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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 32-2

Poster (Painel)


32-2

Comparação entre os níveis de Autoeficácia para dirigir com Impulsividade e Desengajamento moral

Autores:
Mognon, J. F.1, Santos, A. A. A.1
1 USF - Universidade São Francisco (Rua Alexandre Rodrigues Barbosa, 45 - Itatiba/SP)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Na literatura tem se discutido que a autoeficácia para dirigir, definida como a crença do motorista sobre a sua capacidade para dirigir, está relacionada a comportamentos de risco, bem como a impulsividade, definida como a falta de autocontrole sobre os processos emocionais e automáticos, e o desengajamento moral, relativo ao uso de ideologias morais que justificam os atos no trânsito. Buscando ampliar o conhecimento sobre o comportamento do condutor, o objetivo deste estudo foi comparar os níveis de autoeficácia para dirigir com impulsividade, desengajamento moral, multas recebidas no último ano e acidentes de trânsito. Participaram do estudo 500 motoristas, com idades entre 23 a 78 anos e 60,4% do sexo masculino. O tempo de habilitação variou de 5 a 56 anos, 78,6% declararam dirigir uma vez por dia, 38,8% tiveram infrações no último ano, e 34,8% já haviam se envolvido em acidentes de trânsito. Foi utilizada a Escala de Autoeficácia para dirigir (EADir), a Escala de Avaliação da Impulsividade (EsAvI-A) e a Escala de Justificativas de motoristas (EJM). Para a análise foram gerados perfis para a EADir fazendo divisão dos escores da amostra total em quartis, classificando-os como até 25% (baixo), de 26 a 50% (médio), de 51 a 75% (alto) e de 76% em diante (muito alto). Os resultados indicaram diferenças significativas indicando que os motoristas considerados com nível baixo de autoeficácia para dirigir apresentaram maiores médias no fator Falta de concentração e persistência e menores no fator Controle cognitivo da EsAvI-A. Além disso, os motoristas com pontuações classificadas com níveis alto e muito alto em autoeficácia para dirigir obtiveram maiores médias em Audácia e temeridade, infrações e acidentes de trânsito. Com base nos resultados pode-se concluir que tanto níveis baixos como altos de autoeficácia no contexto do trânsito podem estar atrelados a comportamentos de risco.

Palavras-chave:
 avaliação psicológica, psicologia do trânsito, comportamentos de risco