possui características e necessidades distintas daquelas que existem em outros países. Considerando os parâmetros comuns de linguagem e cultura que unem estes povos, podem ser encontrados pontos comuns no desenvolver da sua história que persistem até os dias de hoje. Do mesmo modo, diversas necessidades para o avanço da área de avaliação psicológica possuem semelhanças entre estes países. As convergências e desafios de 2 países sul-americanos ( Argentina e Peru) serão comparadas com àqueles de 2 países ibero-americanos (Portugal e Espanha) a fim de encontrar pontos comuns com pesquisadores brasileiros e possibilitar traçar linhas mestras de ação visando a melhoria dos instrumentos e serviços psicológicos nestes continentes.

 

Palavras-chave:
ibero-latino, ciência, pesquisa

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Evaluación Psicológica en Argentina: un campo disciplinar fértil y contradictório

Se hará referencia al área de la Evaluación y Diagnóstico Psicológico en Argentina, como disciplina y como profesión de alta especificidad al rol del psicólogo desde 3 perspectivas: a) formación académica de grado y de posgrado, b) investigación c) prácticas profesionales y rol de los Colegios profesionales. Con respecto a la formación académica se analizará cómo la prevalencia casi hegemónica de un solo paradigma que impregnó los currículos universitarios en gran parte del siglo XX. La prevalencia de técnicas proyectivas y, dentro de ellas la de Rorschach fueron resultado de este sesgo. Se analizarán los cambios que se produjeron en los últimos 30 años, que se expresaron en investigaciones con poblaciones de diferentes contextos ecológicos y culturales, en la validación de tests surgidos en contextos anglosajones, tanto como en la creación de nuevas pruebas, la mayoría, psicométricas. Se hará referencia a las tareas de investigación y difusión de y con tests psicométricos con la presencia de figuras pioneras que otorgaron jerarquía al área en las últimas décadas. Se intentará dar respuestas a las causas que determinan que, a pesar los cambios y avances, las prácticas profesionales se apoyen casi en un solo paradigma, lo que genera muchas veces, que los resultados de las evaluaciones no puedan respuestas a las preguntas que las motivaron.Finalmente se puntualizará qué líneas se considera prioritarias encarar, con el propósito de superar las contradicciones encontradas, tanto en la formación académica, como en investigación, y en el vínculo academia-Colegio de Psicólogos; la intención es superar la dicotomía psicométrico-proyectivo, nomotético-ideográfico y la obtención de diagnósticos más fiables que, como consecuencia, jerarquicen el área, vital en las prácticas del psicólogo.


Autoria/Filiação: Norma Contini   Universidad Nacional de Tucumán
Apresentação: Norma Contini
Palavras-chave: formación argentina, investigación argentina, testes argentinos

 

RESUMO (2)

La evaluación psicológica en el Perú: Historia, problemática y experiencias iberoamericanas a imitar

La profesionalización de la psicología en el Perú se inicia en 1955 al crearse la Sección de Psicología en la Universidad Nacional Mayor de San Marcos. Respecto al ejercicio profesional de la Psicología en el Perú está amparada por la ley promulgada el 27 de octubre del 2004 .El desarrollo de la medición psicológica en el Perú se encuentra en un grave problema, no se dispone de pruebas estandarizadas a nuestra realidad, además de carecer de una política de control que norme su uso. Se hace necesario elaborar una política de estandarización de los test psicológicos. Bajo ese contexto se describen experiencias de sistematización para el desarrollo adecuado de las pruebas psicológicas en España y Brasil, que pueden ser útiles como modelo para el Perú y otros países de Latinoamérica, las mismas que están establecidas por: Regulación legal, comités de evaluación de la calidad de los test, estudios de post grados, pautas para la buena enseñanza de los test. Se proponen como acciones: Hacer cumplir la Ley 28369 del Trabajo del Psicólogo la misma que recomienda que el Colegio de Psicólogos del Perú debe garantizar que las pruebas psicológicas cumplan con los estándares internacionales, la creación del Comité Nacional de Pruebas, la ejecución de eventos académicos que permitan discutir la problemática de los test, la edición de la Revista Peruana de Psicometría, la formación de la Red Peruana de Psicometría, la constitución de una sociedad académica, un debate sobre la buena enseñanza de los test y la acreditación de aquellas Escuelas Profesionales que cumplan con los estándares de una enseñanza de calidad, regulación de la comercialización de pruebas y un sistema de evaluación de la calidad de los test.


Autoria/Filiação: José Livia   Universidad Nacional Federico Villareal
Apresentação: José Livia
Palavras-chave: formación peruana, investigaciones peruanas, testes peruanos

 

RESUMO (3)

Percursos de desenvolvimento da investigação e da formação no domínio da avaliação psicológica em Portugal

A avaliação psicológica é um domínio que tem conhecido nas últimas décadas uma evolução significativa que se manifesta, ao nível internacional, através dos estudos empreendidos e das aplicações nos diversos contextos profissionais em que a avaliação é requerida. Contudo, o desenvolvimento deste domínio, tradicionalmente delineado e definido a partir dos avanços de ‘comunidades’ de psicólogos inseridos em diferentes escolas de pensamento, terá, porventura, como principal desafio, considerar ‘o progresso’ a partir do questionamento das teorias, dos métodos e dos standards que melhor poderão contribuir para a evolução ‘colectiva’. Por outro lado, a afirmação da relevância, propriedade e utilidade da Avaliação Psicológica, nos diferentes países, exige práticas formativas de graduação e pós-graduação consistentes e inscritas numa lógica sustentada em contínua investigação ‘local’. A participação portuguesa nesta mesa redonda, com representantes de diversos países latino-americanos, tem como principal objectivo dar a conhecer a evolução deste domínio de estudo, de investigação e de formação em Portugal e, assim, contribuir para a discussão das especificidades e complementaridades da Avaliação Psicológica em diferentes geografias e culturas. Nesse sentido propomo-nos caracterizar: a) os planos de formação académica em Avaliação Psicológica no âmbito dos diplomas de Psicologia concedidos pelas principais Escolas Superiores e Universidades em Portugal; b) os projectos de investigação em curso ou inscritos nos Centros de Investigação ou nas Universidade Portuguesas que recaem no âmbito de teorias, modelos ou instrumentos de avaliação psicológica; c) os principais paradigmas e linhas de orientação da avaliação psicológica aplicada a contextos específicos, designadamente ao clínico e ao forense ou judiciário; d) o sentido desejável da evolução futura da avaliação psicológica no país tendo por referência os padrões de maturidade da ciência psicológica em Portugal.


Autoria/Filiação: Rosa Ferreira Novo   Universidade de Lisboa
Apresentação: Rosa Ferreira Novo
Palavras-chave: formação portuguesa, investigação portuguesa, testes portugueses

 

RESUMO (4)

Evaluación de la intervención educativa superior en algunos países iberoamericanos y en España

En esta comunicación se hará referencia a las lagunas importantes que existen en la evaluación de las iniciativas de instrucción en la enseñanza superior. Este problema, a nuestro entender, tiene su origen en: a) los recursos humanos y materiales que exige este tipo de investigación; b) la escasez de instrumentos de medida adecuados, para captar la parte más compleja de aprendizaje, a saber, los procesos de pensamiento; y c) el problema de la transferencia. El problema de los recursos es acuciante en mi país, debido a políticas poco conveniente de las últimas décadas. En Iberoamérica hay una buena sensibilización sobre la enorme importancia que tiene la investigación en educación, para cualquier país. Sin embargo, se necesita una mayor sensibilización hacia este tipo especial de investigación. La instrucción en la enseñanza superior ofrece resultados a medio plazo y modestos, no permite presentar productos de cierta importancia anualmente, lo que es un problema, hoy día, para los investigadores y las instituciones, ambos sujetos a la evaluación por resultados. La escasez de instrumentos de medida en nuestro idioma es importante. Hay algunos instrumentos de evaluación del pensamiento que no cumplen con los mínimos requisitos psicométricos de adaptación a la población de referencia y de baremación de la misma. Nuestro grupo ha hecho un esfuerzo por desarrollar y validar un test de pensamiento crítico en varios países, en el nuestro, en Perú y, en la actualidad, en Colombia. Existe una validación terminada en España y en Perú, y otra en proceso. Expondremos la necesidad de pruebas abiertas y no cerradas, para poder captar toda la riqueza de tales procesos superiores. Finalmente, existe un problema serio pendiente, desde siempre, la transferencia. Los procesos de aprendizaje superior, y el pensamiento es el más importante de todos, exige que se evalúe su generalización a diferentes ámbitos. Aquí nos encontramos con un problema conceptual y metodológico. Conceptual porque se necesita una redefinición del propio concepto de transferencia, algo que haremos en esta comunicación. Y metodológico porque no existen instrumentos adecuados para medirla. Nuestra propuesta aquí va de la mano de la conceptual que presentaremos

Autoria/Filiação: Carlos Saiz   Universidad de Salamanca
Apresentação: Carlos Saiz
Palavras-chave: pensamiento critico, testes educacionales, evaluación educacional

 

Nome:
Makilim Nunes Baptista

Titulo:
Depressão, suporte social e qualidade de vida no trabalho: apresentando novos instrumentos.

Resumo:
A proposta da mesa redonda é apresentar três instrumentos publicados recentemente, a saber, a Escala Baptista de Depressão (Versão Adulto) – EBADEP-A, a Escala de Suporte Social – EPSUS e a Escala de Avaliação da Qualidade de Vida no Trabalaho – Escala-QVT, que podem ser utilizados em diferentes áreas da atuação profissional. Será relatado o processo de construção e os estudos psicométricos realizados.

 

Palavras-chave:
depressão, suporte social, qua, ,

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Escala Baptista de Depressão (Versão Adulto) – EBADEP-A

A EBADEP-A é uma escala construída no Brasil, a partir de indicadores dos manuais diagnósticos como o DSM-IV-TR, CID 10, bem como, descritores baseados na Teoria Cognitiva de Beck e Teoria Comportamental da Depressão. A amostra normativa foi composta por 1676 participantes, sendo estes pertencentes a diversos grupos, estudos, locais de coleta, Estados, diagnósticos, selecionados por conveniência, sendo os mesmos divididos em grupos, tais como, pessoas com depressão, pacientes psiquiátricos, universitários, hospitalizados por doença física, acompanhantes, e não depressivos. Foram realizados estudos de evidências de validade de conteúdo, critério e construto, que demonstraram que a escala tem qualidades psicométricas bastante adequadas, além de discriminar os diversos grupos de maneira esperada pela literatura, além da realização de estudos de precisão, sensibilidade, especificidade e normatização. O instrumento encontra-se aprovado pelo SATEPSI e parece ser importante, em termos de rastreamento no Brasil, já que foi construída e validada no país.

Autoria/Filiação: Makilim Nunes Baptista   Universidade São Francisco
Apresentação: Makilim Nunes Baptista
Palavras-chave: depressão, validade, escala

 

RESUMO (2)

Escala de Percepção do Suporte Social (versão adulta) – EPSUS-A

O trabalho apresentará o processo de construção dos itens da EPSUS-A, bem como os estudos de evidências de validade com base na estrutura interna (tanto pelo modelo da Teoria Clássica dos Testes, como pela Teoria de Resposta ao Item), evidências de validade com base na relação com outras variáveis e índices de precisão por meio de consistência interna. Em relação à evidência de validade com base na estrutura interna, por intermédio da análise fatorial, a EPSUS-A se configurou em quatro fatores com adequados parâmetros psicométricos e explicados teoricamente, sendo esses o Afetivo; Interações Sociais; Instrumental e Enfrentamento de Problemas. As análises de Rasch evidenciaram adequações das quatro dimensões, constatando, por intermédio do mapa de itens, que a média dos itens esteve abaixo à média das pessoas, indicando que os itens foram facilmente endossados pela amostra. Os parâmetros de precisão, verificados por meio de consistência interna, foram adequados com os postulados da literatura. Em relação às evidências de validade com base na relação com outras variáveis, foram realizados dois estudos, o primeiro entre EPSUS-A e instrumentos de mensuração de sintomatologia depressiva e suporte familiar, e o segundo, entre EPSUS-A e instrumentos que avaliam sintomatologia depressiva e ansiosa, nos quais a EPSUS-A apresentou correlações coerentes aos achados da literatura. Atualmente a EPSUS-A encontra-se em fase de normatização e elaboração do manual, para que posteriormente possa ser submetida ao SATEPSI.

Autoria/Filiação: Hugo Ferrari Cardoso   Universidade do Sagrado Coração
Apresentação: Hugo Ferrari Cardoso
Palavras-chave: suporte social, validade, escalaq

 

RESUMO (3)

Escala de Avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho – Escala-QVT

A Escala-QVT foi construída considerando oito dimensões sobre qualidade de vida no trabalho propostas por Walton. O estudo foi realizado em dois momentos. No primeiro foi estabelecida evidência de validade de construto por meio de análise fatorial exploratória que resultou em uma estrutura interna com 35 itens, distribuídos em quatro fatores que explicaram 48,70% da variância total. Posteriormente a escala foi aplicada em novos sujeitos, sendo mantidos os 35 itens e os quatro fatores inicialmente observados, a saber: o fator ‘QVT relacionada a integração, respeito e autonomia’, composto por 15 itens; o fator ‘QVT relacionada a compensação justa e adequada’, composto por 6 itens; o fator ‘QVT relacionada a incentivo e suporte’, que possui 8 itens; e o fator chamado ‘QVT relacionada a possibilidades de lazer e convívio social’, composto por 6 itens. O instrumento é respondido por meio de uma escala Likert de cinco pontos, que são respectivamente pontuados de 1 a 5. A pontuação em cada fator corresponde à soma das pontuações atribuídas a cada item. O instrumento apresentou propriedades psicométricas satisfatórias.

Autoria/Filiação: Fabián Javier Marín Rueda   Universidade São Francisco
Apresentação: Fabián Javier Marín Rueda
Palavras-chave: qualidade de vida, validade, escala

 

RESUMO (4)

Escala de Autoeficácia para Escolha Profissional (EAE-EP)

A Escala de Autoeficácia para Escolha Profissional (EAE-EP) avalia as crenças das pessoas na própria capacidade para se envolver em tarefas relativas à escolha profissional, por meio de quatro fatores, Autoeficácia para Autoavaliação, Autoeficácia para Coleta de Informações Ocupacionais, Autoeficácia para Busca de Informação Profissional Prática e Autoeficácia para Planejamento de Futuro, além de um escore geral. A amostra normativa contou com 1.318 pessoas, 56,4% do sexo feminino, estudantes das três séries do ensino médio, com idade média de 16,2 anos. Os participantes eram estudantes de escolas públicas e particulares, dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Foram realizados estudos psicométricos com o instrumentos, sendo verificadas evidências de validade baseadas na estrutura interna, na relações com outros construtos (personalidade, dificuldades de decisão e interesses profissionais) e com variáveis sociodemográficas, além de estudos de adequação dos itens pelo modelo de Rasch. As estimativas de precisão, pelo método de Alfa de Cronbach, foram satisfatórias, entre 0,74 e 0,95. Estudos mais recentes indicaram também relações com autoconceito e com o perfil de diferenciação dos interesses profissionais. As normas do instrumento são apresentadas em relação à amostra geral, bem como com tabelas específicas por sexo e tipo de escola. A EAE-EP encontra-se aprovada pelo SATEPSI e disponível para uso profissional.

Autoria/Filiação: Rodolfo Augusto Matteo Ambiel   Universidade São Francisco
Apresentação: Rodolfo Augusto Matteo Ambiel
Palavras-chave: Orientação profissional, avaliação psicológica, autoeficácia

 

Nome:
JULIANE CALLEGARO BORSA

Titulo:
DESAFIOS DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO CONTEXTO CLÍNICO

Resumo:
A avaliação psicológica no contexto clínico é uma prática importante e seus resultados proporcionam o melhor direcionamento das intervenções potencialmente efetivas para cada caso avaliado. Ao longo do processo, o psicólogo que atua nesta área se depara com uma série de dificuldades. Estas dificuldades são inerentes à própria complexidade humana e às limitações das técnicas e instrumentos utilizados na avaliação de diferentes características. A presente mesa redonda tem por objetivo discutir os desafios da avaliação psicológica no contexto clínico. Para isso, apresenta quatro trabalhos que ilustram alguns desafios encontrados na avaliação de diferentes características e em diferentes faixas etárias. Os trabalhos apresentados visam a discutir problemas decorrentes da ausência de instrumentos específicos para a avaliação de transtornos de aprendizagem de leitura e escrita e emocionais, bem como a dificuldade para acessar adequadamente certos tipos de informações – sejam elas obtidas com diferentes informantes ou por diferentes métodos com o próprio paciente. O foco da mesa redonda é apontar essas limitações, bem como sugerir algumas alternativas para lidar com essas dificuldades.

 

Palavras-chave:
Avaliação Psicológica, Clínica, Desafios

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

DIFICULDADES NA IDENTIFICAÇÃO DE TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM DE LEITURA E ESCRITA NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE CRIANÇAS

Crianças em idade pré-escolar ou no início da escolarização formal (entre 6 e 9 anos, em sua maioria) pertencem à faixa etária mais encaminhada para avaliação psicológica. A maior frequência das queixas que levam esses pacientes a atendimento são dificuldades de aprendizagem (gerais ou específicas a uma única disciplina escolar). A avaliação desses pacientes geralmente consiste em: (a) comprovar a existência de um déficit em relação ao contexto de origem da criança (colegas, família e escola) e, no caso desse ser verificado, (b) identificar a origem dessa dificuldade, que deverá ser, primordialmente: (1) de ordem cognitiva global (deficiência intelectual), (2) emocional (quadro depressivos, ansiosos ou outros), (3) dificuldade/transtorno de aprendizagem específica (leitura, escrita, matemática, etc.). A avaliação psicológica de crianças em início de escolarização com queixas de dificuldade de aprendizagem requer diferenciar problemas/transtornos de linguagem (leitura e escrita) de déficits cognitivos amplos (raciocínio lógico, compreensão, memória, entre outros). No entanto, há uma escassez de instrumentos psicológicos que permitam identificar os déficits de linguagem citados e encaminhar os casos indicados (com hipóteses diagnósticas de dislexia, disortografia, etc.) para avaliação e posterior intervenção com fonoaudiólogos. O presente trabalho não pretende supor que psicólogos sejam habilitados a realizar diagnósticos que competem a fonoaudiólogos, mas tem como objetivo principal discutir a necessidade de saber fazer encaminhamentos mais apropriadamente e, principalmente, não diagnosticar incorretamente crianças com problemas de linguagem/transtorno de aprendizagem de leitura/escrita como apresentando déficits cognitivos. Enquanto os transtornos do primeiro tipo geralmente respondem bastante à intervenção, os do segundo tipo apresentam uma evolução mais modesta com o tratamento adequado. A apresentação pretende discutir como resultados negativos em alguns instrumentos cognitivos podem ser erroneamente interpretados, bem como levantar a questão da ausência de instrumentos psicológicos que avaliem linguagem oral, leitura e escrita em crianças em início de escolarização.

Autoria/Filiação: Denise Balem Yates   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Denise Balem Yates
Palavras-chave: transtornos de aprendizagem, déficits cognitivos, diagnóstico diferencial

 

RESUMO (2)

AVALIAÇÃO EMOCIONAL DE CRIANÇAS COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM: VALIDADE CLÍNICA DAS TÉCNICAS E ASPECTOS INTERDISCIPLIN

AVALIAÇÃO EMOCIONAL DE CRIANÇAS COM DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM: VALIDADE CLÍNICA DAS TÉCNICAS E ASPECTOS INTERDISCIPLINARES

Crianças com problemas de aprendizagem podem apresentar dificuldades emocionais associadas que merecem atenção no momento da avaliação psicológica. Dentre os recursos para essa avaliação, podemos utilizar entrevistas, técnicas lúdicas, escalas, instrumentos projetivos e outras técnicas gráficas. As técnicas lúdicas e projetivas podem fazer emergir as fantasias da criança com relação ao atendimento e ao seu problema, bem como podem elucidar importantes vivências familiares e situações de interação com pares. Algumas técnicas possuem estudos atualizados, porém outras, até pouco tempo consideradas válidas, precisam de algumas adaptações. Nesse sentido, pretende-se apresentar alguns casos clínicos e discutir o uso qualitativo de técnicas projetivas no contexto da avaliação emocional de crianças com dificuldades de aprendizagem. Também serão debatidas questões sobre a validade psicométrica destas técnicas e sua validade clínica. Outro ponto em questão é a importância da avaliação interdisciplinar para a melhor compreensão do problema das crianças e para o adequado fornecimento do diagnóstico e do encaminhamento. Nesse aspecto, será apresentado um serviço de atendimento a crianças com dificuldades de aprendizagem, que tem a parceria de neurologistas, fonoaudiólogas, psicólogas e neuropsicólogas, além de contar com o apoio de outros profissionais que atuam, por exemplo, na avaliação de dificuldades específicas, tal como discalculias. As crianças inicialmente realizam duas avaliações, uma fonoaudiológica e outra neuropsicológica, a fim de serem diagnosticadas em relação à dislexia e a problemas de leitura e escrita. Dependendo do diagnóstico, algumas crianças começam a realizar oficinas de leitura e escrita e outras são encaminhadas para aprofundamento do psicodiagnóstico e da avaliação emocional, buscando verificar a necessidade de atendimento psicoterápico, psicopedagógico ou outro tipo de encaminhamento. Nessa atividade, ressalta-se a importância do trabalho interdisciplinar e do uso de algumas técnicas projetivas no contexto de avaliação emocional de crianças com dificuldades de aprendizagem.

Autoria/Filiação: Josiane Pawlowski   Universidade Federal do Rio de Janeiro
Apresentação: Josiane Pawlowski
Palavras-chave: avaliação emocional, validade clínica, crianças

 

RESUMO (3)

DESAFIOS DA AVALIAÇÃO CLÍNICA DE CRIANÇAS POR DIFERENTES MÉTODOS E POR MÚLTIPLOS INFORMANTES

DESAFIOS DA AVALIAÇÃO CLÍNICA DE CRIANÇAS POR DIFERENTES MÉTODOS
E POR MÚLTIPLOS INFORMANTES
O psicodiagnóstico infantil é um processo complexo que exige o uso de diferentes métodos de coleta de dados. Cada instrumento ou técnica utilizados apresenta vantagens e desvantagens e nenhum deles é capaz de apreender toda a complexidade do fenômeno investigado. É a integração dos dados advindos de diferentes fontes que permita uma avaliação mais completa da criança. Além disso, a coleta de informações sobre o desenvolvimento normal e patológico infantil é essencial e, neste sentido, é importante contar com informações advindas de diferentes informantes, quais sejam os pais e cuidadores, professores, profissionais de saúde, além da própria criança. Entende-se que cada informante poderá fornecer informações ricas e específicas, já que a criança tende a se comportar de diferentes formas, nos diferentes contextos em que está inserida e nas diferentes relações que estabelece. Instrumentos de autorrelato e heterorrelato, observações e entrevistas são alguns exemplos de instrumentos úteis para avaliar problemas de comportamento, avaliados de acordo com diferentes perspectivas. A partir destes métodos, é possível, por exemplo, comparar as concordâncias e discrepâncias das informações oriundas de pais e mães, pais e professores ou da criança e seus pais e seus professores, analisando criteriosamente os aspectos sociais, contextuais e afetivos que podem estar influenciando estas opiniões. O presente trabalho tem como objetivo discutir a relevância da coleta de dados de múltiplos informantes, no processo da avaliação psicológica clínica de crianças. Também pretende-se discutir os vieses presentes nas respostas fornecidas em instrumentos de autorrelato e heterorrelato. Para ilustrar a discussão, serão apresentados alguns casos clínicos e de pesquisa.

Autoria/Filiação: Juliane Callegaro Borsa   Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Apresentação: Juliane Callegaro Borsa
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, Crianças, Informantes

 

RESUMO (4)

INCONGRUÊNCIAS DE DADOS EM PSICODIAGNÓSTICO: ASPECTOS TÉCNICOS E PSICOMÉTRICOS

INCONGRUÊNCIAS DE DADOS EM PSICODIAGNÓSTICO: ASPECTOS TÉCNICOS E PSICOMÉTRICOS

Uma das questões controversas acerca da mensuração de fenômenos psicológicos na clínica refere-se à fidedignidade dos dados obtidos. Incongruências entre a percepção clínica do examinador e o desempenho do examinando em testes psicológicos não são raramente observadas em psicodiagnósticos. Pacientes, por exemplo, com nítidas inaptidões sociais podem apresentar escores médios, ou até mesmo superiores em instrumentos de autorrelato que propõe a mensuração dessa variável. Indivíduos com sintomatologia depressiva, que sugerem um quadro psicopatológico de Transtorno Depressivo Maior, não preenchem os critérios de entrevistas (semi)estruturadas. Estes são alguns exemplos de incongruências encontradas na clínica, as quais possibilitam a formulação de algumas hipóteses, tais como: 1) os testes psicológicos são frágeis para captar o real estado do paciente; 2) os pacientes tendem a responder os instrumentos conforme o que eles desejariam ser e não como eles realmente são; e 3) os itens dos testes demandam um entendimento e percepção da própria vida que são alterados pela condição psicopatológica do paciente e por isso a discrepância entre a observação clínica e o desempenho na testagem psicológica. O objetivo deste trabalho é discutir os métodos de coleta de dados em psicodiagnósticos, considerando os diferentes tipos de instrumentos (autorrelato, entrevista, apreciação clínica, provas de desempenho), as propriedades psicométricas (validade e normas de interpretação) e as habilidades clínicas do examinador (teórico-prática). Para ilustrar a discussão serão apresentados três instrumentos que estão sendo adaptados para a cultura brasileira que avaliam um mesmo construto, a saber, a organização da personalidade, por diferentes métodos: autorrelato, entrevista e apreciação clínica. Estes instrumentos se propõem avaliar dimensões patológicas do funcionamento da personalidade. Os alcances e limitações de cada técnica serão discutidos e considerações acerca dos aspectos psicométricos de instrumentos em psicopatologia serão abordadas.

Autoria/Filiação: Sérgio Eduardo Silva de Oliveira   Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Denise Ruschel Bandeira   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Sérgio Eduardo Silva de Oliveira
Palavras-chave: coleta de dados, psicodiagnóstico, psicometria

 

Nome:
Maycoln Leôni Martins Teodoro

Titulo:
DESENVOLVIMENTO E ADAPTAÇÃO DE ESCALAS PSICOMÉTRICAS PARA PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS E POSITIVOS EM TERAPIA COGNITIVA

Resumo:
O uso de escalas é amplamente difundido dentro das ciências da saúde devido à sua facilidade de aplicação e correção. Seguindo esta tendência, existe um crescente interesse de clínicos e pesquisadores das terapias cognitivas por este tipo de instrumento, sendo que diversas escalas já foram criadas com o propósito de avaliar diversas dimensões teóricas. Nesta mesa serão discutidos trabalhos que desenvolveram ou adaptaram instrumentos para a avaliação de cognições superficiais, chamadas de pensamentos automáticos. O primeiro trabalho, intitulado “Investigação das propriedades psicométricas da escala de pensamentos depressivos- EPD”, de autoria de Adriana Munhoz Carneiro (mestre, USF), apresenta apresentar o processo de construção, avaliação de conteúdo e análise fatorial desta escala. A segunda investigação, com o título “Avaliação pensamentos automáticos disfuncionais em crianças e adolescentes” foi coordenada por Maycoln Teodoro (UFMG) objetiva adaptar e investigar alguns aspectos de validade fatorial e explicativa da Children´s Automatic Thoughts Scale (CATS). O terceiro estudo, de autoria da mestranda Mariana Verdolin Guilherme Froeseler (UFMG), se chama “Avaliação de pensamentos positivos em adolescentes: um estudo exploratório” e tem como objetivo identificar os pensamentos positivos mais frequentes em uma amostra de adolescentes. Este é um primeiro passo para a construção de itens que formarão uma escala de pensamentos positivos. Os três estudos são importantes na medida que contribuem para uma área com pouca tradição na utilização de instrumentos válidos e fidedignos.

 

Palavras-chave:
escalas, pensamentos automáticos, terapia cognitiva

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

AVALIAÇÃO DE PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS DISFUNCIONAIS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Os pensamentos automáticos são cognições não voluntárias que surgem em nossa mente na forma de imagens ou lembranças ligadas a aspectos de nossa vida. Os pensamentos automáticos são disfuncionais quando o seu conteúdo se distancia da realidade, sendo sua investigação extremamente importante na clínica psicológica devido a sua relação com alguns transtornos psicopatológicos como a depressão ou ansiedade. Tendo em vista a carência de instrumentos no Brasil, principalmente para amostras de crianças e adolescentes, este estudo teve como objetivo adaptar e investigar alguns aspectos de validade fatorial e explicativa da Escala de Pensamentos Automáticos para Crianças e Adolescentes (EPA) (Children´s Automatic Thoughts Scale, CATS). Foram avaliadas 326 crianças e adolescentes, sendo 135 meninos (41,40%) e 189 meninas (58,00%) com idade variando entre nove e 16 anos. Os participantes responderam à EPA e ao Inventário de Depressão Infantil. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética da universidade do autor e os instrumentos aplicados coletivamente. A análise dos dados foi feita por meio de análise fatorial exploratória com o método dos eixos principais e rotação oblimin e regressão linear. Os resultados indicaram uma estrutura fatorial com quatro fatores para a EPA semelhantes à escala original, bem como consistência interna satisfatória para todos os agrupamentos. Foram encontradas correlações significativas entre a intensidade dos pensamentos automáticos disfuncionais e os sintomas de depressão, sendo que o fator fracasso pessoal mostrou-se um preditor significativo da intensidade da depressão. Este resultado apoia dados da literatura que relacionam uma visão disfuncional de si mesmo como sendo preditor de sintomas depressivos. Os resultados iniciais sugerem ser a EPA um instrumento promissor a ser adotado no Brasil para a avaliação dos pensamentos automáticos de crianças e adolescentes.

Autoria/Filiação: Maycoln Leôni Martins Teodoro   Universidade Federal de Minas Gerais
Apresentação: Maycoln Leôni Martins Teodoro
Palavras-chave: escalas, crianças, pensamentos automáticos

 

RESUMO (2)

AVALIAÇÃO DE PENSAMENTOS POSITIVOS EM ADOLESCENTES: UM ESTUDO EXPLORATÓRIO

O fortalecimento da Psicologia Positiva vem contribuindo fortemente para o crescente interesse no papel das variáveis positivas no funcionamento psicológico. Estudos com diferentes faixas etárias apontam padrões positivos de interpretação das experiências como importantes preditores de variáveis como satisfação com a vida e autoestima. Correlações interessantes entre pensamentos positivos e menores índices de sintomas psicopatológicos também são encontradas na literatura. Apesar desses achados, percebe-se uma lacuna de instrumentos que investiguem pensamentos positivos, tanto em adultos quanto em jovens. Diante do exposto, o presente trabalho visa identificar os pensamentos positivos mais frequentes entre adolescentes de Belo Horizonte. Esse estudo exploratório auxiliará na construção de um instrumento de avaliação de pensamentos nessa população. Participaram 150 adolescentes de 12 a 16 anos, sendo a maioria meninas. As aplicações foram feitas coletivamente, em sala de aula, mediante a assinatura dos Termos de Consentimento Livre e Esclarecido pelos responsáveis. Aplicou-se um questionário aberto, no qual o participante deveria recordar-se de momentos importantes nos quais teve pensamentos positivos a respeito de si mesmo, de outras pessoas e de seu futuro. Através de uma análise de conteúdo foi possível identificar temas recorrentes e categorizar as respostas. Em relação aos pensamentos sobre si mesmo, o tema mais frequente relaciona-se à habilidade do indivíduo em suas relações interpessoais. Os adolescentes também se percebem como pessoas felizes e dotadas de qualidades morais e intelectuais. Os pensamentos mais recorrentes sobre os outros também dizem respeito à qualidade de suas relações sociais. Eles também são vistos como pessoas alegres e de bom caráter. Por fim, os adolescentes pensam que seus futuros serão marcados por conquistas nos campos acadêmico, profissional e interpessoal. Os resultados encontrados apontam para semelhanças interessantes entre os conteúdos dos pensamentos sobre si, outros e futuro, o que deverá ser levado em conta na construção posterior do instrumento.

Autoria/Filiação: Mariana Verdolin Guilherme Froeseler   Universidade Federal de Minas Gerais
Apresentação: Mariana Verdolin Guilherme Froeseler
Palavras-chave: estudo exploratório, adolescentes, pensamentos positivos

 

RESUMO (3)

INVESTIGAÇÃO DAS PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DA ESCALA DE PENSAMENTOS DEPRESSIVOS- EPD

O estudo de padrões negativistas relacionados à depressão é classificado pela Terapia Cognitiva como base para o tratamento adequado e eficaz da depressão. Isso porque a negatividade é considerada não como um sintoma, mas como função central para a instalação e manutenção da depressão. Assim, investigar quais são os padrões de pensamentos mais frequentes em sujeitos depressivos, utilizando medidas sistematizadas, como um teste psicológico, facilita o acompanhamento do tratamento, permitindo ao psicoterapeuta avaliar e monitorar tais distorções. Desse modo, o presente trabalho visa apresentar o processo de construção, avaliação de conteúdo e análise fatorial da Escala de Pensamentos Depressivos (EPD). Fizeram parte da amostra 639 sujeitos com e sem diagnóstico confirmado de depressão, com idades entre 18 e 50 anos, de ambos os sexos, de forma que as aplicações para seleção do grupo clínico foram realizadas individualmente por conta da aplicação de escalas diagnósticas estruturadas. Dentre os principais resultados, foi verificado que aqueles com diagnóstico confirmado de depressão apresentaram maiores distorções de pensamento, assim como maior média de idade. Por meio da análise fatorial exploratória, foi encontrada uma solução não aleatória com 34 itens e cinco fatores interpretáveis, sendo eles nomeados como F1 Baixa autoestima/desvalorização, F2 Relacionamento interpessoal, F3 Auto valorização, F4 Expectativas negativas/ insatisfação e F5 Desajustamento social. Outro resultado relevante diz respeito aos índices de fidedignidade, os quais em geral foram adequados para o propósito da escala. Tais resultados indicam boas qualidades psicométricas para a escala, e suscita a realização de novos estudos para buscar outras evidências de validade e precisão.

Autoria/Filiação: Adriana Munhoz Carneiro   Universidade São Francisco
Apresentação: Adriana Munhoz Carneiro
Palavras-chave: : pensamentos, depressão, terapia cognitiva

 

Nome:
LEONARDO AUGUSTO COUTO FINELLI

Titulo:
Docência em Avaliação Psicológica: Experiências de Formação

Resumo:
A docência em psicologia considera a preparação de pares para a formação e atuação profissional. A mesma é regulamentada por dois “senhores”: o Conselho Federal de Psicologia, que transfere parte da atribuição do estabelecimento da estrutura curricular à ABEP – Associação Brasileira de Ensino de Psicologia, e o Ministério da Educação. Ambos impõem as Instituições de Ensino Superior – IES, parâmetros mínimos a construção do curso de Psicologia, não obstante, são pensados parâmetros mínimos e que considerem a identidade do curso e elementos da regionalidade. Nesse contexto a Lei nº 4.119, de 1962, que “Dispõe sobre os cursos de formação em Psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo”, em seu artigo 13º, parágrafo 1º determina atividades de função privativa do Psicólogo quanto da utilização de métodos e técnicas psicológicas para diversos objetivos da profissão. Partindo dessas duas premissas faz-se mister considerar que a formação deva contemplar a capacitação do aprendiz a utilização de técnicas de exame psicológico, que, de modo geral, são apresentadas nas disciplinas de Técnicas de Exame Psicológico e Técnicas de Avaliação Específicas (ou qualquer nome similar apresentado na IES). Não obstante, considerando os custos de montagem e manutenção de um Laboratório de Avaliação Psicológica, assim como as dificuldades para o ensino das técnicas, é comum as IES optarem por oferecer uma carga horária de formação neste campo limitada. Tal formação tem promovido profissionais pouco capacitados e pouco preparados para enfrentar os desafios do mercado de trabalho. A proposta dessa mesa é discutir experiências de formação em diversas localidades, de modo a ampliar as discussões sobre o tema e assim pensar em alternativas a serem propostas para os órgãos regulamentadores.

 

Palavras-chave:
Ensino de Psicologia, Docência em Avaliação Psicológ, Testes Psicológicos

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Docência em Avaliação Psicológica: A Formação no Norte de Minas

A região norte do Estado de Minas Gerais Conta com três cursos de formação em psicologia, todos sediados na cidade de Montes Claros. Os três, iniciados entre 2003 e 2007, são reconhecidos pelo MEC – Ministério da Educação, com conceitos entre 3 e 4. Cada um apresenta suas particularidades e ênfases de formação e os três apresentam disciplinas específicas de ensino de técnicas de avaliação psicológica. Não obstante, as realidades são distintas quanto a alocação de espaço para o funcionamento do laboratório de avaliação psicológica adequado a boa prática da avaliação, onde somente uma das IES conta com um laboratório exclusivo. Por outro lado, a disponibilidade de material para utilização é igualmente precária nas três instituições, onde o número de cadernos de aplicação e de manuais de correção é insuficiente para o número de acadêmicos matriculados na disciplina, o que gera a necessidade de utilização do mesmo material por pequenos grupos e dificulta o aprendizado. Além disso, a distribuição de carga horária também é distinta, variando de 120 horas (duas disciplinas de 60 horas cada) a 180 horas (divididas em 3 disciplinas de 80, 40 e 60 horas). Considerando a carga horária de formação proposta nas matrizes, tem-se que a avaliação psicológica ocupa de 3% a 4,1% do número de horas aula de formação. Tal resultado parece pequeno frente à demanda de utilização dos recursos ofertados pelas disciplinas principalmente se se considerar que a utilização de tais recursos é atribuição exclusiva e função privativa do Psicólogo que está sendo formado, e que somente nestas cátedras são consideradas a apresentação, prática e correção de vários instrumentos, assim como a elaboração de documentos como relatórios ou laudos psicológicos.

Autoria/Filiação: LEONARDO AUGUSTO COUTO FINELLI   Faculdade de Saúde Ibituruna – FASI e Faculdades Integradas do Norte de Minas – FUNORTE
Apresentação: LEONARDO AUGUSTO COUTO FINELLI
Palavras-chave: Ensino de Psicologia, Docência em Avaliação Psicológ, Testes Psicológicos

 

RESUMO (2)

Avaliação psicológica no curso de psicologia da Universidade Federal da Bahia - UFBA – Campus Anísio Teixeira

O curso de psicologia da UFBA – Campus Anísio Teixeira iniciou em 2010. Como primeira turma, consta na grade curricular do 6º semestre, o componente Avaliação Psicológica. Vista como um processo técnico e científico de coleta, estudos e interpretações de informações de aspectos psicológicos de pessoa ou de grupos, cujos resultados advindos devem ser capazes de possibilitar a tomada de decisão em concordância com as dados, potenciais e contextos nos quais está inserida a pessoa avaliada. Esse processo requer cuidados no planejamento, na análise e na síntese dos resultados obtidos, assim como de todos os cuidados éticos. Nesta perspectiva, foram eleitos alguns testes psicológicos e algumas técnicas para estudo. Ademais, seminários temáticos, com o intuito de conhecer as nuances de avaliação psicológica nas diversas práticas e planejar os passos da avaliação psicológica em determinados contextos e, visitas técnicas a alguns lugares de atuação do psicólogo.

Autoria/Filiação: Marlene Alves da Silva   Universidade Federal da Bahia – Campus Anísio Teixeira
Apresentação: Marlene Alves da Silva
Palavras-chave: Ensino de Psicologia, Docência em Avaliação Psicológ, Testes Psicológicos

 

RESUMO (3)

Docência em Avaliação Psicológica: Revisão Crítica da Literatura Brasileira

No atual contexto da pesquisa e prática em Avaliação Psicológica (AP) no Brasil, uma das principais preocupações de pesquisadores e profissionais se refere à formação do psicólogo que trabalha nesse campo. Se, por um lado, diversos trabalhos atestam a importância, popularidade e qualidade das intervenções nessa direção, ainda há pouco consenso entre profissionais, pesquisadores e estudantes sobre a importância de tal formação. Nesse sentido, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão crítica da literatura científica brasileira sobre a docência em Avaliação Psicológica, tendo em vista as particularidades da formação desse profissional no país. Para tanto, foram consultadas bases de dados de periódicos e congressos científicos dos últimos 10 anos, visando identificar e discutir os temas mais frequentemente abordados. Observou-se que a literatura sobre o tema concentra-se em capítulos de livros, abordando como principais dificuldades (1) deficiências na formação básica dos alunos em Metodologia Científica, Estatística e Teorias Psicológicas, (2) a percepção destes do campo da Avaliação Psicológica pelos alunos como difícil e/ou orientada por uma ideologia de exclusão e (3) a baixa carga horária de disciplinas de AP em alguns cursos, afetando a qualidade da formação do profissional psicólogo. Tais dificuldades são discutidas em termos do contexto atual da Educação Superior do país (mais especificamente, a formação do psicólogo) e a diversidade de formação e atuação profissionais do psicólogo, abordando-se os problemas e possibilidades emergentes de tal cenário.

Autoria/Filiação: Alessandro Antonio Scaduto   Fac Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo
Apresentação: Alessandro Antonio Scaduto
Palavras-chave: Ensino de Psicologia, Docência em Avaliação Psicológ, Testes Psicológicos

 

Nome:
Carla Alexandra Moita Minervino

Titulo:
EMOÇÕES EM AVALIAÇÃO: DIVERSOS CONTEXTOS E INSTRUMENTOS

Resumo:
Resumo da Mesa:
Atualmente, há pouca dúvida quanto à importância da avaliação psicológica e o auxílio que os resultados podem oferecer para à eficácia do trabalho do psicólogo. Neste sentido, um importante foco de pesquisa são as questões emocionais. As transformações que ocorrem na sociedade contemporânea englobam diversos aspectos estruturais que afetam o constructo emocional do ser humano, portanto, a capacidade de lidar com as emoções se caracteriza como um diferencial na atualidade. Revisões atuais têm demonstrado que, embora a temática não seja atual, há falta de estudos sobre avaliação psicológica nesta área, tem sido frequente a busca de parâmetros válidos, com a realização de situações estruturadas de pesquisa. Temas como reconhecer as emoções em si e no outro; evitamento da proximidade, ansiedade relativa ao abandono e fobias infantis serão debatidos nesta mesa redonda. Serão apresentados quatro trabalhos: (1) a avaliação da ansiedade e do evitamento para caracterizar o estilo de apego em adultos: validade da escala Experiences in Close Relationships (ECR) em amostra do Brasil; (2) o reconhecimento de expressões emocionais faciais por crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade; (3) Fobias Infantis: elaboração e validação de uma escala para crianças e adolescentes e (4) baralho das distorções: identificando e modificando pensamentos e emoções.

 

Palavras-chave:
emoções, ansiedade, fobia

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Avaliação da ansiedade e do evitamento em adultos: Validade da escala Experiences in Close Relationships (ECR)

Nos últimos anos, alguns estudos têm evidenciado que as medidas categóricas de estilos de apego não permitem uma caracterização detalhada e precisa da organização do apego, sendo necessárias formas de avaliação alternativas com medidas contínuas. Em 1998, Brennan e colaboradores realizaram uma análise fatorial de todas as medidas dos instrumentos de auto-avaliação, incluindo escalas de classificação de tipo categóricas, descobrindo que estas medidas poderiam ser reduzidas a duas dimensões: ansiedade e evitamento. A partir destas duas dimensões foi construído um questionário, “Experiences in Close Relationships" (ECR), consistindo de duas subescalas de 18 itens, cada uma com um coeficiente alfa maior que 0.90. Um indivíduo, respondente da escala, pode ter uma baixa pontuação no ECR em ambas as dimensões, alta apenas em uma ou alta em ambas as escalas. Estilo de apego ansioso é caracterizado por um medo exagerado de uma separação e abandono apresentando altos índices de ansiedade e, ao mesmo tempo, evitamento baixo. O estilo evitante se caracteriza por um desconforto com a intimidade e com a dependência elevado, apresentando também uma representação negativa do outro. A importância da avaliação do apego em adultos torna-se de extrema relevância para progredir na pesquisa sobre o apego e psicopatologia. Nesta mesa serão apresentados resultados de estudos preliminares do ECR em uma população brasileira demonstrando boas propriedades psicométricas, evidenciadas através de análises tradicionais e multidimensionais.

Autoria/Filiação: Antonio Roazzi   Universidade Federal de Pernambuco
Suely A. do N. Mascarenhas   Universidade Federal de Pernambuco
Estefânea da S. Gusmão   Universidade Federal de Pernambuco
Maira Roazzi   Universidade Federal de Pernambuco
Bruno C. Souza   Universidade Federal de Pernambuco
Alexsandro M. do Nascimento   Universidade Federal de Pernambuco
Mônica G.T.C. Souza   Universidade Federal de Pernambuco
Apresentação: Antonio Roazzi
Palavras-chave: Emoções, Ansiedade, Psicometria

 

RESUMO (2)

Reconhecimento de expressões emocionais faciais por crianças com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

Nesta mesa apresentaremos os resultados de uma investigação com crianças sobre reconhecimento de expressões emocionais faciais. Estudo teve como objetivo analisar o reconhecimento de expressões emocionais faciais pictográficas em crianças portadoras de transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) e outras patologias. Participaram deste estudo 20 crianças de ambos os sexos com idades entre 8 e 12 anos. Formaram o Grupo Clínico 10 pacientes com diagnóstico de TDAH, Esquizofrenia e Transtorno de Conduta e o Grupo Não Clínico 10 crianças de escolas públicas. Para auxiliar na coleta de dados foi utilizado o Test of Emotion Comprehension (TEC), versão computadorizada, que avalia a competência emocional e seus nove componentes através da narração de histórias associadas a elementos pictográficos. Como resultados foi possível observar que as crianças do Grupo Clínico e Não Clínico foram capazes de compreender e identificar expressões faciais das emoções, no entanto, as crianças que possuem psicopatologias (Grupo Clínico) obtiveram um resultado significativamente inferior nos componentes relacionados com compreensão do controle das experiências emocionais e percepção de que determinada expressão facial pode ser falsa. Provavelmente tais dificuldades ocorrem devido ao conturbado desenvolvimento cognitivo dos indivíduos com psicopatologias, que acaba interferindo no desempenho das habilidades sociais necessárias para regular de forma eficaz seu comportamento em determinadas experiências emocionais. Este estudo poderá contribuir para que pais, educadores e pesquisadores reconheçam a importância das emoções para o desenvolvimento cognitivo da criança, da mesma forma que pode estimular uma maior atenção à esses processos emocionais infantis em crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

Autoria/Filiação: Émille Burity Dias   Universidade Federal da Paraíba
Carla Alexandra S. Moita Minervino   Universidade Federal da Paraíba
Apresentação: Émille Burity Dias
Palavras-chave: Emoções, TDAH, Psicometria

 

RESUMO (3)

Fobias Infantis: elaboração e validação de uma escala para crianças e adolescentes

O comportamento infantil e suas conseqüências se distanciam muito em relação aos dos adultos. No que se refere à psicopatologia infanto-juvenil e os seus processos de diagnóstico e intervenção, ainda são escassamente estudados, uma vez que tais pesquisas, em princípio, são de difíceis realizações. Os medos são episódios frequentes e comuns na vida de crianças e adolescentes, embora possam ser distintos de acordo com sua etapa evolutiva, caracterizando-se, ademais, de forma diferenciada dos medos dos adultos. Quando um medo persiste ou começa a interferir na vida diária do infante, diz-se que é fobia; esta se refere a medos, justificáveis ou não, de um objeto ou uma situação, contato com o qual determina uma intensa angústia, onde muitas vezes impossibilita o infante de executar atividades que antes realizava sem problema algum. As fobias compreendem queixas frequentes nos âmbitos escolar e doméstico. Crianças e adolescentes experimentam medos de diversas ordens, que podem comprometer áreas importantes de suas vidas, como a acadêmica, a afetiva e a social. Apesar da evidência, não se constatou na realidade brasileira qualquer instrumento específico para avaliar fobia nessas faixas-etárias. Por exemplo, entre os 99 instrumentos psicológicos aprovados e divulgados pelo Conselho Federal de Psicologia (2008), não foi encontrado ao menos um cujo propósito principal fosse avaliar fobias em crianças e adolescentes. Além do anteriormente comentado, constata-se que a literatura relativa aos transtornos fóbicos em crianças e adolescentes ainda é escassa, e só mais recentemente dados consistentes vêm surgindo. Os argumentos anteriormente apresentados parecem justificar a realização do presente estudo, que tem como objetivo principal elaborar um instrumento para medir este construto psicológico, checando sua validade semântica, pretendendo-se justamente contribuir com a elaboração de um instrumento que viabilize a identificação de sinais/sintomas de fobias, os quais permitirão categorizá-las e, por meio de critérios específicos de diagnóstico, mapeá-las e realizar os procedimentos necessários de intervenção.

Autoria/Filiação: Adriana de Andrade Gaião e Barbosa   Universidade Federal da Paraíba
Apresentação: Adriana de Andrade Gaião e Barbosa
Palavras-chave: Emoção, Fobias, Psicometria

 

RESUMO (4)

Baralho das Distorções: Identificando e Modificando Pensamentos e Emoções

A terapia cognitivo-comportamental está focada em compreender como situações e experiências são interpretadas e como identificar e modificar as distorções do processamento cognitivo. Tendo como base teórica a terapia cognitivo-comportamental, o presente trabalho apresentará um recurso lúdico para auxiliar na avaliação e intervenção terapêutica em crianças. O “Baralho das Distorções” tem como objetivo identificar as distorções cognitivas infantis e reestruturar os pensamentos distorcidos associados à emoção. Visa também, possibilitar a psicólogos infantis e profissionais que lidam com crianças, uma ferramenta de mudança cognitiva. É importante para o terapeuta estimular a criança a pensar sobre seu pensamento. Esse material auxilia na identificação das distorções cognitivas permitindo que a criança interprete seus pensamentos, associando à sua própria vivência e emoções. O baralho compõe-se de treze cartas com as figuras dos monstros, dez cartas com a história de cada monstro, um coração, um bloco com fichas de monitoramento e de reestruturação, figuras dos “monstros” e medalhas autocolantes. Os “monstros” são ilustrados conforme a distorção que representa. A figura de cada monstro está associada à respectiva formulação da história. As histórias foram criadas a partir das experiências clínicas vivenciadas no ambiente terapêutico. As histórias são relatas com possíveis associações, junto com as “cartas base” das emoções. A utilização dos “Monstrinhos” tem sido experimentada no ambiente clínico e no ambiente escolar, principalmente com crianças entre seis e doze anos. Porém, não há restrições a utilização com crianças de outras faixas etárias. Com esse instrumento, a criança é convidada reestruturar sua maneira de pensar. Quando a criança passa a monitorar suas cognições, o terapeuta consegue compreender o padrão de pensamentos instalados e buscar as intervenções concretas a respeito do caso.

Autoria/Filiação: Vanina de Andrade Bezerra Cartaxo   Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ
Apresentação: Vanina de Andrade Bezerra Cartaxo
Palavras-chave: Emoções, Distorções cognitivas, TCC

 

Nome:
carla luciano codani hisatugo

Titulo:
ESTUDO DE NORMAS E CONSISTÊNCIA DO RORSCHACH NA AVALIAÇÃO INFANTO-JUVENIL EM DIFERENTES SISTEMAS.

Resumo:
O Método de Rorschach constitui-se como um complexo e abrangente instrumento de avaliação psicológica e da personalidade. Atualmente no Brasil diferentes técnicas são utilizadas para a análise e aplicação deste instrumento. Os estudos de normas e consistência dentro destas vertentes são de suma importância para que seja possível verificar a aplicabilidade, validade e diretrizes normativas do instrumento na população brasileira. Esta mesa propõe a discussão de dados obtidos dentro desta temática visando a infância e adolescência, contribuindo com a informação sobre estudos em três diferentes sistemas: Sistema Compreensivo, Sistema da Escola Francesa e Sistema do R-PAS (Rorschach Performance Assessment System). Os dados apresentados por estas pesquisas envolvem importantes implicações normativas ao contexto infanto-juvenil brasileiro.

 

Palavras-chave:
rorschach, estudos normativos, crianças e adolescen

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

R-PAS EM CRIANÇAS DE SÃO PAULO: DADOS PRELIMINARES DE ESTUDO NORMATIVO

O R-PAS (Rorschach Performance Assessment System) é um sistema derivado do Sistema Compreensivo e propõe otimizar resultados e solidificar fundamentações empíricas ao uso clínico e prática deste instrumento. O guia otimizado de aplicação envolve uma preocupação com o número de respostas por protocolo para melhor abrangência da análise estatística das variáveis presentes. No Brasil seguem estudos normativos infantis com o R-PAS e este trabalho é um deles. O objetivo foi o estudo estudo normativo do R-PAS e guia otimizado com crianças de São Paulo, Brasil. As participantes são crianças com 7 a 10 anos, ambos os sexos, sem sintomas psicopatológicos. Para parâmetros diagnósticos foram usados (1) CBCL (Child Behavior Checklist) e (2) Teste das Matrizes Coloridas de Raven. As avaliações são realizadas dentro das escolas após a assinatura de TCLE pelo responsável e posterior preenchimento do CBCLs. Raven e Rorschach são aplicados posteriormente. Crianças com sintomas psicopatológicos são encaminhadas para atendimento gratuito. Até o momento uma equipe de 4 pessoas atuou na coleta de dados em 11 escolas públicas. Foram enviadas 3.903 cartas de apresentação da pesquisa e TCLE aos pais; 985 responsáveis autorizaram a participação da criança e receberam o CBCLs. Destes, 495 CBCLs retornaram completos e adequadamente respondidos, 291 CBCLs foram excluídos da pesquisa. Foram realizadas 129 aplicações de Raven, e 120 aplicações de Rorschach. Os 120 Rorschach aplicados foram feitos de acordo com o guia otimizado sem qualquer dificuldade para a criança. Dados preliminares referentes as médias de variáveis do R-PAS são discutidos. A pesquisa segue em andamento para verificar se haverá alteração de percentuais com amostra aumentada.

Autoria/Filiação: Carla Luciano Codani Hisatugo   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia da Universidad
Eda Marconi Custódio   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e Universidade Metodista de São Paulo.
Apresentação: Carla Luciano Codani Hisatugo
Palavras-chave: Estudo normativo, Rorschach, crianças

 

RESUMO (2)

RORSCHACH EM CRIANÇAS DE DIFERENTES IDADES NA PERSPECTIVA DA ESCOLA FRANCESA

A elaboração de padrões normativos do Psicodiagnóstico de Rorschach requer a análise de possíveis variáveis influentes na formação da identidade de um indivíduo e, por conseguinte, influenciar o modo de responder a esse método projetivo de investigação da personalidade. Nesse contexto, o presente trabalho teve como objetivo verificar especificidades de produção no Rorschach associadas ao desenvolvimento, a partir do material produzido por crianças subdivididas em dois grupos etários: de 6 a 8 anos e 9 a 11 anos. Cada grupo de crianças foi composto por 180 estudantes do interior do Estado de São Paulo, igualmente distribuídos em função do sexo e da idade, todos com sinais de desenvolvimento típico para sua faixa etária e devidamente autorizados a participar da pesquisa por seus pais e/ou responsáveis. Foram aplicados individualmente às crianças as Matrizes Progressivas Coloridas de Raven e o Psicodiagnóstico de Rorschach, seguindo-se o referencial da Escola Psicanalítica Francesa. Os dados do instrumento em foco foram tratados em termos descritivos e inferenciais, utilizando-se do modelo de regressão linear para as variáveis relacionadas a produtividade e ritmo, e do modelo univariado e ajustado da distribuição binomial para as demais variáveis. Os resultados apontaram, em linhas gerais, similaridades quanto à produtividade e aos modos de apreensão da realidade das crianças avaliadas, sinalizando adequada capacidade associativa e predominância de análises globais dos estímulos. Foram identificadas poucas diferenças entre os grupos aqui considerados, examinando-se qualitativamente o possível significado dessas evidências empíricas para embasar adequadas interpretações dos indicadores técnicos do Rorschach em termos de sinais relativos à formação da identidade, a partir do referencial da Escola Francesa. Cabe destacar, contudo, que algumas peculiaridades de produção encontradas a partir da variável idade serão destacadas e deverão ser consideradas qualitativamente em análises clínicas de casos individuais.

Autoria/Filiação: Suélen Fernandes   Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Renata Loureiro Raspantini   Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Sonia Regina Pasian   Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo
Apresentação: Sonia Regina Pasian
Palavras-chave: rorschach, estudo normativo, criança; adolescente

 

RESUMO (3)

DADOS NORMATIVOS DO RORSCHACH, SISTEMA COMPREENSIVO, EM CRIANÇAS

Este estudo apresenta o desempenho de 201 crianças e adolescentes não-pacientes, idades variando de 5 a 14 anos, separados em 3 grupos etários (5-7; 8-11; 12-14), submetidos ao Método de Rorschach Sistema Compreensivo (SC). Os participantes foram selecionados aleatoriamente a partir de escolas públicas e particulares das 9 regiões de Goiânia – GO. Ao total foram 8 examinadores, com no mínimo 120 horas de treino de aplicação, codificação e interpretação do Rorschach SC, que contribuíram com a aplicação de 21 a 31 protocolos cada um deles. A codificação dos protocolos foi realizada por dois juízes. A análise dos resultados compreende: a avaliação das diferenças entre os examinadores; a concordância entre juízes e levantamento dos dados sociodemográficos dos participantes; estatística descritiva das variáveis do Rorschach. A discussão dos resultados considerou as diferenças entre os três grupos etários e a comparação dos resultados dessa amostra com a de outra amostra de crianças, com a mesma faixa etária, de outro estado brasileiro. Notou-se que, à medida em que há um aumento da idade cronológica, as divergências diminuem, ou seja, o desempenho no Rorschach SC tende a ser mais homogêneo.

Autoria/Filiação: Ana Cristina Resende   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Liliane Domingos Martins   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Weber Martins   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Tatyane Castro Nogueira   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Apresentação: Ana Cristina Resende
Palavras-chave: estudo normativo, Rorschach, criança; adolescente

 

Nome:
Regina Sonia Gattas Fernandes do Nascimento

Titulo:
ESTUDOS INTER E INTRACULTURAIS BRASILEIROS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM O RORSCHACH

Resumo:
Semelhanças e diferenças podem ser observadas no método de Rorschach quando se comparam diversos grupos culturais. A preocupação com o uso ético e comprometido com o conhecimento relativo aos métodos de avaliação psicológica tem levado ao desenvolvimento destes estudos. As diversidades regionais brasileiras, por um lado e, por outro, a aproximação cada vez maior de culturas distantes através dos meios de comunicação atual nos levam cada vez mais a nos preocupar com as semelhanças e diferenças que interferem nos resultados do Rorschach. Muitas destas são peculiaridades regionais ainda não conhecidas. Pesquisas com este tema são ainda menos mencionadas na literatura quando se trata estudos com amostras de crianças e adolescentes. Nesta mesa são propostos dois estudos pelo Sistema Compreensivo e um pela Escola Francesa, desenvolvidos no Brasil. Os 2 primeiros se destinam a observar a diversidade cultural entre diferentes estados brasileiros e no último, são abordadas diferenças culturais tomando-se em consideração diferentes países. Os resultados evidenciam semelhanças e diferenças entre os grupos e sugerem a importância de desenvolver estudos nesta direção.

 

Palavras-chave:
Rorschach, Estudos Interculturais , Crianças e Adolescentes

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

ESTUDO COMPARATIVO DE RESULTADOS DO RORSCHACH (SC) COM ADOLESCENTES DE SÃO PAULO E DE GOIÂNIA

Introdução: No Brasil o método de Rorschach apresentava uma carência de estudos normativos para o sistema compreensivo com adolescentes. Para tanto foram desenvolvidos relativamente em mesma época estudos normativos para adolescentes em São Paulo e Goiânia como projetos independentes. Objetivos: o presente trabalho se propõe a comparar os resultados dos resultados normativos destas duas amostras com 73 adolescentes de 13 e 14 anos de ambos os sexos, de duas cidades brasileiras, dos quais 32 eram de São Paulo e 41 de Goiânia. Foram selecionadas 58 variáveis para este estudo. Procedimento: Foi realizado o t de Student e Cohen’s d. Em primeiro lugar foi realizado um estudo comparativo do número de respostas (R). Como não houve diferença significativa procedeu-se à comparação das demais variáveis, sem controlar a proporção relativa ao R. Apesar de termos encontrado diversas semelhanças entre as amostras, encontramos diferenças estatisticamente significativas entre os grupos em 17 variáveis, a saber, DQv, X+%, Xu%, CF, C, WsumC, SumY, SumV, Blends, EA, es, MOR, WSum6, Intellect, EII-2, Tot DEPI, Complexidade. Embora algumas diferenças sejam apenas marginais, os resultados do Cohen’ d é quase sempre de magnitude média a satisfatória. Nota-se que os adolescentes de São Paulo buscam mais a sua autonomia, tendem a expressar mais facilmente os seus sentimentos e revelam mais sofisticação para enfrentar e solucionar problemas, mas também mais dificuldades emocionais. Por sua vez, os adolescentes de Goiânia revelaram-se mais cautelosos e reservados em se expor, com uma percepção mais precisa da realidade. Apesar das diferenças estatísticas em algumas dessas variáveis, quando considerados os seus valores brutos, essas variáveis não representam divergências consideráveis em termos de interpretação. Conclusão: os dados serão discutidos considerando os aspectos culturais diversos e questões do processo evolutivo do desenvolvimento adolescente.

Autoria/Filiação: Regina Sonia Gattas Fernandes do Nascimento   Faculdade de Ciências Humanas e da Saúde - Curso de Psicologia - PUC-SP
Ana Cristina Resende   Departamento de Psicologia - Pontifícia Universidade Católica do Goiás - PUC-Goiânia
Apresentação: Regina Sonia Gattas Fernandes do Nascimento
Palavras-chave: Rorschach, Pesquisas Interculturais , Adolescentes

 

RESUMO (2)

DIFERENÇAS INTERCULTURAIS DE DADOS NORMATIVOS DO RORSCHACH PARA CRIANÇAS

O Brasil, com dimensões continentais, demanda a busca de normas regionais que possam abarcar toda a gama de culturas que o compõe, principalmente por se tratar de crianças, que são muito mais suscetíveis ao meio e naturalmente apresentam ritmos e intensidades instáveis do desenvolvimento que persistem até a fase da adolescência. O objetivo geral deste estudo foi discutir e comparar os dados normativos do Rorschach de crianças provenientes de dois estados brasileiros da região Centro-Oeste: Cuiabá e Goiânia. Como instrumento para coleta e análises dos dados foi utilizado o Rorschach no Sistema Compreensivo. Participaram da amostra 372 crianças randomicamente selecionadas, do sexo masculino e feminino, estudantes de escolas públicas e particulares, com idades entre 07 e 10 anos, sendo 211 crianças residentes da cidade de Cuiabá – Mato Grosso, e 80 residentes da cidade de Goiânia – Goiás. Para a análise estatística foi utilizado o t de Student que mostrou diferenças significativas quando comparadas as amostras das duas cidades. Constata-se que houve um desempenho discrepante entre as crianças de 7 e 8 anos em muitas variáveis. Nota-se também que, à medida em que há um aumento da idade cronológica, essas divergencias diminuem, especialmente em relação às crianças de 10 anos. Conclui-se que é importante prosseguir os estudos normativos com crianças de distintas regiões brasileiras para que se possam observar diferenças e semelhanças, advindas do contexto social, cultural e econômico, observadas no modo como as crianças respondem ao Rorschach.

Autoria/Filiação: Ana Cristina Resende   Departamento de Psicologia - Pontifícia Universidade Católica do Goiás
Rosangela Kátia Sanches Mazzorana Ribeiro   Departamento de Psicologia - Universidade Federal de Mato Grosso
Apresentação: Ana Cristina Resende
Palavras-chave: Rorschach , Estudos Interculturais, Crianças e Adolescentes

 

RESUMO (3)

MÉTODO DE RORSCHACH EM ADOLESCENTES BRASILEIROS, FRANCESES E TURCOS

A literatura científica da área de avaliação psicológica afirma que a elaboração de padrões normativos do Método de Rorschach requer a análise de possíveis semelhanças e especificidades das respostas em função dos padrões socioculturais, uma vez que esta variável pode exercer efeito significativo no modo de responder do indivíduo. O presente trabalho teve como objetivo comparar variáveis relacionadas ao funcionamento lógico e afetivo de adolescentes, participantes de três estudos normativos realizados em contextos diversos: Brasil, França e Turquia. Foram utilizados os dados de 180 adolescentes (15 a 17 anos) colhidos em estudo normativo do Rorschach da primeira autora, comparativamente a estudos publicados referentes a 278 adolescentes e jovens adultos franceses (13 a 25 anos) e 432 adolescentes turcos (13 a 19 anos), todos realizados pelo referencial técnico-científico da Escola Francesa. Verificou-se que os adolescentes e jovens adultos franceses e turcos produziram maior número de interpretações ao Rorschach (R) do que os adolescentes brasileiros. Nos três estudos observou-se pequeno número de respostas adicionais, recusas e denegações, sugerindo que adolescentes dos três contextos socioculturais interpretaram o Rorschach sem grandes resistências. As áreas dos cartões que evocaram maior número de respostas tenderam a ser similares nas três amostras, uma vez que respostas classificadas como globais (G) e grande detalhe (D) foram as mais frequentes. Os adolescentes dos três países apresentaram adequadas interpretações aos estímulos, expressas pelo predomínio de respostas de boa qualidade formal (F+). Adolescentes e jovens adultos franceses e turcos apresentaram índices de F%, F+% e F+ext% maiores do que os brasileiros. Adolescentes do Brasil manifestaram, em maior proporção, indicadores de afetividade e maior espontaneidade, associado a menor F%. Esta tendência à coordenação racional mais intensa dos impulsos pareceu marcar a produção dos indivíduos franceses e turcos, embora incluindo faixas etárias similares em grande parte dessas amostras comparadas

Autoria/Filiação: Maria Luisa Casillo Jardim-Maran   F.F.C.L. Ribeirão Preto da Universidade de S. Paulo - Centro Universitário de Franca
Sonia Regina Pasian   F.F.C.L. Ribeirão Preto da Universidade de S. Paulo - Programa de Pós-graduação em Psicologia
Roberta Cury-Jacquemin   F.F.C.L. Ribeirão Preto da Universidade de S. Paulo - Programa de Pós-graduação em Psicologia
Apresentação: Maria Luisa Casillo Jardim-Maran
Palavras-chave: Rorschach , Normas , Adolescentes

 

Nome:
Cristiano Esteves

Titulo:
ESTUDOS PSICOMÉTRICOS DE TESTES PSICOLÓGICOS EM DIFERENTES CONTEXTOS

Resumo:
Esta mesa redonda tem por objetivo apresentar os estudos de validade e precisão com diferentes testes psicológicos aplicados em processos de avaliação psicológica em geral, na área clínica, para a obtenção de CNH e para a seleção de Cadetes Aviadores. A mesa será composta por quatro trabalhos: dois realizados com o Teste de Memória Visual (TM-Vi), um com o Teste de Aptidão para a Pilotagem Militar (TAPMIL) usado em processos seletivos na Força Aérea Brasileira (FAB) e um com uma Escala de Avaliação do TDAH para Adolescentes e Adultos (ETDAH-AD), desenvolvida para auxiliar na identificação de algumas características específicas deste transtorno. O TM-Vi é um novo instrumento de avaliação da memória visual e os trabalhos apresentados nesta mesa têm como finalidade mostrar os resultados dos estudos de validade com instrumento. O primeiro trabalho comparou o desempenho no TM-Vi aplicado em processos de avaliação psicológica para diversos fins, para verificar a relação entre a memória e a idade dos participantes. O segundo trabalho teve por objetivo verificar a relação entre a memória, a inteligência e a atenção concentrada por se constituírem em construtos supostamente relacionados uma vez que todos estão associados às funções cognitivas. O terceiro trabalho teve como finalidade pesquisar o desempenho dos cadetes aviadores na situação de reteste do TAPMIL, comparando as pontuações nas duas testagens e verificar a necessidade de serem criadas normas para a situação de reteste para uma avaliação mais precisa das aptidões dos examinandos. O quarto trabalho teve como objetivo apresentar os resultados dos estudos de fidedignidade com a escala ETDAH-AD em adolescentes e adultos por meio dos métodos de teste e reteste e do cálculo do Alfa de Cronbach.

 

Palavras-chave:
Aptidões Específicas, TDAH, Estudos Psicométricos

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

RELAÇÕES ENTRE AS VARIÁVEIS MEMÓRIA, INTELIGÊNCIA E ATENÇÃO NO CONTEXTO DO TRÂNSITO

A avaliação psicológica no contexto do trânsito é um processo técnico-científico que tem o intuito de investigar as variáveis psicológicas que podem influenciar no comportamento do motorista e como esse comportamento poderá levá-lo a se envolver ou não em acidentes. Dentre as características avaliadas estão a memória, a inteligência e a atenção, que são habilidades essenciais para realização das tarefas do dia a dia, entre elas o ato de dirigir. Considerando que estas são funções cognitivas relacionadas à resolução de problemas, o objetivo desse estudo foi verificar a relação entre essas variáveis em uma amostra de candidatos à CNH. Participaram da pesquisa 300 pessoas, com idades entre 18 e 59 anos (M= 27,64 e DP= 10,97), sendo 191 (63,7%) do sexo masculino e 109 (36,3%) feminino. Quanto à escolaridade, a maior parte tinha o ensino médio (63,7%), e os demais se distribuíram entre o fundamental (28,7%) e superior (7,7%). Os instrumentos utilizados foram o TM-Vi (Teste de Memória Visual), o R-1 (Teste de Inteligência Geral) e o AC (Teste de Atenção Concentrada), aplicados coletivamente em uma mesma sessão. A partir dos escores brutos dos testes foram obtidas correlações de Pearson entre as medidas das três variáveis. Os resultados indicaram a existência de correlações positivas e estatisticamente significantes com magnitudes que variaram entre baixas e moderadas. Ainda que os três instrumentos avaliem construtos diferentes, os resultados permitiram concluir que há uma relação entre eles, confirmando os dados encontrados na literatura científica. Pode-se afirmar que as três funções estudadas são intercorrelacionadas, mas também possuem diferenças específicas que as distinguem e que as tornam importantes para obtenção da CNH.

Autoria/Filiação: Cristiano Esteves   Vetor Editora Psico-Pedagógica
Tábata Cardoso   Vetor Editora Psico-Pedagógica
Fábio Camilo da Silva   Vetor Editora Psico-Pedagógica
Apresentação: Cristiano Esteves
Palavras-chave: Funções Cognitivas, Avaliação Psicológica, Trânsito

 

RESUMO (2)

ESTUDO DA RELAÇÃO ENTRE MEMÓRIA VISUAL E IDADE

A memória é um mecanismo de grande importância na vida das pessoas, pois permite ao organismo codificar, armazenar e recordar informações vindas do meio e por este motivo está inteiramente ligada ao cotidiano familiar, profissional e pessoal. Sem tal habilidade seria impossível reconhecer pessoas, objetos ou animais, bem como ler ou escrever, uma vez que não seria possível acessar os conteúdos armazenados relacionados à linguagem. A literatura mostra que os processos cognitivos como a memória sofrem alterações com a idade, havendo um declínio da primeira conforme há um avanço da segunda. Baseado nisso, o objetivo deste estudo foi verificar a relação entre o desempenho no teste TM-Vi (Teste de Memória Visual) e a idade. A amostra foi composta por 873 participantes, com idades entre 18 e 64 anos, média de 26,89 anos e desvio padrão de 10,27. Destes, 534 (61,2%) eram do sexo masculino e 339 (38,8%) o do feminino. Em relação à escolaridade, a amostra foi composta por ensino básico (2,9%), ensino fundamental (27,5%), médio (50,7%) e superior (18,9%). Foi calculada a correlação de Pearson entre os escores brutos e a variável idade e as médias de diferentes faixas de idade foram comparadas por meio da Analise de Variância de um Fator (One Way Anova). Os resultados evidenciaram a existência de uma correlação negativa e estatisticamente significante ainda que de magnitude baixa entre as variáveis idade e as pontuações relativas à memória. Os resultados da Anova indicaram diferenças relativas à idade, com uma diminuição das médias à medida que a idade aumenta. Conclui-se que existe uma relação inversamente proporcional entre a memória e a idade, ou seja, as pessoas de maior faixa etária apresentaram resultados menores no teste. Tais resultados confirmam os dados da literatura relativos a uma diminuição da memória com o aumento da idade.

Autoria/Filiação: Tábata Cardoso   Vetor Editora Psico-Pedagógica
Cristiano Esteves   Vetor Editora Psico-Pedagógica
Fábio Camilo da Silva   Vetor Editora Psico-Pedagógica
Apresentação: Tábata Cardoso
Palavras-chave: Memória, Idade, Desenvolvimento

 

RESUMO (3)

NORMATIZAÇÃO E VALIDAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE RETESTAGEM DO TESTE DE APTIDÃO PARA A PILOTAGEM MILITAR

Desde 2009 a Força Aérea Brasileira (FAB) vem utilizando a bateria de testes informatizada do Teste de Aptidão para a Pilotagem Militar (TAPMIL) como procedimento para selecionar os seus futuros Cadetes Aviadores, obtendo melhoras significativas na diminuição dos desligamentos do curso provocados pela inaptidão à pilotagem militar. O objetivo deste trabalho é apresentar a normatização e validação do procedimento de retestagem (reaplicação) do TAPMIL, de modo a permitir, caso se faça necessário, sua reaplicação nos candidatos a uma vaga no Curso de Formação de Oficiais Aviadores (CFOAV) da Academia da Força Aérea (AFA), geralmente ocasionado por candidatos que foram considerados inaptos para a função e que requerem na justiça uma nova chance. A norma de reteste tem por objetivo corrigir o aumento no resultado do teste, independente do motivo deste aumento. Para a pesquisa, foi aplicado e reaplicado o TAPMIL em uma população específica, no caso, Cadetes Aviadores da AFA, em um período que variou de 30 a 365 dias entre as aplicações. A amostra de normatização e validação do reteste foi composta por 479 Cadetes do CFOAV da AFA que não haviam tido contato prévio com a atividade aérea. As análises dos dados mostram que há um aumento significativo nos resultados dos testes entre a primeira e a segunda aplicação. Os resultados do estudo de validade e normatização do reteste se mostram similares aos resultados da amostra de padronização do teste. O estudo demonstrou que na reaplicação do TAPMIL a algum candidato ao CFOAV, em um curto período de tempo entre as execuções (mesmo processo seletivo), não se deve simplesmente usar a norma da padronização para a classificação do candidato, pois dessa maneira o candidato estaria sendo classificado erroneamente, pois o mesmo o candidato teria um aumento em seu resultado, devendo então ser utilizadas as normas de reteste.

Autoria/Filiação: Maurício Pereira da Costa   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Irai Cristina Boccato Alves   LITEP – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Apresentação: Maurício Pereira da Costa
Palavras-chave: Pilotos militares, Aptidões Específicas, Avaliação Psicológica

 

RESUMO (4)

ESTUDOS DE FIDEDIGNIDADE PARA A ESCALA DE ETDAH-AD - VERSÃO ADOLESCENTES E ADULTOS

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade representa uma problemática com consequentes implicações, afetando o portador em vários contextos de sua vida. Os critérios diagnósticos propostos pelo DSM-IV estão voltados aos sintomas presentes na infância, o que faz com que os pacientes adolescentes e adultos necessitem de critérios mais específicos. Para auxiliar no diagnóstico do transtorno nesse público, foi criado um novo instrumento com a finalidade de identificar os aspectos do TDAH, a saber: Desatenção, Impulsividade, Aspectos Emocionais, Autorregulação da atenção, da motivação e da ação e Hiperatividade. O objetivo deste estudo foi avaliar a fidedignidade da escala, denominada ETDAH-AD a partir de dois métodos: teste-reteste e alfa de Cronbach. A amostra do primeiro estudo contou com 31 participantes, com idades entre 14 e 55 anos (M= 26,65 e DP= 10,15). Quanto à escolaridade, a maior parte tinha o ensino superior (51,6%), seguido pelo médio (32,3%) e por último o fundamental (16,1%). O sexo feminino representou 58,1% da amostra e o masculino 41,9%. Os testes foram aplicados com intervalo médio de 12 meses. As correlações encontradas foram positivas e significantes e o teste t de Student para amostras pareadas não apresentou diferenças estatísticas entre os escores das duas aplicações. A amostra para o cálculo do alfa de Cronbach foi composta por 641 pessoas, com idades entre 12 e 67 anos (M= 24,12 e DP= 10,54). A maior parte (67,6%) era do sexo feminino e 32,4% do sexo masculino. Relativamente à escolaridade, 40,7% tinham o ensino o superior, 43,5% o médio, 14,7% o fundamental e 1,1% não informaram. Os coeficientes foram adequados e significantes para todas as características avaliadas. Confirma-se, a partir dos resultados, a precisão do instrumento em questão, o que dá maior segurança no uso do instrumento em relação às interpretações feitas a partir de seus escores.

Autoria/Filiação: Edyleine Bellini Peroni Benczik   LITEP – Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Tábata Cardoso   Vetor Editora Psico-Pedagógica
Fábio Camilo da Silva   Vetor Editora Psico-Pedagógica
Cristiano Esteves   Vetor Editora Psico-Pedagógica
Apresentação: Fábio Camilo da Silva
Palavras-chave: Adolescentes e adultos, Fidedignidade, TDAH

 

Nome:
carla luciano codani hisatugo

Titulo:
ESTUDOS SOBRE AVALIAÇÃO COGNITIVA, ATENÇÃO E INTELIGÊNCIA

Resumo:
A avaliação cognitiva abrange diversas vertentes de análise e nesta mesa propõe-se a discussão sobre a temática envolvendo testes de avaliação da inteligência e da atenção concentrada. Os estudos apresentados envolvem a preocupação com o contexto escolar por meio da comparação de tipos diferentes de abordagem educacional (escolas públicas e particulares) e também as questões envolvendo gênero, idade, ambiente de moradia (capital e interior de grandes cidades). Dois estudos apresentam dados empíricos com testes psicológicos, o Teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven e o D2 – Teste de Atenção Concentrada. O terceiro apresenta uma escala baseada na teoria da mente, que se refere a uma habilidade para explicar e predizer o comportamento humano em diferentes situações, com sete tarefas da escala, que foram adaptadas ao contexto cultural brasileiro. As diferentes abordagens retomam a continuidade de estudos na área, os quais são relevantes para informe de parâmetros utilizados na análise cognitiva de crianças e adolescentes.

 

Palavras-chave:
avaliação psicológic, avaliação cognitiva, pesquisas

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

DESEMPENHO NO TESTE DE RAVEN EM CRIANÇAS: COMPARAÇÃO ENTRE TIPOS DE ESCOLA E REGIÃO


O Teste de Matrizes Progressivas Coloridas de Raven é utilizado no Brasil como um importante instrumento de avaliação cognitiva e desenvolvimento intelectual de crianças. Este estudo objetiva a comparação de dados obtidos no Raven em crianças de 06 a 11 anos de escolas da Capital (N= 123) e do Interior (N=130) do Estado de São Paulo, estudantes do ensino fundamental em instituições privadas e públicas, com gênero feminino e masculino, sem sintomas psicopatológicos e em fase normal de desenvolvimento infantil. Os dados obtidos na avaliação do Raven foram analisados estatisticamente de acordo com procedimentos não paramétricos dos Testes de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis, considerando a idade, sexo, tipo de escola e origem das crianças, a partir da classificação de acordo com as normas contidas no manual do instrumento. Salienta-se que a classificação do teste considera idade e tipo de escola, por esse motivo, optou-se em analisar os resultados ponderados pela classificação e não a pontuação bruta. Foram observadas diferenças estatisticamente significativas quanto ao tipo de escola e origem (interior ou capital), havendo maior frequência dos graus I e III no Interior e dos graus III+ e III- na Capital. Conforme os resultados da comparação entre o tipo de escola e o desempenho da criança, verificou-se uma maior frequência dos graus II e III+ na escola pública e dos graus III, IV e V na escola particular. Uma vez que na presente reflexão foram coletados os dados em duas cidades, recomenda-se a ampliação do estudo para outras cidades e regiões para determinação mais consistente das diferenças destacadas.

Autoria/Filiação: Carla Luciano Codani Hisatugo   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Paulo Francisco de Castro   Universidade de Taubaté e Universidade Guarulhos
Eda Marconi Custódio   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e Universidade Metodista de São Paulo
Irai Cristina Boccato Alves   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Apresentação: Carla Luciano Codani Hisatugo
Palavras-chave: avaliação psicológic, avaliação inteligênc, raven

 

RESUMO (2)

INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS SEXO, IDADE E ESCOLARIDADE SOBRE O TESTE D2 DE ATENÇÃO CONCENTRADA

O Teste D2 é um teste de atenção concentrada, criado e publicado na Alemanha e que foi padronizado e publicado no Brasil. A tarefa consiste em riscar todas as letras “d” acompanhadas de dois sinais, distribuídas em 14 linhas, sendo que o examinador dá um aviso a cada 20 segundos para que o sujeito mude de linha. O teste fornece diversos resultados quantitativos: Resultado Bruto (RB) referente ao número de sinais examinados; Total de Erros (TE), respostas marcadas erradas e as omissões; Porcentagem de Erros (E%); Resultado Líquido (RL = RB-TE). O objetivo desta pesquisa foi investigar a influência das variáveis idade, sexo e nível de ensino sobre os resultados do teste. A amostra foi composta de 1480 estudantes de ensino fundamental e médio, provenientes de três cidades brasileiras de três regiões brasileiras: São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Porto Velho (RO). As idades variaram de 9 a 18 anos, sendo 835 do sexo feminino e 645 do masculino. As análises de variância para a amostra total indicaram não haver diferenças significantes entre os sexos, mas ocorreram diferenças entre as faixas etárias e os níveis de ensino para o RB e o RL. Para o TE e E%, ocorreram diferenças entre as idades e para a interação entre idade e sexo, mas não entre os níveis de ensino. Novas análises de variância para cada um dos níveis de ensino mostraram que para o nível fundamental foram significantes apenas as diferenças entre as faixas etárias no RB e RL, mas não no ensino médio. Em relação aos TE e E% houve diferenças entre as idades no ensino médio apenas na interação entre idade e sexo. Os resultados confirmaram a existência de progressão com a idade nos resultados brutos e líquidos, mas não em relação aos erros, apenas no ensino fundamental.

Autoria/Filiação: Irai Cristina Boccato Alves   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. LITEP –
Apresentação: Irai Cristina Boccato Alves
Palavras-chave: avaliação psicologic, inteligência, teste D2

 

RESUMO (3)

O USO DA ESCALA DE TAREFAS EM TEORIA DA MENTE COM CRIANÇAS BRASILEIRAS

A teoria da mente refere-se a uma habilidade cognitiva que desempenha um importante papel na adaptação social da criança. Trata-se de uma habilidade para explicar e predizer o comportando humano em diferentes situações. Essa área investiga como as crianças desenvolvem a compreensão de si mesmas e das outras pessoas como seres mentais. O estudo da origem e desenvolvimento dessa habilidade, de atribuir e compreender os estados mentais humanos, é hoje uma importante área de investigação. Em 1983 foi elaborada a primeira tarefa experimental para verificar essa habilidade nas crianças. Desde então, muitas tarefas na área da teoria da mente começaram a ser criadas e adaptadas. A elaboração dessas tarefas teve um valor decisivo nas contribuições trazidas pelas pesquisas nesse campo. Mas, foi apenas recentemente que um estudo se ocupou em organizar as principais tarefas publicadas nessa área. Esse estudo dispôs essas tarefas em 7 categorias, classificando-as de forma hierárquica em relação à dificuldade, com a finalidade de constituir uma escala de tarefas em teoria da mente. O presente trabalho tem como objetivo apresentar as 7 tarefas da escala, que foram adaptadas ao contexto cultural brasileiro. De forma geral as pesquisas brasileiras utilizaram da escala buscando verificar o desenvolvimento de uma teoria da mente e sua correlação a outro construto, tais como empatia, pragmática da linguagem. Verifica-se uma diminuição de acertos nas tarefas 5, 6 e 7. Conclui-se que o número pequeno de participantes, nas pesquisas, dificulta uma analise mais consistente da escala.


Autoria/Filiação: Simone Ferreira da Silva Domingues   Universidade Guarulhos, SP/Universidade Cruzeiro do Sul, SP
Sara Del Prete Panciera   Universidade Federal de São Paulo, SP
Apresentação: Simone Ferreira da Silva Domingues
Palavras-chave: Avaliação psicológic, escala de tarefas, teoria da mente

 

Nome:
Paulo Francisco de Castro

Titulo:
ESTUDOS TÉCNICOS COM O MÉTODO DE RORSCHACH: PESQUISAS E PRODUTIVIDADE

Resumo:
O Método de Rorschach constitui-se como um importante recurso para avaliação psicológica em diversos aspectos e áreas de aplicação. Os estudos técnicos são de suma importância para que seja possível verificar a aplicabilidade, validade e normas do instrumento na população brasileira. Nesse sentido, o objetivo da presente proposta é discutir sobre um levantamento de pesquisas sobre aspectos técnicos do Rorschach, além de apresentar dados sobre a produtividade em adultos e crianças. Observa-se grande atenção de pesquisadores sobre os elementos técnicos do teste, além disso, verifica-se dados relevantes sobre estudos de normas do R-PAS em amostras brasileiras.

 

Palavras-chave:
AvaliaçãoPsicológica, Teste de Rorschach, Pesquisas

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE ASPECTOS TÉCNICOS DO MÉTODO DE RORSCHACH

O presente trabalho possui como objetivo apresentar uma análise acerca da produção científica sobre aspectos técnicos sobre o Método de Rorschach em pesquisas publicadas em várias bases de dados internacionais e nacionais. Os estudos técnicos envolvem pesquisas relacionadas aos procedimentos de aplicação, correção e interpretação do instrumento, bem como investigações sobre precisão, validade e normas. Foram analisados 892 resumos de artigos publicados no período compreendido entre 2000 e 2010, indexados em sete bases de dados e destacados os artigos que tratavam de assuntos relacionados a estudos técnicos com o Rorschach. Após a leitura e análise dos resumos dos artigos, foi possível a verificação e sistematização dos dados em vários elementos de investigação, os dados mais incidentes são os seguintes: Do total investigado, 264 textos referiam-se a questões sobre o assunto destacado, perfazendo 29,6% do material analisado. A maior parte dos textos foi publicada em 2007 e a média anual foi de 11 artigos. Os textos foram publicados em 78 diferentes periódicos, sendo Journal of Personality Assessment, Rorschachiana e Journal of Projective Psychology & Mental Health, as revistas com maior quantidade de publicações sobre o assunto. De acordo com a caracterização utilizada nesta análise, a maior parte dos artigos tratava de investigações empíricas e foram desenvolvidos apenas com o Rorschach. Houve a publicação de artigos em 27 diferentes áreas de investigação, sendo as mais incidentes pesquisas que tratavam sobre evidências de validade e organização de normas para o teste, reflexões sobre procedimentos de aplicação e interpretação de acordo com diferentes aspectos e culturas, além de trabalhos sobre dados relativos à História do Rorschach e sua aplicação em diferentes contextos de psicoterapia. Observa-se que a atenção de clínicos e pesquisadores sobre os aspectos técnicos, validade e normas do Método de Rorschach permearam a produção científica sobre o teste no período.

Autoria/Filiação: Paulo Francisco de Castro   Universidade Guarulhos e Universidade de Taubaté
Apresentação: Paulo Francisco de Castro
Palavras-chave: AvaliaçãoPsicológica, Teste de Rorschach, Produção Científica

 

RESUMO (2)

A PRODUTIVIDADE NO MÉTODO DE RORSCHACH EM DIFERENTES SISTEMAS DE AVALIAÇÃO

O estudo verificou questões relacionadas à produtividade no Método de Rorschach em diferentes sistemas de avaliação, em especial o Sistema Compreensivo e o The Rorschach Performance Assessment System (R-PAS) no Brasil. O Rorschach é conhecido como importante instrumento de avaliação psicológica e a produtividade se refere ao número de respostas de um protocolo de um indivíduo, explicitando o quanto ele é perceptualmente sensível e receptivo ao mundo que o rodeia. O sistema R-PAS busca solucionar questões como a grande variabilidade no número de respostas de um protocolo, que vão influenciar diretamente no processo interpretativo. Participaram da investigação 17 sujeitos de ambos os sexos, idade entre 18 e 27 anos. No momento da aplicação todos eram estudantes universitários de diversos cursos de graduação. O Método de Rorschach foi aplicado individualmente, seguindo as recomendações técnicas do sistema R-PAS, ainda não validado no Brasil. Dos resultados obtidos até o momento observou-se que nenhum dos participantes apresentou desconforto sobre as instruções que limitavam o número de respostas. Todos tinham entre 18 e 27 anos, com idade média de 22 anos (dois homens e 15 mulheres) e emitiram entre 20 e 31 respostas (média de 26,82 respostas por protocolo). Este número de respostas compõe uma variável bem mais restrita, quando comparados aos estudos mais atuais realizados no Sistema Compreensivo no Brasil (14 a 50 respostas, com média de 19,64). As principais conclusões são que a variabilidade de respostas tende a ser menor no sistema R-PAS, mas com uma média de respostas maior, quando comparado ao Sistema Compreensivo, aumentando as possibilidades de se verificar como um indivíduo lida com a realidade que o cerca. A amostra deve ser aumentada e mais estudos estatísticos devem ser realizados.

Autoria/Filiação: Luís Sérgio Sardinha   Universidade do Grande ABC
Apresentação: Luís Sérgio Sardinha
Palavras-chave: Teste de Rorschach, Pesquisa Normativa, AvaliaçãoPsicológica

 

RESUMO (3)

ASPECTOS TÉCNICOS SOBRE A PRODUTIVIDADE INFANTIL COM O USO DO R-PAS (RORCHACH PERFORMANCE ASSESSMENT SYSTEM)

O Rorschach possui reconhecimento universal sobre sua abrangência clínica aos aspectos da personalidade. Dentre os diferentes métodos utilizados para esta avaliação está o R-PAS, Rorschach Performance Assessment System. Este método está em fase de estudos para utilização na população brasileira. Um dos diferenciais deste sistema abrange o controle do número de respostas dadas pelo sujeito durante a aplicação do instrumento como modo de possibilitar melhores análises estatísticas das variáveis obtidas pelas codificações e classificações das respostas do sujeito. Esta pesquisa é um recorte de um estudo normativo com crianças no Brasil, utilizando a técnica do R-PAS. Participaram 120 crianças com idade de 07 a 10 anos, sexo feminino e masculino, estudantes de escolas públicas da cidade de São Paulo, sem patologias mentais ou atrasos no desenvolvimento cognitivo. Para critérios diagnósticos de seleção de amostragem utilizou-se o CBCL, Child Behavior Checklist e as Matrizes Progressivas de Raven. Em 100% dos casos as crianças apresentaram bom desempenho de tarefas em relação às instruções direcionadas ao número de respostas por protocolo, sem haver qualquer desconforto ou demonstração de queixa em relação às instruções do R-PAS. Os dados indicam que as instruções têm sido bem aceitas em crianças nesta faixa etária não havendo alteração no desempenho durante a aplicação do instrumento. O estudo continua em andamento de modo a abranger mais dados referentes aos aspectos mencionados.

Autoria/Filiação: Carla Luciano Codani Hisatugo   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Eda Marconi Custódio   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Apresentação: Carla Luciano Codani Hisatugo
Palavras-chave: Teste de Rorschach, Pesquisa Normativa, Crianças

 

Nome:
GISELE ALVES

Titulo:
Evidências de Validade Baseadas na Relação com Variáveis Externas para o WISC IV

Resumo:
A presente mesa propõe apresentar estudos brasileiros com três subtestes da Escala de Inteligência Wechsler para Crianças – 4ª Edição (WISC-IV), que compõem o Índice de Velocidade de Processamento, à saber, subtestes Código, Procurar Símbolos e Cancelamento, bem como apresentar um estudo que objetivou a adaptação de uma forma reduzida do teste para surdos. Os trabalhos que buscaram evidências de validade para a adaptação brasileira do instrumento apresentam estudos que investigaram a relação entre os três subtestes de ICV e os testes de Raven (Escala Especial e Geral) e o Teste de Trilhas Coloridas Infantil, e demonstram em seus resultados evidências favoráveis de validade para a Escala, corroborando dados da literatura. Ao lado disso, também é apresentado um estudo que buscou evidências de validade do teste quando aplicado em grupos de amostras clínicas, compostas por crianças e adolescentes com queixas relacionadas a aprendizagem e desempenho cognitivo, pareadas com um grupo controle Esse último estudo também apresentou evidências favoráveis, visto que o desempenho do grupo controle foi sempre maior quando comparado ao desempenho das amostras clínicas. Por fim, o estudo que buscou evidências de validade de uma forma reduzida do WISC IV adaptada para surdos manteve a mesma estrutura fatorial do instrumento original e possibilitou, por meio de sua adaptação, a aplicação do teste nessa população.

 

Palavras-chave:
WISC IV, avaliação da inteligência , validade

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

EVIDÊNCIAS DE VALIDADE PARA O TESTE WISC-IV BASEADAS NA RELAÇÃO COM O TESTE DE TRILHAS COLORIDAS INFANTIL

Os subtestes Cancelamento, Procurar Símbolos e Código do WISC IV compõem o Índice Fatorial Velocidade de Processamento (IVP) e o Teste de Trilhas Coloridas Infantil (TTC infantil), que objetiva a avaliação de habilidades consideradas subsidiárias ao funcionamento do lobo frontal, como rastreamento perceptual, velocidade no processamento de informação, sequenciação, habilidades grafomotoras, atenção sustentada e dividida. Ambos instrumentos foram aplicados em 500 sujeitos, sem queixas relacionadas ao desempenho escolar ou habilidades cognitivas, estudantes de escolas públicas e particulares dos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. As correlações entre os instrumentos demonstraram que as variáveis caminham para um mesmo sentido, ou seja, quando altas as pontuações compostas IVP, altas também as pontuações no TTC infantil, conferindo ao fator referido do WISC IV evidências de que o mesmo avalia habilidades relacionadas a velocidade de processamento de informação e mecanismos atencionais.

Autoria/Filiação: Regina Luísa de Freitas Marino   Casa do Psicólogo
Gisele Aparecida da Silva Alves   Casa do Psicólogo
Apresentação: Regina Luísa de Freitas Marino
Palavras-chave: WISC IV, validade convergente, velocidade de processamento

 

RESUMO (2)

EVIDÊNCIAS DE VALIDADE PARA O TESTE WISC-IV BASEADAS NA RELAÇÃO COM OS TESTES DE RAVEN

Os testes Matrizes Progressivas Coloridas de Raven - Escala Especial e Matrizes Progressivas de Raven - Escala Geral foram aplicados em 200 crianças e adolescentes entre 6 e 16 anos de idade, sendo que metade dessa amostra de participantes foi submetida à Escala Especial e a outra metade à Escala Geral, dependendo da idade. Tais testes foram utilizados como critério com o objetivo de buscar evidências de validade baseadas na relação com variáveis externas, sendo construtos relacionados, para o índice de Velocidade de Processamento (IVP) da Escala deInteligência Wechsler para Crianças – 4ª Edição (WISC-IV). As análises de correlação de Pearson mostraram que os testes de Raven se correlacionam forte e positivamente com os subtestes do IVP do WISC-IV, demonstrando que quanto maiores as pontuações dos participantes nesses testes, maiores também as pontuações nos subtestes do WISC-IV. Esse dado corrobora os achados da literatura, conferindo evidência de validade convergente para o WISC-IV.

Autoria/Filiação: Isis De Vitta Grangeiro Rodrigues   Casa do Psicólogo
Gisele Aparecida da Silva Alves   Casa do Psicólogo
Apresentação: Isis De Vitta Grangeiro Rodrigues
Palavras-chave: WISC IV, avaliação da inteligência, validade convergente

 

RESUMO (3)

EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DE UMA FORMA REDUZIDA DO TESTE WISC-IV ADAPTADA PARA SURDOS

Atualmente, não constam na lista de instrumentos aceitos pelo Conselho Federal de Psicologia testes padronizados para avaliar aspectos cognitivos de indivíduos surdos. Assim, investigou-se a adequação de uma Forma Reduzida de oito subtestes do WISC-IV que permitisse uma avaliação rápida das habilidades envolvidas nos quatro Índices Fatoriais do instrumento, considerado padrão-ouro para a avaliação intelectual de crianças e adolescentes. Foi analisada uma amostra piloto de 66 sujeitos surdos, com idades entre oito e 16 anos, usuários da Libras, matriculados em três escolas (particulares e públicas) de Porto Alegre/RS. Os estudos de validade dos itens e do teste mostraram evidências de que os subtestes escolhidos, com exceção do Raciocínio Matricial, foram adequados para a avaliação de surdos. Também foi evidenciado que a Forma Reduzida sugerida neste estudo manteve a estrutura uni e quadrifatorial proposta pelo instrumento original, para o grupo de ouvintes.

Autoria/Filiação: Tharso de Souza Meyer   Universidade Católica de Pelotas – UCPel
Vera Figueiredo   Universidade Católica de Pelotas – UCPel
Apresentação: Tharso de Souza Meyer
Palavras-chave: WISC IV, avaliação da inteligência, deficiente auditivo

 

RESUMO (4)

EVIDÊNCIAS DE VALIDADE DO TESTE WISC-IV EM AMOSTRAS CLÍNICAS

Os quinze subtestes do WISC IV foram aplicados em um grupo composto por 40 crianças e adolescentes de ambos os sexos, com idades entre 6 e 16 anos e 11 meses. Este grupo foi composto por crianças e adolescentes com histórico de queixas relacionadas a condições psicológicas, psiquiátricas ou neurológicas que, de acordo com a literatura, apresentam alterações na atenção. Esses diagnósticos incluem dificuldades de aprendizagem (dislexia e discalculia), deficiência intelectual (Leve ou Moderado) e Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Esse grupo foi pareado com um grupo controle por idade, sexo e escolaridade, de forma que esse outro fosse composto por crianças e adolescentes com características semelhantes, sem diagnóstico ou histórico de nenhuma das alterações descritas no grupo clínico. Entre os resultados, foram encontradas diferenças de média entre os grupos por meio de análises de variância e testes t, evidenciando diferenças de desempenho entre o grupo clínico e o grupo controle, de modo que as pontuações foram sempre menores nos participantes do grupo clínico, conferindo evidência de validade para o instrumento, que foi capaz de diferenciar os grupos.

Autoria/Filiação: Carina Maria Pereira   Casa do Psicólogo
Gisele Aparecida da Silva Alves   Casa do Psicólogo
Apresentação: Carina Maria Pereira
Palavras-chave: WISC IV, evidências de validade,

 

Nome:
PATRÍCIA WALTZ SCHELINI

Titulo:
FACETAS DO ESTUDO DA INTELIGÊNCIA: INSTRUMENTOS, DESEMPENHO ACADÊMICO, ALTAS HABILIDADES E EFEITO FLYNN

Resumo:
A presente proposta é formada por quatro estudos que têm como temática a inteligência. Os dois primeiros trabalhos são voltados a medidas da inteligência, sendo que o primeiro faz uso da Bateria de Provas de Raciocínio, cuja aplicação em alunos de escolas públicas portuguesas indicou a existência de um fator único que explica a maior parte da variância dos resultados. No primeiro estudo também foi investigado o poder preditor do fator geral de inteligência no rendimento acadêmico. O segundo estudo objetivou analisar a validade e estabelecer as normas para a população portuguesa da Escala de Competências Cognitivas, destinada a crianças entre quatro e 10 anos. Os resultados obtidos no segundo estudo evidenciam a validade de critério do instrumento, considerando-se as variáveis idade e classificação escolar. As altas habilidades são enfatizadas no terceiro estudo que promove uma discussão sobre o Modelo de Dotação de Munique e também apresenta a análise das evidências de validade e precisão da versão brasileira da Children’s Self-Efficacy Scale, que visa à avaliação de uma variável moderadora intrínseca do modelo em questão. A última faceta desta proposta é apresentada no estudo que investigou o Efeito Flynn, referente aos ganhos nas medidas de inteligência ao longo do tempo. Para tanto, os desempenhos de candidatos à Guarda Nacional Republicana de Portugal, submetidos ao processo de seleção de 2005, foram comparados aos de candidatos de 2010. Nos dois grupos foram aplicadas três provas da Bateria de Aptidões Mentais Primárias, sendo que o Efeito Flynn não foi observado. Portanto, por meio dos estudos apresentados, facetas da inteligência são discutidas, considerando-se o contexto português e brasileiro.

 

Palavras-chave:
medida de inteligência, Modelo de Munique, Efeito Flynn

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

O fator g e o rendimento acadêmico ao longo da escolaridade

Apesar de ser o tema mais investigado na Psicologia, a inteligência permanece atual pelos plurais e renovados interesses que desperta sobre o desenvolvimento humano e, em particular, no contexto educativo. Este estudo considera os desempenhos cognitivos de uma amostra representativa de alunos de escolas públicas portuguesas (n= 4899) dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário na Bateria de Provas de Raciocínio (BPR). Primeiro, são apresentadas as análises que reforçam a existência de um fator único que explica entre 50 a 60% da variância dos resultados cognitivos e a unidimensionalidade da bateria nas suas três versões. Segundo, é testado um modelo que releva o poder preditor do fator geral de inteligência no rendimento acadêmico, quer diretamente, quer de forma mediada através do sucesso académico prévio (existência ou não de reprovações no percurso académico) e das expetativas acadêmicas futuras (extensão de escolaridade pretendida). Por fim, é discutido o poder preditor do fator geral de inteligência e das variáveis acadêmicas ao longo da escolaridade.

Autoria/Filiação: Gina Cláudia Lemos   Centro de Investigação em Educação, Universidade do Minho
Leandro da Silva Almeida   Instituto de Educação, Universidade do Minho
Apresentação: Gina Cláudia Lemos
Palavras-chave: inteligência, Bateria de Provas de Raciocíni, rendimento acadêmico

 

RESUMO (2)

A avaliação da inteligência na infância: Contributos da ECCOs 4/10

Partindo da descrição da Escala de Competências Cognitivas (ECCos4/10) criada em Portugal, e hoje estudada no Brasil e em Moçambique, discutimos o conceito de inteligência na infância e a maior ou menor adequação das escalas compósitas de inteligência, propostas para a sua avaliação. Neste caso, a Escala de Competências Cognitivas, destinada a crianças entre os quatro e os 10 anos, concilia várias funções cognitivas (perceção, memória, compreensão, raciocínio, resolução de problemas e pensamento divergente), em tarefas de dois conteúdos dominantes (verbal e não verbal). Após alguns anos de estudos centrados na sua construção, uma amostra representativa do norte de Portugal serviu a sua validação e normalização. A amostra considerada foi composta por 539 crianças, equitativamente distribuídas face ao gênero e meio de residência (urbano/rural) e estratificada no que diz respeito a cada um dos distritos considerados. Os resultados ao nível da validade sugerem a possibilidade de uma nota global de QI poder reunir o desempenho das crianças nas 11 provas da escala, sugerindo ainda alguma especificidade das provas envolvendo o pensamento divergente. Cruzando os resultados na ECCOs, com a idade (desenvolvimento psicológico) e com as classificações escolares, os índices obtidos apontam para a validade de critério dos seus resultados, mantendo-se aqui também alguma especificidade relativamente ao pensamento divergente. Ilustra-se a rentabilização da informação obtida com a aplicação da ECCOs 4/10 na avaliação psicológica da inteligência em crianças.

Autoria/Filiação: Lurdes Brito   Grande Colégio Universal, Porto, Portugal
Leandro da Silva Almeida   Instituto de Educação, Universidade do Minho
Apresentação: Lurdes Brito
Palavras-chave: inteligência, psicometria, normas

 

RESUMO (3)

Identificação de dotação e talento: Modelo de Munique e a avaliação da autoeficácia.

O Modelo de Dotação de Munique busca unir características individuais e ambientais em uma proposta de identificação de talentos, evidenciando o papel de moderadores intrínsecos e extrínsecos ao indivíduo. Quando as variáveis moderadoras são identificadas e promovidas, podem facilitar o desenvolvimento de talentos. Dentre os moderadores intrínsecos, incluem-se estratégias de aprendizagem, motivação e crenças de autoeficácia, definidas pela Teoria Social Cognitiva como as crenças de um indivíduo em suas próprias capacidades. A autoeficácia não deve ser mensurada como uma variável única, pois são crenças voltadas a capacidades específicas; deve ser mensurada por instrumentos também específicos. A Children’s Self-EfficacyScale (CSES) converge com essa premissa. É composta originalmente por 55 itens e nove fatores. O objetivo desse trabalho é apresentar a versão brasileira da CSES como possibilidade de avaliação de uma variável moderadora intrínseca no Modelo de Dotação de Munique. Após tradução da escala original, a versão brasileira foi composta por 54 itens e as mesmas nove subescalas. As análises por juízes e semântica se mostraram satisfatórias. Aplicou-se a escala traduzida em 679 alunos. Efetuou-se uma análise de componentes principais, extraindo-se um fator de cada subescala. Utilizaram-se a prova Kaiser-Meyer-Olkin e o teste de esfericidade de Bartlett para averiguar a adequação da análise fatorial empregada, suprimindo-se os itens com carga fatorial menor que 0,30. A análise fatorial revelou que as subescalas conseguem explicar entre 37% e 57% da variância observada. A consistência interna dos fatores e dos itens foi calculada através do Alfa de Cronbach, variando de boa a excelente com resultados entre 0,7 e 0,9 para cada subescala. Todavia, são necessários estudos com outras amostras e outras formas de validação a fim de se obter um instrumento com evidências de validade suficientes para pesquisas sobre identificação de talentos e crenças de autoeficácia.

Autoria/Filiação: Márcia de Fátima Rabello Lovisi de Freitas   Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal de São Carlos
Apresentação: Márcia de Fátima Rabello Lovisi de Freitas
Palavras-chave: dotação, talento, Modelo de Munique

 

RESUMO (4)

O Efeito Flynn em adultos portugueses

O Efeito Flynn refere-se aos ganhos verificados nas medidas de inteligência ao longo do tempo. Este estudo analisa a ocorrência do Efeito Flynn considerando os resultados obtidos por candidatos à Guarda Nacional Republicana (GNR) de Portugal. Participaram do estudo duas amostras: a primeira formada por 429 candidatos à Guarda Nacional Republicana submetidos ao processo de seleção do ano de 2005 e a segunda composta por 3806 candidatos do ano de 2010. Nas duas amostras foram aplicadas três provas da bateria PMA – Aptidões Mentais Primárias: Compreensão Verbal, Raciocínio Lógico e Cálculo Numérico. Os participantes foram avaliados por psicólogos especialistas, sendo que o acesso aos seus dados foi autorizado pelo Comando Geral da GNR, mediante garantia do anonimato e sigilo dos protocolos consultados. Os resultados indicaram que os candidatos à guarda que participaram do processo seletivo de 2005 obtiveram melhores médias nas três provas da PMA, quando comparados aos de 2010. Essa diferença no Teste R (Raciocínio Lógico) não é estatisticamente significativa, sendo já estatisticamente significativa no Teste V (Compreensão Verbal) e no Teste N (Cálculo Numérico). Assim, o Efeito Flynn não foi observado neste estudo, considerando o intervalo de tempo de cinco anos.

Autoria/Filiação: Patrícia Waltz Schelini   Programa de Pós Graduação em Psicologia, Universidade Federal de São Carlos
Leandro da Silva Almeida   Instituto de Educação, Universidade do Minho
Apresentação: Patrícia Waltz Schelini
Palavras-chave: Efeito Flynn, ganhos intelectuais, inteligência

 

Nome:
Jacob Arie Laros

Titulo:
Ferramentas para construção de instrumentos de avaliação psicológica

Resumo:
No contexto da avaliação psicológica percebe-se o crescimento do uso de técnicas psicométricas e estatísticas capazes de abarcar os comportamentos e fenômenos psicológicos de maneira mais ampla e completa. Destaca-se a utilização dos métodos relacionados às análises fatoriais, bem como o uso das ferramentas da Teoria de Resposta ao Item. Essa mesa propõe a discussão de algumas técnicas de medida utilizadas na construção de instrumentos de avaliação psicológica. O primeiro trabalho, sob autoria de Laros e Valentini, refere-se à discussão sobre a estabilidade dos resultados das análises fatoriais exploratórias. Os autores apresentam os resultados de um estudo de replicabilidade da análise fatorial de um questionário utilizado para avaliação de um programa de residência em saúde. No segundo resumo, Valentini e Laros apresentam uma discussão sobre a análise fatorial full information e a análise fatorial não linear. Ambas são robustas às matrizes não positivamente definidas e são indicadas para itens dicotômicos. No terceiro trabalho, Andrade e colaboradores discutem as contribuições da Teoria de Resposta ao Item (TRI) na construção de instrumentos com itens politômicos. Para tanto, os autores apresentam um estudo no qual utilizaram o modelo de resposta gradual de Samejima para a análise dos itens respondidos em uma escala Likert. O quarto resumo, sob autoria de Amorim-Gaudêncio e colaboradores, expõe uma discussão sobre o uso da testagem adaptativa computadoriza (CAT- Computerized Adaptive Testing). Os autores indicam as principais disciplinas que fazem uso da CAT, bem como as vantagens e desvantagens desse método. Espera-se que a proposta dessa mesa amplie a discussão sobre as ferramentas utilizadas na construção de instrumentos de avaliação psicológica no Brasil.

 

Palavras-chave:
Psicometria, Análise Fatorial, Teoria de Resposta ao Item

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Análise de replicabilidade em Análise Fatorial Explicatória

Análise Fatorial Explicatória (AFE) é uma técnica amplamente utilizada para investigar a estrutura subjacente dos instrumentos psicológicos. Entretanto, existem muitas controvérsias em relação à estabilidade das soluções fatoriais. Estudos mostram que, mesmo com amostras grandes e uma estrutura fatorial bem definida, os resultados nem sempre são replicáveis. Para resolver o problema, a literatura indica um método simples para investigar a replicabilidade de soluções fatoriais. Nesse método é possível utilizar replicação interna ou externa. Na replicação interna o pesquisador precisa dividir a amostra randomicamente em duas amostras, e na replicação externa deve-se aplicar o instrumento em uma amostra nova. Existem dois critérios para replicabilidade: (1) devem existir o mesmo número de fatores e os mesmos itens atribuídos para cada fator nas duas amostras; (2) as cargas dos itens devem ser semelhantes nas duas amostras. O primeiro critério avalia a replicabilidade estrutural e a o segundo avalia replicabilidade forte. Para esse último tipo de replicabilidade a diferença entre as cargas fatoriais das duas amostras não pode exceder o valor de 0,20. Acima desse valor as cargas podem ser consideradas como instáveis. Para ilustrar esse método foi utilizado um banco de dados com 384 respondentes de um questionário aplicado para avaliar um programa de residência multiprofissional. Pesquisa anterior indicou a presença de três fatores no referido questionário. O banco foi aleatoriamente divido em duas amostras (N1 = 199 e N2 = 185). Foi realizada uma análise fatorial PAF com extração de três fatores e rotação Promax. Os resultados da análise de replicabilidade indicam que a solução fatorial apresentou replicabilidade estrutural e replicabilidade forte. Em apenas um dos 22 itens a diferença entre as cargas fatoriais foi maior que 0,20. Sugere-se que todos os pesquisadores façam uma análise da estabilidade da sua solução fatorial para adquirir conhecimento sobre a robustez da solução fatorial obtida.

Autoria/Filiação: Jacob Arie Laros   Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília
Felipe Valentini   Professor Assistente, Departamento de Psicologia, Universidade Federal do Paraná e
Apresentação: Jacob Arie Laros
Palavras-chave: Análise fatorial Exploratória, Validade de Construto, Replicabilidade

 

RESUMO (2)

Análise fatorial para itens dicotômicos

A análise fatorial é uma das ferramentas estatísticas mais utilizadas nos estudos de validade de construto. Muitos pesquisadores analisam os seus dados por meio de componentes principais (PC), eixos principais (PAF), máxima verossimilhança (ML). Todavia, esses dois últimos métodos não podem ser utilizados quando a matriz de correlações não é positivamente definida. Diversas causas podem ser explicar a ocorrência de uma matriz não positiva, a mais comum refere-se ao caso Heywood. Neste caso, uma das variáveis tem toda a sua variância explicada por um ou mais itens. Muitos dos casos Heywood são consequência da pequena variabilidade dos itens. Itens dicotômicos tendem a apresentar variabilidade limitada e, muitas vezes, matrizes não positivas. Além disso, as análises fatoriais tradicionais, quando aplicadas aos itens dicotômicos frequentemente extraem fatores de dificuldade em vez de fatores relacionados ao conteúdo dos itens. Nesses casos, uma das possibilidades é analisar os dados por meio de métodos robustos às matrizes não positivas, tais como análise fatorial full information (FIFA) e análise fatorial não linear. Este estudo teve como objetivo apresentar um exemplo desses dois métodos por meio da análise de um teste de avaliação de habilidades cognitivas. Participaram do estudo 1069 alunos do ensino fundamental da rede pública de uma grande cidade brasileira. Os alunos responderam a 12 questões de raciocínio abstrato e 12 questões de raciocínio espacial do Teste de Raciocínio Abstrato e Espacial (TRAE). A análise FIFA, assim como o não-linear, indicou que um modelo unifatorial é plausível, assim como um modelo de dois fatores. Todos os itens apresentaram saturação fatorial adequada. Para o modelo de dois fatores, os itens organizaram-se, exatamente, nos fatores de raciocínio abstrato e raciocínio espacial. Ou seja, a análise foi capaz de extrair fatores relacionados ao conteúdo dos itens e não à dificuldade.

Autoria/Filiação: Felipe Valentini   Professor Assistente, Departamento de Psicologia, Universidade Federal do Paraná e
Jacob Arie Laros   Professor Associado, Instituto de Psicologia, Universidade de Brasília
Apresentação: Felipe Valentini
Palavras-chave: Análise Fatorial Full Informat, Análise Fatorial Não Linear, Validade de Construto

 

RESUMO (3)

Contribuições da Teoria de Resposta ao Item para a Elaboração e Validação de Instrumentos Psicológicos

Os modelos da Teoria de Resposta ao Item (TRI) para itens politômicos são modelos matemáticos que ajudam a compreender a interação entre examinandos e itens de instrumentos que possuem várias categorias de respostas. Itens politômicos têm tido grande utilização na testagem psicológica e educacional porque, além de oferecer uma experiência mais rica em testagem para os examinandos, proporcionam uma maior quantidade de informações psicométricas sobre o construto avaliado. O presente estudo teve como objetivos discutir as contribuições da TRI na elaboração e validação de instrumentos psicológicos, bem como apresentar um exemplo de estimação dos parâmetros dos itens do Questionário de Vivências Acadêmicas (QVA) a partir da TRI. Para o estudo empírico, contou-se com a participação de 518 estudantes universitários da cidade de João Pessoa (PB), sendo 66% do sexo feminino, com média de idade de 21,6 (DP = 4,4), a maioria com renda familiar entre 5 e 10 salários mínimos (29,1%). Os participantes responderam a um questionário sociodemográfico e ao QVA. Este último é composto por 60 itens, respondidos em uma escala Likert de 5 pontos, que vai de Discordo Totalmente a Concordo Totalmente. A versão original do instrumento avalia cinco dimensões: pessoal, institucional, carreira, estudocurso e interpessoal. A análise dos parâmetros dos itens por meio da TRI, utilizando-se do Modelo de Resposta Gradual de Samejima, foi realizada a partir dos fatores individuais, levando em consideração os parâmetros de dificuldade e discriminação dos itens. Verificou-se, de forma geral, que os itens apresentaram parâmetros de dificuldade e discriminação adequados. No entanto, as análises das curvas de informação da TRI, de forma geral, indicaram lacunas no continuum dos cinco fatores. Discute-se a variedade de caminhos em que os modelos de TRI para itens politômicos podem ser utilizados incluindo a técnica da equalização e a testagem adaptativa por computador (CAT).

Autoria/Filiação: Josemberg Moura de Andrade   Professor Adjunto, Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba
Carmem Amorim-Gaudêncio   Professora Adjunta, Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba
Kaline da Silva Lima   Aluna de graduação, Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba
Cinthya Rebecca Santos Melo   Aluna de graduação, Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba
Jéssica Martins Pernambuco   Aluna de graduação, Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba
Apresentação: Josemberg Moura de Andrade
Palavras-chave: Teoria de Resposta ao Item, validade, vivências acadêmicas

 

RESUMO (4)

Progressão no uso da Testagem Adaptativa por Computador no contexto nacional e internacional

Os testes adaptativos por computador (CAT) têm apresentado vantagens sobre os testes convencionais, tanto no que se refere a uma maior eficiência quanto a sua qualidade. Foi realizado um levantamento empírico através de bases nacionais e internacionais nos últimos 10 anos. Os descritores utilizados foram “Avaliação assistida por computador”, “Testes psicológicos computadorizados”, “Teste adaptativo computadorizado”, “Instrumentos psicológicos computadorizados”, “Computer-Adaptive Testing” e “Computerized Adaptive Test”, respectivamente. Os resultados mostram que os estudos internacionais superam em número os nacionais, sendo os Estados Unidos o país que mais tem aplicado este método de testagem. Por disciplina, a Psicologia é a que mais utiliza este procedimento, seguida pela Medicina, Educação e Nutrição. Por área, a Avaliação Psicológica é a que mais a emprega, seguida pela Testagem de Saúde, Neuropsicologia, Saúde Mental etc. Percebe-se que a utilização do CAT tem crescido e se expandido por diversos países e em inúmeros contextos. Isso se explica pelas notáveis vantagens de sua utilização, possivelmente relacionadas com a dispensa do uso do papel e lápis e em ocasiões; obtenção das pontuações de forma imediata, com a redução do tempo de aplicação, administração e correção do teste; aumento da amostragem de forma rápida; emprego de uma avaliação personalizada, construída mediante as respostas anteriores; redução na quantidade de questões utilizadas nas avaliações, entre outras. Não obstante, a literatura aponta para algumas desvantagens que devem ser superadas, tais como: o seu desenvolvimento requer uma grande equipe, composta por profissionais de várias áreas; inevitável dependência do computador; problemas de segurança e, finalmente, a necessidade de contar com um vasto banco de itens diferenciados por níveis de dificuldade. Contudo, é inquestionável a importância do CAT, visto que é crescente a utilização de testes computadorizados por diversos países. Nesse sentido, o estudo desse método é fundamental para a ampliação do conhecimento cientifico.

Autoria/Filiação: Carmen Amorim-Gaudêncio   Professora do Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba
Jaqueline Gomes Cavalcanti   Aluna de graduação, Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba
Lucas Felicio Braz Gil   Aluno de graduação, Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba
Karina Pollyne Nascimento Lima   Aluna de graduação, Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba
Josemberg Moura de Andrade   Professor do Departamento de Psicologia, Universidade Federal da Paraíba
Apresentação: Carmen Amorim-Gaudêncio
Palavras-chave: Teste adaptativo computadoriza, Avaliação, Testagem

 

Nome:
Carla Alexandra Moita Minervino

Titulo:
HABILIDADES COGNITIVAS INFANTIS: PERSPECTIVAS DE INSTRUMENTOS

Resumo:
A presente mesa redonda apresentará investigações que possuem como tema central as habilidades cognitivas de crianças, verifica-se que dentre os instrumentos psicométricos mais utilizados para a análise de habilidade cognitiva infantil destaca-se as escalas Wechsler, no entanto na atualidade inúmeras são as pesquisas que visam a criação de escalas e testes que tem a criança como foco, os instrumentos válidos para a infância ainda são escassos. Nesta mesa teremos a oportunidade de apresentar três instrumentos diferentes para a análise de habilidades cognitivas em crianças, cada instrumento tem uma particularidade e um objetivo distinto; apresentaremos um instrumento de testagem adaptativa informatizada; uma escala de avaliação de competências cognitivas para crianças dos 4 aos 10 anos e um teste de nomeação seriada rápida com 6 subtestes.

 

Palavras-chave:
Habilidades Cognitivas, Infância, Psicometria

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Testagem adaptativa informatizada: perspectivas para a avaliação de habilidades cognitivas preditoras da leitura

A geração computadorizada de instrumentos para avaliação vem se tornando um campo fértil para as pesquisas na área, além de oferecer uma gama de ferramentas avaliativas atrativas e de excelente qualidade em diversas áreas da psicologia. Em relação aos modelos tradicionais de testes, que envolvem a aplicação do mesmo conjunto de itens para todas as pessoas, os instrumentos com testagem adaptativa informatizada apresentam algumas vantagens, como a possibilidade de maior precisão, são mais breves, podem ser atualizados com facilidade e são menos sujeitos à divulgação de seu gabarito ou sistema de pontuação. Neste sentido destaca-se a construção de instrumentos para a avaliação de habilidades preditoras da leitura, vários são os pesquisadores (e.g. Roazzi, Dias, Salles, Parente, Capovilla, Ciasca) que vêm apresentando aspectos relevantes sobre a competência leitora e as habilidades necessárias para a sua aquisição, a saber: decodificação, consciência fonológica entre outros; os dados revelam a correlação entre essas habilidades e o pronto estabelecimento da leitura, a testagem adaptativa informatiza ajuda na análise precoce de tais habilidades. Nesta mesa pretendemos apresentar dados sobre a construção de um instrumento de testagem adaptativa informatizada para a avaliação de habilidades preditoras da leitura. Como também apresentar a percepção dos utilizadores dos instrumentos informatizados e das versões lápis-papel.

Autoria/Filiação: Carla Alexandra Moita Minervino   Universidade Federal da Paraíba
Pedro Miguel da Silva Moita   Universidade de Lisboa
Teresa Chambel   Universidade de Lisboa
Apresentação: Carla Alexandra Moita Minervino
Palavras-chave: Testagem Adaptativa, Leitura, Psicometria

 

RESUMO (2)

ECCOs 4/10: avaliação de competências cognitivas em crianças

A Escala de Avaliação de Competências Cognitivas para Crianças dos 4 aos 10 anos de Idade – ECCOs 4/10, desenvolvida e validada em Portugal, destina-se à avaliar diferentes processos cognitivos em crianças nesta faixa etária, entre eles, a habilidade de compreensão. Neste trabalho, apresenta-se a adaptação das tarefas de compreensão da ECCOs 4/10 para a população brasileira. Entende-se que compreender se caracteriza por uma construção ativa de sentidos, o que requer do indivíduo identificar e interpretar as informações disponíveis, conectando conhecimentos relevantes de modo a gerar uma representação coerente. Para isso, é necessário não só o resgate de esquemas de conhecimento armazenados na memória, como também o estabelecimento de inferências e a avaliação dos elementos e ações envolvidos na situação. É, portanto, uma habilidade complexa que articula elementos cognitivos, linguísticos e conhecimentos sociais. A ECCOs 4/10 propõe avaliar a compreensão de forma contextualizada e significativa para a criança, através de duas tarefas, sendo uma verbal (Frases Absurdas) e uma não verbal, de conteúdos predominantemente figurativos (Desenhos Absurdos). Será apresentada a adaptação destas tarefas para o Brasil e os resultados da validação das mesmas em uma amostra de 606 crianças brasileiras, de ambos os sexos, frequentando escolas públicas e particulares do Recife, e distribuídas em 14 faixas etárias entre os 4 e os 10 anos de idade.

Autoria/Filiação: Antonio Roazzi   Universidade Federal de Pernambuco
Leandro Almeida   Universidade do Minho
Lurdes Brito   Universidade do Minho
Luciana Hodges   Universidade Federal de Pernambuco
Rafaella Asfora   Universidade Federal de Pernambuco
Maira Roazzi   Escola Americana do Recife
Apresentação: Antonio Roazzi
Palavras-chave: Cognição, Crianças, Psicometria

 

RESUMO (3)

Análise da nomeação seriada rápida em crianças da pré-escola, primeiro e terceiro ano do ensino fundamental

A aquisição da leitura é um processo complexo que necessita de uma série de habilidades cognitivas preditoras desta competência. Dentre essas habilidades destaca-se a nomeação seriada rápida, que se refere à capacidade de processar diferentes estímulos visuais rapidamente, uma vez que a rapidez é um fator importante para uma leitura fluente. Dados recentes sobre o desempenho das crianças brasileiras nas avaliações nacionais e internacionais têm evidenciado o baixo rendimento em leitura, dificuldades na compreensão literal e inferencial e em associar informações ao texto, entre outras. No último censo escolar observa-se que o aumento do número de alunos matriculados nas escolas públicas brasileiras é inversamente proporcional ao número de alunos que terminam a primeira etapa do ensino fundamental (5o. ano) com bom desempenho em leitura e escrita, é portanto, crescente a incidência de dificuldades de leitura no ensino fundamental. O cenário atual do desempenho em leitura por parte das crianças no ensino fundamental viabiliza e justifica a realização de pesquisas que visem analisar auxiliar na análise do processo cognitivo envolvido na leitura preconizando práticas de intervenção eficazes. Considerando o exposto, nesta mesa apresentaremos a análise do desempenho intragrupo em tarefas de nomeação seriada rápida (cores, figuras, letras, dígitos, palavras e não-palavras) em crianças com queixas de dificuldade de leitura, evidenciando a variabilidade do desempenho nas tarefas de nomeação seriada rápida em crianças de 5º ano com dificuldades de leitura, comparando-o ao de crianças de mesma idade, mas competentes em leitura (5º ano), e ao de crianças mais jovens (2º ano), também leitores fluentes. Destaca-se a apresentação das etapas de construção e dados de validade do instrumento utilizado para a análise: a tarefas de nomeação seriada rápida, com seis subtestes, a saber: cores, letras, dígitos, figuras, palavras e não-palavras.

Autoria/Filiação: Gabrielle Cordeiro Rocha de Assis   Universidade Federal da Paraíba
Estephane Enadir Lucena Duarte Pereira   Universidade Federal da Paraíba
Carla Alexandra S. Moita Minervino   Universidade Federal da Paraíba
Apresentação: Gabrielle Cordeiro Rocha de Assis
Palavras-chave: Nomeação Seriada, Leitura, Psicometria

 

Nome:
THATIANA HELENA DE LIMA

Titulo:
Habilidades linguísticas e sua relação com variáveis cognitivas e afetivas

Resumo:
A leitura é uma importante ferramenta tanto para o sucesso acadêmico, como também social. Dificuldades de compreensão tornam-se obstáculo na vida do aluno, tendo em vista que a leitura é a fonte primária de sua informação em quaisquer das etapas de escolarização. Assim, os estudos de habilidades linguísticas, especialmente aqueles que se propõem a investigar diferentes formas de avaliá-las têm sido valorizados. Nesta mesa redonda será apresentado um conjunto de estudos envolvendo a avaliação da compreensão de leitura com o teste de Cloze e medidas que avaliam construtos relacionados, sejam eles de caráter cognitivo ou afetivo-emocional. O primeiro deles relaciona a compreensão de leitura com as estratégias de aprendizagem, buscando saber se aqueles alunos que se utilizam de estratégias de aprendizagem são os que obtiveram melhor desempenho em compreensão de leitura. A seguir está o trabalho que investiga a relação da compreensão com escrita. Nesse trabalho, verificou-se se quanto maior a compreensão menor a pontuação em escrita, visto que o teste de escrita pontua o erro. Após está o trabalho que relaciona a compreensão de leitura com a consciência metatextual, procurando saber se o conhecimento dos tipos de textos contribui para uma melhor compreensão de leitura. Por fim, o quarto e último estudo a ser apresentado trata da relação da compreensão com a sintomatologia depressiva, mostrando que as crianças que apresentaram maior sintomatologia depressiva foram as que se saíram pior na compreensão de leitura.

 

Palavras-chave:
Cloze, avaliação educacional, ensino fundamental

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Compreensão de leitura e estratégias de aprendizagem

Este estudo teve por objetivos buscar a relação existente entre as estratégias de aprendizagem e o desempenho na compreensão da leitura, assim como averiguar possíveis diferenças entre as variáveis sexo, tipo de escola e ano escolar. Participaram da pesquisa 352 crianças de ambos os sexos e com idades variando entre 7 e 12 anos, matriculadas do 3º ao 5º ano do ensino fundamental de uma escola particular e outra escola pública do interior estado de São Paulo. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Estratégias de Aprendizagem e dois textos preparados de acordo com a técnica de Cloze. Os resultados indicaram diferenças estatisticamente significativas para os sexos nos fatores estratégias cognitivas e estratégias metacognitivas favorecendo as meninas, o mesmo foi encontrado para os textos em Cloze. Também foram encontradas diferenças significativas quando comparadas as escolas para todos os fatores da Escala de Estratégias de Aprendizagem e nos textos em Cloze, em que os alunos da escola particular obtiveram as maiores médias. Quanto à diferença entre os anos escolares, esta também foi estatisticamente significativa, sendo o quinto ano obteve a menor e o quarto a maior média no fator ausência de estratégias metacognitivas disfuncionais. Enquanto que para o fator estratégias cognitivas, o terceiro ano apresentou a menor e o quarto a maior média. Ainda, no fator estratégias metacognitivas, o terceiro ano obteve a menor e o quinto a maior média. Já nos textos em Cloze, houve diferenças significativas para os dois textos, sendo que os estudantes do terceiro ano obtiveram a menor média e os do quinto a maior. Por fim, houve correlações positivas e significativas, de magnitude fraca, entre todas as dimensões da Escala de Estratégia de Aprendizagem e os textos de Cloze. Os resultados estão de acordo com o encontrado na literatura.

Autoria/Filiação: Jocemara Ferreira Mognon   Universidade São Francisco
Érika Monqueiro Leme   Universidade São Francisco
Apresentação: Jocemara Ferreira Mognon
Palavras-chave: Cloze, avaliação educacional, ensino fundamental

 

RESUMO (2)

Compreensão leitora e desempenho escrita: estudo com alunos do ensino fundamental

O presente estudo teve por objetivo verificar evidências de validade para instrumentos que avaliam a compreensão leitora e as habilidades de escrita. Participaram deste estudo 202 crianças com idades entre 8 e 10 anos (M=8,91; DP=0,873). Eles eram provenientes de duas escolas públicas de uma cidade do interior do estado de São Paulo, uma central (n=111; 55%) e outra periférica (n=91; 45%). Dentre elas, 93 (46%) eram meninos e 109 (54%) meninas, sendo 87 (43,1%) do 3º ano, 47 (23,3%) do 4º ano e 68 (33,7%) do 5º ano. Os instrumentos utilizados foram um teste de compreensão de leitura e outro de avaliação da escrita, aplicados de forma coletiva em situação de sala aula. Os resultados permitiram identificar evidências de validade de critério, visto que nas duas medidas as crianças foram separadas por ano escolar e evidência de validade convergente, pela identificação de índice de correlação de magnitude forte entre elas. Diferenças relativas ao sexo e à idade foram encontradas para as medidas.

Autoria/Filiação: Thatiana Helena de Lima   Universidade São Francisco
Daniella de Moura Pereira Robbi   Universidade São Francisco
Apresentação: Thatiana Helena de Lima
Palavras-chave: Cloze, avaliação educacional, ensino fundamental

 

RESUMO (3)

A consciência metatextual e a compreensão de leitura

A consciência metatextual diz respeito ao controle intencional da ordenação de enunciados em unidades linguísticas maiores para a construção de textos. O contato com os textos na vida cotidiana, como anúncios, avisos, artigos de jornais, catálogos, receitas médicas, prospectos, folhetos etc. exercita a nossa capacidade metatextual para a construção e compreensão de textos. Considerando a escassez de estudos com consciência metatextual no Brasil, elaborou-se um instrumento para medi-la. Neste estudo, o objetivo estabelecido foi o de derivar evidências de validade para o Questionário de Avaliação da Consciência Metatextual (QACM) baseadas na relação com outras variáveis. Participaram 315 alunos do 3º ao 5º ano do ensino fundamental, de escolas públicas do interior do Estado de São Paulo, sendo 169 meninos e 149 meninas, cujas idades variaram de 8 a 13 anos. Foram utilizados o QACM e dois textos em Cloze validados como medidas de compreensão de leitura. Em estudo anterior, foram identificadas evidências de validade de conteúdo do QACM, demonstradas com base em dados sobre a congruência e abrangência dos itens relacionados ao construto, por meio de painel de juízes, no qual houve concordância de 100%. O instrumento foi também aplicado individualmente em 30 crianças, para as quais se pediam justificativas de suas escolhas. Foram alterados alguns textos, mantendo-se aqueles que podiam ser reconhecidos, que eram compreendidos por elas e aqueles cuja linguagem era adequada. Os escores obtidos com a medida de avaliação da consciência metatextual foram convergentes com a pontuação em compreensão de leitura. O QACM também se mostrou sensível para captar o progresso das crianças em identificar os gêneros textuais com o avanço da escolaridade. Dessa forma, o estudo forneceu evidências de validade tanto no que se refere à convergência de construtos, identificada com base nas medidas relacionadas, como de critério, distinguindo os alunos pelo seu nível de escolaridade.

Autoria/Filiação: Neide de Brito Cunha   Universidade São Francisco
Apresentação: Neide de Brito Cunha
Palavras-chave: Cloze, avaliação educacional, ensino fundamental

 

RESUMO (4)

Sintomas depressivos e compreensão de leitura

A depressão tem sido considerada um dos transtornos emocionais mais prevalentes entre crianças e adolescentes na sociedade atual. Alguns sintomas costumam se manifestar no contexto escolar, por ser este o ambiente em que as crianças passam maior parte do seu tempo. A literatura científica evidencia que a depressão parece aumentar entre as crianças que apresentam problemas escolares. Dessa forma, o objetivo do estudo foi investigar a associação entre a sintomatologia depressiva e a compreensão de leitura, tanto pela correlação entre esses construtos, como pela comparação entre os grupos que foram formados com base nas pontuações. Ao lado disso, explorou-se as eventuais diferenças entre as crianças avaliadas, em relação ao gênero, idade e ano escolar. Participaram dessa pesquisa 293 estudantes, sendo 164 meninos e 129 meninas, com idades variando entre 7 e 11 anos, do terceiro, quarto e quinto anos do Ensino Fundamental de duas escolas públicas do interior de São Paulo. As crianças foram divididas em dois grupos, baseados no ponto de corte do instrumento (G1 - escores até 16; G2 - escores acima de 17). Os instrumentos utilizados foram o Inventário de Depressão Infantil (CDI), versão com 27 itens e dois textos estruturados segundo os padrões tradicionais da técnica de Cloze. A análise dos dados permitiu observar que houve uma correlação negativa e significativa entre os construtos. Assim, as crianças que tiveram maior pontuação no CDI tiveram pior desempenho na compreensão de leitura. Em relação ao CDI, não foram encontradas diferenças para as variáveis gênero e idade. Para o Cloze confirmou-se as diferenças por ano escolar.

Autoria/Filiação: Lisandra Borges Vieira Lima   Universidade São Francisco
Apresentação: Lisandra Borges Vieira Lima
Palavras-chave: Cloze, avaliação educacional, ensino fundamental

 

Nome:
Tatiana de Cássia Nakano

Titulo:
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE TALENTOS

Resumo:
A proposta da mesa redonda tem como foco a discussão de questões relacionadas à avaliação de talentos / altas habilidades / superdotação no Brasil, focando tanto os procedimentos relacionados à identificação desse fenômeno, bem como os instrumentos que vêm sendo utilizados na sua avaliação, focando-se ainda na apresentação de instrumentos em processo de desenvolvimento e estudo.


Apresentação 1
Processo de Avaliação Psicológica do Aluno Talentoso
Denise de Souza Fleith
Universidade de Brasília


Apresentação 2
Avaliação do potencial intelectual e criativo em jovens
Solange Muglia Wechsler
Pontifícia Universidade Católica de Campinas


Apresentação 3
Bateria de avaliação das altas habilidades: construção e primeiros estudos psicométricos
Tatiana de Cássia Nakano
Pontifícia Universidade Católica de Campinas

 

Palavras-chave:
criatividade, superdotação, inteligência

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Processo de Avaliação Psicológica do Aluno Talentoso

A tarefa de avaliar alunos talentosos tem sido um desafio para o psicólogo, dada a diversidade de caraterísticas apresentadas por esse grupo e os mitos veiculados a seu respeito. O desenvolvimento do indivíduo talentoso não ocorre necessariamente mais rapidamente ou precocemente do que o de outros sujeitos; ele ocorre de forma diferenciada. É importante que o psicólogo, ao identificar alunos talentosos, ao elaborar um diagnóstico ou propor uma intervenção, tenha claro que eles não representam um grupo homogêneo. Também é necessário ressaltar que em um processo de encaminhamento de uma criança ou adolescente talentoso a um programa e/ou serviço, o psicólogo deve levar em consideração as necessidades cognitivas, emocionais e sociais do aluno a fim de que o seu potencial seja otimizado. Os procedimentos usados na identificação do indivíduo talentoso devem estar intimamente relacionados à natureza dos serviços e programas disponíveis. É importante, portanto, que o psicólogo busque informações sobre o aluno recorrendo a múltiplas fontes. Outro aspecto a ser considerado é a possibilidade de que o processo de diagnóstico ocorra paralelamente ao processo de atendimento, uma vez que muitas características associadas ao talento podem se manifestar somente quando os alunos estão engajados em alguma atividade ou área de interesse. Observa-se que a maioria dos programas e serviços oferecidos a esses alunos tem privilegiado o desenvolvimento de habilidades cognitivas. É urgente a inclusão de serviços que ofereçam a eles oportunidades de crescimento emocional e social. A proposta desta apresentação é discutir procedimentos e instrumentos que possibilitam ao psicólogo avaliar de forma sistêmica, global e fidedigna o indivíduo talentoso. Vale lembrar que o processo de avaliação psicológica deve ser dinâmico e flexível, empregar procedimentos que incluam etapas bem definidas e instrumentos apropriados, bem como considerar o papel das interações e dos ambientes escolar e familiar no desenvolvimento do potencial do sujeito.

Autoria/Filiação: Denise de Souza Fleith   Universidade de Brasília
Apresentação: Denise de Souza Fleith
Palavras-chave: avaliação, talento, psicólogo

 

RESUMO (2)

Avaliação do potencial intelectual e criativo em jovens

A identificação das múltiplas habilidades cognitivas que compõem o conceito de inteligência é essencial quando existe a preocupação com a identificação de talentos, que podem ser expressos na mais diferentes áreas. O modelo de Carroll-Horn-Catell (CHC) apresenta várias possibilidades de se investigar habilidades intelectuais, não tradicionalmente medidas em baterias de inteligência. Porém falha ao não tratar da identificação da criatividade, apesar de sabermos que a criatividade faz parte do processo cognitivo, como já havia ressaltado Guilford. Neste sentido, a proposta da criação da Bateria de Avaliação Intelectual e Criativa (BAICA) foi elaborada para preencher esta lacuna, trazendo também uma proposta de um instrumento brasileiro, criado e validado na nossa realidade, que possa ser administrado em forma coletiva. As pesquisas iniciais com a BAICA, comparando jovens de diferentes regiões do país já foram iniciadas, tendo por finalidade selecionar os melhores itens para a sua composição. Por sua vez, a validade de critério da BAICA está sendo investigada por meio da comparação dos seus resultados com outros instrumentos já validados no país. Os resultados preliminares têm demonstrado a relação da BAICA com algumas dimensões do BPR-5, Teste Pictórico de Memória e os testes de Pensamento Criativo verbal e figural de Torrance. Por sua vez, alunos de escola pública têm demonstrado desempenho inferior em testes que avaliam a inteligência cristalizada, por meio da compreensão verbal. Estes resultados serão ainda confirmados em amostras maiores de diferentes regiões. Pretende-se assim, obter uma bateria válida, que permita avaliar várias dimensões intelectuais e criativas, permitindo assim a melhoria do processo de identificação de talentos em diferentes áreas.

Autoria/Filiação: Solange Muglia Wechsler   Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Apresentação: Solange Muglia Wechsler
Palavras-chave: inteligência, criatividade, avaliação psicológica

 

RESUMO (3)

Bateria de avaliação das altas habilidades: construção e primeiros estudos psicométricos

Embora uma temática bastante importante e prevista em lei, a identificação de indivíduos com altas habilidades tem se mostrado uma área ainda carente de estudos em nosso país. Diante dessa lacuna, a construção de uma bateria para avaliação das altas habilidades / superdotação foi iniciada, composta por subtestes que avaliam os construtos inteligência (por meio de provas de raciocínio: verbal, numérico, lógico e abstrato) e criatividade (figurativa e verbal), além de uma escala para professores (de identificação de comportamentos relacionados às cinco áreas que compõem o fenômeno: capacidade intelectual geral, habilidades acadêmicas específicas, liderança, criatividade, talento artístico). Estudos exploratórios de investigação dos critérios psicométricos do instrumento já foram iniciados, a partir da coleta de dados em 473 estudantes regulares de duas regiões do país (Nordeste e Sudeste) e seus respectivos professores (em um total de 76 escalas respondidas), bem como 117 participantes de um programa de atendimento ao aluno com altas habilidades, desenvolvido no Distrito Federal. Os resultados foram analisados buscando-se evidências de validade da estrutura fatorial da bateria e de validade de critério, cujos resultados mostraram-se favoráveis à condução de estudos complementares com o instrumento. Espera-se que esse seja o primeiro passo para a construção de um instrumento específico para uso nessa população, dado o fato de que muitas crianças talentosas no Brasil acabam por passar despercebidas pelo sistema escolar, ou ainda tem seu potencial ignorado ou mesmo reprimido devido às dificuldades de identificação desse construto que, até o momento, é realizada fazendo-se uso de instrumentos não específicos para essa população, dada a inexistência dos mesmos no Brasil.

Autoria/Filiação: Tatiana de Cássia Nakano   Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Ricardo Primi   Universidade São Francisco
Walquíria de Jesus Ribeiro   Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Apresentação: Tatiana de Cássia Nakano
Palavras-chave: altas habilidades, superdotação, avaliação psicológica

 

Nome:
Janaína Thais Barbosa Pacheco

Titulo:
Instrumentos de autorrelato e a avaliação de problemas de comportamento: Resultados empíricos e questões metodológicas

Resumo:
Problema de comportamento constitui-se em uma expressão genérica que se refere a um amplo padrão de respostas que podem incluir comportamento agressivo, externalizante, antissocial ou infrator. As queixas relacionadas a problemas de comportamento na infância e na adolescência são responsáveis por grande parte da procura por serviços psiquiátricos e psicológicos infantis. Os prejuízos decorrentes são observados não apenas na esfera da saúde mental individual, como também nos custos sociais que representam à comunidade. Os estudos empíricos indicam a seriedade do problema e a mobilização da comunidade acadêmica e dos profissionais para compreenderem e desenvolverem intervenções direcionadas para crianças e adolescentes com problemas de comportamento e suas famílias. Observa-se também a preocupação com o desenvolvimento de métodos de avaliação que acessem as diferentes dimensões presentes em indivíduos com problemas de comportamento. O objetivo geral dessa mesa redonda é discutir as especificidades decorrentes dos instrumentos de autorrelato na avaliação de problemas de comportamento na infância e na adolescência. Além disso, pretende-se apresentar resultados de estudos empíricos sobre o tema. O primeiro trabalho apresentará a prevalência de comportamentos agressivos em crianças brasileiras e italianas e a Escala de Comportamentos Agressivos. O segundo trabalho apresentará a relação entre comportamento externalizante, autoestima e exposição a maus tratos, utilizando o Youth Self Report para avaliar adolescentes. Finalmente, o terceiro trabalho sistematizará algumas questões metodológicas da avaliação de problemas de comportamento na adolescência.

 

Palavras-chave:
, ,

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

PREVALÊNCIA DE COMPORTAMENTOS AGRESSIVOS EM CRIANÇAS BRASILEIRAS E ITALIANAS

Os comportamentos agressivos são caracterizados por condutas intencionais que visam a prejudicar ou causar dano físico ou psicológico a outra pessoa. Devido à alta prevalência e ao impacto negativo no desenvolvimento, o comportamento agressivo tem sido foco de pesquisas e de intervenções. O presente trabalho apresenta os resultados de diferentes estudos que avaliaram a prevalência de comportamentos agressivos em crianças brasileiras e italianas. Foi utilizada a versão em italiano e em português do Questionário de Comportamentos Agressivos e Reativos entre Pares (Q-CARP), instrumento de autorrelato composto por duas escalas. A Escala de Comportamentos Agressivos (ECA) avalia diferentes manifestações agressivas físicas e verbais e a Escala de Reação à Agressão (ERA) avalia diferentes reações frente à agressão entre pares: reação agressiva (RA), busca de apoio (BA) e reação internalizada (RI). Participaram do estudo 727 crianças brasileiras de 8 a 13 anos (52% meninos) e 587 crianças italianas de 7-10 anos (51,5% meninas). No estudo brasileiro, uma MANCOVA (tendo a idade como co-variável) foi realizada para avaliar diferenças em meninos e meninas brasileiros para cada uma das escalas do Q-CARP. Meninos apresentaram maiores escores que as meninas na ECA e RA e meninas apresentaram maiores escores para BA e RI. No estudo italiano, uma ANOVA foi conduzida para avalia diferenças entre sexo e idade. Meninos apresentaram maiores escores para ECA e RA e meninas apresentaram maiores escores em BA e RI. Ao comparar os resultados de Brasil e Itália, verificou-se que crianças italianas apresentaram maiores níveis para PA e para RI. Já em relação a RA e BA não houve diferença entre as duas amostras. Os resultados apontam semelhanças quanto aos padrões de comportamento agressivo em crianças brasileiras e italianas, sobretudo no que se refere ao sexo. Quando comparadas, as duas amostras apresentam diferenças que podem estar relacionadas às características culturais.

Autoria/Filiação: Juliane Callegaro Borsa   Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro; Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Denise Ruschel Bandeira   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Juliane Callegaro Borsa
Palavras-chave: , ,

 

RESUMO (2)

Comportamento externalizante, autoestima e maus tratos: um estudo com adolescentes

A externalização na adolescência tem sido associada ao histórico de maus tratos na infância, bem como a relação negativa entre autoestima e maus tratos. O objetivo dessa apresentação é expor os resultados de um estudo transversal investigou a relação entre as variáveis maus tratos, autoestima e comportamento externalizante. Além disso, pretende-se discutir algumas especificidades no uso de instrumentos de autorrelato para a avaliação em adolescentes. Os instrumentos utilizados foram o Questionário de Traumas na Infância, Youth Self-Report, Inventário de Depressão Infantil, Escala de Autoestima de Rosenberg. Participaram deste estudo 84 adolescentes de escolas públicas, divididos em grupo caso e controle conforme a presença de comportamento externalizante. Os resultados revelaram que os adolescentes com comportamento externalizante apresentaram prejuízos na autoestima e estiveram mais expostos a maus tratos na infância. Além disso, uma análise de correlação verificou que a externalização e os maus tratos estiveram positivamente correlacionados entre si, bem como a sintomatologia de ansiedade, retraimento e depressão e outros problemas de comportamento. A autoestima esteve correlacionada negativamente com maus tratos e com problemas de comportamento. Os achados deste estudo podem auxiliar profissionais a desenvolverem fatores que protejam crianças do sofrimento dos maus tratos, assim como da externalização e da baixa autoestima, evitando problemas no desenvolvimento psicológico e comportamental.

Autoria/Filiação: Débora Fava Melo   Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Tatiana Quarti Irigaray   Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Janaína Thais Barbosa Pacheco   Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Apresentação: Janaína Thais Barbosa Pacheco
Palavras-chave: , ,

 

RESUMO (3)

Sobre a pertinência da utilização de autorrelato para a avaliação de conduta antissocial

O conceito de comportamento antissocial abrange um amplo espectro de desafio e violação das normas sociais, cuja expressão pode ser restrita a determinadas etapas do desenvolvimento do indivíduo ou persistente ao longo do tempo. Em uma perspectiva desenvolvimental, diversos estudos relacionam o comportamento antissocial na fase adulta à externalização, oposição, agressão e hiperatividade na infância e na adolescência. Em virtude desses resultados, há cada vez mais demanda por avaliações psicológicas em grupos populacionais de jovens que apresentam padrões recorrentes de comportamentos antissociais. Essas avaliações podem fornecer subsídios a intervenções preventivas, que são capazes de reduzir drasticamente os custos desses comportamentos para a família dos indivíduos e para o Estado em longo prazo. No entanto, uma das questões que tem sido levantadas pelos pesquisadores da área é a pertinência da utilização de instrumentos de autorrelato para avaliação de conduta antissocial. O presente trabalho discute a questão a partir resultados de pesquisas empíricas. Dentre estas, uma realizada pela proponente da discussão, na qual são comparados os escores de uma escala de conduta antissocial para adolescentes em diferentes grupos critérios (grupo indicado pelos professores como antissocial, grupo clínico com indicadores de transtorno da conduta ou transtorno desafiador opositivo e grupo judicial, autor de ato infracional).

Autoria/Filiação: Caroline Tozzi Reppold   Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Apresentação: Caroline Tozzi Reppold
Palavras-chave: , ,

 

Nome:
DENISE DE SOUZA FLEITH

Titulo:
Instrumentos de Avaliação da Criatividade no Contexto da Educação Superior

Resumo:
Observa-se um reconhecimento crescente de que é necessário preparar o aluno para o cenário atual, no qual a capacidade de pensar e resolver novos problemas ocupa um lugar central. No mercado de trabalho, valoriza-se o profissional criativo, que domine estratégias eficientes para enfrentar situações heterogêneas do cotidiano. Neste contexto, a educação superior desempenha um papel fundamental e é considerada por muitos estudiosos elemento-chave para a agenda mundial da inovação. Cabe à universidade propiciar uma formação que esteja em sintonia com as demandas do mercado, preparando, para isso, profissionais que aliem criatividade à capacidade analítica e a uma bagagem sólida de conhecimentos. Neste sentido, avaliar a extensão em que a educação superior tem promovido ou não a criatividade, bem como identificar barreiras ao seu desenvolvimento, é um passo essencial para a emergência de ideias e produtos inovadores. A proposta desta mesa-redonda é, portanto, apresentar e discutir estudos brasileiros e portugueses envolvendo construção e validação de instrumentos que analisam a extensão em que práticas implementadas por professores universitários em sala de aula favorecem as habilidades criativas de seus estudantes e que identificam barreiras pessoais à criatividade. Observa-se uma escassez de instrumentos disponíveis na área, especialmente nos países de língua portuguesa. Medidas de avaliação da criatividade, como as que serão tratadas nesta mesa-redonda, permitem aos psicólogos orientar docentes na organização de condições de ensino e na criação de um clima psicológico saudável à promoção do potencial criativo, além de subsidiar gestores na elaboração de um projeto político-pedagógico que contemple estratégias educacionais favoráveis à criatividade.

 

Palavras-chave:
criatividade, instrumentos, educação superior

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Práticas Docentes para Criatividade na Educação Superior Brasileira

Apesar de ser inquestionável a necessidade de se promover melhores condições ao desenvolvimento da criatividade nos cursos universitários, observa-se escassez de estudos empíricos avaliando a extensão em que comportamentos docentes, que favorecem a expressão da criatividade, têm sido apresentados por professores universitários e em que frequência. Nota-se também uma carência de instrumentos padronizados que visam avaliar a extensão em que professores vêm apresentando comportamentos e práticas docentes que favorecem o desenvolvimento e expressão das habilidades criativas de seus estudantes. O objetivo deste trabalho é apresentar o estudo de construção e validação do Inventário de Práticas Docentes para a Criatividade na Educação Superior, que visa avaliar a percepção de estudantes universitários quanto à extensão em que seus professores apresentam comportamentos e implementam práticas docentes que favorecem o desenvolvimento e a expressão da criatividade do aluno. O instrumento composto de 37 itens foi aplicado em 1068 estudantes brasileiros de universidades pública e privada. Cada um dos itens foi respondido em uma escala de 5 pontos, que variava de “discordo plenamente” até “concordo plenamente”. Foi efetuada uma análise fatorial e quatro fatores foram gerados: Incentivo a Novas Ideias, Clima para Expressão de Ideias, Avaliação e Metodologia de Ensino e Interesse pela Aprendizagem do Aluno. Os coeficientes alfa de fidedignidade obtidos foram muito satisfatórios. O fator melhor avaliado pelos estudantes foi Clima para Expressão de Ideias e o com média mais baixa foi Avaliação e Metodologia de Ensino. Os resultados indicam que o inventário discrimina distintas dimensões do comportamento docente que são relevantes para o desenvolvimento da criatividade, constituindo-se em um instrumento útil para fins de pesquisa e diagnóstico de práticas docentes. Vale destacar que investimento em condições de aprendizagem criativa contribui não apenas para uma formação professional sintonizada com as necessidades da sociedade, mas também para o bem estar emocional do estudante.

Autoria/Filiação: Denise de Souza Fleith   Universidade de Brasília
Eunice Maria Lima Soriano de Alencar   Universidade de Brasília
Apresentação: Denise de Souza Fleith
Palavras-chave: ensino criativo, professor , educação superior

 

RESUMO (2)

Identificação de Barreiras à Criatividade Pessoal por Estudantes Universitários

Este trabalho visa apresentar e discutir o Inventário de Barreiras à Criatividade Pessoal, que focaliza distintos fatores que dificultam ao indivíduo expressar seu potencial criador. Na sua versão original, o instrumento incluía 70 itens que foram construídos com base em estudos teóricos e empíricos, em especial em pesquisas nas quais se aplicou uma técnica aberta que consistia em solicitar ao indivíduo para completar de forma o mais sincera possível, a sentença indutora “Eu seria mais criativo se...”. Para fins de validação, o inventário foi aplicado em uma amostra de 388 estudantes da educação superior, após ter sido submetido à análise semântica. Procedeu-se a análise fatorial pelo processo de extração Análise dos Eixos Principais com rotação oblíqua. Esta resultou nos fatores denominados Inibição/Timidez; Falta de Tempo/Oportunidade; Repressão Social; e Falta de Motivação, tendo quatro itens sido eliminados. O índice alfa de consistência interna dos distintos fatores foram bastante satisfatórios. O instrumento é composto de 66 itens a serem respondidos em uma escala de 5 pontos (discordo totalmente a concordo totalmente). Análises realizadas indicam que o inventário discrimina distintos tipos de fatores que inibem a expressão da criatividade pessoal, constituindo-se em instrumento útil para fins de pesquisa e diagnóstico, inclusive no contexto da educação superior. Muitas das barreiras que podem ser identificadas pelo uso do Inventário de Barreiras à Criatividade Pessoal refletem práticas, presentes no ambiente familiar ou educacional, que limitam as possibilidades do indivíduo de expressar sua criatividade. É relevante que os agentes socializadores estejam atentos à promoção de ambientes nos quais a criatividade tenha mais chances de florescer. É também necessário ajudar os indivíduos a serem menos susceptíveis aos obstáculos que bloqueiam sua criatividade. Isto concorrerá para reduzir a perda de talento criativo que resulta de um ambiente pouco propício à emergência e desenvolvimento da criatividade.

Autoria/Filiação: Eunice Maria Lima Soriano de Alencar   Universidade de Brasília
Apresentação: Eunice Maria Lima Soriano de Alencar
Palavras-chave: criatividade, barreiras, estudante

 

RESUMO (3)

Práticas Docentes para Criatividade na Educação Superior Portuguesa

Na última década, tem sido discutido o papel da universidade na formação de profissionais preparados para aliar conhecimento à criatividade de forma a enfrentar os desafios que o mundo contemporâneo lhes impõe. As práticas docentes no contexto da educação superior são um alvo a pesquisar, embora se verifique escassez de instrumentos de avaliação, especialmente considerando-se a percepção dos estudantes. O objetivo desta proposta é apresentar o Inventário de Práticas Docentes para a Criatividade na Educação Superior, desenvolvido no Brasil e adaptado e validado para o contexto português. Participaram do estudo de validação 582 universitários de três áreas - Artes e Humanidades, Ciências e Tecnologias e Ciências Sociais e Humanas. O instrumento, em sua versão final, consiste de 22 itens a serem respondidos em uma escala likert de 5 pontos, cuja versão brasileira avalia quatro fatores (Incentivo a Novas Ideias, Clima de Expressão de Ideias, Interesse pela Aprendizagem do Aluno e Avaliação e Metodologia de Ensino). As características psicométricas do instrumento, em termos de precisão e de validade, revelaram-se adequadas considerando os itens isoladamente e as quatro dimensões. O fator avaliado mais negativamente pelos estudantes foi Avaliação e Metodologia de Ensino, ao passo que Interesse pela Aprendizagem do Aluno obteve a média mais alta. Os resultados obtidos neste estudo de validação sugerem que o Inventário de Práticas Docentes para a Criatividade na Educação Superior pode ser aplicado à população de estudantes universitários em Portugal como uma ferramenta útil para iniciar pesquisas sobre a percepção desses indivíduos sobre práticas incentivadoras à criatividade por parte dos docentes.

Autoria/Filiação: Maria de Fátima Morais   Universidade do Minho
Leandro Silva Almeida   Universidade do Minho
Ivete Azevedo   Torrance Center Portugal
Apresentação: Leandro Silva Almeida
Palavras-chave: ensino criativo, universidade, docente

 

RESUMO (4)

Barreiras à Criatividade Pessoal: Validação de um Inventário em Estudantes Universitários Portugueses

A criatividade, um dos elementos essenciais para a inovação, tem sido alvo de uma atenção crescente. No Ensino Superior, potencializar o desenvolvimento da capacidade de criar é indispensável, dada a necessidade de se preparar o estudante para responder criativamente aos desafios e dificuldade em sua vida pessoal e profissional. Porém, obstáculos à facilitação da expressão criativa têm sido objeto de alerta, nomeadamente no contexto universitário. Pretende-se com este estudo a adaptação e validação do Inventário de Barreiras à Criatividade Pessoal, desenvolvido originalmente no Brasil, para Portugal. A amostra foi de 582 alunos universitários de uma universidade pública portuguesa de três áreas disciplinares: Artes e Humanidades, Ciências e Tecnologias e Ciências Sociais e Humanas. Foi obtido um instrumento com 44 itens cuja resposta é pedida em uma escala likert de 5 pontos e mantém-se organizado nos quatro fatores da versão original (Inibição/Timidez, Falta de Motivação, Falta de Tempo e Oportunidades, Repressão Social). As características psicométricas do instrumento, em termos de precisão e de validade, revelaram-se adequadas, tomando os itens isoladamente e as quatro dimensões. Sendo necessário um maior investimento na investigação sobre criatividade na educação superior, e quase nada existindo em Portugal sobre o tema, espera-se que este instrumento de avaliação possa estimular pesquisas variadas, quer acerca do inventário estudado (com amostras mais alargadas e diversificadas, por exemplo), quer cruzando os resultados por ele obtidos com outras variáveis. Ademais, identificar barreiras à expressão da criatividade, sobretudo em estudantes da Educação Superior, tem diversas implicações práticas, especialmente se levarmos em conta a necessidade de o estudante universitário (ou o futuro profissional) estar apto a fazer uso mais pleno de seu potencial para criar frente às demandas do atual mercado de trabalho e da sociedade. A identificação dessas barreiras é o primeiro passo para organizar estratégias de intervenção que permitam ampliar as oportunidades de expressão criativa, possibilitando a superação dos elementos bloqueadores.

Autoria/Filiação: Maria de Fátima Morais   Universidade do Minho
Leandro Silva Almeida   Universidade do Minho
Ivete Azevedo   Torrance Center Portugal
Apresentação: Leandro Silva Almeida
Palavras-chave: criatividade, obstáculos, educação superior

 

Nome:
Marley Rosana Melo de Araújo

Titulo:
INVESTIGAÇÕES PSICOMÉTRICAS SOBRE COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL E SAÚDE OCUPACIONAL

Resumo:
A cultura organizacional consiste em um conjunto de ideologias resistente a mudanças, de forte carga emocional, que auxilia os membros organizacionais a lidar com as incertezas e ambiguidades. Uma de suas funções é dar estabilidade ao grupo, construindo um conhecimento tácito, regras partilhadas em relação à forma de agir em certas situações, maneiras de perceber e o nível de importância das coisas. A maior assimilação e compartilhamento dos elementos culturais pode influenciar os níveis de comprometimento organizacional, sobretudo os de base afetiva e normativa. O comprometimento organizacional traduz os motivos que levam um funcionário a permanecer ou não em uma organização. Uma equipe de pessoas comprometidas tende a ser mais leal, a assumir conduta diligente, a expressar interesse genuíno sobre os rumos da organização, a dedicar-lhe esforços extras e a contribuir voluntariamente com o seu desenvolvimento. Outro correlato da cultura organizacional constitui a qualidade de vida no trabalho, materializada por organizações que envidam esforços sistemáticos para maximizar o bem-estar dos empregados e a produtividade, mediante a criação de postos de trabalho bem planejados e significativos, de ambientes sociais de apoio, promoção de oportunidades equânimes para o desenvolvimento da carreira e equilíbrio entre trabalho e vida privada. Cultura e qualidade de vida constituem elementos indissociáveis para a construção de organizações saudáveis. Esta mesa apresentará resultados de pesquisas estruturadas sobre cultura organizacional, comprometimento organizacional e qualidade de vida no trabalho, representando contribuição para as investigações em comportamento organizacional e saúde ocupacional.

 

Palavras-chave:
comprometimento organizacional, qualidade de vida no trabalho, cultura organizacional

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Comprometimento organizacional de policiais militares de Sergipe

Uma perspectiva amplamente divulgada considera a multidimensionalidade do comprometimento organizacional: 1) Afetivo: afeto/apego à organização resultando em experiência laboral agradável; 2) Instrumental: avaliação dos custos de seu desligamento, magnitude de investimentos feitos e ausência de perspectivas no mercado; 3) Normativo: adesão às normas e objetivos organizacionais como se fosse uma obrigação perante a organização. Esta pesquisa objetivou identificar a magnitude e preponderância das três dimensões do comprometimento organizacional para servidores da Polícia Militar de Sergipe. Utilizou-se a Escala de Comprometimento Organizacional, administrada a 270 policiais de quatro unidades especializadas de policiamento. A amostra compôs-se, em sua maioria, de respondentes do sexo masculino, média de 37 anos, com ensino superior incompleto ou completo, casados, dois filhos, renda individual média de R$4.020,40, desempenhando função operacional. As patentes preponderantes foram Soldado e Cabo, com tempo médio de organização de 15,22 anos. A escala alcançou excelente índice de confiabilidade. Quanto aos escores médios da amostra em cada base de comprometimento, indicaram comprometimento afetivo e instrumental pouco acima da neutralidade, e discordância quanto ao comprometimento normativo. Os níveis de escolaridade apresentaram diferença significativa nos 3 fatores de comprometimento organizacional, sugerindo maior comprometimento de policiais de nível médio de instrução. Entre batalhões, a percepção de comprometimento normativo apresentou-se baixa em geral, embora o Batalhão da Polícia de Choque tenha se aproximado mais de um posicionamento neutro. As correlações indicaram que quanto mais tempo na organização, na função, idade mais avançada e maior poder aquisitivo, maiores os escores nas dimensões do fenômeno. O comprometimento é um vínculo organizacional perseguido pelos gestores, fomentado por meio de estratégias de convencimento e envolvimento dos trabalhadores. Contudo, os policiais investigados não apresentaram níveis expressivos nesta variável, o que concluímos estar relacionado com a inexistência de práticas de envolvimento e convencimento de funcionários, cenário típico de instituições regidas por princípios militares.

Autoria/Filiação: Erika Cavalcanti Marques   Fundação Hospitalar de Saúde, Aracaju (SE)
Marley Rosana Melo de Araújo   Universidade Federal de Sergipe, Aracaju (SE)
Apresentação: Erika Cavalcanti Marques
Palavras-chave: comprometimento organizacional, escala, policiais militares

 

RESUMO (2)

Qualidade de vida em profissionais de saúde mental

A qualidade de vida no trabalho objetiva o bem-estar e a satisfação das necessidades das pessoas no meio laboral, apoiando-se na ideia de que quanto mais estiverem satisfeitas com o trabalho, mais produzirão. Focaliza a humanização dos ambientes organizacionais, levando em consideração o cargo, as relações humanas e a política da empresa. Este estudo investigou a percepção e magnitude da qualidade de vida no trabalho de profissionais da Saúde Mental. Para tal, utilizou-se o instrumento QVP-35 (dimensões Desconforto relacionado ao trabalho; Apoio organizacional; Carga de trabalho; Recursos relacionados ao trabalho; Apoio social; Motivação intrínseca; Capacitação para o trabalho; Percepção sobre a qualidade de vida no trabalho) e questionário sociodemográfico e ocupacional. Participaram 72 profissionais (técnicos de enfermagem, enfermeiros, médicos, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e psicopedagogos) de duas instituições psiquiátricas de Aracaju/SE, com modalidade de internamento. Os participantes relataram uma jornada de até 90 horas por semana e tempo de profissão entre 1 e 38 anos. No que tange à qualidade de vida profissional, os participantes afirmaram ter bastante Apoio social, Recursos relacionados ao trabalho, Capacitação para o trabalho, Motivação intrínseca, Carga de trabalho e Desconforto relacionado ao trabalho. Além disso, afirmaram ter pouco Apoio organizacional e Qualidade de vida no trabalho. As correlações indicaram que quanto mais jovem o profissional, maiores os níveis de Desconforto relacionado ao trabalho e a Carga de trabalho e menores os níveis de Capacitação para o trabalho e Motivação intrínseca. Apesar de os participantes avaliarem muitos fatores positivamente, a relação entre variáveis sugere que, a médio e longo prazo, poderá haver frustração e grande insatisfação profissional, influenciando a qualidade de vida profissional da categoria investigada. Faz-se necessárias novas pesquisas objetivando maior visibilidade entre os processos de saúde mental do trabalhador e seu ambiente de atuação, de forma a viabilizar intervenções preventivas e/ou reparadoras.

Autoria/Filiação: Maria Mércia dos Santos Barros   Universidade Tiradentes/Instituto Zanelli-Saúde e Produtividade, Aracaju (SE)
Marley Rosana Melo de Araújo   Universidade Federal de Sergipe, Aracaju (SE)
Rejane Lucia Veiga Oliveira Johann   Universidade Federal de Sergipe, Aracaju (SE)
Saulo Pereira de Almeida   Universidade Federal de Sergipe, Aracaju (SE)
Apresentação: Rejane Lucia Veiga Oliveira Johann
Palavras-chave: qualidade de vida no trabalho, profissionais da saúde mental, QVP-35

 

RESUMO (3)

Cultura organizacional: estudo de caso de uma organização pública do poder judiciário

Valores, crenças, rituais, cerimônias, sagas, heróis, tabus e normas, elementos da cultura organizacional, materializam-na e facilitam o seu reconhecimento. Organizações públicas caracterizam-se por intensa interferência política, forte apego às regras e rotinas, supervalorização da hierarquia e paternalismo nas relações socioprofissionais. Tais características manifestam a cultura organizacional e influenciam na definição dos processos internos e políticas de recursos humanos, na relação com inovações e mudança, entre outros. Este estudo objetivou caracterizar a cultura organizacional de uma instituição pública judiciária, enfatizando as práticas e os valores organizacionais. Participaram 50 sujeitos lotados na mesma Vara, na cidade de Aracaju-SE, maioria do sexo feminino e com ensino superior, média de 13 anos na instituição. Utilizou-se o instrumento IBACO, composto pelos parâmetros Valores e Práticas. O parâmetro Valores agrega os fatores Profissionalismo cooperativo; Profissionalismo competitivo; Satisfação e bem-estar dos funcionários e o parâmetro Práticas, os fatores Integração externa; Recompensa e treinamento; Promoção do relacionamento interpessoal. Adicionalmente, coletaram-se dados sociodemográficos e ocupacionais. Os escores nos fatores ficaram abaixo do ponto médio da escala, significando que as práticas e os valores organizacionais pouco ou nada se aplicam à realidade de trabalho estudada, exceto pelo fator Integração externa, o qual se aplica razoavelmente. Existe uma percepção de que a organização empreende práticas voltadas ao planejamento estratégico e ao atendimento do cliente externo, referentes à promoção da cidadania, efetividade no cumprimento das decisões e acessibilidade à justiça. A ANOVA acusou diferença significativa entre os cargos quanto ao Profissionalismo competitivo e à Recompensa e treinamento. Participantes em cargos de chefia diferem em relação aos demais ao considerar que a criatividade, o crescimento profissional e a competição para obter bons resultados, as práticas da organização quanto ao oferecimento de recompensas, premiações e implementação de treinamentos aplicam-se razoavelmente à instituição. Conclui-se que a cultura organizacional do ambiente investigado carece de maior consistência.

Autoria/Filiação: Marley Rosana Melo de Araújo   Universidade Federal de Sergipe, Aracaju (SE)
Saulo Pereira de Almeida   Universidade Federal de Sergipe, Aracaju (SE)
Maria Mércia dos Santos Barros   Universidade Tiradentes/Instituto Zanelli-Saúde e Produtividade, Aracaju (SE)
Apresentação: Marley Rosana Melo de Araújo
Palavras-chave: cultura organizacional, IBACO, poder judiciário

 

Nome:
Wagner de Lara Machado

Titulo:
Medida psicológica: história, problemas filosófico-estatísticos e desenvolvimentos recentes

Resumo:
Resumo geral
A medida dos fenômenos psicológicos é um problema complexo cuja investigação em profundidade depende da complementaridade de abordagens filosóficas e estatísticas. Oficialmente, a Psicometria iniciou com o trabalho de Gustav Fechner (1860), intitulado “Elemente der Psychophysik”, obra na qual o autor apresentou uma escala para quantificar magnitudes sensoriais. Subsequentemente, diversos autores pioneiros, como Francis Galton, James McKeenCattell, Karl Pearson, Charles Spearman e Louis Thurstone, desenvolveram hipóteses psicológicas e modelos estatísticos adequados para testá-las, entre o final do Séc. XIX e o início do Séc. XX. Assim, desde cedo, o espírito quantitativo acompanhou os avanços que possibilitaram o surgimento e o desenvolvimento da Psicologia enquanto uma ciência independente. Todavia, tradicionalmente, a mensurabilidade dos fenômenos psicológicos tem sido assumida, em vez de testada empiricamente. Dessa forma, persistem alguns problemas teóricos e estatísticos que ainda requerem atenção. O objetivo da presente mesa redonda é revisar a histórica da medida psicológica, e apresentar uma discussão sobre as bases epistemológicas que fundamentam a Psicometria, junto comalguns dos principais modelos usados na área. A primeira apresentação buscará contextualizar a problemática da medida psicológica em termos das abordagens distintas da Teoria Representacionista da Medida e da Perspectiva Realista da Medida. A segunda apresentação enfocará na contribuição da Teoria das Medidas Conjuntas, do Modelo de Rasch e do Modelo da Complexidade Hierárquica como resposta ao problema da medida psicológica. Por fim, serão discutidos os modelos reflexivos, formativos e de rede e seu papel dentro da Psicometria.

 

Palavras-chave:
Psicometria, Teoria da Medida, Modelos estatísticos

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Medida psicológica: o debate entre as perspectivas conceituais representacionista e realista

A medida dos fenômenos psicológicos é um tópico que, desde os primórdios da Psicologia científica, suscita controvérsias conceituais e metodológicas. Afinal, o que é medir? Que condições definem a mensurabilidade de um atributo? Como investigar quais atributos se conformam aos axiomas da mensurabilidade? O objetivo do presente trabalho é apresentar, criticamente, duas perspectivas teóricas a partir das quais a Psicometria tem se embasado na busca para resolver o problema da medida na área: o representacionismo e o realismo. A Teoria Representacionista da Medida (TRM) propõe que o problema da mensuração é resolvido mediante a construção de representações numéricas homomórficas de sistemas relacionais empíricos, de acordo com os teoremas da representação e da unicidade. Para a Perspectiva Realista da Medida (PRM), são mensuráveis aqueles atributos que apresentam uma verdadeira estrutura quantitativa, de acordo com axiomas que definem as quantidades contínuas. Assim, apresenta-se uma discussão crítica sobre quão bem ambas as perspectivas abordam o problema da medida psicológica. Ao final, faz-se uma distinção entre “medida psicológica” e “avaliação psicológica”, argumentando-se que a segunda não depende da primeira. Uma revisão mostrará que ordinalidade não implica mensurabilidade, e que existem diversas técnicas estatísticas adequadas para abordar o nível ordinal dos dados tipicamente utilizados em Psicologia.

Autoria/Filiação: Nelson Hauck Filho   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, UFRGS
Apresentação: Nelson Hauck Filho
Palavras-chave: Psicometria, Teoria da medida, Modelos estatísticos

 

RESUMO (2)

A teoria matemática da medida e os modelos Rasch

A definição de medida mais influente nas ciências sociais e humanas (modelo de Stevens) é a de que medir é atribuir número a coisas ou processos, de acordo com certas regras específicas. Esse modelo é amplamente utilizado, sendo que os livros didáticos de estatística e alguns softwares ainda trazem consigo as definições dos níveis de medida, do categorial ao de razão. Esse modelo surge em um período chave na história da medida, fazendo frente ao chamado modelo representacional clássico, que considerava que a medida só era possível nas ciências exatas. Apesar de ter sido um movimento importante contra o representacionalismo clássico, o modelo de Stevens leva a contradições lógicas cuja consequência é a deturpação do processo de medida. Na década de 1960, um grupo de psicólogos matemáticos apresentou as bases axiomáticas da medida, para todas as áreas científicas. Dentre os modelos sistematizados, o denominado Modelo de Medidas Conjuntas fundamenta a base para medidas verdadeiras em áreas como a Psicologia. Também na década de 1960, é apresentado à comunidade científica o Modelo Logístico Simples de Georg Rasch, que se torna o primeiro modelo estatístico de medida conjunta. A relação entre o modelo de medidas conjuntas e os modelos Rasch serão apresentadas. Será, também, apresentada uma extensão do modelo matemático de medida, denominado Modelo da Complexidade Hierárquica, que possibilita a criação da primeira unidade de medida em psicologia. A apresentação será finalizada com um exemplo empírico de aplicação do modelo da complexidade hierárquica.

Autoria/Filiação: Hudson Fernandes Golino   Programa de Pós-Graduação em Neurociências, UFMG
Apresentação: Hudson Fernandes Golino
Palavras-chave: Psicometria, Teoria da medida, modelos estatísticos

 

RESUMO (3)

Concepções de construto, sistemas de mensuração e modelos estatísticos

Em Psicometria, existem atualmente três concepções básicas sobre os construtos psicológicos: como a causa de um conjunto de indicadores empíricos, como consequência dos mesmos, e como um sistema dinâmico de relações causais entre esses indicadores. Dessas concepções, são derivados, igualmente, três modelos psicométricos: o modelo reflexivo, o formativo e o de redes. O objetivo do presente trabalho é apresentar e discutir as principais características desses sistemas de mensuração e suas implicações teóricas e práticas na avaliação de medidas em psicologia. Também serão expostos os modelos estatísticos adequados para a condução de análises de instrumentos psicométricos em cada um desses sistemas. Por fim, serão sistematizados alguns critérios que visam a orientar a tomada de decisão do pesquisador em Psicometria frente à escolha de concepções e sistemas de mensuração adequados ao seu objeto de estudo.

Autoria/Filiação: Wagner de Lara Machado   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, UFRGS
Apresentação: Wagner de Lara Machado
Palavras-chave: Psicometria, Teoria da medida, Modelos estatísticos

 

Nome:
Mino Correia Rios

Titulo:
Metodologias Ativas de Aprendizagem na formação em Avaliação Psicológica: relatos de experiência de uma IES

Resumo:
Esta mesa-redonda pretende compartilhar o uso de metodologias ativas de aprendizagem aplicada às disciplinas do eixo de Avaliação Psicológica de uma universidade particular de Salvador. O Projeto Pedagógico do Curso defende que as habilidades práticas do fazer do psicólogo devem ser desenvolvidas a medida que o discente entra em contato com as abordagens teórico-filosóficas da Psicologia como uma forma de visualizar o atuar/fazer do psicólogo na sua prática profissional. Nesta comunicação serão apresentadas experiências docentes na condução das disciplinas Medidas em Psicologia, Avaliação Psicológica I e Avaliação Psicológica II, disciplinas respectivamente localizadas no 2º., 3º. e 4º. semestre. Essas disciplinas fazem parte do núcleo de práticas e habilidades. Na reformulação curricular do curso que ocorreu em 2008, um estudo realizado entre os estudantes apontou para uma percepção distorcida no que se refere ao uso da testagem e contextos de aplicação da avaliação psicológica, observou-se que existiam preconceitos em torno deste tema devido ao diagnóstico da área de avaliação, amplamente divulgado na literatura, além da influência da estruturação da matriz curricular vigente naquele momento, que focava o ensino na instrumentalização ao teste. Portanto, era evidente que a definição promulgada pelo CFP em 2007 ainda não havia atingido a concepção da formação, especificamente neste curso. No entanto, após a reformulação curricular, que teve como alicerce o conceito promulgado pelo Conselho, somado à experiência docente, com o uso da metodologia ativa de aprendizagem, priorizou-se o desenvolvimento de habilidades práticas no planejamento e na execução do processo de avaliar, realizou-se bem como, o uso dos testes psicológicos foi ressignificado na formação.

 

Palavras-chave:
Metodologias ativas, Avaliação psicológica, Formação em psicologia

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

O efeito da aplicação de metodologias ativas de aprendizagem no ensino da avaliação psicológica

As metodologias ativas de aprendizagem pressupõem uma reconfiguração conceitual e das práticas pedagógicas. Essas modificações tendem a promover uma série de aprimoramentos para os discentes, não apenas do ponto de vista conceitual, mas também em termos de suas habilidades e atitudes. O presente estudo teve como objetivo central a investigação das crenças dos alunos de psicologia de uma Instituição privada de ensino sobre elementos da testagem e da avaliação psicológica, sendo investigada em paralelo a implicação das disciplinas relacionadas à tais temas, bem como o efeito do avanço do curso sobre essas crenças. Foi conduzido um survey, em corte transversal, utilizando um questionário composto de 16 itens (escala Likert, cinco pontos). Os participantes foram predominantemente do sexo feminino com idades variantes entre 18 e 53 anos, sendo distribuídos de forma proporcional ao longo dos diferentes semestres. Os resultados indicam uma atitude positiva por parte dos alunos acerca da testagem e avaliação psicológica, sendo notória a capacidade de distinção entre estas e a consideração dos testes como ferramenta confiável, podendo ou não fazer parte da avaliação. A avaliação psicológica foi reconhecida enquanto atividade inerente à atuação do psicólogo. O estudo realizado evidencia o debate em torno da avaliação e da testagem psicológica, embora os conceitos compartilhem similitudes, apresentam definições delimitadas e distintas, ainda que não raro confundidas e mistificadas até mesmo entre estudantes de Psicologia. Ademais, os resultados apontam para um processo de amadurecimento dos alunos dentro do curso e o contato com as disciplinas especificas (i.e. Medidas em Psicologia; Avaliação Psicológica) exercem efeito positivo na aquisição de conhecimento e superação de mitos. Por se caracterizar como um estudo exploratório sugere-se uma ampliação do mesmo para que se possa corroborar ou não aos achados aqui apresentados de que o avanço no curso possibilita aquisição de maior conhecimento sobre tais temas.

Autoria/Filiação: Renata Mussi de Amorim Brandão   UNIFACS
Mino Correia Rios   UNIFACS
Apresentação: Renata Mussi de Amorim Brandão
Palavras-chave: Avaliação psicológica, Crenças, Atitudes

 

RESUMO (2)

Metodologias Ativas de Aprendizagem: uma alternativa para o ensino da avaliação psicológica.

No curso de Psicologia de uma IES de Salvador/BA, o eixo de avaliação psicológica foi organizado com base nos contextos de seu uso profissional. Esta organização permite ao estudante conhecer o processo de avaliação como um todo - objetivos, objeto, campo teórico e técnicas -em cada macro área de atuação profissional, estando mais apto a escolher os instrumentos mais adequados ao processo. O eixo é formado por 5 disciplinas: Medidas em Psicologia e Avaliação Psicológica I a IV. No presente trabalho, discutiremos o uso de metodologias ativas de aprendizagem nas disciplinas Medidas em Psicologia e Avaliação Psicológica I e II. Medidas em Psicologia enfatiza a criação de um instrumento; os estudantes, após conhecerem os fundamentos da testagem psicológica, são orientados a produzir um instrumento. Aqui, os estudantes aprendem a criar escalas e avaliar suas propriedades psicométricas. Em Avaliação Psicológica I, ofertada no período seguinte, os estudantes aprendem os fundamentos gerais do processo de avaliação psicológica: aspectos éticos e procedimentais. É utilizada a estratégia de role-playing na aplicação de entrevistas e testes psicológicos nos diversos contextos profissionais. Assim, através de simulação, o estudante pode vivenciar os desafios da avaliação. Em Avaliação Psicológica II, o estudante tem a oportunidade de conhecer e a usar a avaliação em contextos específicos. Aqui, estuda-se a avaliação psicológica aplicada ao campo da Orientação Profissional. Tendo como objeto de avaliação o fenômeno da escolha profissional, os estudantes aprendem a planejar e conduzir um processo de avaliação neste campo. Após a realização de simulações em sala de aula, o estudante aplica 3 instrumentos em sujeitos reais. Em seguida, o estudante deve elaborar um relatório, analisado à luz da teoria psicológica. Esta abordagem permite ao estudante vivenciar a prática do uso de instrumentos de avaliação, de maneira a fortalecer o aprendizado dos aspectos técnicos e éticos desta prática profissional.

Autoria/Filiação: Silvia Cavalcati Ramos Fleming   UNIFACS
Mino Correia Rios   UNIFACS
Apresentação: Silvia Cavalcati Ramos Fleming
Palavras-chave: Metodologias ativas, Role-playing, Testagem

 

RESUMO (3)

Contribuições das Metodologias Ativas de Aprendizagem para a formação em avaliação psicológica

Os novos contextos sociais e profissionais vêm exigindo profundas mudanças nos modelos educacionais das profissões. Entendidas como aspecto central nesse novo contexto, as metodologias ativas de aprendizagem são metodologias educacionais centradas no estudante, envolvendo técnicas que estimulam a interação: estudantes-professor; estudantes-estudantes; estudantes-material didático e demais recursos de aprendizagem. Dessa maneira, contrapõem-se a métodos e técnicas mais tradicionais, que enfatizam a mera transmissão do conhecimento. Os novos cenários de atuação profissional trazem uma série de novas demandas, incluindo: articulação saber e prática; visualização coletiva e sistêmica dos problemas; atuação em equipes; compreensão dos indivíduos nos contextos em que se inserem; consideração dos múltiplos sistemas em que atua o profissional de psicologia; avaliação e seleção das intervenções mais efetivas. Nesse sentido, as metodologias ativas de aprendizagem oferecem programas educacionais inovadores, enfatizando uma série de atributos, como: educação baseada em evidências; programas centrados no estudante (em contraposição aos programas centrados no professor); baseiam-se na construção sobre conhecimentos e experiências prévias; valorização da aprendizagem auto-dirigida; aprendizagem aplicável de imediato à prática; articulação de ciclos de ação-reflexão (reflexão sobre a prática); ênfase em competências (e não apenas em conhecimentos); Baseados em problemas, ao invés de baseados em disciplinas; centrados em unidades de aprendizagem. Os benefícios dessas metodologias são diversos: maior motivação; aproveitamento de conhecimentos e experiências prévios; estímulo à reflexão crítica (quer pela adoção de novas perspectivas, opiniões e posições, quer pela contestação de valores e pressupostos). Com isso, as metodologias ativas e os novos modelos educacionais geram estudantes ativos, auto-dirigidos, com maior autonomia e capacidade de articulação transversal entre unidades de saber. Assim, seu uso no contexto do ensino da psicologia em geral, e da avaliação psicológica, em especial, aponta uma série de vantagens óbvias. As estratégias para sua implementação, no entanto, passam por uma série de desafios conceituais e práticos.

Autoria/Filiação: Mino Correia Rios   UNIFACS
Apresentação: Mino Correia Rios
Palavras-chave: Metodologias ativas, Taxonomias, Formação em psicologia

 

Nome:
Nelson Hauck Filho

Titulo:
Modelagem de variáveis latentes: atualizações e novas perspectivas metodológicas

Resumo:
Resumo geral
Variáveis latentes ocupam um papel central em muitos modelos estatísticos amplamente utilizados por pesquisadores na área da Psicometria. Essas variáveis, de um ponto de vista ontológico, representam propriedades ou atributos psicológicos reais – tendências ou disposições comportamentais biologicamente embasadas. Tipicamente, a avaliação ou investigação de aspectos psicológicos latentes é feita a partir de padrões observados de resposta a indicadores como itens e tarefas específicas, sendo necessário um modelo estatístico que estabeleça uma função entre essas respostas e as variáveis latentes em questão. Entretanto, essa situação de modelagem é um processo complexo e que envolve uma série de tomadas de decisão por parte do pesquisador, a saber: que tipo de escore ou técnica gráfica utilizar para representar a posição dos indivíduos na(s) variável(is) latente(s), que tipo de matriz de correlação utilizar nas análises, e como estimar o número suficiente de variáveis latentes subjacentes aos dados. Todos esses problemas envolvem escolhas metodológicas cuja fundamentação deve ser feita a partir de evidências empíricas disponíveis acerca do desempenho dos modelos ou métodos de estimação de interesse do pesquisador. Em virtude disso, o objetivo da presente mesa redonda é oferecer diretrizes metodológicas atuais a pesquisadores na área da Psicometria, apresentando resultados recentes de estudos de simulação avaliando diversos métodos populares em Psicometria.

 

Palavras-chave:
Teoria de Resposta ao Item, Análise Fatorial, Escalonamento multidimensional

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Matrizes de correlação em análises fatoriais exploratórias e confirmatórias: Pearson ou tetracóricas/policóricas?

Análises fatoriais exploratórias e confirmatórias são ferramentas amplamente utilizadas no desenvolvimento e refinamento de instrumentos psicométricos. Embora os dados provenientes desses instrumentos constituam, em geral, categorias ordenadas politômicas (e.g. escalas Likert) ou dicotômicas (e.g., acerto e erro), as análises fatoriais são comumente conduzidas utilizando-se a matriz de correlação de Pearson, técnica desenvolvida para dados contínuos e com distribuição normal. Assim, o uso da correlação de Pearson de dados ordinais e dicotômicos tende a fornecer uma estimativa enviesada da associação linear entre variáveis. Alternativamente, as correlações policóricas e tetracóricas estimam a associação linear entre variáveis latentes com distribuição normal, considerando a distribuição ordinal ou binomial de seus indicadores, respectivamente. Alguns estudos apresentam de forma descritiva o incremento na magnitude das associações entre as variáveis por meio das correlações policóricas/tetracóricas em relação à correlação de Pearson. Neste trabalho serão apresentados resultados de estudos de simulação de dados com o objetivo de comparar o desempenho de diversos índices de ajuste utilizados em análises fatoriais exploratórias e confirmatórias entre as matrizes de correlações policóricas/tetracóricas e de Pearson. Foram simulados duzentos modelos unidimensionais com dez variáveis, com o escore theta dos sujeitos (N = 1.000) com distribuição normal para ambos os dados politômicos e dicotômicos. As matrizes de resposta foram geradas por meio dos modelos de crédito parcial generalizado e logístico de dois parâmetros para os dados politômicos e dicotômicos, respectivamente. Foram então conduzidas análises fatoriais exploratórias e confirmatórias e comparados os índices de ajuste dos dados por meio de testes t de Student e U de Mann-Whitney. Os achados indicam uma superioridade geral de ajuste dos dados analisados por meio das matrizes de correlação policórica/tetracórica. Implicações teóricas e práticas no desenvolvimento e refinamento de instrumentos psicométricos serão apontadas. Da mesma forma, novas hipóteses de pesquisa e reflexões em relação aos estudos de simulação de dados serão expostas.

Autoria/Filiação: Wagner de Lara Machado   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, UFRGS
Apresentação: Wagner de Lara Machado
Palavras-chave: Análise fatorial, Correlação de Pearson, Correlação policórica

 

RESUMO (2)

Análise de dimensionalidade de instrumentos psicométricos: que método usar?

A avaliação da dimensionalidade de um conjunto de indicadores (por exemplo, itens de autorrelato) é um aspecto central nas pesquisas quantitativas em Psicologia. Determinar, com precisão, o número dos fatores a serem retidos em determinado instrumento psicométrico é imprescindível, pois caso haja superestimação ou subestimação do número de fatores, o pesquisador poderá incorrer em sérios erros de interpretação dos resultados obtidos - e, subsequentemente, decisões inadequadas podem ser tomadas a partir desses resultados em situações de aplicação prática. Com vistas a auxiliar o pesquisador na tarefa da retenção fatorial, uma série de métodos foram desenvolvidos e diversos estudos de simulação foram conduzidos para avaliar a sua pertinência. Dentre esses, aqueles que são mais difundidos entre os pesquisadores são o método de Kaiser (autovalor > 1,0) e o critério do screeplot (gráfico da curva de declividade dos autovalores). Todavia, apesar da popularidade, estudos têm sugerido, cada vez mais, que esses métodos são altamente suscetíveis a vieses, frequentemente indicando um número incorreto de fatores como a solução ideal. Como alternativa, existem métodos que, embora menos populares, têm se mostrado superiores aos tradicionais critérios de Kaiser e screeplot. O objetivo do presente trabalho é empreender uma ampla revisão crítica dos métodos disponíveis atualmente para retenção fatorial. Serão apresentadas evidências que apontam para os procedimentos Hull, Comparison Data, análise paralela e Minimum Average Partial (MAP) como os métodos de retenção fatorial mais confiáveis, tal como evidenciado pela sua maior capacidade de identificar a solução fatorial verdadeira em estudos de simulação. Serão discutidos aspectos que podem influenciar na estimação do número necessário e suficiente de fatores para explicar as respostas a um conjunto de indicadores, com especial atenção à variabilidade no nível de dificuldade dos itens. Os resultados deste trabalho poderão oferecer novas diretrizes a pesquisadores interessados em conduzir suas análises com métodos adequados, baseados em evidências empíricas.

Autoria/Filiação: Bruno Figueiredo Damásio   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, UFRGS
Apresentação: Bruno Figueiredo Damásio
Palavras-chave: Análise fatorial, Retenção de fatores, Simulação de dados

 

RESUMO (3)

O escalonamento multidimensional como complemento à análise fatorial

As análises fatoriais referem-se a um conjunto de técnicas para determinar quais elementos compõem um modelo teórico. No entanto, no caso de modelos circumplexos, elas podem ser complementadas com outros tipos de análises que tendem a colaborar com a localização dos fatores no espaço. Um modelo circumplexo é aquele no qual se pode distribuir as variáveis (fatores, itens) em um círculo. As variáveis mais próximas, nesse círculo, devem possuir uma correlação alta, as variáveis mais distantes devem possuir uma correlação baixa, e as variáveis em lados opostos no círculo devem apresentar uma correlação negativa. No entanto, esse tipo de modelo trabalha com proximidades e distâncias, ao invés de correlações. Alguns dos modelos circumplexos mais conhecidos na Psicologia são a Teoria das Cores do Amor de Lee, a Teoria dos Valores de Schwartz e a Teoria hexagonal dos estilos vocacionais de Holland. O objetivo desta apresentação é mostrar como os modelos circumplexos podem melhorar a compreensão de uma análise fatorial e vice-versa. Serão apresentados dados empíricos com a Love Attitudes Scale, que avalia estilos de amar. A escala foi analisada por meio de Escalonamento Multidimensional (Multidimensional Scaling – MDS). A análise fatorial deu evidências bastante claras de que o instrumento possui seis fatores previstos pela teoria. No entanto, os resultados do escalonamento multidimensional mostraram a necessidade de revisão da Teoria das Cores do Amor tal qual apresentada em 1973 e do próprio instrumento de medida dos estilos de amar, que vem sendo utilizado desde 1986. Como é consonante na ciência contemporânea, os dados empíricos e a observação da realidade devem ter maior importância do que elucubrações teóricas. A análise de Escalonamento Multidimensional e avaliações da circularidade do modelo são um excelente complemento à análise fatorial na verificação empírica de uma teoria. Enquanto as análises fatoriais resumem-se a apresentar fatores, o Escalonamento Multidimensional mostra a localização dos fatores no espaço. Recomenda-se uma maior utilização da técnica por pesquisadores brasileiros.

Autoria/Filiação: Vicente Cassepp-Borges   Universidade Federal Fluminense – Pólo Universitário de Volta Redonda
Apresentação: Vicente Cassepp-Borges
Palavras-chave: Escalonamento multidimensional, Análise Fatorial,

 

RESUMO (4)

Os “parâmetros das pessoas”: comparação de modelos para estimar escores latentes

Um escore latente designa a localização estimada de um indivíduo em uma variável latente contínua. É comum que pesquisadores utilizem escores brutos (por exemplo, uma soma simples dos escores em um conjunto de itens) como uma aproximação à verdadeira posição de um indivíduo em uma variável latente. Entretanto, escores brutos assumem que todos os itens ou indicadores possuem propriedades psicométricas idênticas, um pressuposto altamente improvável e facilmente violável em situações práticas. Como alternativa, existem diversos procedimentos de estimação de escores latentes disponíveis a pesquisadores. Exemplos são os escores latentes derivados de modelos da análise fatorial e de modelos da Teoria de Resposta ao Item. Uma lacuna na literatura, até o momento, tem sido uma comparação sistemática que possibilite revelar os benefícios e prejuízos de usar um modelo em detrimento de outros. Em virtude disso, o objetivo do presente trabalho é revisar uma série de métodos de estimação de escores latentes, e apresentar uma avaliação crítica de sua capacidade de aproximação ao escore latente verdadeiro. O foco da apresentação recairá nos seguintes métodos: teoria clássica dos testes (escores brutos), análise fatorial (métodos de estimação Maximum Likelihood, Minimum Rank e Weighted Least Squares Mean- and Variance-adjusted), Teoria de Resposta ao Item (modelos Rating Scale e Graded Response) e análise de componentes principais. Serão apresentadas evidências de estudos de simulação que sugerem que métodos que levam em consideração a variabilidade no nível de dificuldade dos itens apresentam um desempenho superior àqueles que desconsideram esse aspecto psicométrico fundamental.

Autoria/Filiação: Nelson Hauck Filho   Programa de Pós-Graduação em Psicologia, UFRGS
Apresentação: Nelson Hauck Filho
Palavras-chave: Teoria de Resposta ao Item, Análise Fatorial, Simulação de dados

 

Nome:
Alessandro Antonio Scaduto

Titulo:
Modelos de avaliação da personalidade: especificidade, convergências e divergências

Resumo:
A personalidade como construto tem sido definida de diferentes formas na área de Avaliação Psicológica, considerando os modelos teóricos e técnicos que subsidiam sua investigação, bem como a elaboração ou aprimoramento de instrumentos de avaliação. Esta mesa redonda tem por objetivo discutir estratégias de avaliação de personalidade de diferentes abordagens atualmente realizadas no Brasil. Os apresentadores discutem quais aspectos da personalidade como construto são abarcados por estas abordagens, bem como estratégias de acesso a tais aspectos através de instrumentos e técnicas de avaliação, tendo por objetivo apontar as especificidades e pontos de convergência e divergência entre tais abordagens.

 

Palavras-chave:
Avaliação Psicológica, Personalidade, Diagnóstico

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Avaliações “objetiva” e “dinâmica” de personalidade: interfaces possíveis

Poucos construtos refletem a diversidade de modelos teóricos em Psicologia como Personalidade. De forma sumária, tal diversidade pode ser resumida em dois polos paradigmáticos, a saber, um polo aqui denominado “objetivo” e outro “dinâmico”. Nesses polos, pressupostos sobre esse construto e formas de acesso ao mesmo informam tradições filosóficas e epistemológicas em última instância relacionadas ao contexto maior das diferenças entre os paradigmas de ciência positivista e pós-moderno. Mais recentemente, trabalhos metodológicos sobre o Modelo Misto de Pesquisa (Mixed Methods Research) sugerem uma “terceira via” para a práxis científica em Psicologia, a partir da distinção entre métodos e pressupostos de pesquisa, possibilitando a superação de algumas das incongruências dos polos “objetivo” e “dinâmico” em avaliação de personalidade. Como exemplo nessa direção, são apresentadas pesquisas recentes em avaliação de personalidade utilizando medidas derivadas do Teste de Apercepção Temática (TAT), a saber, o Defense Mechanisms Manual (DMM), a Social Cognition and Object Relation Scales (SCORS) e, no Brasil, a revisão em curso do sistema proposto por Monique Morval para o TAT. Tais pesquisas apontam para a integração entre modelos teóricos de diferentes tradições, permitindo o avanço da pesquisa em personalidade, bem como o desenvolvimento de medidas válidas e fidedignas de aspectos desse construto.

Autoria/Filiação: Alessandro Antonio Scaduto   Programa de Pós-Graduação em Psicologia - FFCLRP-USP
Apresentação: Alessandro Antonio Scaduto
Palavras-chave: Modelo Misto de Pesquisa, Avaliação Psicológica, Teste de Apercepção Temática

 

RESUMO (2)

Avaliação da personalidade: TAT segundo a Escola de Paris

O interesse e a necessidade em compreender como uma pessoa humana funciona são o foco de muitos estudiosos e praticantes clínicos, sobretudo no momento de tomada de decisão. Dentre os métodos projetivos, um bastante utilizado para auxiliar nessa avaliação é o Teste de Apercepção Temático (TAT). A Escola de Paris do TAT propõe uma teoria a partir da definição do Processo-TAT, que é entendido como o conjunto dos mecanismos mentais investidos nessa situação singular em que é pedido ao sujeito para imaginar uma história a partir do cartão. A compreensão do funcionamento psíquico é realizada através da análise formal das histórias com a ajuda da folha de cotação destinada em relacionar os modos particulares de funcionamento mental e contribuir eventualmente à formulação de um diagnóstico diferencial. Os conflitos psíquicos são, assim, norteados com precisão na sua complexidade, sendo possível diferenciar claramente as organizações neuróticas, psicóticas e novas entidades: funcionamento limites, depressões, perturbações graves do narcisismo. Aqui, pretende-se demonstrar o manejo da folha de cotação segundo a Escola de Paris e como os conflitos psíquicos podem nela ser identificados.

Autoria/Filiação: Álvaro José Lelé   Laboratório de Diferenças Individuais - UFMG / Centro Universitário de Lavras
Apresentação: Álvaro José Lelé
Palavras-chave: Personalidade, Teste de Apercepção Temática, Escola de Paris

 

RESUMO (3)

O Psicodiagnóstico Compreensivo: Proposta E Especificidades

Essa apresentação aborda o Psicodiagnóstico de tipo "compreensivo" que foi definido por Trinca como uma processo que visa encontrar um sentido para o conjunto das informações disponíveis pela pessoa que se avalia tomando o que é relevante e significativo na personalidade, a partir do contato com essa pessoa, buscando ainda conhecer os motivos profundos da vida emocional dessa pessoa. Para a realização desse processo, a influência da Psicanálise no estudo da personalidade por meio de observações e Técnicas Projetivas, Procedimentos clínicos como o Desenho-Estória, Horas de jogo, entrevistas semidirigidas. Há convergências com outras formas de se realizar a avaliação psicológica, uma vez que o sintoma apresentado deve ser considerado e compreendido, em seus aspectos: fenomenológicos e dinâmicos, considerando ainda que possui um potencial de comunicação. Também se consideram os aspectos relativos à vida biológica, intrapsíquica e social, não sendo possível excluir nenhum desses. Serão discutidos esses problemas, a complementariedade com diagnóstico descritivos e nosológicos, bem como as especificidades do Psicodiagnóstico compreensivo Serão, assim, apresentados procedimentos que norteiam essa forma de avaliar, com ilustrações clínicas que mostram as possibilidades de integração na forma de se aproximar e compreender a pessoa, em especial, a que apresenta sofrimento psíquico.

Autoria/Filiação: Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Apresentação: Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo
Palavras-chave: Psicodiagnóstico Compreensivo, Sintoma, Sofrimento Psíquico

 

RESUMO (4)

Modelos contemporâneos para avaliação da personalidade em psiquiatria

As características da personalidade podem se desenvolver de modo a facilitar o indivíduo nas demandas do cotidiano. Contudo, em alguns casos essas características se desenvolvem de tal modo a prejudicar o indivíduo na execução das tarefas do dia a dia, podendo se configurar como um transtorno da personalidade. Os transtornos da personalidade são caracterizados por dificuldades em lidar com si próprio e com os outros de maneira significativa, implicando prejuízos severos na vida do indivíduo, e também por uma evidente rigidez no funcionamento desadaptativo, bem como a manutenção do mesmo. Faz-se, então, de grande importância a avaliação das características patológicas dos indivíduos na tentativa de verificar funcionamentos que se configuram como transtornos da personalidade. Contudo, a avaliação dessas características depende intrinsecamente do modelo diagnóstico subjacente. Esta apresentação tem como objetivo debater os modelos diagnósticos subjacentes às formas avaliativas dos transtornos da personalidade. Especificamente, serão abordados os modelos categórico, dimensional, híbrido e prototípico. Espera-se que a discussão fomentada pela apresentação incentive pesquisadores e profissionais da área clínica na busca pelo entendimento das modalidades diagnósticas e seus modos avaliativos derivados, bem como espera-se que a pesquisa nessa área seja estimulada.

Autoria/Filiação: Lucas de Francisco Carvalho   Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia – Universidade São Francisco
Apresentação: Lucas de Francisco Carvalho
Palavras-chave: Diagnóstico, Transtornos de Personalidade, DSM

 

Nome:
Prof. Dr. José Humberto da Silva-Filho

Titulo:
Novas Tecnologias Para o Uso do WCST em Pesquisas Brasileiras

Resumo:
No Brasil o Manual da versão standard do WCST (WCST-128) foi traduzido e adaptado pela psicóloga Jurema Cunha junto a um grupo de pesquisadores do Rio Grande do Sul (UFRGS e PUCRS), tendo publicado em 2005 e 2010 os Manuais para crianças/adolescentes e para idosos, respectivamente, ambos pela Editora Casa do Psicólogo. Atualmente, esse mesmo grupo desenvolve um novo Manual para adultos. Assim, o WCST-128 poderá ser utilizado em indivíduos entre seis e 89 anos de idade. Existe, também, uma versão abreviada do teste, o WCST-64. Essa é semelhante à standard, mas utiliza apenas 64 cartas-respostas. O Manual para o WCST-64 está em desenvolvimento pelos pesquisadores do Rio Grande do Sul em parceria com pesquisadores do Amazonas (UFAM e FMF). O WCST é um teste exigente em sua aplicação, sendo até mais trabalhoso para o aplicador do que para o respondente. A aplicação do teste exige do avaliador três tarefas simultâneas: 1) manter o testando no enquadramento da tarefa e controlar o ritmo de resposta; 2) oferecer um feedback ao testando de “certo-errado”, após cada carta classificada; 3) fazer registro adequado no protocolo, de cada uma das respostas do testando. Os erros mais comuns cometidos por aplicadores não treinados são: dar feedback errado e fazer registro de forma inadequada no protocolo, comprometendo o protocolo do teste. Por parte do testando, os incidentes comuns durante a aplicação do teste são: esbarrar nas cartas-estímulos, tirando-as da posição; esbarrar nas cartas-respostas que vão se acumulando; confundir cartas-estímulo com cartas-resposta, exigindo do aplicador a retomada do enquadramento na tarefa. Partindo da observação desses incidentes, busca-se desenvolver recursos metodológicos que auxiliem na usabilidade do teste. Dois deles estão em fase de pesquisa: a) um acessório de acrílico para aplicação da forma impressa do WCST; b) um software brasileiro para sua aplicação e apuração. O Objetivo desta mesa é, portanto, apresentar as novas tendências e pesquisas com o WCST no Brasil.

 

Palavras-chave:
, ,

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Normas para aplicação do WCST em adultos: estudos em andamento

O Teste Wisconsin de Classificação de Cartas (WCST-128) é considerado um instrumento padrão-ouro para a avaliação das funções executivas entre todas as faixas etárias. Em conjunto a uma avaliação global, seus resultados apontam diferenças de funcionamento executivo entre a população normal e a população clínica. No Brasil, há uma lacuna nas normas de adultos, estando a faixa etária de 18 a 59 anos descoberta de estudos que contemplem normas e estudos de validade e fidedignidade. Esta apresentação tem como propósito apresentar parte dos estudos realizados com a população brasileira adulta.

Autoria/Filiação: Clarissa Marceli Trentini  
Irani Iracema de Lima Argimon  
Apresentação:
Palavras-chave: , ,

 

RESUMO (2)



O WCST-64 é uma versão abreviada do WCST-128, que foi publicada em 2002 nos Estados Unidos. Embora o WCST-64 apresente vantagens, especialmente na redução do tempo necessário para sua aplicação, o que gera um menor custo e evita a fadiga do testando, ele ainda não foi difundido entre a comunidade científica brasileira. O objetivo dessa apresentação é mostrar o WCST-64, expondo alguns resultados preliminares de pesquisas com amostras brasileiras. O WCST-64 é bastante semelhante à versão standard de 128 cartas em relação à composição, à aplicação e ao levantamento, com a vantagem da redução do tempo necessário para a avaliação. No entanto, diferentemente do WCST-128, ela: (a) possui 64 cartas-resposta, (b) a regra de finalização do teste é a mesma para todos, ou seja, quando o baralho de cartas-resposta termina, e, por isso, (c) não há o escore referente aos ensaios para completar a primeira categoria. Evidências de validade do WCST-64 estão sendo investigadas em amostras brasileiras de seis até 89 anos de idade. Já foi possível observar que o desempenho de pessoas de diferentes faixas etárias segue o mesmo perfil de desenvolvimento das Funções Executivas relatado na literatura científica. Sendo assim, as crianças e idosos apresentam um desempenho semelhante, enquanto que os adultos jovens possuem as melhores respostas. Espera-se que o WCST-64 possa contribuir tanto para a clínica neuropsicológica quanto para a pesquisa, uma vez que, necessitando de menos tempo, seu uso se torne mais viável.

Autoria/Filiação: Bruna Mônego  
Clarissa Trentini  
Apresentação: Clarissa Trentini
Palavras-chave: , ,

 

RESUMO (3)

Acessório para aplicação do WCST

A forma adequada de aplicação do teste exige do avaliador três tarefas simultâneas: 1) manter o testando no enquadramento da tarefa e controlar o ritmo de resposta conforme seu próprio ritmo de registro dos dados; 2) oferecer um feedback ao testando de “certo-errado”, uma por uma, após cada carta classificada; 3) fazer registro adequado no protocolo, de cada uma das respostas do testando, assinalando o critério por ele adotado. Os autores do teste recomendam um adequado treinamento dos avaliadores. A prática demonstra que, sem treinamento, é impossível uma adequada aplicação do teste sem erros em uma das três tarefas do avaliador. Os erros mais comuns são: dar feedback errado e fazer registro de forma inadequada no protocolo. Estes erros comprometem imediatamente o protocolo do teste, inutilizando-o para o uso em pesquisas. Por parte do testando, os incidentes comuns durante a aplicação do teste são: esbarrar nas cartas-estímulos, tirando-as da posição; esbarrar nas cartas-respostas que vão se acumulando; confundir cartas-estímulo com cartas-resposta, exigindo do aplicador a retomada do enquadramento na tarefa. A partir da observação da significativa frequência destes incidentes ocorridos na prática da aplicação do WCST, um acessório visa auxiliar a tarefa do aplicador e facilitar o enquadramento do testando na tarefa proposta pelo teste. Trata-se de um dispositivo de acrílico transparente, na forma de uma caixa de 38cm de largura, 10cm de cumprimento e 3cm de altura. Na parte interna da tampa da caixa, quando aberta, encontram-se expostas as quatro cartas-estímulo e logo abaixo delas, quatro cômodos correspondentes onde serão depositadas as cartas-resposta. O dispositivo se mantém com a tampa aberta durante a aplicação do teste, enquanto o testando executa a tarefa. Pesquisas em andamento sugerem demonstram não ser necessário qualquer modificação nas instruções e na forma padronizada de aplicação do teste. Ao mesmo tempo, tem demonstrado também uma melhor adequação do testando na tarefa e maior conforto ao aplicador, facilitando significativamente o processo de correção do protocolo quando necessário. Este dispositivo também tem se mostrando extremamente útil na aplicação do WCST assistida por computador. Sendo esta ultima talvez, uma das suas mais importantes finalidades.

Autoria/Filiação: Larissa Leite Barboza  
Apresentação:
Palavras-chave: , ,

 

RESUMO (4)

E-WCST/BR – Versão Brasileira Web do WCST Para Pesquisadores

Devido ao nível de exigência do WCST imposta ao aplicador e buscando-se desenvolver um maior controle para pesquisas com este instrumento, foi desenvolvida em 2005 o primeiro protótipo da versão eletrônica brasileira do WCST a exemplo das versões americana e espanhola. O objetivo foi automatizar e padronizar o feedback oferecido durante a execução do teste, bem como o registro do desempenho, sua apuração e geração do banco de dados. Desta forma, a interação do avaliando com o aplicador, durante a execução do teste, se direciona para instruções, esclarecimentos e acompanhamento do avaliando, liberando-o para outras observações comportamentais. Em 2011 o protótipo de 2005 passou por um aperfeiçoamento com o apoio do CNPq com objetivo de desenvolver o sistema propriamente dito, com todas as funções disponíveis (aplicação, registro, apuração dos dados, produção do protocolo individual, produção do banco de dados de grupos). Em 2012 houve mais um aperfeiçoamento: a versão WEB do teste (E-WCST/BR). Esta ultima versão tem o objetivo favorecer a aplicação remota via Web de forma controlada, resguardando assim as propriedades técnicas do próprio software. O E-WCST/BR não tem fins lucrativos, tendo como finalidade exclusiva alavancar no Brasil as pesquisas com este instrumento em diferentes universidades brasileiras. O E-WCST/BR é disponibilizado de forma controlada pelo LAP/FAPSI/UFAM, restrito apenas a psicólogos pesquisadores previamente identificados. Sua disponibilização aos pesquisadores é feita somente na forma cooperativa. Ou seja, esta plataforma fornece ao pesquisador-usuário a possibilidade de: 1) aplicação eletrônica do WCST; 2) aplicação convencional assistida pelo computador; 3) Ou ainda a reprodução de testes previamente aplicados manualmente para obter-se a apuração eletrônica dos resultados; 4) receber cada protocolo individual do WCST com o registro do desempenho e apuração dos escores em todos os indicadores avaliativos do teste; 5) receber respostas ao inquérito de avaliação qualitativa do desempenho no WCST; 6) receber o banco de dados em planilha eletrônica (Excel) de todos os respondentes da pesquisa. Em contrapartida, o pesquisador-usuário compartilha com o Laboratório de Avaliação Psicológica (LAP/FAPSI/UFAM) os dados da sua amostra para composição de uma amostra de maior amplitude nacional.

Autoria/Filiação: José Humberto da Silva-Filho  
Apresentação:
Palavras-chave: , ,

 

Nome:
Daniela Forgiarini Pereira

Titulo:
Novas tendências na Avaliação Psicológica nas organizações

Resumo:
O mercado de trabalho apresenta-se como uma rede intrincada de ocupações, tarefas e atividades, muitas vezes híbrida e permeada, demandando do indivíduo competências profissionais diferentes e o aprimoramento constante devido à rápida obsolescência da informação adquirida. Nesse sentindo, O Método Funcional foi criado na Universidade de Lausanne na década 90 por Gendre no intento de suprir as lacunas dos questionários subjetivos. Assim, para mensurar características de personalidade em um ambiente profissional foi criado, em 1997, o L.A.B.E.L.  (Lista de Adjetivos Bipolares e em Escala de Likert) que foi adaptado para o Brasil em 2002 e aprovado pelo CFP em 2004. Trata-se de uma nova maneira de medir os traços de personalidade de forma objetiva, além de evidenciar e mensurar o entendimento e a manipulação das respostas, proporcionando ao Psicólogo uma visão holística do indivíduo, apresentado em 18 modelos ou teorias consideradas válidas em um ambiente profissional. Através do L.A.B.E.L. , cuja aplicação é on line, é possível obter um perfil em escores absolutos, intrapessoais, do sujeito que identifica com clareza as possíveis áreas de desenvolvimento, e um perfil padronizado, interpessoal, que compara o indivíduo com uma norma de Gestores brasileiros. O objetivo dessa Mesa Redonda é proporcionar uma visão geral dos diferentes contextos no qual o L.A.B.E.L.  é utilizado em organizações, no Brasil.

 

Palavras-chave:
Avaliação Psicológica nas Orga, Método Funcional , L.A.B.E.L.

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

O Método Funcional: uma nova maneira de construir provas subjetivas

O Método Funcional é uma nova maneira de elaborar provas de avaliação subjetiva, tais como testes de personalidade, competências, atitudes e preferências profissionais. Consiste em determinar um espaço de medição constituído por todos os itens possíveis de um construto, no qual são representados os itens, as escalas (conjunto de itens) e as respostas do sujeito coletadas na forma de uma escala Likert, geralmente com cinco categorias. Inicialmente, o Método Funcional foi desenvolvido para a orientação profissional, onde o sujeito tende a responder de maneira sincera a fim de beneficiar-se da ajuda que solicita. Em situação de seleção ou avaliação profissional, em contrapartida, o sujeito que deseja ser contratado ou promovido vai influenciar suas respostas para mostrar-se sob um aspecto favorável no intento de aproximar-se do “modelo” que o selecionador está procurando. Desde 2001, as provas de Método Funcional são desenvolvidas em parceria entres os países Suíça e Brasil, por Capel e Oswald. Na prática, o Método Funcional permite: a aplicação on-line (facilitada pelos Índices de Controle), a mensuração do entendimento do respondente frente à prova (determinando a pertinência de interpretar os resultados), além de evidenciar e medir a manipulação das respostas (controle da desejabilidade e índice de falsificação). Outros aspectos a serem considerados são a criação de escores absolutos (imagem intrapessoal, indispensável para o desenvolvimento) e de escores padronizados (úteis em caso de seleção), oportunizando a visualização das características de uma norma e a noção de objetividade no campo das avaliações subjetivas. Também se deve considerar que o sistema proporciona maior agilidade, acerto e, principalmente, contribuição aos resultados da empresa e ao bem-estar dos colaboradores.


Autoria/Filiação: Renzo Oswald   Moityca
Apresentação: Renzo Oswald
Palavras-chave: Método Funcional , L.A.B.E.L.,

 

RESUMO (2)

Utilização do L.A.B.E.L.  no Planejamento de Carreira de Futuros Acionistas de Empresas Familiares

O planejamento de carreira de herdeiros é uma etapa essencial no trabalho com empresas familiares que representam em torno de 80% do universo empresarial do mundo, e suas operações respondem por quase metade do PIB mundial. O processo facilita o autoconhecimento, a definição de metas e o desenvolvimento do comportamento empreendedor, oportunizando um espaço para escolhas profissionais maduras que facilitam o processo de sucessão. Inicia-se o processo de Planejamento de Carreira com uma Avaliação de Potencial, constituída de entrevista comportamental por competências e por testes psicológicos. O L.A.B.E.L.  (Lista de Adjetivos Bipolares em Escala Likert), instrumento baseado no Método Funcional, aceito pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP), no Brasil, desde 2004, tem se mostrado muito interessante para essa finalidade. Esse instrumento mensura, a partir de um questionário, a maioria dos traços de personalidade considerados “normais”, através de uma análise complexa de autodescrição exprimida com adjetivos. Uma grande particularidade do instrumento é possuir, entre outras, sete Índices de Controle que permitem verificar a real oportunidade de interpretar os resultados. Após a devolução da Avaliação Psicológica, são realizadas as próximas etapas do processo de Planejamento de Carreira: inventário do passado, exploração do presente e planejamento do futuro. O objetivo final é construir um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), composto por um quadro de metas com prazos específicos. O tema empreendedorismo surge no sentido de que é necessário formar Futuros Acionistas proprietários de seus sonhos, com a necessidade de realizar e colocar na prática as ideias próprias, buscando transformar as metas em realidade. Nesse contexto, a utilização do L.A.B.E.L.  com Herdeiros/ Futuros Acionistas de empresas familiares do Rio Grande do Sul, no Brasil, tem demonstrado resultados muito significativos em relação ao processo de sucessão, fase bastante crítica para a continuidade de uma empresa familiar.

Autoria/Filiação: Daniela Forgiarini Pereira   UFRGS FADERGS
Apresentação: Daniela Forgiarini Pereira
Palavras-chave: Futuros Acionistas , L.A.B.E.L., Planejamento de Carreira

 

RESUMO (3)

A Avaliação Psicológica no contexto empresarial

Com o advento da criação do SATEPSI, pelo CFP, a exigência do rigor científico na Avaliação Psicológica nas Organizações ficou mais evidente. Nesse período, iniciou, no Brasil, a utilização do L.A.B.E.L. Desde então, utiliza-se esse teste psicológico nos processos de avaliação para candidatos a cargos de Nível Superior de modo geral. Várias vantagens da utilização desse Método continuam a ser comprovadas na prática do dia-a-dia. Esta ferramenta reduziu o tempo de aplicação e de permanência do examinando no local da Avaliação. O tempo para a correção também diminuiu sensivelmente. Outra grande vantagem do instrumento é a transformação de dados subjetivos em dados objetivos e quantitativos o que possibilita uma maior assertividade na análise das respostas do sujeito. Além disso, é possível, de forma inédita, verificar os chamados Índices de Controle que possibilitam identificar o valor das respostas, ou seja, se o teste é interpretável ou não. Com isso, pode-se saber o nível de motivação do sujeito para responder o teste, se houve entendimento na realização do instrumento e se a pessoa tentou “se mascarar” ou vender uma imagem que não é realmente fidedigna. O curso e a prova de Certificação resultam em uma maior qualidade nas Avaliações Psicológicas realizadas com o L.A.B.E.L.. Nas organizações, o mais importante é o quanto assertiva é a avaliação para que se possa predizer o comportamento do avaliado nas empresas. Sabe-se que muitos critérios influenciam em uma seleção, mas os traços de personalidade vêm se comprovando como uma das facetas mais válidas na prática. Além disso, nas inúmeras avaliações realizadas na Selecta (Consultoria de RH, no ES) percebe-se a importância do Psicólogo em entrevistar os candidatos tendo analisado previamente os resultados do L.A.B.E.L., sendo que nenhuma das devolutivas foi rejeitada pelos avaliados.

Autoria/Filiação: Vânia Maria Goulart Lopes   FGV- ES Fucape
Apresentação: Vânia Maria Goulart Lopes
Palavras-chave: Empresas , Avaliação Psicológica , L.A.B.E.L.

 

Nome:
Solange Wechsler

Titulo:
O desenho da figura humana: implicações para a avaliação cognitiva, criativa e emocional

Resumo:
O desenho da figura humana é uma das técnicas amplamente utilizada pelos psicólogos em nível nacional e internacional. Estudos sobre o desenho da figura humana como medida cognitiva têm sido desenvolvidos no país, confirmando a sua validade e precisão para o diagnóstico infantil. Novos estudos para confirmar as qualidades psicométricas do desenho e estabelecer normas mais atuais para a sua avaliação se tornam necessários. Por sua vez, a avaliação emocional pelo desenho carece de investigações que permitam definir a sua validade e confiabilidade, apesar de ser bastante utilizado na prática psicanalítica. A avaliação da criatividade infantil por meio do desenho da figura humana é outra área que requer trabalhos mais aprofundados a fim de definir quais características podem ser consideradas criativas e distinguidas dos demais indicadores. Estes temas serão debatidos em pesquisas atuais envolvidas nestas dimensões.

 

Palavras-chave:
desenho , inteligência, cognição

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

O Desenho da Figura Humana na avaliação cognitiva de crianças de Cuiabá - MT

O Desenho da Figura Humana - DFH tem sido utilizado para entender o desenvolvimento cognitivo infantil. É um dos instrumentos mais utilizados por profissionais, cujos resultados consistentes de validade e precisão lhe garantem aceitação pelo Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos - SATEPSI para uso na avaliação psicológica. Esta pesquisa teve como objetivo comparar o desenvolvimento cognitivo de crianças, de ambos os sexos, matriculadas em escola particular e escola pública de Cuiabá-MT. Como instrumento foi utilizado o DFH de acordo com o sistema proposto por Wechsler , em 2003. A amostra contou com 270 crianças, de ambos os sexos, sendo 144 crianças da escola pública (73 meninas e 71 meninos) e 126 da escola particular (71 meninas e 55 meninos), de idade entre 5 anos a 11 anos e 11 meses. Como resultados, a Análise da Variância demonstrou diferenças estatisticamente significativas para sexo da criança, idade e tipo de escola no desempenho total do desenho. As médias foram superiores nas meninas, que denota a necessidade de tabelas específicas de correção de acordo com o sexo da criança. O desempenho maior por crianças de escolas particulares demonstra o impacto socioeconômico sobre o desenvolvimento cognitivo sugerindo que tabelas específicas representem esta realidade. Houve evolução dos pontos até 10-11 anos de idade, onde a figura humana não pode mais distinguir o desenvolvimento cognitivo, pois atinge um plateau ou teto, demonstrando ser utilizado como medida de desenvolvimento cognitivo até estas idades. Conclui-se que esses resultados confirmam os estudos de Wechsler (2003), indicando que o desenho da figura humana é uma medida válida para avaliação cognitiva. Entretanto, novas pesquisas ainda serão importantes para melhor conhecer o desempenho no DFH de crianças de diferentes regiões do país, a fim de permitir avaliar as qualidades psicométricas e padrões de correção para o DFH em crianças brasileiras

Autoria/Filiação: Rosangela Kátia Sanches Mazzorana Ribeiro   Universidade Federal de Mato Grosso, Departamento de Psicologia
Pâmela Cristina da Rocha   Universidade Federal de Mato Grosso, Departamento de Psicologia
Patricia Castro de Souza Queiroz   Universidade Federal de Mato Grosso, Departamento de Psicologia
Apresentação: Rosangela Kátia Sanches Mazzorana Ribeiro
Palavras-chave: Desenho da Figura Humana, avaliação cognitiva, crianças

 

RESUMO (2)

Avaliação da fidedignidade entre juízes na análise do

A busca por indicadores emocionais em desenhos existe, sistematicamente, desde os estudos de Machover, nos anos 1940, porque a pessoa desenhada poderia ser compreendida como projeção do sujeito sobre si mesmo e seu entorno. Mesmo com vários sistemas que se propõem a avaliar o desenho da figura humana de forma projetiva, permanece crítica sobre a validade de tais tentativas. Dentre os sistemas de correção para avaliação projetiva, encontra-se o sistema de correção para o DFH projetivo denominado Draw-a-Person: Screening Procedure For Emotional Disturbance Test (DAP:SPED) - técnica projetiva cujo objetivo é diferenciar crianças e adolescentes com problemas emocionais em relação àqueles que não apresentam tais problemas. Esse sistema vem sendo adaptado por Solange Muglia Wechsler para o Brasil. Para avaliar o DFH, há uma escala, contendo 55 itens a serem pontuados, divididos em dois conjuntos: o primeiro inclui as dimensões, localização e inclinação da figura na folha, e o segundo, com 46 itens, avalia o conteúdo dos desenhos. O objetivo do presente estudo foi o de investigar a fidedignidade entre juízes na avaliação de itens que compõem o segundo conjunto tanto no desenho da figura masculina, como no desenho da figura feminina. Foram avaliados 200 desenhos de meninos e meninas, com idades entre 6 e 12 anos, por quatro juízes, psicólogas com experiências no DFH, de forma independente. Estas avaliações foram transferidas para o banco de dados e submetidas à análise estatística, a fim de verificar o coeficiente de fidedignidade entre juízes, através do cálculo estatístico Kappa. Dentre os itens dos DFH do homem o Kappa variou entre 0,66 e 1. Para os DFH da mulher o índice Kappa variou entre 0,63 e 1. Neste sentido, para todos os itens o coeficiente de fidedignidade entre juízes variou entre substancial e quase perfeito. Os resultados apresentaram índices aceitáveis de fidedignidade, apontando que os itens atingem a objetividade e facilidade de pontuação a que se propõem , demonstrando a clareza e a objetividade da descrição de itens deste instrumento

Autoria/Filiação: Maria Lucia Tiellet Nunes   Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Gisele Vieira Ferreira   Pontificia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
Apresentação: Maria Lucia Tiellet Nunes
Palavras-chave: desenho, emocional, criança

 

RESUMO (3)

Estudos sobre aspectos emocionais do Desenho da Figura Humana em crianças

O Desenho da Figura Humana (DFH) pode ser avaliado a partir de diversos sistemas e com diferentes objetivos. Este trabalho visa a apresentar as pesquisas desenvolvidas no Grupo de Estudo, Aplicação e Pesquisa em Avaliação Psicológica utilizando o DFH como uma medida de aspectos emocionais em crianças. Uma delas objetivou construir uma escala de indicadores emocionais destinada a meninos e meninas em duas faixas etárias: 6 a 8 anos e 9 a 12 anos. Em outra, foram construídas duas escalas globais de análise do DFH para a avaliação de aspectos emocionais e psicopatológicos em crianças: uma que avalia a questão da normalidade do desenho e outra a diferenciação sexual. Ainda, serão apresentados os resultados de pesquisas do DFH com crianças em situação de vulnerabilidade social (vítimas de abuso sexual ou físico e abrigadas, a espera de adoção). Como conclusão, pretende-se discutir a validade do DFH como instrumento de triagem para diversas situações, com novas análises sobre os dados já coletados

Autoria/Filiação: Denise Ruschel Bandeira   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Adriane Arteche   Pontificia Universidade Catolica do Rio Grande do Sul
Joice Segabinazi   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Ana Celina Albornoz   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Sérgio Eduardo de Oliveira   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Denise Ruschel Bandeira
Palavras-chave: desenho, criança, avaliação emocional

 

RESUMO (4)

Identificando criatividade e inteligência pelo desenho da figura humana

O desenho da figura humana é um dos instrumentos mais importantes na avaliação psicológica infantil. Ao considerarmos que a criança, quando desenha, expressa não só o seu conceito sobre o corpo humano, mas também o seu mundo imaginário e emocional, entendemos que o desenho pode trazer informações preciosas não só sobre o seu desenvolvimento cognitivo, problemática emocional, como também do seu potencial criativo. A validade do desenho da figura humana como medida cognitiva, utilizando nosso sistema de correção tem sido confirmada, pois existem avanços significativos da pontuação da criança até 11 anos de idade. Por sua vez, diferenças do sexo da criança que desenha sobre o sexo de figura desenhada foram encontradas como impactantes no desenho, sendo então construídas tabelas específicas que permitam a sua avaliação. Outros pesquisadores brasileiros confirmaram a validade deste sistema de correção, comparando o desenho da figura humana com outros testes que medem construtos correlatos. Entretanto, pouco ainda tem sido discutido sobre a importância do desenho da figura humana na avaliação da criatividade. O que ocorre, infelizmente, é a associação dentre muitos dos elementos diferentes que aparecem no desenho da figura humana como sendo indicadores de problemática emocional e não de criatividade. Tal fato, possivelmente, pode ser explicado, pelo pouco conhecimento da criatividade e suas características, que podem ser expressas por meio de desenhos. Nossas pesquisas demonstram que várias características ou indicadores criativos podem ser detectados no desenho. Conclui-se, portanto, que o desenho da figura humana é uma técnica altamente relevante não só pela diversidade de informações que permite obter como também pela facilidade de aquisição das mesmas, pode então ser considerado como um instrumento essencial na avaliação psicológica infantil.

Autoria/Filiação: Solange Muglia Wechsler   Pontificia Universidade Católica de Campinas
Apresentação: Solange Muglia Wechsler
Palavras-chave: cognição, criatividade, criança

 

Nome:
Terezinha a C Amaro

Titulo:
O Ensino dos Métodos e Técnicas no contexto da Avaliação Psicológica no Brasil

Resumo:
A responsabilidade e a necessidade do ensino no campo da avaliação psicológica foi o que motivou a organização de um grupo de profissionais para discutir a maneira como esta área tem sido ensinada em diferentes universidades do País. O uso dos instrumentos de avaliação requer conhecimento, habilidade e integridade por parte de quem os utilizam, além da compreensão acerca do comportamento humano a fim de que se interpretem devidamente seus resultados. Deste modo, a revisão e o estudo da interpretação dos resultados com vistas a sua utilização na prática profissional, quer por profissionais, quer por discentes do curso de Psicologia são de extrema importância para a compreensão das várias formas de se usar os testes e as respectivas técnicas de avaliação. Nesta mesa teremos a apresentação do trabalho desenvolvido pelo Psicólogo Fabiano Koich Miguel da Universidade Estadual de Londrina que se intitula Ensino da avaliação projetiva em Londrina-PR, a qual terá como enfoque a experiência de ensino de avaliação da personalidade. Com uma graduação com forte distinção entre abordagens clássicas da Psicologia e pouca prática de avaliação, a comunicação focará nos recursos utilizados para apresentar e ensinar a prática do psicodiagnóstico para os estudantes e tentar quebrar alguns preconceitos. A seguir a psicóloga Ana Cristina Resende apresentará o trabalho Ensino da Avaliação Psicológica na PUC que é desenvolvido na Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Posteriormente o trabalho O contexto da Avaliação Psicológica no curso de Psicologia da UFMT: ensino, pesquisa e extensão será apresentado pelas psicólogas Rosangela Kátia Sanches Mazzorana Ribeiro e Tatiane Lebre Dias, da Universidade Federal de Mato Grosso. E finalmente o Ensino em Avaliação Psicológica na Universidade Pre

 

Palavras-chave:
Psicologia, testes psicológicos, avaliação/métodos

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Ensino da avaliação projetiva em Londrina-PR



A avaliação psicológica, desenvolvida por meio de técnicas próprias, constitui-se em atividade privativa do psicólogo, assegurada por lei. Diversas formas existem para que o profissional possa realizar seu diagnóstico, sendo que os testes se encontram entre as ferramentas passíveis de serem utilizadas. Quando se trata da avaliação de características de personalidade, costuma-se dividir os testes em dois grandes grupos: psicométricos e projetivos, sendo os primeiros representados por escalas de autorrelato, e os segundos representados por atividades de resolução de problema (fazer um desenho, contar uma história, dizer com o que manchas de tinta se parecem, etc). Uma das características diferencias das técnicas projetivas é que estas não se baseiam apenas na produção final do testando, mas colocam ênfase na avaliação do desempenho ao longo de todo o processo. Por causa disso, são técnicas que requerem maior interação do psicólogo e, portanto, um referencial clínico maior, normalmente ensinadas nos últimos anos da graduação. Esta comunicação pretende apresentar os desafios do ensino dessas técnicas em uma universidade estadual do Paraná, focando em três temas: 1) Um ambiente acadêmico com forte distinção entre psicanálise e behaviorismo, e os recursos para apresentar técnicas de avaliação que tradicionalmente estão associadas à linha psicanalítica ou semelhante; 2) A ausência de uma disciplina curricular de psicodiagnóstico, fazendo com que os estudantes tenham pouco contato com a avaliação ao longo da graduação; 3) A necessidade de atualização dos recursos de ensino para acompanhar as tecnologias e utilização de multimídia para maior conhecimento das técnicas e situações de avaliação.


Autoria/Filiação: Fabiano Koich Miguel   Universidade Estadual de Londrina
Terezinha de Carvalho Amaro   Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP
Apresentação: Fabiano Koich Miguel
Palavras-chave: av psicológica, tecnicas projetivas, ensino avaliação

 

RESUMO (2)

Ensino da avaliação psicológica na PUC Goiás

A avaliação psicológica é um processo de construção técnico-científica de conhecimentos acerca de fenômenos psicológicos, com o intuito de criar, nortear, orientar e acompanhar ações e intervenções sobre a pessoa avaliada, e, portanto, exige cuidados especiais no ensino desse processo, que consiste no planejamento, na análise, na síntese e na devolução dos resultados obtidos. Para se realizar uma avaliação psicológica adequada, além dos conhecimentos essenciais de psicologia tais como teorias da personalidade, psicopatologia, psicologia social e do desenvolvimento, é necessário dispor do conhecimento básico em psicometria e domínio de instrumentos de investigação psicológica. Esses instrumentos de avaliação consistem em: testes, observações, entrevistas, dinâmicas de grupo, escuta ou intervenções verbais. Os objetivos dessa apresentação consistem em: a) apresentar quais são os subsídios disponíveis na PUC Goiás, considerando as disciplinas curriculares obrigatórias e optativas, os cursos de pós-graduação latoe stricto sensu, de professores e suas formações, de instrumentos de desempenho/projetivos e autorrelato/psicométricos e de espaço físico; b) apontar os pontos positivos e deficientes na formação do psicólogo na PUC Goiás no que tange a área de avaliação psicológica. De uma forma geral, o curso de psicologia da universidade conta com um núcleo de cinco disciplinas comuns, que devem ser cursadas por todos os alunos e oferece duas disciplinas optativas que estão relacionadas a esta área. Apesar do curso ter disponível subsídios considerados satisfatórios para formação em avaliação psicológica, nota-se que nem sempre são designados professores com formação e prática na área, bem como a necessidade de acompanhar as tecnologias e utilização de multimídia no ensino dos testes psicológicos.

Autoria/Filiação: Ana Cristina Resende   Pontificia Universidade Católica de Goiás
Terezinha de Carvalho Amaro   Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP
Apresentação: Ana Cristina Resende
Palavras-chave: Testes psicologicos, Psicologia, Métodos

 

RESUMO (3)

A articulação entre ensino, pesquisa e extensão nas disciplinas de Avaliação Psicológica do curso de Psicologia da UFMT


O curso de Psicologia da UFMT foi criado no ano de 2008, buscando atender às novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Graduação em Psicologia. Na proposta pedagógica do curso o tema da avaliação psicológica é organizado em três disciplinas assim intituladas: Técnicas de Exame Psicológico I e II e Avaliação Psicológica em Diferentes Contextos. Com base nessas considerações este trabalho tem por objetivo contextualizar a avaliação psicológica no curso de Psicologia considerando os seguintes aspectos: ensino, pesquisa e extensão. Em relação ao ensino busca-se desenvolver: a) reflexão a respeito da função da disciplina na estrutura curricular do curso e na formação do aluno; b) articulação com outras disciplinas do curso como a estatística e os estágios básicos e de ênfase; c) participação da monitoria nas disciplinas e seu impacto na formação do aluno-monitor, proporcionando a este uma aproximação com as atividades desenvolvidas na docência e, com os demais alunos a contribuição da monitoria no processo de aprendizagem dos colegas e; d) no interior das próprias disciplinas em relação ao desenvolvimento de prática didática, a qual permite ao aluno vivenciar diferentes momentos da Avaliação Psicológica. A avaliação psicológica no contexto da pesquisa visa apresentar a articulação dessas disciplinas com a área de pesquisa do curso através dos projetos de pesquisa interinstituicionais em diferentes área da Psicologia. No contexto da extensão discute-se a repercussão que o ensino e a pesquisa na avaliação psicológica têm sobre a atividade de extensão universitária na sua interação com a comunidade, principalmente, na modalidade de projetos de cunho interventivo. Embora se observe a dimensão da avaliação psicológica na formação acadêmica no curso da UFMT, algumas tensões se fazem presentes nesse âmbito que dizem respeito às características macro (inserção da avaliação psicológica na formação e prática profissional) e micro (condições estruturais do curso), que se vinculam às questões teórico-metodológicas, éticas, políticas e sociais.
e-mail: rosangelaksm@uol.com.br; t.lebre@uol.com.br

Autoria/Filiação: Rosangela Kátia Sanches Mazzorana Ribeiro   Universidade Federal do Mato Grosso
Tatiane Lebre Dias   Universidade Federal do Mato Grosso
Terezinha de Carvalho Amaro   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Apresentação: Rosangela Kátia Sanches Mazzorana Ribeiro
Palavras-chave: av psicologica, ensino, pesquisa

 

RESUMO (4)

O Ensino em Avaliação Psicológica na Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP


Este trabalho tem como proposta a descrição e análise das atividades desenvolvidas com estudantes do Curso de Psicologia da Universidade Presbiteriana Mackenzie. O eixo da Avaliação Psicológica é um dos pilares do curso de Psicologia e compreende disciplinas que iniciam na segunda etapa e se estendem até o ultimo ano de formação. O conteúdo programático desenvolvido na disciplina inicial – segunda etapa – focaliza os antecedentes históricos, origem dos testes psicológicos, os tipos de testes, métodos de investigação e condições de aplicação, em diferentes contextos da atuação profissional. As técnicas de Entrevista e Observação também são apresentadas. A legislação é ponto central das discussões em sala de aula, levando o aluno a conhecer o Código de Ética Profissional do Psicólogo e as Resoluções CFP 002 e 007 de 2003. Em se tratando de uma disciplina inicial, são apresentados aspectos introdutórios e gerais. Na terceira etapa o enfoque é dado à avaliação da personalidade e são apresentados aos alunos testes psicométricos para auto-aplicação, correção e análise. Posteriormente são feitas aplicações em colaboradores mediante o consentimento livre e esclarecido e tem o objetivo de ensino e aprendizagem Para finalização deste processo, são elaborados relatórios com as correções devidas e análise dos resultados, supervisionados pelos professores responsáveis pela disciplina. As etapas seguintes são compostas por instrumentos de avaliação da inteligência e métodos projetivos gráficos e temáticos e seguem a mesma metodologia. A experiência tem mostrado a importância do ensino de forma teórica e prática e, propicia uma melhor adequação na formação do aluno no Curso de Psicologia.




Autoria/Filiação: Terezinha de Carvalho Amaro   Universidade Presbiteriana Mackenzie
Denise T. Mráz Zapparoli   Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP
Apresentação: Denise T. Mráz Zapparoli
Palavras-chave: testes psicológicos, psicologia/métodos, ensino

 

Nome:
Aicil Franco

Titulo:
O PROCEDIMENTO DE DESENHOS ESTÓRIAS COM TEMA: ALGUNS ESTUDOS EM DIFERENTES CONTEXTOS

Resumo:
Esta mesa apresenta possíveis usos com o Procedimento de Desenhos com Tema ou Desenhos Temáticos (DE-T). Este procedimento, criado por Vaisberg, derivou-se de proposta criada por Trinca, o Procedimento Desenhos Estórias (D-E) para o qual, Tardivo propôs referencial de análise. A criação de Trinca (D-E) subsidia pesquisas na Psicologia e é utilizada em processos Psicodiagnósticos compreensivos, conforme definido pelo autor. Como outras derivações da proposta de Trinca, o Desenho Temático é aplicado em diferentes contextos como instrumento de investigação, como facilitador didático e como mediador inter-relacional. Estudos, de diferentes áreas, aplicam o DE-T coletivamente para avaliar representações sociais pois favorece a compreensão de aspectos semelhantes e divergentes na significação de assuntos grupais. O primeiro trabalho enfoca o DE-T aplicado a estudantes de Psicologia, em vivência didática no ensino da Avaliação Psicológica. Também entre estudantes de Psicologia, o segundo é usado na disciplina de Psicopatologia, como forma de conhecer a concepção de doença mental, aspecto fundamental nesse aprendizado. O terceiro também no contexto da aprendizagem traz comparações entre o DE-T com o Par Educativo entre estudantes de Pedagogia. O quarto ilustra o uso no contexto social, para conhecer a concepção de abrigados sobre sua vida no abrigo e suas perspectivas presentes e futuras. Conclui-se que o DE-T se constitui procedimento eficaz, flexível e abrangente, na formação do psicólogo e em diversas áreas da Psicologia. Além de poder ser utilizado em outras áreas do conhecimento, e por outros profissionais, favorecendo o autoconhecimento, o estudo do imaginário coletivo e a compreensão das representações sociais. Revela-se importante para subsidiar intervenções.

 

Palavras-chave:
Desenho Temático, Avaliação Psicológica, Intervenção Psicológica

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

ENSINO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: VIVENCIA DIDÁTICA COM O PROCEDIMENTO DESENHOS-ESTÓRIAS COM TEMA

Este trabalho relata experiência de ensino do componente curricular Avaliação Psicológica. Aplicou-se nos alunos o Procedimento Desenhos – Estórias com tema, com duplo objetivo: avaliar sua concepção sobre Avaliação Psicológica; propiciar-lhes vivência didática com o procedimento. Metodologicamente utilizaram-se o procedimento, na abordagem coletiva, em classe de oito alunas e a vivência didática como uma modalidade de ensino. A vivência didática caracteriza-se como método de ensino centrado na experiência reunindo aspectos objetivos e subjetivos, aprendizado e utilidade do aprendido bem como teoria e prática. Trata-se de oportunidade para o aluno experimentar o lugar de usuário do procedimento, expressar sua subjetividade e verbalizar duvidas sobre o aprendizado. Além disso, o aluno observa o professor que também desempenha o papel de aplicador do procedimento. A sobreposição de papeis: professor-psicólogo e, aluno-cliente, é defendida como possível e desejável, apoiada na noção de encontro didático ou encontro pedagógico, onde o referencial pedagógico considera singularidades da personalidade e do contexto do aluno. Constitui-se enquadre duplo de aprendizagem e autoconhecimento, que promove posturas intercambiáveis e flexíveis, conforme defendido por correntes atuais da Pedagogia, ao considerarem a fusão de sujeito e objeto e razão e emoção. O material obtido foi analisado qualitativamente pela professora, autora deste estudo, através das representações, verbalizações e afetos fornecidos pelos desenhos e suas estórias. Constatou-se que as concepções dos alunos sobre Avaliação Psicológica estão coerentes com os objetivos do componente curricular e que a vivência didática favoreceu o desenvolvimento das competências que se deseja atingir: conhecimento (aprendizagem prática do procedimento), habilidades (escutar distintas expressões da subjetividade individual e grupal), e atitudes (comunicar-se e aprender a lidar com seus próprios sentimentos, desenvolvendo relações interpessoais e intergrupais adequadas ao papel profissional). Ou seja: aprendizagem com autoconhecimento, tão desejável na graduação em Psicologia.

Autoria/Filiação: Aicil Franco   Escola Bahiana de Medicina e Saúde Publica
Apresentação: Aicil Franco
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, Vivência Didática, Desenho-Estória com Tema

 

RESUMO (2)

O DESENHO TEMÁTICO E A CONCEPÇÃO DE DOENÇA MENTAL EM ESTUDANTES DE PSICOLOGIA

No cenário atual das novas concepções de doença mental propostas pela reforma psiquiátrica brasileira e das Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia, o presente trabalho analisar e compreender a concepção do doente mental por estudantes de graduação de psicologia da Universidade de São Paulo, que não tiveram contato anterior com a disciplina Introdução à Psicopatologia. Trata-se de pesquisa de caráter qualitativo, utilizando como instrumento de coleta de dados o procedimento Desenho Estória com Tema. A aplicação se deu em um grupo de 72 alunos, com duração de cerca de 5 minutos, tendo como material lápis e papel A4 branco. Foi solicitado o desenho individual de um doente mental e uma estória sobre essa pessoa. Em seguida os trabalhos foram expostos para observação da produção no grupo com o objetivo de suscitar a discussão sobre o que é a doença mental. Para este trabalho foi selecionada uma amostra por conveniência de 12 produções. Optou-se pela análise através da livre expressão do material, fazendo uma leitura inicial dos desenhos e textos produzidos elaborando categorias de análise dos principais conteúdos e significados atribuídos à doença mental. Foram elas: agressividade; solidão e isolamento; normalidade; esquizofrenia como representante da doença mental; causas da doença e cabeça como localização da doença mental. Como conclusão, observou-se que estes estudantes contextualizam a doença mental em seu meio, seja familiar ou social mais amplo. Destaca-se a predominância de desenhos de jovens do sexo masculino, vestidos, nesta representação e da cabeça como local da doença que recebe atributos tanto orgânicos quanto ambientais como causa. Violência e irrupções agressivas ou surtos também estiveram muito presentes bem como isolamento e solidão, sendo muito comum localizar este indivíduo em uma sala ou espaço vazio ou mesmo internados em hospital psiquiátrico.

Autoria/Filiação: Luiz Tadeu Gabriel Filho   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Rodrigo Jorge Salles Jorge   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Apresentação: Luiz Tadeu Gabriel Filho
Palavras-chave: Saúde Mental, Psicopatologia, Desenho Temático

 

RESUMO (3)

DESENHO TEMÁTICO E PAR EDUCATIVO: O EMPREGO DO INSTRUMENTO (IN)DEPENDENTE DO OBJETIVO

OBJETIVO. O presente trabalho teve como objetivo investigar o vínculo de aprendizagem em graduandos de Pedagogia. MÉTODO. Participaram do estudo 26 alunos do Curso de Pedagogia de um Centro Universitário Particular da grande São Paulo – Brasil. Foi empregado como o procedimento o Desenho Estória com Tema, derivado do Procedimento de Desenhos Estórias de Walter Trinca, com base nos trabalhos de Aiello-Vaisberg e Tardivo. No entanto, como o objetivo do trabalho era investigar o vínculo de aprendizagem optou-se pela consigna “Desenhe alguém aprendendo e alguém ensinando”, mesma instrução dada na aplicação do teste Par Educativo de Oris e Ocampo. Utilizou-se como base teórica a teoria das Representações Sociais de Moscovici e o aporte de demais autores. RESULTADOS. Os resultados apontam que a maioria dos participantes (21 graduandos) compreende o aprendizado como sistemático: professor x aluno, entretanto 5 participantes apresentaram representações em âmbitos não escolares, mas trazem em suas histórias sempre a relação de um único adulto (nomeado como professor) embora em situações diversas como time de futebol ou autoescola. CONCLUSÃO. Dessa forma, a partir dos desenhos e histórias apresentados pelos graduandos de pedagogia, foi possível perceber que os procedimentos Desenho Temático e Par Educativo, ainda que diferentes em seu modo de análise são próximos em sua aplicação, e quando possuem o mesmo objetivo podem proporcionar discussões enriquecedoras para o campo científico.

Autoria/Filiação: Danuta Medeiros   Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
Erica Hokama   Universidade Metodista de São Paulo
Apresentação: Danuta Medeiros
Palavras-chave: Par Educativo, Desenho Temático, Representação Social

 

RESUMO (4)

O PROCEDIMENTO DE DESENHOS TEMÁTICOS NO CAMPO SOCIAL – O EMPREGO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES ABRIGADOS

O presente trabalho teve como objetivo compreender o impacto do acolhimento institucional na vida de crianças e adolescentes em situação de medida de proteção - Abrigo. O método utilizado no presente trabalho foi uma abordagem qualitativa e estudos de casos múltiplos. Participaram do estudo 10 crianças/adolescentes acolhidos em um abrigo em uma cidade da grande São Paulo – Brasil. A amostra é caracterizada por idades diversas compreendendo a faixa etária de 10 a 17 anos de ambos o sexos, 5 meninas e 5 meninos. Foi empregado como procedimento o Desenho Estória com Tema, derivado do Procedimento de Desenhos Estórias de Walter Trinca, com base nos trabalhos de Vaisberg e Tardivo. Os temas dos desenhos aplicados foram: 1. Eu antes do abrigo – 2. Eu hoje no abrigo e 3. Eu depois, fora do abrigo. Osresultados alcançados através da aplicação dos Desenhos com Tema apontam que o processo de acolhimento institucional (o abrigo) marca profundamente a subjetividade humana, ao qual está diretamente ligada ao rompimento com figuras parentais e de referência, como também a violência institucional muitas vezes promovida dentro da própria Instituição. Por outro lado, os resultados mostram também que o abrigo pode favorecer uma experiência integradora e significante do ponto de vista do desenvolvimento emocional e da concretização de projetos de vida para as crianças e os adolescentes acolhidos. Dessa forma, chegou-se a conclusão de que o abrigo pode também ofertar um desenvolvimento humano exercendo, dentro de suas limitações e particularidades, o papel de um ambiente facilitador e de um substituto provisório da família.

Autoria/Filiação: Ricardo Rentes Rodrigues Pereira   Universidade de São Paulo
Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Apresentação: Ricardo Rentes Rodrigues Pereira
Palavras-chave: Abrigo, Criança e Adolescente, Desenho Temático

 

Nome:
Leila Salomão de L. P. Cury Tardivo

Titulo:
O PROCEDIMENTO DE DESENHOS ESTÓRIAS E DERIVADOS: APLICAÇÕES EM PSICODIAGNÓSTICO COMPREENSIVO E EM INTERVENÇÕES CLÍNICAS

Resumo:
Essa mesa enfoca o Procedimento de Desenhos-Estórias, ou D-E, como é conhecido e Procedimentos derivados, que foi apresentado por Trinca em 1972, e difundido em 1976 e 1987. Tendo sido considerado como Procedimento Clínico, a mesa composta por quatro apresentações de docentes e pesquisadores de distintas universidades, ilustra a riqueza do D-E nos diversos empregos que vem tendo na Clínica nas últimas décadas, inicialmente como procedimento auxiliar no Psicodiagnóstico compreensivo. A primeira apresentação trará uma resumo histórico desses quarenta anos desde que o Procedimento foi proposto, ilustrando-a com exemplos de distintos empregos. As apresentações que se seguem enfocam basicamente o Procedimento de Desenhos com Tema , e revelam as possibilidades de compreensão e de contato que esse Procedimento proporciona. Assim , a segunda apresentação enfoca justamente a riqueza do emprego do Procedimento de Desenhos com Tema , um dos derivados do D-E , na compreensão dos aspectos psicodinâmicos de pacientes oncológicos . A terceira apresentação enfoca sentimentos, fantasias e expectativas de crianças em situação de acolhimento institucional, e a quarta apresentação se refere a um emprego interventivo do Procedimento de Desenhos com Tema, dentro de uma proposta de compreensão e prevenção em processos de adoção. Dessa forma, as quatro apresentações revelam a importância do uso do D-E e do D-E com Tema , em seus empregos clínicos e de pesquisas.

 

Palavras-chave:
Desenho Estória, Psicodiagnóstico , Intervenção

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

O PROCEDIMENTO DE DESENHOS ESTÓRIAS E DERIVADOS: QUARENTA ANOS DE CONTRIBUIÇÕES À PSICOLOGIA BRASILEIRA

Nessa apresentação serão discutidos, de forma resumida, os desenvolvimento que foram ocorrendo desde que o Procedimento de Desenhos Estórias (D-E) foi proposto por Trinca em 1972,(Trinca, 1987) numa , o qual, ao lado de outras técnicas de investigação psicanaliticamente fundamentadas, como a Hora de Jogo Diagnóstica o Jogo de Rabiscos trouxe contribuição para o Psicodiagnóstico, concebido em seu aspecto compreensivo. Nessas décadas ainda continuou sendo usado com essa finalidade , ou seja favorecer a compreensão dos aspectos nodais da personalidade , a partir de desenhos livres associados a histórias. A partir do D-E, procedimento compostos por dois processos básicos: a forma gráfica de expressão e a verbal, ou seja, como uma técnica baseada no conceito de Apercepção Temática, foram desenvolvidos Procedimentos derivados, como o Desenhos de Famílias com Estórias e o Procedimento de desenho com Tema. Nessa apresentação serão discutidas pesquisa e estudos e os usos além da proposta diagnóstica , que ainda perdura, e também o emprego em enquadres diferenciados como intervenções clínicas. Dessa forma, serão feitas ilustrações do emprego do Procedimento de Desenhos Estórias, do Desenho de Famílias com Estórias como extremamente úteis para compreender e captar o sentido de manifestações clínicas, de sintomas, em adolescentes abrigados vitimas de violência e em adolescentes infratores. Também serão apresentadas ilustrações do emprego desses procedimentos em propostas terapêuticas, como base nas consultas terapêuticas individuais , também com adolescentes . e oficinas terapêuticas com Desenhos temáticos como principal elemento mediador. Serão ainda apresentadas de forma breve os principais trabalhos desenvolvidos no âmbito da graduação e pós graduação com o procedimento e seus derivados ao longo dessas décadas.

Autoria/Filiação: Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo   Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
Apresentação: Leila Salomão de La Plata Cury Tardivo
Palavras-chave: Desenho Estória, Psicodiagnóstico, Oficina Terapêutica

 

RESUMO (2)

ESTUDO PSICODINÂMICO DE PACIENTES ONCOLÓGICOS: CONTRIBUIÇÕES DO DESENHO-ESTÓRIA COM TEMA

Um quadro progressivo como o câncer produz grande impacto emocional no paciente, relacionado à possibilidade de sua morte. O objetivo do presente trabalho é realizar estudo psicodinâmico em um grupo de pacientes oncológicos, decorrente da vivência do câncer. A pesquisa foi realizada com treze pacientes oncológicos que freqüentem uma casa de apoio na cidade de Taubaté, adultos e sem discriminação de sexo, escolaridade e nível sócio-econômico. Para coleta de dados, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas e aplicação única do procedimento Desenho-Estória com Tema. A amostra utilizada foi constituída, em sua maioria, por indivíduos do sexo feminino, com faixa etária entre 51 e 60 anos, casadas e morando apenas com o cônjuge e acometidas por câncer de mama. Quanto à análise das narrativas do D-E, foi identificado, na maior parte dos indivíduos, tendências e impulsos construtivos, com objetivo de manutenção da vida, seguindo, assim, sentimentos derivados do instinto de vida. A principal defesa observada foi a sublimação, ou seja, capacidade de reverter as dificuldades vividas em relação ao câncer em conteúdos e ações produtivas, fortalecendo as condições de enfrentamento da doença. Quanto aos desenhos realizados, foram analisados na maioria da amostra sentimentos de retraimento, preocupação consigo, regressão, insegurança, tristeza e interiorização. Foi concluído que a maior parte da amostra mostrou uma percepção ambígua do câncer; vendo-o como o rompimento da rotina, mas também como a chance do crescimento pessoal e mudança de valores. Apesar destas características opostas, os pacientes apresentaram boa capacidade em conseguir integrá-las em um processo contínuo. Para generalizações mais amplas, faz-se necessário a ampliação do estudo.

Autoria/Filiação: Thaís Cristina Arcas de Felippe   Universidade de Taubaté
Paulo Francisco de Castro   Universidade de Taubaté e Universidade Guarulhos
Apresentação: Paulo Francisco de Castro
Palavras-chave: AvaliaçãoPsicológica, Desenho-estória Tema, Psico-oncologia

 

RESUMO (3)

CRIANÇAS EM ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL: EXPECTATIVAS, SENTIMENTOS E FANTASIAS

A indefinida espera da decisão judicial orientando a reintegração familiar ou inserção em família adotiva causa grande impacto emocional, em crianças institucionalizadas. Objetivou-se neste estudo investigar as expectativas de tais crianças acerca de seu futuro, identificar o desejo do retorno à família de origem, da permanência no abrigo ou da inserção em família adotiva. Seis crianças, acolhidas há pelo menos seis meses, entre seis e doze anos, aceitaram participar do estudo. Entrevistou-se uma Educadora Social e consultou-se o Livro de Registro da Instituição. Com as crianças coletaram-se três unidades do Desenho-Estória Temático (DE-T). A análise de conteúdo e a simples inspeção do material dentro do marco teórico psicanalítico ajudaram as compreender as entrevistas e o DE-T. Os resultados apontaram sentimentos de insegurança, submissão e necessidade de êxito em relação ao mundo, porém observou-se boa identidade pessoal e percepção positiva do crescimento como atitude básica em relação a si próprio. As figuras significativas foram em ordem decrescente de importância: a materna, a paterna, irmãos e tia. Predominaram sentimentos expressos de tristeza no contato, porém de alegria e esperança de realização no futuro. As tendências e desejos apontados indicaram a necessidade de cuidado. Predominaram impulsos amorosos e ansiedades paranóides, enquanto que os mecanismos de defesa mais identificados foram da repressão e idealização. Verificaram-se sentimentos e fantasias ora positivos, ora negativos quanto ao acolhimento institucional, porém a maioria das crianças manifestou desejo e esperança de estar, no futuro, junto à família biológica. Embora uma criança tenha apontado querer continuar convivendo com duas cuidadoras da Casa de Proteção, não se observou, em geral, o desejo pela adoção diretamente. Destaca-se que os participantes demonstraram o desejo de constituir suas próprias famílias no futuro, o que pode indicar a esperança de uma reparação ao exercerem uma função materna/paterna, de serem pais que não puderam ter.

Autoria/Filiação: Ariana Barbosa Arduini   Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Martha Franco Diniz Hueb   Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Apresentação: Martha Franco Diniz Hueb
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, Desenho-estória com Tema, Acolhimento Institucional

 

RESUMO (4)

HISTÓRIA E ESTÓRIAS ADOTIVAS: ERA UMA VEZ UM GAROTINHO DE SEIS ANOS...

Antes de ser adotada, a criança de adoção maior, geralmente foi institucionalizada. Devido à descontinuidade dos vínculos vividos durante os anos iniciais da vida, manifestações de angústias podem ser observadas ao longo do processo adotivo, pois o medo de um novo abandono, dentre outros, faz com que continuamente entre em contato com vivências anteriores de aniquilamento. Por meio de uma pesquisa-intervenção, objetivou-se verificar a percepção da família adotiva em uma criança de seis anos utilizando-se do Desenho-Estória Temático (DE-T), antes e após a contação de histórias infantis com temática adotiva, que tiveram a função de mediar a nova constituição familiar. Primeiramente entrevistaram-se os adotantes e solicitou-se o primeiro DE-T à criança tendo como instrução: “Desenhe a sua família”. Posteriormente, durante cinco semanas, narrou-se histórias infantis com a temática adotiva para o participante. Ao final, para verificar se houve percepção de mudanças significativas no relacionamento paterno-filial, realizou-se com os pais uma nova entrevista e solicitou-se ao garoto o segundo DE-T com a mesma instrução do primeiro. Os resultados revelaram a importância da narração oral para a criança, como possibilitadora de reflexões e elaborações sobre o processo de adoção. Auxiliaram-na entrar em contato com angústias aniquiladoras, propiciando o início da compreensão do significado de sua adoção e a inserção na nova família, evidenciado a partir da comparação entre os DE-T. Contudo, angústias relacionadas à vinculação, ao medo do abandono e à ambiguidade de sentimentos frente à nova constituição familiar ainda se fazem presentes no imaginário da criança mesmo tendo sido observado o processo de inserção familiar. O estudo não esgota o tema, mas aponta que apesar dos benefícios proporcionados pelas histórias, tanto a criança de adoção maior quanto os pais adotantes necessitam de amparo psicológico ao longo da constituição do vínculo familiar de forma a estreitar mais os laços dessa nova filiação.

Autoria/Filiação: Larissa Cristina Silveira de Andrade   Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Martha Franco Diniz Hueb   Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Apresentação: Martha Franco Diniz Hueb
Palavras-chave: AvaliaçãoPsicológica, Desenho-Estória com Tema, Adoção maior

 

Nome:
JOSEMBERG MOURA DE ANDRADE

Titulo:
O Processo de Avaliação Psicológica em Diferentes Contextos: Vicissitudes, Desafios e Perspectivas

Resumo:
A Avaliação Psicológica (AP) no Brasil encontra-se em um momento importante de seu desenvolvimento. A Resolução nº 02/2003 do CFP resultou em uma busca de melhoramento dos instrumentos psicológicos no Brasil por parte dos pesquisadores, no entanto, avanços ainda precisam ser realizados. Não resumida à aplicação de testes, a AP é um procedimento que está inserido em todas as áreas de atuação profissional do psicólogo. Antes de iniciar uma intervenção psicológica, é necessário que se realize a análise do funcionamento do(s) indivíduo(s) para atender adequadamente às suas necessidades. Ressalta-se ainda, que ao contrário de uma prática de avaliação retrógrada, a mesma deve ser realizada de forma contextualizada, atentando para o meio socioeconômico e cultural em que o indivíduo está inserido. A presente proposta da mesa é composta por quatro estudos. O primeiro estudo de autoria de Amorim-Gaudêncio e cols. é intitulado de “Avaliação Multidimensional da Ansiedade através do Inventário de Situações e Respostas de Ansiedade – ISRA”. Neste objetivou-se discutir a avaliação do construto ansiedade. O segundo estudo proposto por Silva é intitulado de “Avaliação Psicológica no contexto organizacional” e objetivou traçar uma discussão acerca do papel do psicólogo nas organizações. No estudo intitulado de “A Orientação Profissional de Jovens em Situação de Risco: a Maturidade para Escolha em Questão” de autoria de Andrade e cols. objetivou-se apresentar um programa de Orientação Profissional, bem como investigar em que medida os traços de personalidade e as lembranças parentais explicam a maturidade para escolha profissional. Por fim, o último estudo de autoria de Faiad é intitulado de “Avaliação Psicológica no Contexto de Segurança Pública: Contribuições para a Seleção de Pessoal”.

 

Palavras-chave:
Avaliação psicológica, Testes psicológicos, Contextualização

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Avaliação Multidimensional da Ansiedade através do Inventário de Situações e Respostas de Ansiedade - ISRA

A ansiedade é provavelmente a emoção mais comum e universalmente conhecida, estando presente ao longo da vida das pessoas. Quando se empregam termos como nervosismo, inquietação, inseguridade, angustia, tensão, medo ou temor, na realidade se está fazendo referencia a ansiedade. A ansiedade hoje em dia tende a ser concebida como uma reação emocional ante a percepção de um perigo ou ameaça, que se manifesta mediante um conjunto de respostas agrupadas em três sistemas [cognitivo, fisiológico e motor] que podem atuar com certa independência entre si. As reações de ansiedade podem ser provocadas tanto por estímulos externos [situações concretas] como internos [ideias, pensamentos e imagens mentais] que são percebidos como ameaçadores pela pessoa. Portanto, à hora de avaliar a ansiedade e traçar um perfil coerente para uma adequada intervenção, deve-se levar em consideração tanto sua expressão como sua interação com o meio. O Inventario de Situações e Respostas de Ansiedade [ISRA] é um instrumento com formato S-R (Situações e Respostas), constituído por 224 itens, distribuídos em 22 situações concretas e 24 comportamentos de ansiedade. Com sua aplicação se obtém um perfil completo da ansiedade, isto é, o Traço geral (T) e a ansiedade nos sistemas Cognitivo (C), Fisiológico (F) e Motor (M), além da obtenção dos índices de ansiedade de Avaliação (FI), Interpessoal (FII), Fóbica (FIII) e Cotidiana (FIV). A versão brasileira do ISRA mostra uma estrutura fatorial e características psicométricas semelhantes à da versão original espanhola, revelando um alto poder de discriminação entre diferentes grupos, elevada confiabilidade de medida e notáveis índices de validade. Análises psicométricas recentes do ISRA brasileiro, mediante o uso do software PASW-18, indicam a permanência das características psicométricas dos estudos de validação, mesmo que se tenha empregado inicialmente uma amostra reduzida. Estes resultados fortalecem a sua validade e confiabilidade para o propósito da avaliação da ansiedade.

Autoria/Filiação: Carmen Amorim-Gaudêncio   Universidade Federal da Paraíba
Andréa Coutinho Sarmento   Universidade Federal da Paraíba
Layla Raissa Soares Ramalho Paulino   Universidade Federal da Paraíba
Juan José Miguel-Tobal   Universidade Complutense de Madri
Josemberg Moura de Andrade   Universidade Federal da Paraíba
Apresentação: Carmen Amorim-Gaudêncio
Palavras-chave: Ansiedade, Avaliação, ISRA

 

RESUMO (2)

Avaliação Psicológica no Contexto Organizacional

Considerando a avaliação psicológica como um processo amplo, composto não apenas por testes psicológicos como também por outras técnicas que podem ser utilizadas pelo psicólogo em sua atuação no contexto organizacional, esse trabalho pretende traçar uma discussão acerca do papel desse profissional nas organizações. A premissa para essa discussão é a possibilidade de uma atuação diferenciada que considere a avaliação dos aspectos micro, meso e macro organizacional. Por micro organizacional compreende-se uma atuação que englobe apenas as questões relacionadas ao próprio individuo, como motivação, percepção, habilidades ou estresse, dentre outros. Já a avaliação meso organizacional contemplaria também os aspectos plausíveis de avaliação e que abordam o relacionamento desse indivíduo com outros, tais como cooperação, competição e relacionamento interpessoal. Por fim, entende-se por comportamento macro organizacional as dimensões a serem avaliadas que estão relacionadas às organizações de forma mais global, ainda que possam ser obtidas por dados individuais. Nesse caso, podem ser citados estudos de clima organizacional, fusão de culturas organizacionais distintas ou mesmo da alocação das pessoas em atividades ou ambientes compatíveis às suas habilidades. Frente aos aspectos levantados, essa discussão propõe uma ampliação da visão acerca da atuação do psicólogo organizacional, levando em consideração não apenas as características de personalidade da pessoa avaliada, mas também o contexto no qual esta pessoa será inserida e as variáveis presentes nesse ambiente. Em outras palavras, cabe ao profissional identificar e, quando possível, inferir os efeitos das motivações e características individuais, alinhadas ao relacionamento com as demais pessoas e a integração com o ambiente organizacional, fugindo do estigma da avaliação focada apenas em um indivíduo e pautada na indicação ou não deste a uma determinada função. Não se tem a pretensão de encerrar, mas sim de levantar possibilidades relativas ao potencial campo de atuação do psicólogo, para além do mercado conquistado atualmente.

Autoria/Filiação: Fábio Camilo da Silva   Vetor Editora Psico pedagógica
Apresentação: Fábio Camilo da Silva
Palavras-chave: Psicologia Organizacional, Avaliação Psicológica, Habilidades

 

RESUMO (3)

A Orientação Profissional de Jovens em Situação de Risco: a Maturidade para Escolha em Questão

O presente estudo tem como objetivos apresentar um programa de Orientação Profissional (OP) destinado a jovens em situação de risco, bem como investigar em que medida os traços de personalidade e as lembranças parentais explicam a maturidade para escolha profissional. Estudos demonstram que a OP, até a década de 1980, permaneceu resumida à aplicação de testes vocacionais realizados antes das provas de vestibular, sendo mais presente no contexto de escolas particulares e de classe média. A partir desta década, o campo de atuação da OP conseguiu abranger variadas demandas, não se restringindo apenas a uma classe social. O programa de OP em questão objetiva contemplar o desenvolvimento global dos jovens. Tal programa é desenvolvido a partir de dez sessões nas quais são trabalhadas informações sobre o mercado de trabalho e determinantes da escolha profissional, bem como a aplicação de técnicas como entrevista e autobiografia e instrumentos psicológicos tais como o AIP e a BFP. A EMEP é aplicada no início e no final do processo para avaliar se o programa efetivou mudanças significativas em termos de maturidade para escolha profissional. Em relação à pesquisa, participaram 144 estudantes do Ensino Médio de escolas públicas da cidade de João Pessoa, sendo a maioria do sexo feminino (61,1%), com idades variando de 14 a 20 anos (M = 16,9; DP = 1,0). Os participantes responderam ao Inventário dos Cinco Grandes Fatores, Escala de Maturidade para a Escolha Profissional, Escala de Lembranças Parentais e a perguntas sociodemográficas. Além de estatísticas descritivas, utilizou-se análise de regressão múltipla com método Stepwise. Os resultados apontaram para a importância da personalidade, principalmente do fator abertura, na compreensão dos aspectos que envolvem a maturidade para a escolha profissional. Discute-se que a OP, enquanto avaliação psicológica, não pode ser operacionalizada de forma descontextualizada, devendo favorecer o desenvolvimento global dos envolvidos.

Autoria/Filiação: Josemberg Moura de Andrade   Universidade Federal da Paraíba
Marina Gabriela Neves do Nascimento Silva   Universidade Federal da Paraíba
Lays Andrade de Sá   Universidade Federal da Paraíba
Amanda Pereira Frazão   Universidade Federal da Paraíba
Carmem Amorim-Gaudêncio   Universidade Federal da Paraíba
Apresentação: Josemberg Moura de Andrade
Palavras-chave: Orientação Profissional, Avaliação Psicológica, Profissão

 

RESUMO (4)

Avaliação Psicológica no Contexto de Segurança Pública: Contribuições para a Seleção de Pessoal

A segurança é um dos principais aspectos na gestão da administração pública no âmbito de qualquer cidade. Nesse contexto, torna-se imprescindível a seleção de agentes de segurança cada vez mais capacitados à complexidade de sua função. Identificar as particularidades que cada contexto de aplicação da
Avaliação Psicológica requer, tem sido uma prática cada vez mais
necessária no Brasil. No contexto de Segurança Pública, foco do
presente trabalho, tal fator tem sido campo de estudos e novos
investimentos dos profissionais atuantes na área, já que tem sido alvo de constantes controvérsias e desafios, no que tange a questionamentos do âmbito jurídico e que vão além da aplicação teórico-técnica da avaliação. O processo seletivo da área de segurança pública está implicado na área de concursos públicos e requer uma série de procedimentos específicos que devem ser analisados pelo psicólogo responsável. Neste estudo apresentam-se as principais técnicas utilizadas nesse processo para, em seguida, deter-se nos aspectos mais específicos da avaliação psicológica em seleção de pessoal na área da segurança pública. Ressalta-se que a contextualização em tais processos torna-se imprescindível, já que nos dias atuais esse tipo de avaliação, realizado por meio de concurso público, detém um dos maiores processos de avaliação psicológica no Brasil, configurado de particularidades e práticas que merecem ser discutidas.

Autoria/Filiação: Cristiane Faiad   Universidade Salgado de Oliveira
Apresentação: Cristiane Faiad
Palavras-chave: Avaliação psicológica, Segurança Pública, Seleção de pessoal

 

Nome:
Altemir José Gonçalves Barbosa

Titulo:
PERSPECTIVAS EM IDENTIFICAÇÃO DE DOTAÇÃO E TALENTO

Resumo:
Desde os primórdios, as áreas de Avaliação Psicológica e identificação de dotação e talento possuem imbricações e implicações. Menciona-se, por exemplo, que as medidas e os procedimentos desenvolvidos na primeira são fundamentais para o avanço da segunda e, ao mesmo tempo, os conhecimentos sobre as características das pessoas com altas habilidades/superdotação – denominação oficial de talento e dotação no Brasil – são valiosos para que se compreendam as diferenças individuais, conceito basal da psicometria. Assim, esta mesa redonda tem como objetivo apresentar e analisar quatro perspectivas de identificação de dotação e talento. Uma das comunicações analisa o conceito e a mensuração da sobre-excitabilidade psíquica, discutindo suas contribuições para identificar dotação. Além disso, são apresentadas evidências de validade do Questionário de Sobre-Excitabilidade (QSE-Br). O conceito, as modalidades e o uso da avaliação assistida para a identificação de dotação intelectual constituem o tema do segundo trabalho desta mesa. Essa estratégia, mais conhecida por suas contribuições para a avaliação das dificuldades de aprendizagem, tem sido empregada, também, para identificar dotação intelectual e gerado resultados valorosos para o desenvolvimento de talentos. A terceira apresentação analisa as limitações das medidas brasileiras de leitura e do seu uso para identificar leitores talentosos. São apresentados resultados de um estudo que evidenciam que esses instrumentos precisam ser aprimorados para que possam, de fato, contribuir para a identificação do talento para a leitura. Para finalizar, um protocolo para identificação de dotação motora e talento para o esporte será apresentado e analisado. Composto por uma série de medidas (antropométricas, de aptidão física relacionada às

 

Palavras-chave:
SUPERDOTAÇÃO, TALENTO, IDENTIFICAÇÃO

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

AVALIAÇÃO DE SOBRE-EXCITABILIDADE DE ESTUDANTES TALENTOSOS: CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DA DESINTEGRAÇÃO POSITIVA

A Teoria da Desintegração Positiva (TDP) proposta inicialmente por Dabrowski tem sido considerada uma importante ferramenta para compreender as características de pessoas com dotação e talento (D&T) e para o desenvolver métodos e medidas que possam identificá-las. Trata-se de uma teoria do desenvolvimento da personalidade que enfatiza o papel das emoções no potencial de desenvolvimento humano. Um dos pressupostos da TDP é de que indivíduos com características de D&T tendem a possuir níveis mais altos de potencial desenvolvimental que os pares que não possuem tais características. A sobre-excitabilidade psíquica (SE), uma das formas de avaliar esse potencial de desenvolvimento, diz respeito à tendência do ser humano reagir com extrema intensidade e sensibilidade a diversos estímulos. São propostos cinco padrões de SE: Psicomotora (caracterizada por agitação motora, impulsividade e inquietação); Sensorial (diz respeito à elevada diferenciação e vivacidade de experiências sensoriais percebidas pelos cinco sentidos); Imaginativa (referente à criatividade elevada, à facilidade para fantasiar, inventar, sonhar etc.); Intelectual (caracterizada pela curiosidade, análises teóricas, reflexões filosóficas e questionamentos); e Emocional (expressa por uma gama de sentimentos, apegos, senso de responsabilidade e empatia). Diversos estudos têm demonstrado que indivíduos com D&T tendem a possuir níveis mais altos de SE, evidenciando que esta pode ser um indicador de D&T. Em âmbito internacional, o Overexcitability Questionnaire Two (OEQ-II) é a medida mais utilizada e a que mais possui evidências de validade para mensurar as SEs. Atualmente, foram conduzidos alguns estudos para analisar as propriedades psicométricas da versão brasileira do OEQ-II. Os resultados revelaram que o instrumento possui boa consistência interna e boas evidências de validade de conteúdo e de construto. Além disso, alguns indicadores da validade de critério também foram evidenciados por meio da associação de áreas de SE aos domínios de talento relacionados.

Autoria/Filiação: Juliana Célia de Oliveira   Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFJF
Apresentação: Juliana Célia de Oliveira
Palavras-chave: Sobre-Excitabilidade, Superdotação, Medidas

 

RESUMO (2)

AVALIAÇÃO ASSISTIDA: CONCEITO, TIPOS E USO PARA IDENTIFICAR POTENCIAL INTELECTUAL

A avaliação assistida é uma abordagem inovadora para avaliar as capacidades humanas, mais especificamente o potencial de aprendizagem. Ela possibilita remover as barreiras não intelectuais à expressão da inteligência porque combina avaliação e intervenção de uma forma mais dinâmica. Para essa perspectiva, o potencial de aprendizagem é considerado um indicador mais consistente para estimar capacidade cognitiva que resultados isolados de testes. Dentre outros, baseia-se no conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal de Vigotski e inclui uma diversidade de métodos, funções e objetivos. Além da obtenção de indicadores do nível de desenvolvimento cognitivo, utilizar essa estratégia possibilita detectar a sensibilidade e a responsividade dos avaliados à informação recebida. A avaliação assistida pode, por exemplo, auxiliar crianças com dificuldades de aprendizagem alcançarem índices mais elevados de desempenho ou contribuir para a identificação de um aprendiz eficiente e capaz de realizar a transferência do aprendizado de maneira mais flexível. Devido a essas características e à diversidade de aplicações dessa tecnologia, seu uso pode ser verificado em diversos contextos, como, por exemplo, na educação de estudantes com característica de dotação e talento. Nesse contexto, a avaliação assistida tem sido considerada uma estratégia mais efetiva para identificar estudantes provenientes de grupos minoritários que a abordagem psicométrica tradicional. Isso se deve, principalmente, ao fato de ela enfatizar o que o indivíduo avaliado pode produzir quando adequadamente orientado em detrimento do conhecimento verificado no momento da avaliação. Os subsídios obtidos a partir com sua aplicação possibilitam, ademais, planejar estratégias pedagógicas necessárias ao desenvolvimento do potencial dos alunos avaliados. Dessa forma, a principal contribuição da avaliação assistida é a possibilidade de obter informações que podem ser usadas para implantar programas para otimizar o desenvolvimento de estudantes com e sem dotação intelectual.

Autoria/Filiação: Carlos Eduardo de Souza Pereira   Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFJF
Apresentação: Carlos Eduardo de Souza Pereira
Palavras-chave: Avaliação Assistida, Superdotação, Inteligência

 

RESUMO (3)

ANÁLISE DE MEDIDAS BRASILEIRAS DE LEITURA E DO SEU USO PARA IDENTIFICAR LEITORES TALENTOSOS

Leitores talentosos leem mais cedo que seus pares e, pelo menos, dois níveis acima do grau de escolaridade esperado para a idade cronológica. São apaixonados pela leitura, gastam mais tempo lendo que seus pares, leem uma maior variedade de textos para adultos e apresentam maior compreensão do que é lido. Identificá-los é indispensável para atender suas necessidades educacionais especiais. Para que essa identificação ocorra, é preciso ter disponíveis medidas com evidências de validade, que sejam capazes de abarcar as várias séries do sistema educacional brasileiro e que avaliem as múltiplas faces desse comportamento complexo. Além de analisar alguns instrumentos disponíveis para avaliação da leitura no País, esta apresentação descreverá um estudo que identificou estudantes talentosos (GT), médios (GM) e inferiores (GI) em leitura. Foram avaliados 528 estudantes de quatro escolas de uma cidade interiorana do estado de Minas Gerais. A avaliação foi feita com o subteste de leitura do TDE (Teste do Desempenho Escolar), um teste de Cloze e a Escala de Característica de Leitura (ECL). Utilizando o TDE, foram identificados 315 estudantes, dos quais 45,1% foram classificados no GM, 40,6% no GT e 14,3% no GI. Com o teste de Cloze, extraiu-se um total de 195 alunos, sendo que 49,2% deles compuseram o GM, 29,7% o GI e 21% o GT; com a ECL foram incluídos 215 discentes, sendo o GM composto por 47,9%, o GT por 32,1% e o GI por 20%. Esses resultados denotam a necessidade de desenvolver novos instrumentos que sejam mais adequados para a identificação do leitor talentoso, uma vez que todos apresentaram sobrenomeação, evidenciando que, apesar de serem adequados às características dos estudantes médios e inferiores, eles podem apresentar efeito teto quando se tratam de leitores talentosos. Lamentavelmente, outros instrumentos disponíveis no Brasil parecem não ser muito diferentes dos utilizados para este estudo.

Autoria/Filiação: Lara Carolina de Almeida   Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social da UERJ
Apresentação: Lara Carolina de Almeida
Palavras-chave: leitura, medidas, talento

 

RESUMO (4)

IDENTIFICAÇÃO DE DOTAÇÃO MOTORA E TALENTO PARA O ESPORTE

O Differentiated Model of Giftedness and Talent é um modelo teórico que explica como as capacidades naturais apresentadas pelos indivíduos nos domínios intelectual , criatividade, social, perceptivo e físico (muscular e controle motor) podem ser transformadas em talentos, ou seja, em habilidades sistematicamente desenvolvidas nos diversos campos de conhecimento humano, como, por exemplo, acadêmico, artístico, social, tecnológico e esportivo. Para que a dotação sensório-motora seja desenvolvida e, portanto, observável como excelência na prática esportiva, é necessária uma complexa interação entre catalisadores pessoais (fatores físicos, de personalidade, motivacionais etc.) e ambientais (pais, escola, programas de desenvolvimento, etc). Nesse modelo há, também, um terceiro catalisador: o acaso. Trata-se da probabilidade de uma criança nascer em determinada região, em determinada família ou, ainda, a probabilidade de que as suas capacidades naturais sejam valorizadas em seu contexto social específico. Compreender esse processo e os fatores que o compõem é fundamental para desenvolver talentos esportivos. Com base nesses pressupostos, propõe-se um protocolo para identificar dotação motora e talento para o esporte. Ele é composto por medidas antropométricas (peso, altura, envergadura), avaliações da aptidão física relacionada à saúde (força, flexibilidade, resistência) e da aptidão física relacionada às habilidades (agilidade, coordenação, equilíbrio, velocidade), de testes motores, de um instrumento de nomeação por pares e questionários sobre a motivação para a prática e não prática de atividades esportivas. Abrange, ademais, uma medida de sobre-excitabilidade psicomotora, sendo esta definida como uma característica de pessoas intensamente ativas, agitadas, muito falantes e com dificuldade em se manter paradas. Enfatiza-se a importância na definição de instrumentos de avaliação do domínio motor que considerem fatores genéticos e ambientais na identificação de dotação motora e talento para o esporte.

Autoria/Filiação: Emerson Rodrigues Duarte   Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFJF
Apresentação: Emerson Rodrigues Duarte
Palavras-chave: Motricidade, Talento, Esporte

 

Nome:
Elizabeth do Nascimento

Titulo:
PESQUISAS BRASILEIRAS SOBRE COMPORTAMENTOS CONTRAPRODUTIVOS NO TRABALHO

Resumo:
A mesa redonda contempla estudos brasileiros sobre comportamentos contraprodutivos no contexto organizacional, denominados CCT. Duas investigações tiveram como objetivo levantar propriedades psicométricas de instrumentos internacionais adaptados para o contexto brasileiro. A primeira apresentação contemplará a investigação da versão adaptada da Workplace Deviance Scale. A segunda apresentação versará sobre a German Self-Report Questionnaire. A terceira apresentação reportará um estudo sobre a relação entre variáveis situacionais e comportamentos contraprodutivos no trabalho, cuja coleta se deu em duas regiões brasileiras. Espera-se com a proposta dessa mesa redonda dar continuidade ao processo de divulgação de estudos empíricos sobre CCT e de discussão com a comunidade acadêmica sobre diferentes aspectos desse construto emergente.

 

Palavras-chave:
Contraprodutividade, Adaptação Cultural, Testes

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

ESTUDO SOBRE A RELAÇÃO ENTRE PERCEPÇÃO DE JUSTIÇA DISTRIBUTIVA, SATISFAÇÃO E COMPORTAMENTOS CONTRAPRODUCENTES NO TRABALH

A apresentação contemplará um estudo sobre a relação entre variáveis situacionais (Percepção de Justiça Distributiva e Satisfação no Trabalho) e Comportamentos Contraproducentes no Trabalho (CCTs). CCTs são atos voluntários que prejudicam o bem-estar da organização e de seus membros. Variáveis situacionais podem provocar CCTs, quando são motivadoras desses comportamentos em resposta a uma situação desfavorável no trabalho. O estudo contou com a participação de 380 adultos, residentes na região metropolitana de Belo Horizonte/MG e em cidades do interior da Bahia, de empresas públicas e privadas, todos com vínculo empregatício formal há mais de um ano e em diferentes setores de trabalho e nível hierárquico e socioeconômico, com formação acadêmica mínima correspondente ao ensino médio completo. Para coleta de dados optamos pela aplicação coletiva, no próprio ambiente de trabalho do participante das seguintes escalas, a saber: uma escala de Percepção de Justiça Distributiva, uma escala de Satisfação no Trabalho, uma escala de Desejabilidade Social e duas escalas de que avaliam Comportamento Contraproducente, de maneira direta e indireta. As análises dos resultados revelaram associações entre as variáveis situacionais e CCTs.

Autoria/Filiação: Mônica Freitas Ferreira   Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
Elizabeth do Nascimento   Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
Apresentação: Mônica Freitas Ferreira
Palavras-chave: Comportamento Contraprodutivo no Trabalh, Percepção de Justiça, Satisfação

 

RESUMO (2)

INVESTIGAÇÃO PSICOMÉTRICA DA VERSÃO ADAPTADA PARA O BRASIL DO GERMAN SELF-REPORT QUESTIONNAIRE

O German Self-Report Questionnaire (GSQ) é um instrumento de autorrelato criado para avaliar os comportamentos contraprodutivos no trabalho (CCT). Na literatura sobre CCT esse questionário é avaliado positivamente em razão do rigor metodológico utilizado na sua elaboração e da abrangência de comportamentos contemplados. O GSQ é composto por 74 itens que mensuram os CCT’s de forma explícita por meio de uma escala de frequência de ocorrência do tipo likert. A pesquisa de adaptação desse questionário para o contexto brasileiro envolveu as etapas de tradução, retrotradução, análises de juízes e semântica, bem como a aplicação em uma amostra heterogênea de adultos trabalhadores. Como parte do processo de adaptação, as propriedades psicométricas foram analisadas. Além da análise psicométrica dos itens, foi levantada evidência de validade da estrutura interna (Análise Fatorial Exploratória). Os resultados dessas análises serão apresentados e comparados com os obtidos com a versão original. Implicações para a proposição do construto contraprodutividade serão discutidas.

Autoria/Filiação: Jéssica Evelyn de Andrade   Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
Lívia Maria Maia Mendonça   Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
Ana Cecília Araújo de Morais Coutinho   Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
Elizabeth do Nascimento   Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
Apresentação: Elizabeth do Nascimento
Palavras-chave: Contraprodutividade, Adaptação Cultural, GSQ

 

RESUMO (3)

ANÁLISE PSICOMÉTRICA DA VERSÃO ADAPTADA DA WORKPLACE DEVIANCE SCALE – WDS

Os comportamentos contraprodutivos no trabalho (CCTs) constituem sério problema para as organizações. Seus efeitos produzem graves consequências, que podem ser estimadas pelos altos custos financeiros que geram para as empresas e, em termos humanos, pela capacidade que possuem em afetar a saúde e o bem-estar dos empregados. Diante do impacto negativo que provocam e no propósito de compreender tais comportamentos, estudos têm focado na investigação de atos como roubo, fraude, vandalismo, bullying, assédio sexual, sabotagem, entre outros, e também instrumentos de medida têm sido desenvolvidos com a finalidade de avaliá-los. Face à inexistência desse tipo de instrumento em nosso contexto, o processo de adaptação e validação da Workplace Deviance Scale – WDS, uma das escalas mais citadas na literatura para avaliação de CCTs, está sendo conduzido pelo LADI- Laboratório de Avaliação das Diferenças Individuais, da UFMG. A WDS pretende mensurar com que frequência uma pessoa se envolveu em CCTs, no último ano. A escala é composta de 19 itens, respondidos em uma escala Likert de cinco pontos, que avaliam duas dimensões de desvios: os organizacionais (atos que prejudicam diretamente a organização) e os desvios interpessoais (atos que causam danos diretamente aos seus membros). Em prosseguimento ao processo de adaptação, o presente estudo tem por objetivo apresentar os resultados encontrados na etapa de levantamento dos parâmetros psicométricos validade e precisão. A validade foi investigada por meio de Análise Fatorial Exploratória, para se verificar a estrutura interna da escala. Para a precisão foi empregado o método da consistência interna. Os achados indicaram índices psicométricos satisfatórios. Contudo, levam à reflexão sobre o modelo bidimensional proposto pelas autoras da WDS quando do desenvolvimento do instrumento original.

Autoria/Filiação: Ana Cecília Araújo de Morais Coutinho   Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
Jéssica Evelyn de Andrade   Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
Mônica Freitas Ferreira   Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
Elizabeth do Nascimento   Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG
Apresentação: Ana Cecília Araújo de Morais
Palavras-chave: Contraprodutividade, Adaptação Cultural, WDS

 

Nome:
ANA CRISTINA BARROS DA CUNHA

Titulo:
PROPOSTAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE CUIDADORES DE CRIANÇAS EM CONDIÇÃO CRÔNICA DE DESENVOLVIMENTO E SAUDE

Resumo:
Crianças em condição de risco para o desenvolvimento e saúde necessitam frequentemente de períodos médio a longo de internação e acompanhamento médico e/ou terapêutico especializado permanente. Assim, cuidar de uma criança nestas condições pode resultar nos cuidadores reações de stress relacionadas a uma significativa sobrecarga emocional, que podem ser minimizadas com intervenções baseadas em avaliação psicológica adequada. Considerando as especificidades de diferentes condições crônicas infantis, a presente mesa-redonda discutirá propostas de avaliação psicológica de cuidadores de crianças com doenças e condições crônicas de desenvolvimento. Será composta por quatro comunicações de pesquisas desenvolvidas por pesquisadores do GT/ANPEPP Psicologia Pediátrica que usaram em suas propostas o Inventário Zarit Burden Interview, para avaliação da sobrecarga emocional de cuidadores. Na primeira comunicação avaliou-se em 26 pais/cuidadores de crianças com Transtorno do Espectro Autístico indicadores de estresse e de depressão, além do nível de sobrecarga emocional. A segunda comunicação avaliou-se as condições emocionais envolvidas no processo de enfrentamento de seis mães de crianças com malformações congênitas. Na terceira comunicação avaliou-se o índice de sobrecarga materna de 52 crianças com epilepsia e seu possível papel como fator de risco para a qualidade de vida destas crianças. Na quarta comunicação avaliou-se a sobrecarga emocional vivenciada e a qualidade de vida das mães/cuidadoras de 21 crianças com manifestação de doenças decorrentes de Erro Inato de Metabolismo (EIM). Com intuito de contribuir para divulgação da área, discutem-se essas propostas de avaliação psicológica de populações em condição de risco como base para o planejamento de intervenções eficazes.

 

Palavras-chave:
sobrecarga emocional, cuidadores, problemas de desenvolvimento

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

CONDIÇÕES EMOCIONAIS E DE ENFRETAMENTO DO CUIDADOR DE CRIANÇAS COM MALFORMAÇÕES CONGENITAS

A prevalência de nascimentos com malformações congênitas no Brasil é de 5% dos bebês nascidos vivos, com problemas de causalidade multifatorial, tais como mielomeningocele e hidrocefalia. Tal condição exige da família intenso processo de adaptação à situação a ser enfrentada, já que a condição de nascimento da criança afeta os familiares, tanto quanto a criança é afetada pela forma como a família lida com as exigências da situação. O objetivo deste estudo foi avaliar as condições emocionais envolvidos no processo de enfrentamento de cuidadores de crianças com malformações congênitas. Participaram seis mães de crianças com mielomeningocele (n=04) e hidrocefalia (n=02), submetidas à cirurgia após nascimento e acompanhas na Maternidade-escola da UFRJ. Para maioria das mães (n=04) tratava-se da primeira gestação e todas contavam com suporte familiar, ainda que somente duas trabalhassem fora. Todas declararam praticar uma religião, sendo três protestantes, duas católicas e uma espírita. Foram aplicados os seguintes instrumentos, individualmente: 1) Protocolo de dados gerais, para identificação das variáveis psicossociais pessoais e familiares; 2) Escalas EMEP – Escala Modos de Enfretamento de Problemas, para avaliação psicológica das estratégias de enfrentamento (coping) frente a malformação fetal; e 3) Inventário Zarit Burden Interview, versão brasileira da escala para avaliação da sobrecarga emocional de cuidadores. Todas as mães apresentaram sinais de sobrecarga emocional de leve a moderada. Em contrapartida, os dados da avaliação do enfrentamento destas mães frente a malformação congênita revelaram que elas utilizavam um estilo de coping baseado na busca de práticas religiosas, o que corrobora com a informação declarada de que praticavam uma religião. Ainda que a amostra seja pequena para generalização dos dados, pode-se afirmar que a sobrecarga emocional de situações de risco ao desenvolvimento, como a malformação congênita, pode ser minimizada quando o cuidador enfrenta o problema com base em estratégias em acordo com seu estilo de coping.

Autoria/Filiação: Ana Cristina Barros da Cunha   Instituto de Psicologia; Maternidade-Escola, UFRJ; Programa de Pós-graduação em Psicologia, UFES
Claudia Lucia Vargas Caldeira   Maternidade-Escola, UFRJ;
Gabriela Serpa Medina   Instituto de Psicologia, UFRJ
Apresentação: Ana Cristina Barros da Cunha
Palavras-chave: cuidadores, sobrecarga emocional, coping

 

RESUMO (2)

STRESS E SOBRECARGA EMOCIONAL EM CUIDADORES DE CRIANÇAS COM TRANSTORNOS AUTISTICOS

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do desenvolvimento que compartilha sintomas centrais no comprometimento em três áreas específicas do desenvolvimento: déficits de habilidades sociais, déficits de habilidades comunicativas (verbais e não-verbais) e presença de comportamentos, interesses e/ou atividades restritos, repetitivos e/ou estereotipados. A literatura discute a importância do diagnóstico precoce e de compreender e analisar o impacto do TEA nos pais-família/cuidadores. Estes, por sua vez, enfrentam o desafio de ajustar seus planos e expectativas às limitações dessa condição, o que propicia o aparecimento de problemas de saúde resultantes do stress e da sobrecarga emocional. O presente estudo tem por objetivo avaliar nos cuidadores de crianças com TEA: a) indicadores de estresse; b) o nível de sobrecarga emocional. Participaram do estudo 26 cuidadores de crianças com diagnóstico clínico de TEA atendidas no Ambulatório de Autismo do Serviço Caminhar no HUBFS-UFPA. Na coleta de dados utilizou-se o Inventário de Sintomas de Stress para adultos de Lipp (ISSL), a Escala de Sobrecarga (Burden Interview) e o Inventário de Depressão de Beck (BDI). A coleta de dados ocorreu em uma sessão para aplicação dos instrumentos. Os resultados parciais apontam à predominância do que gênero feminino (86%) entre os cuidadores. A média de idade dos participantes foi de 36 anos (±6,9), a mediana dos anos de escolaridade foi 11 anos (6-17). A maioria dos cuidadores desenvolve atividade do lar (60%). Quanto aos indicadores de stress 66% apresentaram stress, predominando a fase de resistência (0,83), o tipo de sintoma psicológico (0,91). Com relação a sobrecarga emocional, todos os participantes apresentaram algum nível de sobrecarga, predominando nível leve (54%). Conclui-se que se faz necessário a implementação de suporte psicológico aos cuidadores de crianças com TEA a fim de auxiliá-los frente a instabilidade emocional.

Autoria/Filiação: Ana Emilia Vita Carvalho   Curso de Medicina, Centro Universitário do Pará
Amira Consuelo de Melo Figueiras   Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Pará
Letícia Holanda Assunção   Curso de Medicina, Centro Universitário do Pará, Belém, PA
Luciana Cristina Menezes Martins dos Santos   Curso de Medicina, Centro Universitário do Pará, Belém, PA
Natália Rodrigues Eugênio   Curso de Medicina, Centro Universitário do Pará, Belém, PA
Apresentação: Ana Emilia Vita Carvalho
Palavras-chave: autismo, estresse, cuidador

 

RESUMO (3)

O PAPEL DA SOBRECARGA MATERNA NA QUALIDADE DE VIDA DE CRIANÇAS PORTADORAS DE EPILEPSIA

A epilepsia é um dos transtornos crônicos mais comuns da infância, com incidência global de aproximadamente 4/100.000 crianças/ano. O tratamento consiste, basicamente, de medicação e cirurgia. Avalia-se a eficácia do tratamento tanto pela redução do número de crises como pela melhoria da qualidade de vida da criança e sua família, cuja rotina muda com o diagnóstico e atinge, primordialmente, a mãe. Frequentemente, ela renuncia à sua profissão e lazer, com alto grau de sobrecarga e prejuízo para sua qualidade de vida e da criança. Neste estudo procurou-se avaliar o índice de sobrecarga materna de crianças com epilepsia e seu possível papel como fator de risco para a qualidade de vida da criança epiléptica. No ambulatório de Neuropediatria do município de Maringá-PR, foram selecionadas 52 crianças com diagnóstico de epilepsia há mais de um ano, com idade entre quatro e 12 anos, que,assim como os pais, pudessem responder aos instrumentos. Para avaliar a qualidade de vida foi utilizada a escala AUQUEI,respondida pelos pais e pelas crianças. Para avaliar a sobrecarga do cuidador, as mães reponderam à versão brasileira do Zarit Burden Interview.Os dados foram submetidos a tratamento estatístico. Tanto as mães como as crianças consideraram ruim a qualidade de vida da criança, com maior prejuízo nos domínios autonomia e lazer. As mães avaliaram sua sobrecarga como moderada (Md 29,0). A sobrecarga teve um efeito altamente significativo (p<0,001) sobre a qualidade de vida. Crianças com epilepsia, cujas mães referiram maior sobrecarga, tinham 24% mais chance de ter pior qualidade de vida que crianças cujas mães referiram baixa sobrecarga. Os resultados alertam para a necessidade de compartilhar a desgastante tarefa de cuidar de uma criança com doença crônica, com objetivo de prevenir a sobrecarga materna, que pode afetar sua qualidade de vida assim como da criança.

Autoria/Filiação: Gimol Benzaquen Perosa   Programa de Pós –Graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP
Maria do Rosario Martin   Programa de Pós –Graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP
Apresentação: Gimol Benzaquen Perosa
Palavras-chave: epilepsia, qualidade de vida, sobrecarga

 

RESUMO (4)

SOBRECARGA E QUALIDADE DE VIDA DE MÃES DE CRIANÇAS COM ERRO INATO DE METABOLISMO (EIM).

Diversos estudos têm descrito o caráter impactante da doença crônica de uma criança na dinâmica familiar, sobretudo com relação à figura materna. O sofrimento da mãe cuidadora toma proporções vultosas, já que nesta situação estão envolvidas, não apenas a rotina estressante de cuidados, mas, sobretudo, a relação, que instintiva ou socialmente construída, liga uma mãe a seu filho. O presente estudo teve como objetivo geral avaliar a sobrecarga emocional vivenciada e a qualidade de vida das mães/cuidadoras. Para tanto este estudo contou com 21 mães de crianças portadoras de EIMs, com envolvimento neurológico grave, acompanhados no Ambulatório de EIM do HCFMRP-USP, de ambos os sexos, com idade até 10 anos, cuja manifestação da doença se deu até os 3 anos de idade da criança e, há, pelo menos, 2 anos. A coleta de dados foi realizada em um encontro com cada participante, na seguinte seqüência: entrevista, aplicação do WHOQOL-Bref e a seguir da Burden Interview. Os dados foram analisados de acordo com as normas dos instrumentos. Constatou-se intenso sofrimento, vivenciado pelas mães, em decorrência do adoecimento da criança e de sua dependência, da possibilidade de morte, incerteza quanto ao desenvolvimento do filho e preconceito das outras pessoas. A satisfação com relação à própria qualidade de vida, mostrou-se baixa em todos os domínios avaliados pelo instrumento (físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente), sobretudo no âmbito dos relacionamentos sociais. Os índices de sobrecarga encontram-se na faixa entre leve e moderada.Pode-se concluir quão dinâmica e conflitiva se faz a vivência de maternidade no contexto de adoecimento da criança por EIM, remetendo a importância do desenvolvimento de intervenções terapêuticas sensíveis às características e necessidades específicas desta população, bem como a colaboração para o desenvolvimento de serviços de saúde mais preparados para lidar com as famílias destas crianças e, mais especificamente, com suas mães.

Autoria/Filiação: Eucia Beatriz Lopes Petean   Programa de Pós Graduação em Psicologia. Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto-
Angela Cristina Pontes-Fernandez   Programa de Pós Graduação em Psicologia. Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto-
Apresentação: Eucia Beatriz Lopes Petean
Palavras-chave: qualidade de vida, sobrecarga, doença cronica

 

Nome:
Cláudio Simon Hutz

Titulo:
Psicologia Positiva e Criatividade: Condições essenciais na avaliação psicológica da saúde mental

Resumo:
Diversas são as características ou forças de caráter ressaltadas pela Psicologia Positiva como facilitadoras da saúde mental. Dentre elas se destacam o bem-estar subjetivo, as emoções positivas, a gratidão, a resiliência e o otimismo. Considerando que a criatividade favorece várias destas condições, propõe-se que esta seja discutida em relação aos benefícios que proporciona ao sentimento ou estado de bem-estar psicológico. Neste sentido, aos avanços realizados no desenvolvimento de medidas brasileiras relacionadas à Psicologia Positiva devem ser agregados àqueles que consideram a criatividade como auxiliar essencial para obtenção destas condições. Pretende-se, portanto oferecer um panorama das pesquisas brasileiras sobre instrumentos validados sobre estes temas, demonstrando que já existe um considerável conhecimento para a identificação das forças de caráter que propiciam a saúde mental.

 

Palavras-chave:
Psicologia Positiva, Criatividade, Bem estar subjetivo

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Validação e Normatização de Instrumentos para Avaliação em Psicologia Positiva no Brasil

A Psicologia moderna inicia sua trajetória como uma ciência que visava estudar a mente, sua estrutura ou funcionamento, mas rapidamente se tornou uma ciência voltada para lidar com transtornos, dificuldades e sofrimento mental. Em conseqüência, os modelos que surgem para explicar o funcionamento humano foram modelos de doença. A fraqueza tem prioridade sobre a força e a capacidade humana de viver uma vida plena e feliz. A Psicologia Positiva surge como uma alternativa, propondo que o foco deve mudar da ênfase “em consertar as piores coisas da vida para construir as melhores qualidades da vida” (Seligman, 2005). Essa nova perspectiva começa a se desenvolver em 1980 e, na última década teve grande impacto na prática psicológica. O presente trabalho fará uma apresentação dos avanços na adaptação, validação e normatização de instrumentos para a avaliação em psicologia positiva, com aplicações nas mais variadas áreas. São instrumentos para avaliar Bem-estar subjetivo (satisfação de vida e afetos positivos e negativos), esperança cognitiva e disposicional, otimismo, autoestima e autoeficácia.

Autoria/Filiação: Claudio Simon Hutz   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Claudio Simon Hutz
Palavras-chave: Psicologia Positiva, instrumentos de avaliação, bem estr subjetivo

 

RESUMO (2)

Otimismo e criatividade: Elementos facilitadores do sentido de destino positivo

A criatividade pode ser definida como um processo de solução de problemas, sejam estes de cunho pessoal ou profissional. Neste sentido, a criatividade sempre supõe uma atitude otimista ao propor que todo problema tem uma solução, ou melhor, várias soluções, que podem ser encontradas ao se estimular o pensamento divergente. A pessoa criativa pode ser caracterizada, portanto, como estando aberta às novas ideias, denotando o seu otimismo, ao buscar soluções novas ou originais para as situações que se apresentam, expressando assim sua esperança na superação dos obstáculos encontrados ao invés de da resignação. As comparações entre os resultados da escala de Estilos de Pensar e Criar de Wechsler com os fatores da Bateria Fatorial de Personalidade de Nunes, Hutz e Nunes, têm demonstrado relações significativas e positivas entre os elementos que indicam criatividade e os fatores relacionados com o bem estar subjetivo. O estilo de pensar Inconformista-Inovador tem estado relacionado (p≤0,05) com a Busca por Novidades, o estilo Emocional-Intuitivo e o Relacional-Divergente com o fator de Competência, além deste último também se encontrar relacionado com Abertura às Novas Idéias (p≤0,02) Um estudo de caso exemplificando a relação entre criatividade verbal e bem estar subjetivo será apresentado. Assim sendo, os resultados indicam que a criatividade facilita a saúde mental e permite conseguir realizações que contribuem para o sentido de destino positivo.

Autoria/Filiação: Solange Muglia Wechsler   Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Apresentação: Solange Muglia Wechsler
Palavras-chave: Criatividade, otimismo, Bem estar subjetivo

 

RESUMO (3)

Criatividade e Motivação: Uma Relação Necessária

Estudos sobre criatividade realizados nas últimas duas décadas têm analisado a influência da motivação no processo criativo. Evidências empíricas e relatos autobiográficos sugerem que o trabalho criativo requer um alto nível de motivação. Para muitos pesquisadores, é a mola mestra que leva o indivíduo a se dedicar e a se envolver no trabalho com prazer e dedicação. Dois tipos de motivação - intrínseca (o indivíduo que se engaja em uma determinada atividade por vontade própria porque ele a percebe como interessante e desafiadora) e extrínseca (o envolvimento do indivíduo em uma atividade se deve a uma recompensa ou reconhecimento externo a ser recebido ao final do cumprimento da tarefa) - estão frequentemente em interação, combinando-se mutuamente para fortalecer a criatividade. As pessoas criativas são apaixonadas pelo trabalho, mas são também extremamente objetivas em relação a ele. Sem a paixão, o indivíduo logo perde o interesse pela tarefa. Sem objetividade, o trabalho pode perder a credibilidade. O desafio está em encontrar um ponto de equilíbrio entre esses extremos. Alguns estudiosos associam ainda motivação ao conceito de flow, fluir em português, que diz respeito a um estado de concentração profundo e prazer pleno em estar envolvido na atividade em execução. É importante destacar, contudo, que um ambiente social estimulador é vital para o desenvolvimento não só de atitudes e habilidades, como também de motivações. Um ambiente desfavorável não oferece o suporte adequado para que o indivíduo encontre um estado de flow necessário para a realização criativa. Nesta apresentação serão discutidos modelos teóricos e resultados de estudos acerca da relação entre criatividade e motivação.

Autoria/Filiação: Denise de Souza Fleith   Universidade de Brasilia
Apresentação: Denise de Souza Fleith
Palavras-chave: Criatividade, motivação, flow

 

RESUMO (4)

Medindo Gratidão como Dimensão Positiva do Bem-estar Subjetivo: Evidências de Validade de Construto do QG-6

A gratidão é um elemento central no conceito de bem-estar subjetivo, porém este construto tem recebido pouca atenção no Brasil. Esta comunicação tem como objetivo apresentar uma medida abreviada de gratidão, reunindo evidências de sua validade de construto (validades fatorial e critério e consistência interna). Dois estudos foram realizados. O Estudo 1 teve lugar em João Pessoa (PB), contando com a participação de 314 estudantes universitários de sete cursos, com idade média de 21 anos, a maioria do sexo feminino (74,5%), os quais responderam o Questionário de Gratidão (QG-6) e perguntas demográficas (e.g., sexo, idade). Os resultados de uma análise de componentes principais indicou uma estrutura unifatorial, explicando 38% da variância total (alfa de Cronbach, α = 0,63). O Estudo 2 contou com a participação de 1007 estudantes universitário de seis capitais (Goiânia, João Pessoa, Macapá, Porto Alegre, Teresina e Vitória), apresentando idade média de 23 anos, sendo a maioria do sexo masculino. Estes responderam, além do QG-6 (α = 0,74), medidas de sentido de vida (vazio, realização e desespero existenciais) e ideação suicida (atração e repulsa pela vida). Coerentemente, pessoas que pontuaram alto em gratidão o fizeram também em realização existencial (r = 0,51, p < 0,001) e atração pela vida (r = 0,49, p < 0,001), padrão que foi contrário ao observado para o vazio e o desespero existenciais (r = -0,51 e -0,48, respectivamente p < 0,001 para ambos), assim como em relação à repulsa pela vida (r = -0,48, p < 0,001). Concluiu-se que os achados apoiaram as evidências psicométricas de validades (fatorial e critério) e precisão (consistência interna) do QG-6 no contexto brasileiro, podendo ser empregado em pesquisas futuras. Além disso, ficou evidente a importância do construto gratidão para compreender dimensões do bem-estar subjetivo, a exemplo de sentido de vida e, em oposição, a ideação suicida.

Autoria/Filiação: Valdiney V. Gouveia   Universidade Federal da Paraíba
Thiago Antonio Avellar de Aquino   Universidade Federal da Paraíba
Apresentação: Valdiney V. Gouveia
Palavras-chave: Gratidão, bem-estar subjetivo, sentido de vida

 

Nome:
Valdiney Veloso Gouveia

Titulo:
PSICOPATIA: AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E DIFERENÇAS INDIVIDUAIS

Resumo:
Psicopatia é definida como síndrome que se expressa pela concomitância entre conduta antissocial e déficits emocionais e interpessoais específicos. Seu estudo traz insights aos processos básicos relacionados à regulação emocional e ao funcionamento executivo: indivíduos psicopatas apresentam déficits de controle inibitório e baixa reatividade emocional, resultando em padrão comportamental de ousadia, egoismo, insensibilidade emocional, autoconfiança, agressividade, dominância, torpeza e desinibição. Ainda, criminosos psicopatas respondem por um número desproporcional de crimes, particularmente os de natureza violenta, ressaltando a relevância social do tema. Desse modo, considerável esforço tem sido empregado a fim de desenvolver modelos teóricos que possibilitem agir sobre o fenômeno psicopático com fins de prevenção, diagnóstico e tratamento. Todavia, há controvérsias acerca das definições do construto psicopatia, o que traz importantes limitações tanto para clínicos quanto pesquisadores. Esta Mesa Redonda objetiva problematizar o construto psicopatia, apresentando resultados de pesquisas que abordam aspectos teóricos e de sua medição. A primeira comunicação apresenta uma revisão de estudos prévios e oferece evidências empíricas que sugerem a adequação de tratar a psicopatia como uma variável dimensional, não se limitando a rotular uma categoria inconteste de indivíduos. A segunda procura avaliar duas medidas de psicopatia (P–Scan e PCL:SV), checando o poder discriminativo de seus itens, sua consistência interna e convergência entre si. Finalmente, a terceira comunicação visa introduzir uma medida implícita de psicopatia, mostrando sua pertinência como uma alternativa para avaliar este tipo de personalidade, correlacionando-a com a Medida Triárquica de Psicopatia.

 

Palavras-chave:
Psicopatia, Personalidade, Medida

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

AVALIANDO A PSICOPATIA: ESTUDO PRELIMINAR DE ADAPTAÇÃO DAS ESCALAS HARE P-SCAN E PSYCHOPATHY CHECKLIST SCREENING VERSION

O presente estudo teve como propósito a avaliação de duas das medidas de triagem da psicopatia mais utilizadas em todo o mundo: Hare Psychopathy–SCAN Research Version (P–Scan) e Psychopathy Checklist: Sreening Version (PCL:SV). Especificamente, buscou-se realizar tradução da P-Scan e adaptação dos dois instrumentos, verificar o poder discriminativo de seus itens, bem como sua consistência interna, além da correlação existente entre os dois instrumentos e a concordância entre a reposta dos dois avaliadores (ICC), no caso da PCL-SV. Participaram 50 estudantes universitários, a maioria do sexo feminino (70%), solteira (96%), distribuída entre os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Biblioteconomia, Ciências Sociais, Direito, Economia, Enfermagem, Engenharia de Pesca, Engenharia Mecânica, Estatística, Finanças, Letras, Medicina, Pedagogia, Psicologia e Secretariado. Estes apresentaram idade média de 21,4 anos (dp = 3,56, amplitude de 18 a 36) e responderam a uma entrevista semiestruturada, realizada por dois avaliadores, que foi utilizada para a pontuação da PCL-SV. A entrevista foi desenvolvida tendo como base os procedimentos utilizados para pontuação da Psychopathy Checklist Revised – PCL-R, uma vez que a literatura acerca da temática aponta as duas como altamente correlacionadas. Além da entrevista, os participantes responderam à adaptação da Hare Psychopathy–SCAN Research Version, à Escala de Desejabilidade Social de Marlowe-Crowne, e ainda a perguntas sociobiodemográficas. Os resultados do estudo apoiaram parcialmente a adequação psicométrica das medidas. Além disso, verificou-se correlação positiva entre os dois instrumentos estudados. Considera-se que os objetivos da pesquisa foram atingidos, configurando-se como um passo importante para o estudo da psicopatia no Brasil. Em relação à adaptação dos instrumentos, confia-se, embora não seja definitiva, foi satisfatoriamente alcançada. Os resultados foram discutidos à luz da literatura e pesquisas futuras foram sugeridas.

Autoria/Filiação: Walberto Silva dos Santos   Universidade Federal do Ceará
Marina Serejo Girão   Universidade Federal do Ceará
Apresentação: Walberto Silva dos Santos
Palavras-chave: Psicopatia, P-Scan, PCL: SV

 

RESUMO (2)

MEDIDA IMPLÍCITA DE PSICOPATIA: ELABORAÇÃO E EVIDÊNCIAS DE VALIDADE CONVERGENTE

A presente comunicação tem como objetivo apresentar a Medida Implícita de Psicopatia (MIP), que pode ser respondida em ambiente virtual (online) ou diretamente no computador. Compreende um conjunto de dez imagens, igualmente distribuídas em cenas de amor (carinho, afeto) e catástrofe (acidente, assassinato), e palavras positivas (lindo, apaixonante, empolgante, estimulante e sensacional) e negativas (lamentável, patético, deplorável, repugnante e nojento). Procura-se avaliar o tempo de reação com que as pessoas associam as palavras positivas e negativas com as imagens, computando para isso medidas de tempos de congruência e incongruência, escores convencional e D. Um grupo de 225 pessoas participaram do estudo, sendo a maioria do sexo feminino (76,4%), com idades variando de 18 a 61 anos (m = 27,1, dp = 8,87). Estes responderam a MIP, a Medida Triárquica de Psicopatia (TriMP) e perguntas demográficas, que foram disponibilizadas na internet durante um mês. Os resultados sugerem que esta pode ser uma medida adequada de psicopatia, apresentando evidências de validade convergente com a TriMP. Destaca-se sua natureza implícita, que a faz menos influenciada pela desejabilidade social do que as medidas explícitas, tipo lápis e papel, e assegura, presumivelmente, acessar conteúdos inconscientes ou não intencionais, favorecendo medir este traço de personalidade de forma menos evidente. Conclui-se, portanto, que a MIP é uma medida promissora, podendo ser empregada juntamente com instrumentos de autorrelato para ter uma avaliação mais completa e mapear pessoas que possam mostrar traços de psicopatia. Entretanto, reconhece-se a necessidade de ampliar a amostra, procurando incluir mais indivíduos do sexo masculino e aqueles envolvidos em condutas socialmente desviantes, que são mais propensos a apresentar comportamentos reveladores de psicopatia.

Autoria/Filiação: Valdiney Veloso Gouveia   Universidade Federal da Paraíba
Rildésia S. V. Gouveia   Centro Universitário de João Pessoa
Hudson de Carvalho   Universidade Federal de Pelotas
Renan Pereira Monteiro   Universidade Federal da Paraíba
Apresentação: Valdiney Veloso Gouveia
Palavras-chave: Psicopatia, Personalidade, Medida Implícita

 

RESUMO (3)

PSICOPATIA: TAXON OU DIMENSÃO?

Carolus Linnaeus inventou, no Século XVIII, um sistema taxonômico que permitiu a classificação de todos os seres vivos de acordo com a presença ou ausência de determinadas características constitutivas. Em uma extensão a esse sistema, diversos autores buscaram descrever a psicopatologia e a saúde mental em termos de categorias às quais seria possível alocar todos os indivíduos da população. Em muitas perspectivas teóricas, a psicopatia tem sido considerada, explícita ou implicitamente, como uma taxon, ou seja, uma categoria não-arbitrária de indivíduos qualitativamente distintos dos demais. No entanto, nem sempre concepções taxônicas da psicopatia têm sido embasadas em resultados empíricos - em parte, em função da crença de que a questão é apenas filosófica e envolve premissas não diretamente testáveis. Em contraste, Paul Meehl desenvolveu um método estatístico, a análise taxométrica, capaz de viabilizar o teste empírico de se uma variável psicológica se ajusta mais a um modelo taxônico (diferenças qualitativas entre os indivíduos dentro e fora da taxon) ou dimensional (diferenças quantitativas entre todos os indivíduos). Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é revisar estudos prévios, bem como apresentar novas evidências taxométricas que sugerem ser a psicopatia uma variável dimensional – e não taxônica ou “categórica”. Em conjunto, os resultados empíricos, até o momento, não autorizam o uso do termo “psicopata” como denotando a pertença a uma categoria não-arbitrariamente definida de indivíduos.

Autoria/Filiação: Nelson Hauck Filho   Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Apresentação: Nelson Hauck Filho
Palavras-chave: Psicopatia, Taxionomia, Dimensão

 

Nome:
Flavio Rodrigues Costa

Titulo:
RECURSOS E REFLEXÕES SOBRE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA INFORMATIZADA NA GESTÃO DE PESSOAS

Resumo:
Pretende-se discutir os atuais recursos disponíveis e reflexões sobre a avaliação psicológica informatizada nas estratégias em gestão de pessoas. As vantagens e desvantagens do modelo on-line ou off-line necessitam ser abordadas pelos psicólogos com mais cuidado e profundidade. A primeira apresentação enfatizará o panorama atual, tendências de reestruturação de processos, estatísticas sobre uso de testes informatizados, discussões éticas e tecnológicas sobre avaliação on-line e off-line. Abordará ainda questões éticas e legais sobre a facilitação do uso de tais ferramentas por profissionais sem formação em psicologia, bem como o uso indevido dos instrumentos não aprovados pelo CFP nas empresas. O segundo trabalho irá apresentar como o teste HumanGuide se vale da metodologia informatizada para avaliação on-line para construção de um perfil profissional de matrizes motivacionais. O instrumento, aprovado tecnicamente pelo CFP e de rápida aplicação, emite relatório com base em oito fatores de necessidades pulsionais. Pautado na Teoria de Szondi, foi padronizado para a realidade brasileira e conta hoje com uma expressiva população nacional de resultados tabulados. O terceiro trabalho apresentará um estudo sobre a aplicabilidade de modelagens estatísticas para o melhor aproveitamentos das estratégias de gestão de pessoas, a partir dos fenômenos mensurados por instrumentos psicológicos. Um case sobre índices de validade preditiva em avaliação psicológica buscará expor os detalhes dessa metodologia. Os autores tem a clareza de que essas discussões trarão, além de importantes reflexões sobre a prática de avaliação psicológica em gestão estratégica de pessoas, alternativas técnica e metodológicas para o aprimoramento profissional dos psicólogos.

 

Palavras-chave:
Gestão de pessoas, Testes informatizados, HumanGuide

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

PRÁTICAS E DISCUSSÕES SOBRE TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA INFORMATIZADA NO CONTEXTO ORGANIZACIONAL.

O contexto organizacional, dentre outros relacionados às práticas em psicologia, tem se mostrado com uma dinamicidade típica dos dias atuais, tanto pela sua velocidade de mudanças, quanto pelos avanços em recursos tecnológicos. Avaliações de diferentes fenômenos psicológicos em variadas áreas de intervenção no trabalho (cultura e clima, desempenho, satisfação, qualidade de vida, percepções diversas, etc) estão sendo rediscutidas, movidas por uma demanda sem precedente na sociedade. Alinhada a esse momento, as técnicas de mensuração informatizadas tornam-se imperiosa. Processos seletivos, por exemplo, necessitam de maior agilidade, praticidade e confiabilidade. Fundamentalmente atrelados ao paradigma presencial das entrevistas e dinâmicas de grupo, as práticas em seleção de pessoas têm negligenciado os recursos conquistados com a informática. Muito mais do que velocidade e automatização dos sistemas, os instrumentos ganharam, com as linguagens computadorizadas e sobretudo a internet, um aliado estratégico na gestão de pessoas. Com modelos estatísticos altamente complexos para verificação dos parâmetros psicométricos de validade e fidedignidade, os chamados “testes on-line” ou off-line despontam no mercado internacional com grande força. Esse trabalho visa expor os próximos desafios, avanços conquistados, as atuais ferramentas disponíveis para os psicólogos e reflexões sobre vantagens e desvantagens desse modelo. Serão apresentados dados quantitativos sobre uso das ferramentas no Brasil, preferências, além de tendências mundiais percebidas nas empresas e nos últimos congressos internacionais de avaliação psicológicas. Propõe-se ainda uma discussão sobre os perigos éticos e legais que envolvem, em grande escala, o uso empresarial de instrumentos on-line não avaliados ou mesmo já avaliados e não aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia. Serão apresentados dados sobre o uso de técnicas não autorizadas para a categoria, já constantes na lista de testes do SATEPSI. Por fim, pretende-se com o trabalho um avanço qualitativo nas práticas psicológicas em organizações, gerando confiabilidade e cientificidade na relação da psicologia com a sociedade.

Autoria/Filiação: Flavio Rodrigues Costa   VETOR Editora
Apresentação: Flavio Rodrigues Costa
Palavras-chave: Organizações, Gestão de pessoas, Testes informatizados

 

RESUMO (2)

HUMANGUIDE: AVALIAÇÃO DO PERFIL MOTIVACIONAL EM CONTEXTO ORGANIZACIONAL.

O HumanGuide® é um instrumento de avaliação psicológica on-line desenvolvido para contexto organizacional na Suécia. Baseado na teoria de Leopold Szondi e no Teste de Fotos de Profissões (BBT), o teste é composto por 72 itens distribuídos em nove páginas eletrônicas, com aplicação não presencial, no formato de escolha forçada das respostas. Disposto em oito fatores de necessidades pulsionais: Sensibilidade (princípio feminino, diplomático, receptivo, compreensivo); Força (princípio masculino, competitivo, determinado, motriz); Qualidade (princípio ético, compromisso com a vida, consciencioso, perseverante); Exposição (preocupação com a imagem de uma maneira geral, carismático, sagaz); Estrutura (princípio da realidade, necessidade de ter controle, disciplinado, prudente); Imaginação (princípio subjetivo, versátil, flexível, criativo); Estabilidade (necessidade de conservar, dar continuidade e de manter a segurança do que é conhecido, cauteloso); e Contatos (oralidade, sociabilidade, comunicativo, espontâneo). O resultado é obtido também por meio de um sistema de avaliação totalmente informatizado e apresentado sob a forma de gráfico de barras e um texto, editável, descritivo das principais tendências do avaliado. O gráfico de barras identifica visualmente o jogo de força das tendências do indivíduo, ou seja, o dinamismo intrapessoal das necessidades pulsionais. A plataforma on-line do HumanGuide®, cuja base de dados ultrapassou a marca de 20.000 respondentes, com idade entre 18 e 69, configura-se como um recurso útil no recrutamento de seleção, desenvolvimento de equipes, coaching e gestão estratégica de pessoas, atendendo a necessidade do mercado de dispor de uma ferramenta que proporcione uma resposta rápida, inovadora e econômica para dar suporte aos processos organizacionais. O banco de dados, no estudo de validade foi composto de 826 participantes com 15 a 60 anos (51,8% homens). Em 2011, com 2.142, de 15 a 85 anos (44,9% mulheres). Já 2013, 19.690, destes 15.000 candidatos ao processo seletivo de uma empresa de grande porte (61% homens), de 18 a 60 anos.

Autoria/Filiação: Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva   Psicóloga autônoma
Apresentação: Fernanda Robert de Carvalho Santos Silva
Palavras-chave: HumanGuide, Teste informatizado, motivação

 

RESUMO (3)

APLICABILIDADE DE ANÁLISES ESTATÍSTICAS EM RECRUTAMENTO, SELEÇÃO E PLANEJAMENTO DE CARREIRA.

Em período de praticamente pleno emprego e escassez de mão de obra qualificada, a retenção de talentos nas empresas adquiriu relevância estratégica. Um dos aspectos valorizados pelos jovens profissionais da `Geração Y` diz respeito à possibilidade de obter realização pessoal e satisfação no exercício da atividade profissional, muitas vezes atribuída à sintonia da demanda ocupacional com o seu perfil motivacional. Os profissionais que atuam em Recursos Humanos, tanto na esfera pública, como no setor privado, buscam aferir o perfil dos profissionais e, também, traçar um perfil geral por grupo, visando a subsidiar a alocação deles em funções e projetos mais adequados às suas tendências e preferências comportamentais. Trata-se da introdução da prática de alocação inteligente de pessoal, a partir do levantamento do perfil profissional de candidatos e funcionários, e das competências e do nível de complexidade requeridos. A correlação de características de personalidade com outras medidas e indicadores de desempenho visa não só aumentar a validade preditiva dos processos de recrutamento e seleção, mas, também, fornecer subsídios para o planejamento da carreira dentro da organização. Este trabalho pretende apresentar a aplicabilidade de análises estatísticas e estudos de correlação no processo de recrutamento e seleção, por meio de um projeto realizado em uma empresa de grande porte do setor de bebidas. Nele o teste HumanGuide foi utilizado como medida da personalidade, associado a um teste de nível mental, dados biográficos e indicadores de desempenho de 280 funcionários. O ponto de partida foi a realização de uma modelagem estatística dos perfis HumanGuide, com o objetivo de definir categorias comportamentais mais abrangentes por meio do método de extração dos componentes principais. O resultado obtido corroborou estudos conduzidos sobre a validade preditiva de métodos de avaliação usados em seleção.

Autoria/Filiação: Giselle Mueller Roger Welter   GW Vocação & Relações Humanas
Apresentação: Giselle Mueller Roger Welter
Palavras-chave: HumanGuide, Gestão de pessoas, Personalidade

 

Nome:
SONIA REGINA PASIAN

Titulo:
REFLEXÕES METODOLÓGICAS E EMPÍRICAS SOBRE TÉCNICAS PROJETIVAS A PARTIR DO RORSCHACH E TAT

Resumo:
Os métodos projetivos constituem-se como importantes instrumentos no campo da avaliação psicológica, com utilização em diferentes contextos, tanto no Brasil quanto em termos internacionais. Nesse momento, a atual proposta reúne trabalhos que apresentam dados e reflexões teórico-metodológicas, relativos aos alcances informativos do Método de Rorschach e do Teste de Apercepção Temática (TAT), procurando-se estimular o aprimoramento e o adequado uso desses instrumentos avaliativos, quer no campo clínico ou na pesquisa científica, a partir de estudos desenvolvidos com diferentes faixas etárias. Serão debatidas questões relativas ao efeito da cor sobre a percepção e a qualidade formal no Rorschach em crianças, bem como sobre as problemáticas suscitadas pelo Rorschach e pelo TAT. Por fim, serão apresentados dados relativos à estabilidade e à validade de indicadores estruturais de personalidade observadas em indivíduos adultos por meio do Método de Rorschach. Serão utilizadas diferentes perspectivas téoricas para discussão dos achados, de modo a estimular a reflexão e o aprimoramento técnico-científico das aplicações desses dois métodos projetivos de avaliação psicológica em diversos contextos.

 

Palavras-chave:
Avaliação psicológica, Métodos projetivos, Rorschach e TAT

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

COR E QUALIDADE FORMAL NO RORSCHACH

O estudo de normas do Rorschach com crianças portuguesas dos 6 aos 10 anos revelou que a frequência mais elevada de FQ– ocorria, por ordem decrescente, nos Cartões II, III, VIII, VII, X, IX. O facto de estes cartões, exceptuado o Cartão VII, serem abertos e terem cor suscitou a pergunta sobre se a cor poderia ser causa da menor Qualidade Formal das respostas. Aplicaram-se os Cartões II, III, VIII, IX e X, na versão padrão e numa versão acromática, a dois grupos de 40 crianças de ambos os sexos de 11/12 anos. A garantia intercotadores referente à Qualidade Formal foi expressa em termos de percentagem de acordo e atingiu 91,1%. Os resultados do estudo destes grupos de crianças portuguesas indicam que a cor não pode ser considerada a única ou principal variável responsável pela maior frequência das respostas FQ– no Rorschach. Apenas na versão cromática do Cartão III ocorreu uma média de respostas FQ– significativamente mais alta do que a obtida com a versão acromática. Os resultados obtidos são analisados e discutidos e formulam-se hipóteses sobre que outro ou outros factores poderão ser responsáveis pela maior frequência de respostas de fraca Qualidade Formal.

Autoria/Filiação: Danilo Rodrigues Silva   Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (Portugal) e AIDEP
Apresentação: Danilo Rodrigues Silva
Palavras-chave: Método de Rorschach, Qualidade formal, Cor

 

RESUMO (2)

PERCEPÇÃO DA COR E PRODUÇÃO DE RESPOSTAS AO RORSCHACH

Estudos anteriores revelaram que a cor constitui um determinante do aumento do número de respostas nos protocolos de adultos, mas não nos de crianças. Neste trabalho, pretende-se mostrar, por um lado, em que período do desenvolvimento ocorre a aquisição daquele efeito e, por outro, postular que a sua ausência nos protocolos de crianças se deve ao facto de o desenvolvimento da percepção, designadamente da integração da cor na percepção ainda se não encontrar concluída. Com este objectivo apresentam-se os resultados obtidos com a aplicação dos cartões VIII, IX e X, nas suas versões cromática e acromática, a dois grupos: um de crianças de 11/12 anos e outro de adolescentes de 15/16 anos. Os resultados obtidos mostram que, no primeiro grupo, não ocorrem diferenças significativas entre as médias de respostas obtidas nas duas versões, o que se verifica no segundo grupo. Este dado permite afirmar que, aos 15/16 anos, a cor adquire o efeito de aumentar a produção de respostas, dado que não se observa no grupo de 11/12 anos. A partir da análise da natureza do estímulo cor, numa perspectiva desenvolvimental, o autor procura mostrar como a insuficiência do processo perceptivo cromático pode ser responsável por tal ausência.

Autoria/Filiação: Danilo Rodrigues Silva   Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (Portugal) e AIDEP
Apresentação: Danilo Rodrigues Silva
Palavras-chave: Método de Rorschach, Percepção, Cor

 

RESUMO (3)

ARTICULAÇÃO DAS PROBLEMÁTICAS SOLICITADAS PELO RORSCHACH E TAT

A compreensão do modo de funcionamento psíquico de um sujeito deve passar pela articulação dos dados obtidos por meio das diversas técnicas utilizadas pelo psicólogo clínico. Durante e após a coleta de informações, o psicólogo deve estar atento às possíveis articulações dos dados. A complexidade dessa tarefa exige adequado conhecimento e contínuo aprimoramento técnico-científico do profissional de Psicologia, bem como carrega, indubitavelmente, a experiência e a personalidade do clínico, constituindo-se em condições inerentes aos processos de avaliação psicológica, sobretudo no tocante à avaliação da personalidade. O presente trabalho objetiva apresentar algumas articulações teóricas e técnicas que devem ser empreendidas para compreensão da dinâmica e do modo de funcionamento psíquico de um sujeito face às diferentes características de dois métodos projetivos de avaliação da personalidade, a saber: o Rorschach e o TAT, a partir do referencial da Escola de Paris. Nesse trabalho pretende-se expor como podem ser pensadas as problemáticas estimuladas pelas duas provas projetivas Rorschach e TAT, assim como a confrontação das duas provas permite uma relação sutil e harmônica entre seus indicadores técnicos, de um lado apoiando o diagnóstico por uma dupla argumentação, de outro, estimulando uma dinâmica amplamente oferecida por seus materiais, os quais desencadeiam experiências e condutas psíquicas variadas, naturalmente exploradas pelos indivíduos ao responder aos instrumentos, permitindo a projeção e a expressão de suas características pessoais e marcadores de sua personalidade.

Autoria/Filiação: Álvaro José Lelé   Programa de Pós-Graduação em Psicologia - UFMG e Centro Universitário de Lavras
Apresentação: Álvaro José Lelé
Palavras-chave: Método de Rorschach, Teste de Apercepção Temática , Escola de Paris

 

RESUMO (4)

ÍNDICES DE PRODUTIVIDADE NO MÉTODO DE RORSCHACH EM ADULTOS REAVALIADOS APÓS 15 ANOS

Investigações que buscam examinar a estabilidade de indicadores advindos de métodos projetivos de avaliação psicológica são associadas a sinais relativos à estrutura da personalidade, sobretudo no tocante ao Método de Rorschach. Trata-se de premissa técnica, no entanto, pouco demonstrada empiricamente. O exame da estabilidade de resultados, com longos intervalos de tempo, promove a confiança nos próprios indicadores, apontando evidências de validade e de precisão sobre o próprio construto em exame. Nesse contexto, o presente trabalho verificou a estabilidade de índices de produtividade (número total de respostas, número de respostas adicionais, número de recusas e número de denegações) ao Método de Rorschach (Escola Francesa) de adultos não-pacientes, reavaliados após 15 anos. Compuseram a presente amostra 70 indivíduos de 34 a 67 anos (idade na segunda avaliação), do interior do Estado de São Paulo, de ambos os sexos, com vários níveis de escolaridade e origem sociocultural, avaliados pelo Método de Rorschach em 1997 e reavaliados em 2012. Os resultados apontaram expressiva estabilidade nos indicadores de produtividade da Escola Francesa do Rorschach, mesmo após grande intervalo de tempo (aproximadamente de 15 anos) e diferentes examinadores. Pode-se compreender que as proporções de diferentes tipos de respostas dadas a esse método projetivo, na Escola Francesa, tendem a apontar sinais bastante estáveis ao longo do tempo, informando sobre características estruturais desses indivíduos avaliados, provavelmente relacionadas a sua capacidade produtiva e interpretativa da realidade, segundo o referencial teórico adotado. Dessa forma, apresentam-se evidências empíricas de validade da Escola Francesa do Rorschach no contexto do Brasil, fortalecendo possibilidades de seu adequado uso em processos de avaliação psicológica (FAPESP).

Autoria/Filiação: Fabiana Rego Freitas   Programa de Pós-Graduação em Psicologia – FFCLRP - USP
Sonia Regina Pasian   Programa de Pós-Graduação em Psicologia – FFCLRP - USP
Apresentação: Fabiana Rego Freitas
Palavras-chave: Método de Rorschach, Adultos, Validade

 

Nome:
Otília Aída Monteiro Loth

Titulo:
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: (Im)Possibilidades Diagnósticas

Resumo:
A Avaliação Psicológica, para ser capaz de fornecer um diagnóstico preciso, utiliza princípios teóricos, métodos e técnicas de investigação de diversos processos cognitivos e de personalidade. Entrevistas, observações, testes psicológicos e técnicas devem estar aliados à experiência clínica e aporte teórico, que irá nortear o processo de investigação. O diagnóstico de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) tem sido muito utilizado nos últimos anos. Entretanto, a heterogeneidade da manifestação deste transtorno bem como as comorbidades pode dificultar ou retardar o diagnóstico correto. A Avaliação Psicológica pode contribuir tanto para o diagnóstico quanto para o delineamento adequado de tratamentos para indivíduos com TDAH. O objetivo dessa mesa é apresentar trabalhos que demonstrem a estreita e necessária relação entre Avaliação Psicológica e o diagnóstico de TDAH. Primeiramente, será apresentada uma revisão sistemática na literatura científica nacional, considerando os anos de 2001 a 2012, com o objetivo de verificar os aspectos, dimensões e contextos nos quais a avaliação psicológica é utilizada para o diagnóstico de TDAH. Em seguida, serão apresentados estudos sobre desempenhos de sujeitos com o Transtorno no WISC-III e no Método de Rorschach (Sistema Compreensivo). Verificou-se que sujeitos TDAH tendem a ter melhores habilidades verbais e boa capacidade intelectual, contudo, demonstram maiores dificuldades em atividades práticas, tendem a produzir menos e a não se atentar para detalhes importantes. Entretanto, não parece possível encontrar um perfil suficientemente discriminante de sujeitos TDAH, apesar de existirem características comuns. Por isso, torna-se imprescindível o uso de métodos complementares, além da experiência clínica.

 

Palavras-chave:
TDAH, WISC III, Método de Rorschach

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Contribuições da Avaliação Psicológica para o diagnóstico do TDAH: Uma revisão na Literatura Nacional

O DSM-IV apresenta o TDAH sendo passível de ser encontrado em crianças, adolescentes e adultos, em três manifestações: pouca atenção; alta hiperatividade/impulsividade; ou combinação de ambos. Sua prevalência pode chegar a 20%, mais comum no sexo masculino. Os sintomas podem comprometer a vida acadêmica, social e familiar do sujeito. O TDAH se popularizou nos últimos anos, mas seu diagnóstico exige cuidado. Sabe-se que a avaliação psicológica, aliada à experiência clínica, dados do exame clínico, entrevistas e questionários para pais e professores, contribuem para facilitação do diagnóstico. É importante conhecer a literatura científica nacional acerca da avaliação psicológica no TDAH. Esse estudo objetiva realizar uma revisão sistemática na literatura, utilizando para isso artigos nacionais disponíveis virtualmente nos bancos de dados PePSIC, SciELO e LILACS, consultados através da BVS-Psi, publicados entre 2001 e 2012. Utilizou-se o descritor fixo “TDAH” combinado com os descritores “psicologia”, “neuropsicologia”, “avaliação psicológica” e “avaliação neuropsicológica”. Ao final, analisou-se 21 artigos, quanto ao número de estudos que utilizaram testes psicológicos para auxiliar no diagnóstico; quais testes foram mais utilizados; e a quantidade, gênero e idade das amostras utilizadas nos estudos. Os resultados mostraram que os testes psicológicos, associados com outras técnicas, são instrumentos úteis e eficazes para o diagnóstico de TDAH. Além disso, os testes mais citados foram o WISC-III, Wisconsin e Figuras Complexas de Rey. Percebeu-se que não há muitos estudos sobre a personalidade de sujeitos com TDAH. A maior parte dos estudos utilizaram amostras com menos de 50 participantes, sendo a maioria do sexo masculino e com idade até 15 anos. Ao traçar um perfil da produção científica, foi possível analisar aspectos, dimensões e contextos que vêm sendo destacados nas pesquisas, permitindo ampliação do conhecimento e fornecendo subsídios para delinear novos estudos sobre TDAH.

Autoria/Filiação: Guilherme Nogueira   Universidade Federal de Goiás
Otília A. M. Loth   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Janyny Rodrigues de Sousa   Universidade Federal de Goiás
Apresentação: Guilherme Nogueira
Palavras-chave: TDAH, Avaliação Psicológica, Revisão Sistemática

 

RESUMO (2)

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: Discrepâncias entre o falar e o fazer

Conhecer algumas características de portadores de TDAH em testes psicológicos é importante para que se tenha subsídios contribuintes para um diagnóstico mais rápido e eficaz. Habilidades práxicas referem-se à capacidade de se realizar atividades articuladas, e habilidades verbais à capacidade de compreender instruções e expressar ideias. O potencial de falar e de fazer pode ser aferido pela Escala de Inteligência Wechsler para Crianças (WISC-III), pelo resultado dos QI Verbal e QI de Execução. O teste é indicado para avaliar capacidade intelectual de crianças entre 6 anos e 16 anos e 11 meses. Discute-se na literatura sobre as habilidades do sujeito com TDAH: alguns dados se referem à maiores habilidades práxicas, outros à maiores habilidades verbais. Considerando a compreensão do TDAH para delinear a intervenção, este trabalho busca dados que norteiem um possível perfil neuropsicológico de uma amostra diagnosticada com este transtorno, de acordo com o resultado dos QIs verbal e práxico no WISC-III. Trata-se um estudo de metanálise de prontuários do banco de dados do serviço especializado em avaliação neuropsicológica (n=250) do Centro de Pesquisas e Práticas Psicológicas (CEPSI) e da Clínica Escola Vida (CEV) da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO); selecionou-se protocolos com Impressão Diagnóstica de TDAH, analisou-se o WISC-III desses sujeitos. Procedeu-se uma análise estatística dos resultados dos QIs Verbal e de Execução. A média do QIV se mostrou significativamente superior a do QIE (QIV = 105,5; QIE = 94,7). Este desempenho pode ser atribuído a maior facilidade em lidar com atividades com instruções auditivas e respostas verbais (provas verbais). Dificuldades no planejamento e no controle da motricidade podem explicar o resultado no QI de execução. Os resultados podem ser explicados pela clínica do TDAH. A despeito da hiperatividade presente nos casos, a efetividade de ação não acompanha a velocidade do pensamento.

Autoria/Filiação: Janyny Rodrigues de Sousa   Universidade Federal de Goiás
Alexandre Castelo Branco Herenio   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Guilherme Nogueira   Universidade Federal de Goiás
Otília A. M. Loth   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Apresentação: Janyny Rodrigues de Sousa
Palavras-chave: TDAH, WISC III, Desempenho

 

RESUMO (3)

Análise do Teste de Rorschach (SC) em pacientes com TDAH

São raras as pesquisas que utilizam testes projetivos para avaliação do TDAH, buscando encontrar características comuns. Informações sobre essas características podem contribuir tanto para o diagnóstico quanto para o delineamento do tratamento mais adequado para os sujeitos. O objetivo desse estudo foi analisar o desempenho no teste de Rorschach (Sistema Compreensivo) de três sujeitos do sexo masculino com diagnóstico de TDAH, sendo que apenas um estava sob efeito de medicação quando realizou o teste. Foi possível realizar as seguintes análises sobre os casos: a) o número de respostas inferior a 15, demonstrando menor potencial produtivo dos sujeitos; b) quantidade elevada de respostas globais (W) e diminuída de detalhes comuns (D), o que sugere dificuldades de objetividade e praticidade na realização das atividades; c) quantidade reduzida de respostas com qualidade evolutiva sintetizada (DQ+), mostrando boa capacidade intelectual; d) presença de mais de três determinantes de movimento animal (FM), que estão ligados à ideações não deliberadas; e) conteúdos mórbidos (MOR), podendo apontar para ideações mais pessimistas; f) quantidade de até 2 conteúdos que envolvem figuras humanas inteiras (H) e números elevados de detalhes humanos e para humanos (Hd, (Hd)), apontando para dificuldades na percepção adequada de si mesmo e do outro; g) o tempo de realização do teste foi de até 60 minutos, podendo demonstrar ansiedade ou dificuldade de se manter atento em uma tarefa. Além disso, foi observado que durante a aplicação do teste, os sujeitos demonstraram facilidade na expressão verbal tanto na fase de respostas quanto na fase do inquérito. Entretanto, apresentavam dificuldades em se manter concentrados na tarefa, mexendo-se muito na cadeira, conversando sobre outros assuntos, pedindo para sair da sala e perguntando recorrentemente se estava próximo o término da tarefa. Percebeu-se que, apesar das peculiaridades de cada caso, há características semelhantes aos três.

Autoria/Filiação: Otília Aída Monteiro Loth   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Alexandre Castelo Branco Herenio   Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Guilherme Nogueira   Universidade Federal de Goiás
Janyny Rodrigues de Sousa   Universidade Federal de Goiás
Apresentação: Otília Aída Monteiro Loth
Palavras-chave: Método de Rorschach, TDAH,

 

Nome:
Fabiano Koich Miguel

Titulo:
TRI e testes psicológicos: Direções para o desenvolvimento de instrumentos de avaliação

Resumo:
No processo de construção e validação de um teste, diversos métodos podem ser utilizados. A Teoria de Resposta ao Item (TRI) vem se tornando cada vez mais acessível ao psicólogo em pesquisa. O objetivo da presente mesa redonda é divulgar o conhecimento acerca da utilização da TRI no desenvolvimento e construção de testes para avaliação psicológica. Para atingir a proposta, serão realizadas três apresentações onde serão mostrados instrumentos cuja análise das características psicométricas tenha se beneficiado do uso da TRI. Mais especificamente, a primeira apresentação versará sobre uma escala para avaliação de características patológicas da personalidade, analisada segundo o modelo de Rasch; a segunda apresentação fará a exposição dos estudos realizados com um inventário já existente para avaliação de traços de personalidade e as vantagens na atualização do seu construto; a terceira apresentação se dedicará a mostrar os procedimentos para criação da versão adaptativa de um teste, focando-se em um instrumento para avaliação de inteligência emocional. Por meio de exemplos com os testes apresentados, espera-se mostrar as diversas contribuições que a TRI adiciona à psicometria e à interpretação dos resultados de um teste.

 

Palavras-chave:
teoria de resposta ao item, personalidade, inteligência emocional

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Aplicação da TRI em um instrumento para avaliação de características patológicas da personalidade

É crescente o uso dos modelos matemáticos com base na Teoria de Resposta ao Item para o desenvolvimento, verificação das propriedades psicométricas e revisão de instrumentos psicológicos. Apesar disso, somente nos últimos anos esses modelos começaram a ser sistematicamente aplicados para os casos de testes avaliando construtos que não implicam habilidades cognitivas. Exemplo disso é aplicação da TRI para instrumentos que avaliam características da personalidade. Este trabalho tem como objetivo apresentar as vantagens e possibilidades de uso de um modelo específico com base na TRI, o modelo de Rasch, para o desenvolvimento e verificação das propriedades de instrumentos que avaliam a personalidade. Para tanto, serão utilizadas análises realizadas com o Inventário Dimensional Clínico da Personalidade (IDCP). Espera-se que a apresentação contribua para o conhecimento das possibilidades de uso da TRI em instrumento de personalidade, além de fomentar a discussão na área da avaliação de características patológicas da personalidade e análises utilizadas para esse fim.

Autoria/Filiação: Lucas de Francisco Carvalho   Universidade São Francisco
Apresentação: Lucas de Francisco Carvalho
Palavras-chave: transtornos da personalidade, modelo de Rasch, DSM

 

RESUMO (2)

Revisão psicométrica do Inventário Fatorial de Personalidade utilizando Modelo de Rasch

Este trabalho teve como objetivo realizar uma revisão psicométrica do Inventário Fatorial de Personalidade (IFP) visando a verificação, com base no modelo de Rasch e também em análises clássicas, da estabilidade dos fatores originais. Foram participantes deste estudo 3.889 pessoas, selecionadas aleatoriamente a partir de um banco de dados formado pelas correções informatizadas do IFP realizadas entre 2010 e 2012. Somente entraram na seleção pessoas que autorizaram ou que tiveram a autorização por parte de um responsável para uso de seus dados mediante concordância com o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Do total, 46,6% eram homens e 53,4%, mulheres. As idades variaram entre 14 e 86 anos, com média de 31,29 anos. Havia representantes de todos os estados brasileiros, sendo que procurou-se organizar tal distribuição de acordo com a porcentagem de habitantes brasileiros em cada uma das cinco regiões. Assim, os dados foram submetidos à análise de Rasch por fator, de acordo com a configuração original do IFP, exceto as escalas de validade e desejabilidade social. Inicialmente, foram realizadas análises de dimensionalidade de cada fator pelo modelo de Rasch, bem como a verificação de índices de infit e outfit de cada item e de correlação item-total. Adicionalmente, também foi verificada a consistência interna de cada fator, por meio de Alfa de Cronbach. O fator Heterossexualidade foi retirado a priori, por aspectos legais. Os resultados indicaram a retirada de alguns itens e até mesmo de um fator completo, qual seja, Denegação, cujos itens ficaram aquém dos critérios previamente estabelecidos. Em todos os fatores foi observada a unidimensionalidade. Dentre os fatores que permaneceram, em cinco não se observou necessidade de exclusões, sendo que Agressão foi o que conservou a menor quantidade de itens, com cinco no total. Com essas alterações, foi sugerida uma nova versão do IFP, com 13 fatores e 100 itens, com impactos na interpretação dos instrumento mas conservando-se boas características psicométricas.

Autoria/Filiação: Rodolfo Augusto Matteo Ambiel   Universidade São Francisco
Apresentação: Rodolfo Augusto Matteo Ambiel
Palavras-chave: avaliação psicológica, personalidade, modelo de Rasch

 

RESUMO (3)

Utilização da TRI para criação da versão adaptativa de um teste de inteligência emocional

Uma nova área na construção de testes vem se desenvolvendo nos últimos anos, que é a testagem adaptativa informatizada. Tal procedimento utiliza certos parâmetros psicométricos para a composição de testes que se adequam de acordo com a capacidade da pessoa sendo avaliada. Esses parâmetros tratam-se principalmente das dificuldades dos itens e seus erros de medida, avaliados por meio da Teoria de Resposta ao Item (TRI). Os parâmetros de diversos itens são armazenados em um banco de dados em quantidade suficiente para que haja vários itens com dificuldades próximas, percorrendo uma extensa faixa do construto. Uma vez que a capacidade da pessoa avaliada está diretamente relacionada com a dificuldade dos itens que ela responde, a cada acerto ou erro o computador pode calcular qual o próximo item a ser apresentado, até que se atinja um critério estabelecido de término do teste. Entre os benefícios que esse procedimento apresenta estão: diminuição da quantidade total de itens que um indivíduo responde; adaptação da prova à capacidade da pessoa, fazendo com que seja mais adequada ao seu nível no construto; rotatividade de itens, evitando a divulgação ilegal do teste ou memorização de respostas. Esta apresentação pretende utilizar o Teste Informatizado de Percepção de Emoções (PEP) como exemplo das etapas desse processo. O construto avaliado por esse instrumento é a capacidade de reconhecer oito tipos de expressões emocionais em rostos, e está subdividido em três fatores: emoções positivas, negativas e apreciativas. Os estudos com o instrumento utilizando TRI permitiram conhecimento dos parâmetros psicométricos e ampliação do banco de dados, com finalidade de desenvolver a versão adaptativa. Serão mostrados os procedimentos e etapas necessárias para atingir esse fim.

Autoria/Filiação: Fabiano Koich Miguel   Universidade Estadual de Londrina
Apresentação: Fabiano Koich Miguel
Palavras-chave: testagem adaptativa, teoria de resposta ao item, inteligência emocional

 

Nome:
Ivan Sant´Ana Rabelo

Titulo:
“Walking step by step”: breves pesquisas em avaliação psicológica no contexto esportivo

Resumo:
No âmbito da avaliação psicológica no esporte, nota-se a existência de poucos instrumentos validados para os atletas brasileiros. Dentre os temas de grande interesse, a personalidade ocupa uma posição de destaque, proporcionando informações relevantes à equipe técnica e aos respectivos atletas. Com este aumento de notoriedade, o aprimoramento físico, técnico e psicológico tornou-se prioridade nas equipes esportivas no intuito de aproveitar ao máximo as potencialidades do atleta. Para isso a psicologia do esporte vem passo-a-passo evoluindo neste caminho, a fim de acompanhar as demandas dos atletas, técnicos e instituições. Uma das maiores busca do esporte competitivo atual é o conhecimento no que se refere aos fatores psicológicos referentes ao esporte e exercício. Em virtude disso, torna-se importante a construção e validação de testes de personalidade, percepção de esforço, percepção de dor, agressividade, entre outros, a partir de dados de nossa própria população. Ainda sobre investigações no contexto esportivo, considerando a posição de destaque do Brasil enquanto potência internacional no contexto esportivo, a efetivação de mega eventos, entre eles, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, ou mesmo por todo o brilhantismo dos atletas e equipes esportivas nos mais diversos torneios mundiais, voltar os olhares para nossos psicólogos, para as ferramentas que estes profissionais utilizarão na sua prática, é sobretudo, cuidar da base para a prometida geração de atletas de alto rendimento. Desta maneira, esta mesa tem como objetivo explanar algumas breves pesquisas recentes sobre os traços de personalidade em grupos de modalidades específicas de atletas, e também explorar uma pesquisa com uma escala de valores olímpicos.

 

Palavras-chave:
psicologia do esporte, avaliação psicológica, personalidade

 

 

TRABALHOS DA MESA REDONDA

RESUMO (1)

Análise da subescala Neuroticimo da BFP em atletas do Programa Rumo ao Pódio Olímpico

Este estudo objetivou investigar a aplicação da subescala Neuroticismo, da Bateria Fatorial de Personalidade (BFP), na identificação de traços de personalidade de jovens atletas. Participaram 237 jovens integrantes de um processo seletivo para compor a equipe de atletas do Programa Rumo ao Pódio Olímpico (PRPO), voltado ao desenvolvimento de atletas de alto rendimento do atletismo. A aplicação do teste ocorreu na penúltima fase da seletiva, da qual formou-se também um grupo de 50 atletas. Após um mês de treinamento e avaliações, a equipe técnica selecionou 30 atletas que efetivamente integram a equipe do PRPO. No que se refere à precisão da subescala Neuroticismo, verificou-se um coeficiente alfa de Cronbach satisfatório, assim como nas facetas. Em relação às respostas dos participantes, os resultados apontaram que o grupo de atletas apresentou médias menores em Neuroticismo em comparação ao grupo geral de padronização do manual da BFP, assim como também em relação às facetas: Vulnerabilidade ao sofrimento, Instabilidade e Passividade. Já em relação à faceta Depressão, os resultados dos atletas foi mais elevado comparado com a amostra geral do manual. Em relação às diferenças entre os grupos de atletas, realizou-se o teste t de Student, e observou-se que as respostas do grupo de 50 atletas remanescentes na penúltima fase da seletiva foram significativamente menores em relação às respostas dos demais jovens. Quando comparadas as respostas do grupo de 30 atletas do Programa com os outros jovens participantes da seletiva, os resultados apontaram que o grupo do PRPO apresenta médias significativamente menores em relação ao fator Neuroticismo e também em relação às facetas Instabilidade Emocional e Depressão. A continuidade da aplicação desse instrumento a outros atletas de alto rendimento do atletismo permitirá identificar o perfil psicológico de atletas dessa modalidade, indicando aos profissionais que trabalham com esses jovens aspectos que precisam ser desenvolvidos.

Autoria/Filiação: Paulo Vinícius Carvalho Silva   Programa Rumo ao Pódio Olímpico / Instituto Joaquim Cruz
Katia Rubio   Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE/USP)
Ivan S. Rabelo   Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE/USP)
Apresentação: Paulo Vinícius Carvalho Silva
Palavras-chave: personalidade, atleta, psicologia do esporte

 

RESUMO (2)

Investigação da Bateria Fatorial de Personalidade (BFP) em uma modalidade de atletas olímpicos brasileiros

Entre os temas de amplo interesse no contexto esportivo de alto rendimento está a busca pela avaliação da personalidade dos atletas. No esporte são escassos os instrumentos adaptados para esta realidade na população brasileira, no entanto medidas específicas à situação do esporte podem auxiliar com maior especificidade as medidas de personalidade no contexto esportivo. Esta pesquisa objetivou analisar a aplicação da Bateria Fatorial de Personalidade (BFP) em atletas da seleção brasileira de tênis de mesa. Em relação à fidedignidade da escala verificou-se coeficientes satisfatórios nos fatores e facetas. Foi observado que o grupo de atletas apresentou uma pontuação média próxima a da amostra do manual de padronização da BFP na maior parte dos dados, com exceção da faceta Vulnerabilidade ao sofrimento que apresentou um aumento estatisticamente significativo na média de pontuação do grupo de atletas em relação à amostra geral do manual. O fator Abertura e suas facetas também apresentaram alterações de classificação quando comparados com a amostra do manual, apresentando-se de maneira mais rebaixada neste grupo de atletas. Foram observadas também correlações significativas moderadas e altas entre as facetas, tanto correlações positivas quanto negativas. Tais resultados podem indicar relações entre as facetas e fatores no grupo investigado, e se analisadas com cautela, somadas aos demais dados que compõem o processo de avaliação psicológica dos atletas, podem vir a permitir uma análise inicial do perfil psicológico do esportista desta modalidade específica. Por fim, tais achados indicam a necessidade de mais estudos comparativos entre amostras de normatização em grupos característicos do contexto esportivo, considerando a existência de facetas que apresentam particularidades quando se altera o contexto. Ressalta-se que a avaliação psicológica é um processo dinâmico, no qual a utilização de testes psicológicos é apenas uma parte de todo o processo avaliativo.

Autoria/Filiação: Ivan S. Rabelo   Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE/USP)
Gabriela Gonçalves   Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE/USP)
Katia Rubio   Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE/USP)
Apresentação: Ivan S. Rabelo
Palavras-chave: personalidade, avaliação psicológica, psicologia do esporte

 

RESUMO (3)

Estudos iniciais de construção de uma escala de educação e valores olímpicos

Os Jogos Olímpicos representam uma das atividades de maior visibilidade do contexto esportivo e está contido na história sociocultural da humanidade. Os valores olímpicos funcionam como um código de conduta do Movimento Olímpico e buscam nortear as ações dos envolvidos nas atividades olímpicas, sejam competitivas, administrativas ou voluntárias. Com o objetivo de iniciar estudos para mensurar estas características, foi utilizada a Escala de Valores Olímpicos (EVO), configurada no formato Likert de cinco pontos e composta por 104 itens elaborados com auto-descritores relacionados ao tema educação e valores olímpicos, com base nos escritos teóricos a respeito do tema por Rubio (2009). O instrumento se propõe a medir alguns destes valores, objetivando contribuir para a avaliação da percepção que o sujeito tem a respeito da prática esportiva, cooperando consequentemente para a educação e melhor vivência no ambiente esportivo. A aplicação da escala foi coletiva em 100 sujeitos de modalidades variadas, de ambos os sexos, durante o treino esportivo. O objetivo desta fase da pesquisa foi realizar uma analise fatorial inicial e sugerir o agrupamento fatorial, seleção e exclusão de itens, também objetivando a determinação dos itens que irão compor novos estudos de construção, validação e normatização com o referido instrumento. A partir da análise fatorial conduzida por meio do método dos componentes principais e rotação varimax, evidenciou-se que os itens se agruparam em um número elevado de fatores, porém verificou-se uma organização aceitável inicial de sete fatores. Foram excluídos 34 itens com cargas fatoriais menores que 0,30 a partir dos resultados da analise fatorial, e também os itens que apresentaram melhora na precisão da escala após exclusão de tais itens. A escala final contou com 70 itens. Ressalta-se que se tratam de estudos iniciais e tais achados indicam a necessidade de mais pesquisas com a escala para avaliação do respectivo construto.

Autoria/Filiação: Nelimar Ribeiro de Castro   Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde (FACISA)
Ivan S. Rabelo   Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE/USP)
Katia Rubio   Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (EEFE/USP)
Apresentação: Nelimar Ribeiro de Castro
Palavras-chave: valores olímpicos, psicologia do esporte, construção de teste