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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 991-1

Poster (Painel)


991-1

Estrutura fatorial da versão brasileira da Escala de Vergonha Externa em amostras clínicas e não-clínicas

Autores:
Paola Lucena-Santos2, José Pinto-Gouveia2, Daniela Franceschi Souza1, Margareth Silva Oliveira1
1 PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil), 2 UC - Universidade de Coimbra (Coimbra - Portugal)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Introdução: A OAS-2 é um importante recurso para avaliação da vergonha externa, que tem sido considerada um componente transdiagnóstico, aumentando a vulnerabilidade e a gravidade dos sintomas em diferentes psicopatologias. Entretanto, até onde sabemos, ainda não foi demonstrado que a estrutura fatorial da OAS-2 se confirma em amostras clínicas, assim como não existem estudos de suas propriedades psicométricas no Brasil. Objetivo: Confirmar a estrutura fatorial da versão brasileira da OAS-2 em amostras clínicas e não-clínicas e verificar sua consistência interna. Método: Trata-se de um estudo transversal, com amostra clínica (mulheres com sobrepeso/obesidade atualmente em tratamento para perda de peso, n=344) e não-clínica (amostra proveniente da população geral, n=493). As estratégicas analíticas utilizaram Análise Fatorial Confirmatória (AFC – método de estimação Maximum Likelihood), para confirmar a estrutura da escala e o coeficiente de Alpha de Cronbach para avaliação da fidedignidade, utilizando os softwares SPSS e AMOS. Resultados: A amostra clínica apresentou médias de idade, escolaridade e IMC de 41,47 anos (DP=10,74), 11,85 anos (DP=4,18), e 36,86 (DP=8,87), respectivamente, enquanto as médias observadas na amostra não-clínica foram de 32,31 anos de idade (DP=10,32), 12,45 anos de estudo (DP=3,22) e IMC médio de 25,25 (DP= 4,73). A AFC do modelo modificado (com covariâncias dos erros dos itens 6/7 e 7/8) apresentou qualidade de ajuste muito boa (χ2/df=3,547; TLI=0,953; CFI=0,970; GFI=0,956; RMSEA=0,086; p=0,005) na amostra clínica, sendo significativamente melhor que a do modelo original (∆X2(2)=59,77; p<0,05). Quando testado em uma amostra independente (amostra não-clínica), o modelo modificado também revelou boa qualidade de ajustamento (χ2/df=4,290; TLI=0,935; CFI=0,958; GFI=0,963; RMSEA=0,082; p=0,003). Os valores de fidedignidade foram de α=0,90 e 0,86 nas amostras clínica e não-clínica. Conclusão: A estrutura unifatorial da OAS-2 se mantém estável em amostras clínicas e não clínicas, com boa consistência interna, permitindo também concluir que a versão brasileira da medida possui adequadas propriedades psicométricas.

Palavras-chave:
 estrutura fatorial, OAS-2, consistência interna, versão brasileira, análise fatorial confirmatória