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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 939-2

Oral / Poster


939-2

AVALIAÇÃO DE HABILIDADES COGNITIVAS: DIVERSOS CONTEXTOS E FAIXAS ETÁRIAS

Autores:
Émille Burity Dias2, Carla Alexandra Moita Minervino1, Pedro Miguel da Silva Moita3, Adriana Gaião e Barbosa1, Priscila de Albuquerque Almeida1, Josemberg Moura de Andrade1, Amanda Pereira Frazão1, Jonas Oliveira Menezes Junior1, Valéria Nicolau de Sousa1
1 UFPB - Universidade Federal da Paraíba (Cidade Universitária, s/n João Pessoa), 2 UNIPÊ - Centro Universitário UNIPÊ (BR 230 - Km 22, Água Fria - CEP 58053-000), 3 UL - Universidade de Lisboa (Alameda da Universidade, 1649-004 Lisboa, Portugal)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Os estudos atuais sobre as habilidades cognitivas vêm contribuindo para o movimento ampliado de consolidação de bons e bem estruturados instrumentos de avaliação psicológica. No Brasil, vários são os testes para a avaliação de habilidades cognitivas, principalmente no que se refere a atenção, funções executivas, linguagem escrita, entre outras. Alguns destes instrumentos utilizam-se das teorias da informação para avançarem na precisão de seus registros principalmente no que se refere ao tempo de reação e ao tempo de resposta. Esta mesa redonda tem por objetivo apresentar estudos realizados sobre habilidades cognitivas em diversas faixas etárias, a saber: crianças, adultos e idosos; além de apresentar instrumentos em versão papel-e-lápis e informatizados. Inicialmente serão apresentados estudos realizados sobre funções executivas e leitura em crianças. Diversos são os estudos sobre funções executivas no entanto quando trata-se de crianças a incidência da produção científica sobre o assunto reduz a um terço, fato este que torna a temática atual e necessária. Em seguida será apresentado um instrumento adaptativo informatizado para memória, e será abordado as potenciais qualidades encontradas em pesquisa realizada com crianças utilizando os dois formatos do teste de memória visual: informatizado e papel e lápis. No terceiro momento da mesa será apresentado um estudo com estudantes universitários, com sintomatologia de TDAH, associando as alterações atencionais e o rendimento escolar. Por último, visando a apresentação de avaliação de habilidades cognitivas em idosos será apresentado estudo que teve como objetivo verificar a presença de quadros demenciais em idosos de Instituições de Longa Permanência (ILP) e Centros de Convivência (CC).

Resumo Apresentador 1

FUNÇÕES EXECUTIVAS E LEITURA Émille Burity Dias Universidade Federal da Paraíba Carla Alexandra Moita Minervino Universidade Federal da Paraíba A leitura é uma atividade recentemente empregada na sociedade humana, fruto da cultura e aprimorada com o passar do tempo. O complexo conceito de leitura envolve a decodificação e a compreensão de palavras dispostas num texto. Aprender a ler demanda conhecimento e manipulação dos sons da língua – consciência fonológica; bem como, habilidades de memorização, inibição e flexibilidade – funções executivas (FE). De modo consensual, são consideradas como um conjunto de habilidades e capacidades que permitem ao sujeito identificar metas, planejar e executar ações a fim de atingir um objetivo, seja ele de curto ou longo prazo. Diversas são as teorias que buscam conceituá-las, entretanto, partindo da perspectiva multifatorial, os componentes que caracterizam as FE são: (1) controle inibitório: capacidade de ignorar elementos distratores ou resistir a uma resposta predominante em prol de outra resposta; (2) flexibilidade cognitiva: capacidade em mudar a perspectiva da atividade ou foco atencional e (3) memória de trabalho: refere-se à competência de reter e manipular a informação num curto período de tempo. Pretende-se, nesta mesa, apresentar estudos, realizados com crianças entre 5 e 8 anos, acerca das FE e o desempenho em leitura, demonstrando que um satisfatório desempenho em habilidades executivas está diretamente relacionado com sucesso em leitura. Estas evidências corroboram as investigações publicadas acerca desta temática. Ademais a literatura informa, também, que bons níveis de compreensão leitora apresentam relação positiva com satisfatório desempenho em funções executivas. Logo, possíveis déficits na aprendizagem podem advir de prejuízos executivos, principalmente relativos à memória e controle inibitório. Considerando a leitura como uma habilidade principal para aquisição do conhecimento formal, faz-se essencial que todas as habilidades inerentes a este processo sejam consideradas, a fim de que métodos de ensino sejam aperfeiçoados e haja prevenção de possíveis dificuldades de aprendizagem da leitura.

Resumo Apresentador 2

TESTE ADAPTATIVO INFORMATIZADO DE MEMÓRIA: VANTAGENS E DESVANTAGENS Carla Alexandra Moita Minervino Universidade Federal da Paraíba Pedro Miguel da Silva Moita Universidade de Lisboa / Vodafone Um teste adaptativo informatizado, Computerized Adaptive Test (CAT) em inglês, é aquele administrado pelo computador, que procura encontrar um teste ótimo para cada sujeito. Para atingir isso, a proficiência do indivíduo (também conhecida como o traço latente ou a habilidade do indivíduo naquela área de conhecimento) é estimada interativamente durante a administração do teste. Desta forma, só serão selecionados os itens que mensurem de modo eficiente à proficiência do indivíduo. O objetivo básico de um teste adaptativo é assemelhar-se de forma automática ao que um sábio examinador faria. De modo diferente dos testes papel-e-lápis, em que cada sujeito, geralmente, responde aos mesmos itens, tipicamente na mesma ordem. Os procedimentos de seleção e administração de itens no teste e atualização das estimativas das proficiências em cada fase são feitos de modo interativo até que algum critério de paragem seja satisfeito. O término do teste poderá ser alcançado por um ou pela combinação de vários critérios, entre eles: nível pré-estabelecido de habilidade, quantidade máxima de itens num teste, tempo do teste, erro padrão do cálculo da habilidade, etc. Porém como toda e qualquer ferramenta informatizada, existem vantagens e desvantagem na sua utilização. Nesta mesa redonda, iremos abordar as potenciais qualidades encontradas em pesquisa realizada com crianças utilizando os dois formatos de um teste de memória visual: informatizado e papel e lápis.

Resumo Apresentador 3

AVALIAÇÃO DA ATENÇÃO CONCENTRADA E RENDIMENTO ESCOLAR EM UNIVERSITÁRIOS COM SINTOMATOLGIA DE TDAH Adriana Gaião e Barbosa Universidade Federal da Paraíba A utilização de escalas de screening como meio de coleta de dados já é consagrada na literatura nacional e internacional, por constituir-se um importante instrumento de rastreamento sintomatológico que possibilita o reconhecimento da presença de um dado transtorno, e dessa forma, auxilia o profissional da saúde, facilitando na identificação de sintomas e consequentemente, como uma ferramenta valiosa que facilita no diagnóstico. O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é reconhecido na literatura mundial como um dos transtornos mais prevalentes na infância e que acompanha o indivíduo por toda a sua vida, trazendo prejuízos nas mais diversas áreas, como por exemplo: a social, acadêmica e afetiva. Por se tratar de um transtorno de grande incidência em nosso meio, o presente estudo objetiva conhecer e identificar condutas/sintomas de alunos universitários, compreendendo a tríade desse transtorno como um fator crucial para o baixo rendimento acadêmico. Fazendo uso ainda, de dois instrumentos de atenção, o Atenção Concentrada (AC) e a Bateria Psicológica para Avaliação da Atenção (BPA), testes esses que possibilitam a classificação e a capacidade geral de atenção, como a atenção concentrada, dividida e alternada. Conhecer as implicações e a presença da hiperatividade, impulsividade e o déficit de atenção nessa amostra, implica em buscarmos meios que facilitem o diagnóstico e também, procedimentos que viabilizem a permanência destes no meio social, sendo respeitado e trabalhado as suas dificuldades. Ao término desse estudo, espera-se contribuir com estratégias de avaliação e de aprendizagem para os alunos que apresentam o TDAH e assim, contribua com melhoras no rendimento acadêmico e pessoal de cada indivíduo.

Resumo Apresentador 4

UM ESTUDO COMPARATIVO DE RASTREAMENTO COGNITIVO EM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS E NÃO INSTITUCIONALIZADOS Josemberg Moura de Andrade Universidade Federal da Paraíba Amanda Pereira Frazão Universidade Federal da Paraíba Jonas Oliveira Menezes Junior Universidade Federal da Paraíba Valéria Nicolau de Sousa Universidade Federal da Paraíba Com o aumento da longevidade, os idosos passam a vivenciar uma situação ambígua: temor da dependência de outrem e desejo de viver mais. O envelhecimento predispõe ao aumento da incidência de doenças, principalmente as demências. Nestas, as alterações e déficits decorrentes da decadência cognitiva causam declínio funcional, diminuindo a habilidade de exercer simples tarefas diárias. Este estudo teve como objetivo verificar a presença de quadros demenciais em idosos de Instituições de Longa Permanência (ILP) e Centros de Convivência (CC). A amostra foi composta por 106 idosos com idades variando entre 51 a 96 anos (M = 74,94, DP = 9,28), sendo 62 residentes de ILP e 44 que frequentavam CC. Os participantes responderam ao Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) e a um questionário sociodemográfico. A partir de análises descritivas verificou-se que os idosos de ILP apresentaram média igual a 21,6 (DP = 5,3) no MEEM, variando entre 12 a 30, enquanto que idosos que frequentavam os CC apresentaram média igual a 28,0 (DP = 2,4), variando entre 22 e 30. Por meio de teste Mann-Whitney verificou-se que essa diferença foi significava estatisticamente. Segundo a literatura os pontos de corte do MEEM para o Brasil, de acordo com o nível de escolaridade, são: 13 para analfabetos, 18 para indivíduos de até oito anos de escolaridade e 26 para os com mais de oito anos de escolaridade. Os resultados também indicaram maior variabilidade de pontuações nos idosos das ILP bem como maior quantidade de idosos com déficits cognitivos. Foi observado maior perda da autonomia e independência dos idosos das ILP quando comparados aos idosos dos CC. Compartilha-se da ideia de que quanto mais informações e pesquisas sejam operacionalizadas sobre o envelhecimento saudável, mais se poderá trabalhar para a prevenção de demências bem como identificar precocemente os seus sinais.

Palavras-chave:
 Habilidades cognitivas, Testes Informatizados, Memória, TDAH, Quadros demenciais