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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 422-1

Poster (Painel)


422-1

AUTOESTIMA E ESPERANÇA EM USUÁRIOS DE COCAÍNA/CRACK INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO- RESULTADOS PRELIMINARES

Autores:
Zanini, A.M.1, Valerio, A. G.2, Wellausen, R. S.2, KESSLER, F. H. P.1, Trentini, C. M.1
1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Rua Ramiro Barcelos, 2600. CEP 90035-003- Porto Alegre/RS- Brasil), 2 HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Rua Álvaro Alvim, 400. Porto Alegre/RS-Brasil)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

INTRODUÇÃO: Transtornos Relacionados a Substâncias apresentam altos índices de recaída, e as características emocionais desses pacientes precisam ser melhor estudadas, principalmente sob a ótica da Psicologia Positiva. Esse é um movimento recente, que visa à prevenção e à promoção da saúde mental, ao invés do enfoque curativo tradicional. São englobados conceitos como esperança e autoestima, que apresentam correlações entre si, bem como com sucesso, reconhecimento por pares, estratégias de enfrentamento, entre outros. OBJETIVO: Investigar esperança e autoestima em usuários de cocaína/crack internados em uma unidade hospitalar especializada, utilizando dados preliminares. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal, no qual foram avaliados 17 homens usuários de cocaína/crack, internados em uma unidade hospitalar especializada para tratamento de Transtornos Relacionados a Substâncias, em um hospital público de Porto Alegre. As idades variaram de 19 a 54 anos, com média de 33,18 (DP=8,23). Foram aplicadas as Escalas de Esperança Disposicional e de Autoestima de Rosenberg, oriundas da Psicologia Positiva. Apesar de serem instrumentos autoaplicáveis, optou-se pela aplicação verbal, para minimizar dificuldades de compreensão, bem como respostas aleatórias. RESULTADOS: A média para esperança foi de 28,94 (DP=6,42), o que corresponde a um percentil 30 na tabela normativa para adultos. Quanto à autoestima, a média foi de 27,76 (DP=4,96), com percentil 20. Ou seja, 70% da população normativa possui escores mais altos em esperança do que a amostra estudada, enquanto 80% possui escores mais altos em autoestima. CONCLUSÃO: Apesar do tamanho pequeno da amostra, o público em questão apresentou autoestima e esperança abaixo da média populacional. O momento da internação pode potencializar a depreciação no autorrelato, pois frequentemente é interpretado como fracasso nas estratégias de enfrentamento, interações sociais e é antecedido de problemas profissionais. Portanto, sugere-se que intervenções foquem essas características, já que podem interferir no desfecho do tratamento, considerando-se abstinência ou recaída.

Palavras-chave:
 Autoestima, Esperança, Cocaína, Crack, Internação Hospitalar