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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 821-1

Oral (Tema Livre)


821-1

Avaliação Psicológica no Trânsito de Motorista com Acidente Vascular Cerebral

Autores:
MAISA AP FONTANA1, CLAUDIA FEGADOLLI2
1 NEUROPSI E TRÂNSITO - CLINICA DE NEUROPSICOLOGIA E PSICOLOGIA DO TRANSITO (RUA BRASILIA Nº 294 Araras SP), 2 UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (RUA SÃO NICOLAU 210 CENTRO DIADEMA SP)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Resumo Introdução: A avaliação psicológica no trânsito possibilita o conhecimento das características psicológicas dos motoristas. Busca assegurar condições psicológicas e cognitivas necessárias para que os indivíduos conduzam veículos de forma segura. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, essa avaliação ocorre apenas no momento da obtenção, modificação de categoria ou renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) profissional. Porém nas demais situações a avaliação psicológica não é exigida. Objetivo: Descrever um estudo de caso em que a avaliação psicológica do trânsito identificou a ocorrência de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e consequente risco de direção insegura em candidato à renovação da CNH. Método: O estudo do motorista de carreta, RBS, 50 anos, foi conduzido em agosto de 2013 a partir de avaliação psicológica para renovação da CHN em Araras-SP. A avaliação ocorreu em dois momentos e foram aplicados os seguintes testes: raciocínio, atenção concentrada, atenção alternada, atenção dividida, personalidade e memória visual de curto prazo. Relatos do candidato e da esposa foram considerados na avaliação. Resultados: O candidato apresentou sinais depressivos, alentecimento na execução dos testes e resultados muito abaixo do esperado na avaliação cognitiva. Na entrevista identificou-se a ocorrência de hospitalização recente com queixa de formigamento corporal e cefaleia intensa, sem avaliação por exame de imagem. Após o episódio a esposa notou lentidão, alterações na face e comportamento depressivo. Após a presente avaliação, a psicóloga de trânsito encaminhou o indivíduo ao neurologista, que confirmou diagnóstico presumido de AVC, resultando em inaptidão para dirigir. Conclusão: A avaliação psicológica foi fundamental para a identificação da ocorrência de AVC. O caso reforça a importância da avaliação psicológica do trânsito para todos os motoristas regularmente, ao contrário de como ocorre atualmente no Brasil. Apenas a avaliação médica não foi suficiente para identificar os sinais da patologia verificados pela avaliação psicológica.

Palavras-chave:
 TRÂNSITO, ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL, MOTORISTAS