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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 729-1

Oral / Poster


729-1

A Avaliação metacognitiva: Novos meios de mensuração na população brasileira

Autores:
Jussara F. Pascualon-Araujo1, Luma Tiziotto Deffendi1, Alex Bacadini França1, Patrícia Waltz Schelini1
1 UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos (Rodovia Washington Luís, km 235 - SP-310 São Carlos - São Paulo - Brasil CEP 13)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Coordenador: Dra. Jussara Fátima Pascualon-Araujo Autores: Dra. Jussara F. Pascualon-Araujo, Dra. Patrícia Waltz Schelini, Luma Tiziotto Deffendi e Alex Bacadini França Instituição de Origem: Universidade Federal de São Carlos Financiador do coordenador: FAPESP Título do Simpósio: A Avaliação metacognitiva: Novos meios de mensuração na população brasileira Resumo: A literatura apresenta o conhecimento e a cognição sobre o fenômeno cognitivo como aspectos que definem a metacognição. O conhecimento metacognitivo, que diz respeito ao conhecimento sobre o próprio conhecimento e o controle ou monitoramento metacognitivo, que abrange o controle que a pessoa apresenta sobre a própria cognição, incluindo os processos regulatórios, são os enfoques mais abordados na área. O desenvolvimento cognitivo, a resolução de problemas, o contexto educacional e da aprendizagem e o próprio bem estar dos indivíduos são pontos nos quais a metacognição pode ser estudada revelando, dessa maneira, a diversidade de sua aplicação. O primeiro estudo investigou o monitoramento metacognitivo de universitários por meio de seus julgamentos sobre o desempenho em tarefas que envolveram processos criativos verbais. Os resultados demonstraram que os indivíduos investigados possuíam poucas habilidades de monitoramento metacognitivo nas tarefas que envolveram a criatividade uma vez que as correlações entre os desempenhos reais e estimados tenderam a ser fracas. O segundo trabalho visou à confirmação de modelo teórico utilizado para a elaboração de uma escala do tipo Likert destinada à avaliação da metacognição em crianças de nove e 12 anos de idade (Escala de Metacognição - EMETA), bem como apresentação de suas normas iniciais para a população brasileira de acordo com gênero e idade dos participantes. O terceiro estudo compreendeu a adaptação da EMETA para a população idosa (EMETA-Sênior, EMETA-S) e a verificação de suas propriedades psicométricas, como validade e precisão. Em relação às duas versões da escala, as análises realizadas proporcionaram melhor adequação dos agrupamentos de itens ao modelo teórico utilizado como base e, consequentemente, maior precisão nos instrumentos. Os três estudos apresentados possuem um corpo de técnicas/procedimentos para a avaliação da metacognição em diferentes contextos para a população brasileira.

Resumo Apresentador 1

Nome do Autor: Luma Tiziotto Deffendi Instituição de Origem do Autor: Universidade Federal de São Carlos Co-autor: Patrícia Waltz Schelini Financiador do Autor: CNPq Título da Fala do Autor: O monitoramento metacognitivo em tarefas que envolvem criatividade Resumo Autor: A metacognição é entendida como o conhecimento que o indivíduo possui sobre seus próprios processos cognitivos e que permite o monitoramento, a regulação e avaliação de suas atividades cognitivas. Em pesquisas sobre o monitoramento metacognitivo este processo é avaliado com frequência por meio de julgamentos, que constituem uma ferramenta de avaliação da metacognição. Sob o ponto de vista cognitivo, a criatividade, por sua vez, é o nome dado a um grupo de processos que possibilita variações em conceitos, de forma a facilitar a elaboração de novas e inéditas formas de agrupamento. O presente trabalho relata os achados de um estudo que investigou o monitoramento metacognitivo de universitários por meio de seus julgamentos sobre o desempenho em tarefas que envolvem processos criativos verbais. Participaram da pesquisa 82 estudantes universitários, de ambos os gêneros, sendo a eles apresentado o Teste de Pensamento Criativo de Torrance - Versão Verbal. Após a aplicação do teste de criatividade, eles foram solicitados a emitir estimativas sobre o seu desempenho. Tais estimativas são os julgamentos que correspondem ao monitoramento metacognitivo. Os resultados sugerem que a população contemplada parece possuir poucas habilidades de monitoramento metacognitivo nas tarefas que envolveram a criatividade, visto que as correlações entre os desempenhos reais e estimados tenderam a ser fracas. É necessário que as investigações acerca da temática continuem, no sentido de levantar novas hipóteses e de eliminar possíveis viéses metodológicos encontrados no decorrer da aplicação do procedimento proposto, como, por exemplo, a homogeneidade da amostra e a aplicabilidade da Escala de Monitoramento da Criatividade.

Resumo Apresentador 2

Nome do Autor: Jussara Fátima Pascualon-Araujo Instituição de Origem do Autor: Universidade Federal de São Carlos Co-autor : Patrícia Waltz Schelini Financiador do Autor: FAPESP Título da Fala do Autor: Avaliação da Metacognição Infantil: confirmação de modelo teórico Resumo do Autor: Pensamentos e conhecimentos que os indivíduos possuem sobre seus próprios pensamentos e processos cognitivos correspondem à metacognição. Quando se focaliza a área da educação, as habilidades envolvidas no monitoramento cognitivo e na autorregulação são as mais relevantes pois permitem ao indivíduo avaliar seu desempenho durante a realização de tarefas e, se concluir que não está atingindo a meta estabelecida, poderá alterar as estratégias que estão sendo utilizadas por outras mais eficientes. A utilização e o domínio dessas duas habilidades são aspectos importantes para a aprendizagem e, portanto, entende-se que a estimulação das mesmas poderia ser mais uma alternativa para o alcance de um melhor desempenho acadêmico. O presente trabalho teve como objetivo realizar a Análise Confirmatória para verificar se o modelo encontrado na Análise Fatorial Exploratória se ajustava ao modelo teórico utilizado como base para a elaboração da Escala de Metacognição (EMETA) destinada a crianças de 9 a 12 anos de idade. Diferentemente dos dados encontrados na Análise Fatorial Exploratória, que gerou um modelo formado por três fatores, os resultados após a Análise Confirmatória indicaram que a EMETA apresenta melhor ajustamento a um modelo composto por dois fatores, a saber: a) Conhecimento Metacognitivo; e, b) Monitoramento Metacognitivo e Estratégias Cognitivas que explicam 34% da variância do instrumento com precisão de 0,805. Apesar dessa diferença em relação ao número de fatores, observou-se que os itens que compuseram o primeiro fator permaneceram os mesmos nos dois modelos, enquanto os itens do segundo são um agrupamento de dois fatores (Monitoramento Metacognitivo e Estratégias Cognitivas) do primeiro modelo. Por fim, visou-se também a elaboração das normas preliminares para a escala para gênero e idade.

Resumo Apresentador 3

Nome do Autor: Alex Bacadini França Instituição de Origem do Autor: Universidade Federal de São Carlos Co-autor: Patrícia Waltz Schelini Financiador do Autor: FAPESP Título da Fala do Autor: Revisão da Escala Metacognitiva Sênior: novo modelo estrutural Resumo do Autor: No âmbito da avaliação cognitiva, um construto importante é a metacognição. A metacognição refere-se a reflexões sobre os próprios pensamentos e cognições. Em primeiro momento pode parecer algo complexo ou intimidador. Na verdade, todos os dias nós nos envolvemos em atividades metacognitivas. Quando escrevemos a direção para chegar até algum local ou elaboramos uma lista de compras para ir ao supermercado, fazemos isso porque não queremos esquecer nada ao realizar essas tarefas. Esta pode ser considerada uma forma de metacognição, pois demonstra o conhecimento sobre os limites de uma capacidade, no caso a memória. Nesse sentido estabelece-se uma relação na qual pessoas idosas dependem da habilidade metacognitiva que desenvolveram ao longo da vida para desempenhar diversos tipos de tarefas e também para aprender habilidades novas com confiança, empenho e agilidade. Diante deste contexto, o presente trabalho tem como objetivo apresentar os procedimentos iniciais executados para a construção da Escala Metacognitiva Sênior (EMETA-S) e as novas análises fatoriais e de precisão realizadas para o aprimoramento do instrumento. O estudo contou com 194 participantes idosos, no qual foram adotados novos critérios de rotação, retenção de fatores e inclusão e/ou exclusão de itens. Optou-se pelo método de extração por análise dos componentes principais com rotação oblíqua Promax. Para determinar o número de fatores a ser extraído foi utilizado o critério de raiz latente por meio de inspeção do scree plot e também a análise paralela. A precisão da escala foi verificada por meio do coeficiente de alpha de cronbach. A estrutura final do aprimoramento da EMETA-S apresentou boa estrutura fatorial (três fatores e 54 itens). A análise de precisão indicou adequação dos itens ao conceito proposto e boa consistência interna da escala (α=0,952), o que evidencia ser um instrumento promissor para o planejamento e avaliação de intervenções junto à terceira idade.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 metacognição, monitoramento, avaliação psicológica