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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 264-1

Poster (Painel)


264-1

AVALIAÇÃO DE FUNÇÕES COGNITIVAS EM PESSOAS QUE SOFRERAM VIOLÊNCIA

Autores:
Natália A. Acedo1, Nathalia Balloni Emygdio1, Adriana Cristine Fonseca Mozzambani2, Marcelo Feijó de Mello2, Simone Freitas Fuso1
1 UPM - Universidade Presbiteriana Mackenzie (Rua da Consolação, 930 – Consolação, São Paulo – SP, 01302907), 2 UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (Rua Sena Madureira, 1500 – Vila Clementino, São Paulo – SP, 04021001)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

O estresse contínuo e/ou intenso pode acarretar em Transtorno de Estresse Pós-traumático e prejuízos cognitivos difusos, como variação de desempenho na atenção, memória operacional, funções executivas e memória. Tais prejuízos podem dificultar a execução de atividades cotidianas, como lembrar-se de um compromisso. Dessa maneira, o estudo avaliou as funções cognitivas de adultos entre 18 a 60 anos vítimas de violência, através da comparação com pessoas que não tiveram nenhum trauma decorrentes dessa situação. As funções cognitivas estudadas foram memória, atenção, praxia e habilidades aritméticas, pelo uso do Instrumento de Avaliação Neuropsicológica Breve – NEUPSILIN, Teste de Atenção Seletiva – TAS e o Teste d2 – Atenção Concentrada. Além desses instrumentos, foi utilizado o International Affective Picture System – IAPS, juntamente com a Escala de apreciação Manequim de Auto¬Avaliação (SAM), para avaliar a memória emocional dos participantes. Através dos resultados obtidos, encontrou-se prejuízo nas memórias operacional e prospectiva, maior porcentagem de erros no teste d2, e menor número de acertos no TAS, no grupo que sofreu violência. Tais prejuízos podem ser compreendidos, através da disputa por recursos cognitivos entre eles e a evitação de pensamentos intrusivos. Não foram constatas diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos nos testes de habilidades aritméticas, praxia (total), memória verbal episódico-semântica de evocação imediata e tardia, e atenção (total). Tampouco houveram desigualdades estatisticamente significativas nos subtestes correspondentes aos testes citados. Quanto a memória emocional (percepção subjetiva de figuras), as figuras agradáveis relaxantes foram classificadas, pelo grupo caso, como mais prazerosas do que as de alto alerta. Essa resposta pode ser entendida como característica de pessoas com Transtorno de Estresse Pós-Traumático, visto que evitam conteúdos que mantenham o estado de vigilância e ansiedade.

Palavras-chave:
 Violência, Funções Cognitivas, TEPT