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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 825-1

Oral (Tema Livre)


825-1

Crianças obesas e características de personalidade: evidências contemporâneas

Autores:
Coury, G. C.1, Okino, E. T. K.1, Pasian, S. R.1
1 USP-RP - Universidade de São Paulo - Ribeirão Preto (Av. Bandeirantes, 3900 - Ribeirão Preto - SP - Brasil - CEP: 14040-900)

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Resumo Geral da Mesa

Introdução: Diante dos elevados índices de obesidade infantil, torna-se relevante estudar características de personalidade como uma das múltiplas variáveis envolvidas nesse complexo e multifatorial quadro clínico. Objetivo: Caracterizar e comparar características psicológicas de crianças obesas em relação a eutróficas (peso normal), a partir do Questionário de Capacidades e Dificuldades (SDQ) e Desenho da Figura Humana. Método: Foram examinadas 60 crianças de sete a 11 anos de idade, de ambos os sexos, 30 com diagnóstico e tratamento médico para obesidade (Grupo 1=G1) e 30 com peso normal (Grupo 2=G2), sem atraso acadêmico, sem limites cognitivos ou histórico de outras doenças físicas. Instrumentos: Teste das Matrizes Progressivas Coloridas de Raven (para triagem cognitiva), SDQ (versão para pais) e DFH (indicadores cognitivos=IC e emocionais=IE, de Koppitz). Os resultados foram sistematizados conforme respectivos manuais técnicos, realizando-se análises descritivas e inferenciais. Resultados: No SDQ, G1 apresentou média de 12,5 pontos brutos (±5,9) e G2 14,0 pontos (±6,8), sendo que 70% de G1 e 66.6% de G2 obteve classificação “Normal” e/ou “Limítrofe”, sugerindo indicadores de saúde mental compatíveis com o esperado para sua etapa de desenvolvimento. No DFH, os IE atingiram valor médio de 2,5 em G1 e 2,0 em G2, enquanto houve média de 19,6 IC em G1 e 19,3 IC em G2, indicando ajustados sinais de desenvolvimento para essa faixa etária. Os resultados médios dos grupos no SDQ e no DFH foram comparados (Teste t de Student, p <=0,05), sem identificação de diferenças estatisticamente significativas. Conclusão: Crianças com obesidade (G1) sinalizaram, em termos de indicadores de saúde mental, IE e IC, recursos similares a seu grupo de comparação (G2), a partir dos instrumentos utilizados. Esses bons potenciais devem ser reforçados em processos de intervenção para obesidade, de modo a facilitar a superação das dificuldades vivenciadas em termos de saúde geral. (CAPES)

Palavras-chave:
 Obesidade infantil, Avaliação psicológica, Métodos projetivos, Rorschach, Desenho da Figura Humana