Imprimir Resumo


VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 947-1

Oral / Poster


947-1

AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA NO CONTEXTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Autores:
MEDEIROS, D.1, PINTO JUNIOR, A. A.4, HOKAMA, E.2, ALMEIDA, C. V.3, HELENO, M. G. V.3
1 USJT - UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU (R. Taquari, 546 - Mooca - São Paulo/SP - CEP 03166-000), 2 FMU - FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS (Avenida da Liberdade, 899 - Liberdade São Paulo - SP), 3 METODISTA - UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO (Avenida Dom Jaime de Barros Câmara, 1000 - Planalto, São Bernardo do Campo - SP,), 4 UFF - UNIVERSIDADE FLUMINENSE (Av. dos Trabalhadores, 420, Volta Redonda, RJ - CEP 27255-250)

E-mail Apresentador:

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Esta mesa apresenta possíveis instrumentos para avaliação psicológica em pessoas envolvidas em situações de violência doméstica. Atualmente, a violência doméstica é reconhecida como um sério problema social e também de saúde pública, o que justifica o interesse de pesquisadores de diferentes áreas pela temática. Define-se violência doméstica como uma agressão ou violência praticada dentro do contexto de uma relação interpessoal significativa, podendo ocorrer a partir de um conflito de gerações (contra crianças e adolescentes) ou de gênero (principalmente contra mulheres). Neste sentido, a violência doméstica configura-se por agressão física, abuso sexual, abuso psicológico, negligência, e outras ações perpetradas por um agressor em condições de superioridade, seja essa superioridade física, etária, social, psíquica e/ou hierárquica. A compreensão e o conhecimento da experiência emocional de pessoas envolvidas em situações de violência doméstica, vítimas e também agressores, se tornam cada vez mais relevantes, para isso diferentes instrumentos e técnicas de avaliação psicológica configuram poderoso recurso no contexto do Psicodiagnóstico. O primeiro trabalho descreve os resultados preliminares de um estudo de validação de uma Escala de Exposição de Crianças e Adolescentes à Violência Doméstica. O segundo trabalho apresenta a analise da estrutura e dinâmica psíquica da personalidade de uma mulher envolvida em caso de violência doméstica a partir do uso do instrumento Teste das Relações Objetais de Phillipson – TRO. Finalmente, tendo como objeto de estudo homens envolvidos em violência doméstica, o terceiro trabalho descreve o funcionamento psíquico desses homens também com uso do instrumento TRO. Conclui-se que a utilização de instrumentos de avaliação psicológica favorece a compreensão do fenômeno, contribuindo para um incremento de respostas e soluções orientadas para todos os atores envolvidos nessas situações, visando a proteção e a reestruturação de seus projetos de vida.

Resumo Apresentador 1

Validação da Escala de Exposição de Crianças e Adolescentes à Violência Doméstica: resultados preliminares Antonio Augusto Pinto Junior (Professor Adjunto do Departamento de Psicologia do Instituto de Ciências Humanais e Sociais de Volta Redonda – Universidade Federal Fluminense) Projeto financiado pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Processo n. 138841 - APQ1_2013/2. Esse trabalho descreve os resultados preliminares de um estudo de validação de uma Escala de Exposição de Crianças e Adolescentes à Violência Doméstica - Children’s Exposure to Domestic Violence Scale (Edleson, Johnson & Shin, 2007), auto administrada, composta de 42 questões, que avalia o nível de exposição à violência doméstica de crianças e adolescentes na faixa etária dos 10 a 16 anos de idade, permitindo o reconhecimento de um continuum de experiências das vítimas e da necessidade correspondente de intervenções práticas. Após a tradução para a língua portuguesa, que foi avaliada por juízes experts na área de avaliação psicológica e psicologia clínica com crianças vitimizadas, o referido instrumento foi aplicado em 57 participantes de ambos os sexos, na faixa etária de 10 a 16 anos, divididos em dois grupos: Grupo clínico: crianças e adolescentes vítimas de violência física e sexual (n= 26), e Grupo Controle: crianças e adolescentes sem suspeitas de vitimização (n=31). A análise dos resultados foi realizada a partir da categorização e classificação das respostas de cada uma das questões da escala, e submetidos a tratamento estatístico para realização dos estudos normativos de validade. Os resultados preliminares do estudo piloto mostram que a referida escala é um instrumento sensível para discriminar crianças e adolescentes vítimas daqueles que não sofreram ou sofrem algum tipo de vitimização, além de oferecer subsídios para identificar, conhecer e compreender essa realidade, embasando medidas preventivas e interventivas na área da violência doméstica. Palavras-chave: Violência doméstica, Avaliação Psicológica, Escala de Exposição de Crianças e Adolescentes à Violência Doméstica.

Resumo Apresentador 2

Análise da personalidade de uma mulher envolvida em caso de violência doméstica. Camila Viana de Almeida (Doutoranda em Psicologia da Saúde da Universidade Metodista de São Paulo) Maria Geralda Viana Heleno (Coordenadora e Profa. Dra. do Programa de Pós-graduação da Universidade Metodista de São Paulo) Entre as várias formas de violência interessa para este estudo a violência doméstica, este tema vem sendo estudado há tempos e cada achado é motivo de interesse para mais estudos. É intrigante e desperta empenho de pesquisadores. Esse tipo de violência assombra muitas famílias e é assustador principalmente por ocorrer no local onde as pessoas deveriam sentir-se seguras e protegidas, no ambiente doméstico. O ato violento é cometido com maior frequência pelo parceiro íntimo, sendo que, a violência física muitas vezes é acompanhada de violência psicológica. Este tipo de violência é considerado um problema de saúde pública e causa alguns impactos físicos e mentais à saúde da mulher. Este estudo teve como objetivo analisar a estrutura e a dinâmica psíquica da personalidade de uma mulher envolvida em caso de violência doméstica. Utilizou-se como instrumento o Teste das Relações Objetais de Phillipson - TRO. Os resultados mostraram que a estrutura de personalidade da paciente apresenta-se com o predomínio de traços esquizoides. A dinâmica psíquica da personalidade sugere persecutoriedade e dependência dos objetos. A fragilidade do ego e a instabilidade das relações com objetos do mundo interno e externo não permitem a contenção. Sobressaem os impulsos destrutivos de matar, despedaçar, o ego está submetido à tirania das mais diversas formas, impera a violência. Conclui-se neste estudo que a paciente apresenta intensa fragilidade egóica com predomínio da posição esquizoparanóide e conjecturamos que este quadro tem forte associação com a violência na qual ela está inserida. Consideramos a importância de um acompanhamento psicoterapêutico com o objetivo de fortalecer o ego desta mulher, ajudá-la a superar as perdas e fortalecer os vínculos positivos. Apesar do crescente interesse da literatura científica e das intervenções em saúde, muito ainda se tem a fazer e pesquisar sobre o tema, envolvendo, inclusive, novas estratégias de ações profissionais. Pois, apesar do acirramento das leis os crimes contra a mulher ainda alcançam patamares muito elevados. Palavras-chave: Violência Doméstica; Violência contra Mulher; Personalidade; Teste das Relações Objetais.

Resumo Apresentador 3

O Teste das Relações Objetais na análise do Funcionamento Psíquico de Homens envolvidos em Violência Doméstica Erica Hokama (Profa. Ms. FMU / Universidade Braz Cubas) Maria Geralda Viana Heleno (Coordenadora e Profa. Dra. do Programa de Pós-graduação da Universidade Metodista de São Paulo) Esta pesquisa teve como objetivo investigar o funcionamento psíquico de homens envolvidos em violência doméstica, por meio do teste das relações objetais (TRO) de Phillipson. O TRO é um método projetivo que consiste em apresentar ao sujeito 13 lâminas com figuras ambíguas e solicitar que ele conte histórias a cada uma delas. As histórias servem como estímulos para o sujeito revelar o sistema tensional inconsciente dominante (medos, desejos e defesas). Participaram desse estudo quatro homens em situação de violência doméstica. Os resultados mostraram que eles apresentam uma estrutura egóica frágil e não suportam a realidade externa. Os ataques destrutivos do id associado ao superego permissivo não é capaz de impor limites à realidade interna, predominando uma estrutura psíquica própria da posição esquizoparanóide. Assim, eles apresentam um mundo interno repleto de objetos cindidos e persecutórios. Para dar solução a tal destrutividade ocorre a projeção no mundo externo, que é realizada na violência à família, principalmente na mulher. A análise da estrutura e da dinâmica psíquica desses homens trouxe certo esclarecimento para a questão da violência doméstica, posto que é um tema complexo e que há outros fatores a serem analisados e que não foram objeto de estudo da presente pesquisa. Concluiu-se que o tratamento psicológico (individual ou em grupo) de homens envolvidos em violência doméstica, em conjunto com outras medidas judiciais e sociais são ações necessárias, pois, pode ser uma forma de ajudá-los a enfrentar suas limitações, lidar com suas angústias, entender e controlar os impulsos, rever e compreender suas crenças e trabalhar sua autoestima. O olhar sobre o homem é de grande valia, para entender e promover políticas públicas eficientes, uma vez que a violência doméstica acontece na relação entre homem-mulher. Mais ainda, na família, que envolve crianças e estabelece comportamentos. Palavras-chave: Violência doméstica, homem, relações objetais, teste das relações objetais.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 Avaliação Psicológica, Intervenção Psicológica, Violência Doméstica