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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 715-1

Poster (Painel)


715-1

Diferentes conceitos de “Autonomia” para jovens de diferentes níveis socioeconômicos no Brasil

Autores:
Susana Núñez1, Silvia Koller3
1 PEARSON - Pearson Clinical Assessment Brasil (Av. Francisco Matarazzo, 1500 - Cj. 51 - Barra Funda), 3 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Rua Ramiro Barcelos, 2600)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

O objetivo deste estudo foi analisar as diferenças no conceito de autonomia em jovens brasileiros em função do nível socioeconômico. A autonomia foi definida com base na Teoria da Autodeterminação como a necessidade individual de organizar as experiências e a conduta de forma a realizar as atividades que sejam congruentes com um sentido integrado de si mesmo (Deci & Ryan, 2000). Participaram 970 jovens brasileiros de quatro universidades e duas escolas para jovens adultos de quatro regiões diferentes do Brasil. Suas idades estavam entre 18 e 30 anos (Mage= 22.8; SD=3.4). Os instrumentos utilizados foram um questionário de medidas sociodemográficas e a Escala de Necessidades Psicológicas, adaptada e validada para esta pesquisa. Foi realizada uma série de análises fatoriais confirmatórias, análises de confiabilidade, e um análise de escalamento multidimensional para avaliar diferenças estruturais na subescala de autonomia entre participantes com diferentes níveis socioeconómicos. O AFC inicial demonstrou que o modelo original de três fatores não era adequado para o contexto brasileiro, e a análise de confiabilidade mostrou fragilidades na estrutura interna da subescala de autonomia (7 itens, α = .67). Os resultados de um novo AFC, com um modelo de dois fatores, que não incluía a subescala de autonomia, se mostrou mais adequado (X2 (df = 64; N = 299) = 348.90; RMSEA = .087(p≤ .05); CFI= .933; TLI= .905; SRMR= .055). Os resultados da análise de escalonamento multidimensional mostraram uma dispersão diferente dos itens da estrutura da subescala de autonomia para os participantes de um nível socioeconômico mais baixo; onde estes estavam mais intimamente relacionados com a necessidade de relacionamento, do que em participantes com nível socioeconómico mais elevado. Estes resultados permitem discutir que na cultura brasileira, a autonomia estaria mais intrinsecamente relacionada com relações que o individuo estabelece com os outros e com seu ambiente.

Palavras-chave:
 Autonomia, jovens, nível socioeconômico, Teoria da Autodeterminação, Escalonamento Multidimensional