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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 1003-1

Poster (Painel)


1003-1

Validação experimental da Escala de Desejabilidade Social de Marlowe-Crowne (EDSMC)

Autores:
Amorim, D. A.1, Ferreira, N. M.1, Bueno, J.M.H.1
1 UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária, Recife - PE - CEP: 50670-901)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Desejabilidade Social representa uma tendência na qual respondentes de instrumentos de autorrelato negam traços e comportamentos socialmente indesejáveis e/ou acentuam respostas socialmente desejáveis. Tendo em vista os inconvenientes gerados por esta tendência, fez-se necessário desenvolver um instrumento próprio para identifica-la. O presente trabalho teve como objetivo validar fatorial e experimentalmente a adaptação brasileira da Escala de Desejabilidade Social de Marlowe-Crowne (EDSMC). Participaram da pesquisa 89 estudantes universitários do curso de Psicologia, com idades variando entre 19 e 49 anos (M=20,98; DP=4,38), sendo 83, 1% mulheres. Os participantes foram distribuídos em três grupos: (a) grupo “controle”, com instruções neutras, com 28 participantes (14,3% homens e 85,7% mulheres); (b) grupo “sincero”, que recebeu instruções que os influenciaram a ser sinceros, com 32 participantes (15,6% homens e 84,4% mulheres); (c) grupo “manipulação”, no qual o participante foi influenciado a manipular suas respostas, com 29 participantes (20,7% homens e 79,3% mulheres). As variáveis idade e sexo não apresentaram diferenças significativas (p>0,05), o que representa uma homogeneidade entre os grupos a qual permitiu que os mesmos pudessem ser comparados. Os resultados foram submetidos à análise fatorial através do software Mplus, por meio da rotação geomin. Os itens 1, 5 e 17 foram excluídos por apresentarem cargas fatoriais abaixo de 0,40 no primeiro fator da matriz rotada. A precisão medida pelo Coeficiente de Kuder-Richardson foi de 0,753 para os 17 itens remanescentes. Para verificar a diferença entre os grupos foi empregada uma ANOVA. Os grupos “sincero” (M=8,25; DP=3,27) e “controle” (M=8,03; DP=3,59) praticamente não apresentaram diferenças entre as suas médias e o grupo “manipulação” (M=10,03; DP=3,27), conforme esperado, teve média mais elevada do que os outros dois grupos, sendo esta diferença estatisticamente significativa no limite (p=0,05). Conclui-se que a escala pode ser considerada válida para detecção de pontuações influenciadas pela desejabilidade social.

Palavras-chave:
 Desejabilidade Social, Validação Experimental, Validação Fatorial