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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 445-2

Oral (Tema Livre)


445-2

Avaliação comportamental do desenvolvimento sociocomunicativo não verbal de crianças com Transtorno do Espectro Autista

Autores:
Maira Ainhoren Meimes1,2, Regina Basso Zanon2, Barbara Backes2, Gabriela Romeira2, Cleonice Bosa2
1 FACCAT - Faculdades Integradas de Taquara (Av. Oscar Martins Rangel, 4500 (ERS 115), Taquara/RS), 2 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Rua Ramiro Barcelos, 2600 - Bairro Santa Cecília Porto Alegre - RS)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Os comprometimentos sociocomunicativos específicos do Transtorno do Espectro Autista (TEA) se caracterizam como desvios qualitativos no desenvolvimento que, sendo sutis, podem dificultar seu reconhecimento por parte dos pais e profissionais. Portanto, é fundamental que profissionais que realizem avaliação comportamental de crianças com TEA considerem a qualidade dos comportamentos observados no contexto avaliativo. Assim, objetivou-se caracterizar, em termos qualitativos, os comportamentos sociocomunicativos não verbais e de brincadeira de crianças com TEA, atendidas no Centro Experimental de Avaliação Multidisciplinar em Autismo. Participaram 6 crianças do sexo masculino e uma do sexo feminino com TEA, com média de idade de 42,2 meses. Os instrumentos utilizados foram a Ficha de Dados Sociodemográficos da Família e de Desenvolvimento da Criança e o Protocolo de Observação para Crianças com Suspeita de Transtornos do Espectro Autista (PROTEA). Observaram-se déficits mais significativos nas habilidades que ocorrem em contextos triádicos (interações mediadas por objetos/eventos) do que nos diádicos (interação face a face), bem como na iniciativa espontânea da criança para interagir com o examinador, em comparação às respostas às tentativas do mesmo para engajá-la em brincadeiras. Ainda, identificou-se ausência de simbolismo na brincadeira da maioria dos participantes do estudo. Os resultados corroboram achados de outros estudos sobre o tema, ressaltando a importância da identificação dos comprometimentos sociais e da qualidade da brincadeira para a identificação precoce do TEA. Além disso, a identificação de potencialidades durante o processo avaliativo traz informações importantes para o desenvolvimento de intervenções.

Palavras-chave:
 Transtorno Autístico, Desenvolvimento da Linguagem, Comportamento, Comunicação, Sinais e Sintomas