Imprimir Resumo


VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 563-1

Poster (Painel)


563-1

Aproximação Indiscriminada a Estranhos e Acurácia na Identificação de Emoções em Faces na Síndrome de Williams

Autores:
Tales E. Lima1, Beatriz Marques Sanchez1, Lucas M. Marques1, Maria Cristina Triguero Veloz Teixeira1,2, Rachel Sayuri Honjo3, Chong Ae Kim3, Ana Alexandra Caldas Osório1,2
1 UPM - Instituto Presbiteriano Mackenzie – Universidade Mackenzie (Rua Itambé, 135, Higienópolis, São Paulo - SP), 2 UPM - PÓS - Programa de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento (Rua Itambé, 135, Higienópolis, São Paulo - SP), 3 FM - USP - Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 647, São Paulo - SP)

E-mail Apresentador:

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

A Síndrome de Williams (SW) é um transtorno raro do desenvolvimento causado por uma deleção submicroscópica no cromossomo 7. Para além de um padrão distinto de características físicas, médicas e cognitivas, pesquisadores têm-se debruçado sobre o estudo do funcionamento sócio-emocional destes indivíduos, concretamente no forte interesse por estímulos de natureza social. Seguindo a linha de outros pesquisadores que examinaram a expressão fenotípica de hipersociabilidade como um aspeto distinto desta síndrome, nosso estudo teve como objetivo avaliar a associação entre o comportamento hipersocial dos portadores da SW e sua acurácia no reconhecimento de emoções em faces. A amostra foi de 20 sujeitos, (65% do sexo masculino e 35%, feminino), com idades entre 8 e 41 anos (M = 17.25; DP = 8.20), para os quais foram exibidas 40 faces – fotos no computador – que expressavam diferentes emoções, (10 raiva; 10 alegria; 10 medo; 10 tristeza). Foi solicitado aos sujeitos que respondessem qual emoção cada rosto expressava. Em entrevista realizada com os cuidadores, foram estabelecidos os escores relacionados a hipersociabilidade e, mais especificamente, aos níveis de aproximação indiscriminada a pessoas estranhas. Não foram encontradas associações significativas entre relatos parentais de aproximação indiscriminada a estranhos e as taxas de acerto na tarefa de identificação de emoções em faces: zangado, r = .02, p = .928; alegre, r = .04, p = .870, medo, r = -.05, p = .829; triste, r = .14, p = .545. Ou seja, eventuais tendências de aproximação indiscriminada não estão associadas a dificuldades em reconhecer emoções com base em pistas faciais. Verificou-se que a maioria dos indivíduos apresentou um desempenho acima do acaso para o reconhecimento das diferentes emoções. Assim, levantamos a hipótese de que tal resultado possa estar relacionado ao nível de confiabilidade dos rostos apresentados, mais do que a emoção mostrada pelos mesmos.

Palavras-chave:
 Síndrome de Williams, Hipersociabilidade, Identificação de Emoções em Faces, Aproximação Indiscriminada a Estranhos