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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 414-1

Poster (Painel)


414-1

Evidências de validade e confiabilidade das Escalas Dimensionais de Ansiedade do DSM-5 em amostra brasileira

Autores:
Vaz, L. V.1, DeSousa, D. A.1, Moreno, A. L.2, Manfro, G. G.1, Salum, Giovanni A.1, Koller, S. H.1
1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (R. Ramiro Barcelos, 2600. CEP: 90035-003), 2 UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro (R. Frei Paulino. CEP: 38025-180)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Uma das mudanças mais importantes na quinta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) foi a introdução de avaliações dimensionais para complementar os diagnósticos categóricos. A abordagem dimensional entende os estados saudáveis e patológicos da saúde mental como um continuum, apresentando escalas de frequência, intensidade e gravidade sintomática como ferramentas importantes no processo diagnóstico. O objetivo deste estudo foi investigar evidências de validade e confiabilidade das Escalas Dimensionais de Ansiedade disponibilizadas no DSM-5 em uma amostra brasileira. Foram investigadas evidências de consistência interna, confiabilidade teste-reteste, validade convergente e divergente. O DSM-5 apresenta cinco escalas dimensionais para os diferentes transtornos de ansiedade: SAD-D (Transtorno de Ansiedade Social), SP-D (Fobia Específica), AG-D (Agorafobia), PD-D (Transtorno de Pânico) e GAD-D (Transtorno de Ansiedade Generalizada). Participaram do estudo 930 adultos, sendo 64,2% mulheres, com idades entre 18 e 70 anos (M = 22,34; DP = 6,03). Evidências de validade convergente foram demonstradas para GAD-D (com o GAD-7), SAD-D (com o SPIN) e PD-D (com o PDSS-R). As duas escalas restantes (AG-D e SP-D) não possuem contrapartes validadas no Brasil para teste convergente. A validade divergente foi demonstrada por correlações significativamente mais fracas com uma medida de hiperatividade (ASRS). Testes Z demonstraram que o padrão de validade convergente/divergente foi significativo para as três escalas dimensionais avaliadas (todos p < 0,05). Os alphas de Cronbach foram adequados para as cinco escalas (variando entre 0,851 e 0,923), bem como os ICCs calculados entre os escores do teste e reteste (com variação entre 0,544 e 0,789). As escalas dimensionais de ansiedade do DSM-5 demonstraram boas evidências de validade e confiabilidade na amostra brasileira. Os resultados apontam grande potencial das escalas para beneficiar a avaliação clínica dos sintomas de ansiedade de forma dimensional, auxiliando no diagnóstico e acompanhamento terapêutico dos transtornos de ansiedade.

Palavras-chave:
 ansiedade, avaliações dimensionais, escalas dimensionais