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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 961-1

Oral / Poster


961-1

Como temos usado os instrumentos ASEBA nas diferentes fases do ciclo vital

Autores:
Edwiges Silvares1, Margareth Oliveira2, Irani Argimon2, Deisy Emerich1
1 IPUSP - Departamento de Psicologia Clinica da Universidade de São P (Instituto de Psicologia da USP Av. Prof. Mello Moraes 1721 CEP 05508-030), 2 PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, (Porto Alegre, RS), 3 PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, (Porto Alegre, RS)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Titulo: Mesa redonda: COMO TEMOS USADO OS INSTRUMENTOS ASEBA NAS DIFERENTES FASES DO CICLO VITAL Coordenadora: Edwiges Ferreira de Mattos Silvares (IPUSP – Departamento de Psicologia Clinica efdmsilv@usp.br) Resumo: Os instrumentos ASEBA são bastante conhecidos internacionalmente e, no Brasil, têm seu uso, a cada dia, sido mais reconhecido como útil e necessário. ASEBA é o nome resumido de um sistema de avaliação empiricamente baseada - Achenbach System of Empirically Based Assessment (ASEBA) que oferece uma abordagem compreensiva para avaliação do funcionamento humano adaptativo ou não. Desenvolvido há décadas através da experiencia pratica e de pesquisa para identificar padrões de funcionamento humano real de modo a prover profissionais com instrumentos amigáveis e fidedignos. Diversos estudos e experiências, brasileiros ou não, tem colocado em evidência sua importância, tanto pelos seus aspectos teóricos como pelos práticos e cada vez mais pesquisadores e profissionais tem se envolvidos na expansão de seu uso. Por certo, há alguns desses instrumentos como o CBCL (“Inventario de Comportamentos para crianças e adolescentes entre 6-18 anos” ou Child Behavior Checklist– 6-18 em inglês), por exemplo, reconhecidos de forma unânime como indispensáveis para avaliação comportamental e psicológica de crianças e adolescentes. Há inclusive estudiosos do mundo todo que fazem emprego dele nas mais diferentes áreas da saúde humana. Como o próprio nome indica o CBCL se volta para avaliação de crianças, adolescentes e jovens adultos. Há outros instrumentos, do mesmo sistema ASEBA, entretanto, voltados para outras fases do ciclo vital, além da infancia, como por exemplo, o SCICA (sob a forma de entrevista baseado de crianças, o ASR (autoavaliação de adultos) e OASR (auto avaliação de idosos) entretanto cujo valor é reconhecido por alguns estudiosos e profissionais da saúde mas ignorado por muitos outros. A presente proposta visa evidenciar o conhecimento e acadêmico alcançado por diferentes pesquisadores, entre eles os que compõem a mesa e trabalham com faixas etárias distintas. Pretende-se com a mesa demonstrar que os variados instrumentos do sistema são voltados para diferentes fases do ciclo vital bem como focalizar a comparabilidade dos diferentes resultados por eles obtidos, o que os faz dignos de serem conhecidos. Comporão a mesa, além da coordenadora - Edwiges Ferreira de Mattos Silvares "Edwiges Silvares" as seguintes pesquisadoras: 1) Margareth "Margareth da Silva Oliveira" marga@pucrs.br 2) "Irani Iracema de Lima Argimon" argimoni@pucrs.br 3) "Deisy Ribas Emerich" deisy.remerich@gmail.com. APOIO CNPq e FAPESP.

Resumo Apresentador 1

Título: SCICA: Uma ferramenta do Sistema ASEBA para entrevista clínica com crianças e adolescentes Autores: Deisy Ribas Emerich – Universidade de São Paulo (USP); Edwiges Ferreira de Mattos Silvares – Universidade de São Paulo (USP) Uma vez as dificuldades comportamentais e emocionais, iniciadas na infância, podem ter um curso crônico, permanecendo e, inclusive, se agravando durante os estágios posteriores do desenvolvimento, é fundamental que haja o investimento em estudos para avaliação e compreensão dos problemas de comportamento infantis, sendo importante nesta etapa a realização da entrevista clínica com a própria criança. Neste momento, o profissional poderá observar diretamente o comportamento e estilos de interação da criança, bem como compreender qual a percepção que esta tem de suas próprias dificuldades, competências, sentimentos. A “Entrevista Clínica Semiestruturada para Crianças e Adolescentes”, versão brasileira da Semi-structured Clinical Interview for Children and Adolescents (SCICA) é protocolo semiestruturado de questões e tarefas permite ao clínico obter uma amostra do funcionamento da criança em nove amplas áreas, e que permite a comparação destes dados aos obtidos com outros instrumentos ASEBA, como o CBCL que descreve a percepção do cuidador sobre a criança. Assim, este trabalho buscou identificar a presença de problemas de comportamento em crianças a partir da avaliação de seus pais e do clínico. Para tanto, foram realizadas entrevistas clínicas semiestruturadas (SCICA) com 25 crianças, de ambos os sexos e com idade entre sete e 11 anos, encaminhadas para atendimento em serviços de saúde mental, a fim de compará-las com as respostas dos pais/cuidador a um inventário de comportamentos infantis, o CBCL. A partir da análise dos resultados identificou-se que tanto os problemas observados pelos clínicos, quanto os reportados pela própria criança, apresentavam-se em taxas inferiores às relatadas pelos cuidadores. A partir das análises de discordâncias observamos que a inclusão de forma sistematizada das diversas fontes mostrou-se relevante, pois, articuladamente ao relato dos pais, foi possível ir além da queixa declarada inicialmente e identificar outras áreas deficitárias do funcionamento das crianças avaliadas.

Resumo Apresentador 2

Avaliação de co-morbidades em usuários de crack/cocaína. Autores: Margareth da Silva Oliveira (Programa de Pós Graduação em Psicologia, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS). A proposta deste trabalho é apresentar dados referentes a pacientes usuários de substâncias psicoativas internados em clínicas especializadas para desintoxicação e tratamento da Dependência Química. Objetivo: Identificar as co-morbidades de transtornos psicopatológicos em pacientes usuários de crack/cocaína. Método: Trate-se de um estudo transversal no qual foram feitas análises descritivas, freqüências, médias e desvio padrão. Instrumento: Foi aplicado ao Adult Self Report(ASR)Inventário auto-aplicável, desenvolvido por Achenbach (2001) que objetiva identificar diferentes aspectos do funcionamento adaptativo de adultos, na faixa etária de 18 a 59 anos, identificando problemas comportamentais e emocionais e indicativos de transtornos psicopatológicos de maior prevalência. Amostra: Foram 543 participantes com idade média foi de 31,15 anos (DP=9,53), sendo a idade mínima de 18 e a máxima de 59 anos. Destes, 29,6% não tinham escolaridade ou tinham o Ensino Fundamental Incompleto ou Completo, 30,8% tinham o Ensino Médio Incompleto ou Completo, 22,9% tinham o Ensino Superior Incompleto ou Completo, e 1% tinham alguma Pós-Graduação Completa. Resultados: Os resultados no ASR apontaram que se encontravam na faixa clínica: 32,4% na subescalas de ansiedade e depressão; 47,3% pontuarão a subescalas de violação de regras; 54,5 % problemas internalizantes e 75,7% problemas externalizantes, Conclusão: Discutem-se a importância da avaliação da sintomatologia psicológica para o tratamento da Dependência Química e a importância do diagnóstico das co-morbidades para a recuperação dos usuários de crack/cocaína.

Resumo Apresentador 3

Avaliação de Problemas e Competências em Idosos através do Older Adult Self Report (OASR) Autores: Tatiana Quarti Irigaray, Irani Iracema de Lima Argimon, Camila Rosa Oliveira - PUCRS Visto que as pessoas atualmente vivem cada vez mais, ocorrendo um aumento significativo de indivíduos na fase do ciclo vital chamada de velhice e que durante essa fase podem apresentar dificuldades comportamentais e emocionais, é fundamental que haja o investimento em estudos para avaliação e compreensão do próprio desenvolvimento do idoso, apontando assim suas facilidades e dificuldades relacionadas à faixa etária. Um dos instrumentos essenciais para avaliação nessa etapa do ciclo vital é a realização da entrevista clínica com o próprio idoso. Neste momento, o profissional poderá observar diretamente o seu comportamento e seus estilos de interação, bem como compreender qual a percepção que ele tem de suas próprias dificuldades, competências e sentimentos. A Older Adult Self Report (OASR), instrumento ASEBA destinado para auto-aplicação em idosos, descreve a percepção do idoso sobre suas competências e problemas a partir do seu próprio ponto de vista. Assim, este trabalho buscou identificar a presença ou não de problemas cognitivos e psicológicos em idosos a partir da avaliação da OASR. Participaram 241 idosos recrutados por conveniência da comunidade com idades entre 60 e 94 anos e de diferentes níveis de escolaridade, sendo que 88% eram mulheres e 12% eram homens. Em relação à análise das respostas obtidas na OASR, as Escalas Síndromes que apresentaram o maior percentual de idosos com sintomas clínicos foi a de Problemas de Memória e Cognição (18%), seguida por Ansiedade e Depressão (10%), Preocupações (8%), Irritabilidade (7%), Sintomas Somáticos (7%), Problemas de Pensamentos (6%) e Prejuízo Funcional (2%). Nas Escalas orientadas pelo DSM foram Problemas de Ansiedade (14%), seguida por Problemas Depressivos (7%), Demência (7%), Personalidade Antissocial (4%) e Sintomas Psicóticos (3%). De acordo com os resultados, os idosos investigados apresentaram como problemas mais frequentes, os relacionados ao desempenho mnemônico e sintomas de ansiedade e de depressão. Dentre as funções cognitivas, a memória é a mais associada aos transtornos neurocognitivos, tendo um grande impacto na execução das atividades de vida diária. Alguns estudos sugerem que as queixas subjetivas de problemas de memória estariam associadas à ocorrência de sintomas depressivos ao invés de representarem o desenvolvimento de algum transtorno neurocognitivo. Os resultados desse estudo apontam para uma necessidade de intervenções voltadas aos principais quadros clínicos da população de idosos. Como continuidade do estudo, sugere-se ampliação da amostra de idosos investigados, assim como explorar as diferenças dos perfis clínicos com relação ao sexo, região e nível socioeconômico.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
  Achenbach System - ASEBA, avaliação comportamental, ciclo vital, criança e adolescente, adulto e idoso