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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 506-2

Poster (Painel)


506-2

Compreensão em leitura e Motivação para ler: evidência de validade entre medidas

Autores:
Adriana Suehiro1, Evely Boruchovitch2, Maria Aparecida Gomes2
1 UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Av. Carlos Amaral, 1015 Cajueiro Santo Antônio de Jesus-Bahia 44570000), 2 UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas (R. Bertrand Russell, 801 Cidade Universitária Zeferino Vaz, Campinas-SP 13083865)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

O presente estudo teve por objetivos descrever o desempenho em compreensão em leitura e em motivação para ler de um grupo de escolares, assim como buscar por evidência de validade de critério concorrente entre o teste de Cloze e a Escala de Motivação para a Leitura 1 (EML1). Participaram 281 estudantes, ambos os sexos, entre seis e 13 anos (M=9,06; DP=1,35), do segundo ao quinto ano do Ensino Fundamental de escolas públicas e particulares do interior de São Paulo e da Bahia. Do total da amostra, 63 escolares (22,4%) frequentavam o segundo ano, 69 (24,6%) o terceiro, 69 (24,6%) o quarto e 80 (28,5%) o quinto ano, sendo 155 (55,2%) do gênero masculino e 126 (44,8%) do feminino. A maioria dos participantes era proveniente de instituições públicas (n=210; 74,7%) e 126 (44,8%) alunos eram de São Paulo e 155 (55,2%) da Bahia. Foram aplicados, coletivamente, um texto estruturado segundo os padrões tradicionais da técnica de Cloze e a Escala de Motivação para a Leitura 1. Os resultados indicaram um desempenho abaixo da média possível para o texto em Cloze utilizado, considerando-se que não há normas estabelecidas por série ou idade. Evidenciaram, ainda, maiores médias em motivação para ler, respectivamente, nos fatores Motivação Extrínseca Autônoma (A) e Motivação Extrínseca Controlada (C) e as menores em Desmotivação (D). Conforme o esperado, verificou-se que os estudantes com a pontuação média mais alta no Cloze (nove ou mais pontos) foram os que apresentaram significativamente maior motivação para ler nos fatores Motivação Intrínseca (I) e Motivação Extrínseca Autônoma (A), o que conferiu evidência de validade de critério concorrente à EML1. Embora tais achados possibilitem uma avaliação dos construtos em apreço com base em parâmetros psicométricos que permitem a realização de inferências mais seguras e adequadas às realidades estudadas, novos estudos com essa finalidade são necessários.

Palavras-chave:
 ensino fundamental, aprendizagem, avaliação psicológica