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379-1 | Avaliação Psicológica de Crianças com Suspeita de Autismo: Aplicabilidade do Protocolo de Avaliação Comportamental (PROTEA-R) | Autores: | Juliana Miranda1, da Rosa Kroeff1, Regina Basso Zanon1, Bárbara Backes1, Denise Balem Yates1, Mônia Aparecida da Silva1 1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Rua Ramiro Barcelos 2600 Santa Cecília Porto Alegre - Rio Grande do Sul) |
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Resumo: Resumo Geral da Mesa
O Transtorno do Espectro do Autista (TEA) é caracterizado por comprometimentos sociocomunicativos e pela presença de comportamentos repetitivos e estereotipados. A avaliação psicológica TEA ocorre em contexto clínico, sendo baseada na observação do comportamento e na história pregressa do desenvolvimento da criança. Para facilitar a sistematização da observação comportamental dos sinais do TEA, foi desenvolvido o Protocolo de Avaliação Comportamental para Crianças com Suspeita de TEA (PROTEA-R), que é composto por 17 itens organizados em três dimensões: Comportamentos Sociocomunicativos, Qualidade da Brincadeira e Movimentos Repetitivos e Estereotipados. A fim de verificar a utilidade do PROTEA-R, foi feita uma análise comparativa de três casos de pré-escolares referidos para avaliação psicológica por suspeita de TEA. O primeiro caso, M., de 48 meses, apresentou oscilação na qualidade da interação social, sendo identificado atraso no desenvolvimento da linguagem oral. M. se envolveu em brincadeiras de caráter exploratório e funcional, além de apresentar comportamentos adequados de atenção compartilhada e indícios de brincadeira simbólica. Não foram observados comportamentos repetitivos e estereotipados. Descartou-se a suspeita de TEA e compreendeu-se o quadro do paciente como relacionado a um transtorno de linguagem. O segundo caso, D., 28 meses, apresentou prejuízos no desenvolvimento sociocomunicativo e na brincadeira e movimentos repetitivos, sugerindo o diagnóstico de TEA. Entretanto, este paciente também apresenta diagnóstico de hipotonia e atrofia do lobo frontal, com consequentes alterações na fala, o que sugere TEA como um diagnóstico secundário. O terceiro caso, B., 37 meses, apresentou comportamentos qualitativamente diferentes dos esperados para a idade em relação à interação social, comunicação e brincadeira, bem como a presença de comportamentos repetitivos e estereotipados, corroborando o diagnóstico de TEA. Este estudo demonstra a utilidade do uso do PROTEA-R na avaliação de crianças com suspeita de TEA, tanto em termos de confirmação diagnóstica quanto de diagnóstico diferencial.
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, Crianças, Protocolo de Avaliação, Transtorno do Espectro Autista |