Poster (Painel)
1007-2 | Prevalência dos principais eventos estressantes da vida de idosos | Autores: | Gaião, E. S.1, Melo, R. L. P.2, Eulálio, M. C.2 1 UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária, Recife - PE - CEP: 50670-901), 2 UEPB - Universidade Estadual da Paraíba (Rua Baraúnas, 351 - Bairro Universitário - Campina Grande-PB, CEP 58429-500) |
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Resumo: Resumo Geral da Mesa
Esse trabalho objetivou conhecer os principais eventos estressantes vivenciados por idosos. Para isso, foram utilizados o Mini-Exame de Estado Mental (MEEN), para rastreio cognitivo dos participantes e exclusão daqueles que não atingiram pontuação mínima, e o Inventário de Eventos de Vida Estressantes para Idosos (ELSI) que avalia a frequência do acontecimento dos eventos estressantes e o nível de estresse atribuído a cada evento. Participaram do estudo 210 idosos, selecionados por meio de setores censitários difundidos pela cidade, apresentando uma média de 74 anos de idade (DP=7,7), sendo predominantemente do sexo feminino (68,4%) e casados (51,1%). Os níveis de estresse foram mensurados a partir dos escores médios dos indicadores de estresse geral, estresse egocêntrico e não-egocêntrico; frequência e intensidade dos eventos estressores. No tocante aos indicadores de estresse, os mesmos foram obtidos a partir do somatório dos itens. Dessa maneira, observou-se que os idosos apresentaram média de 15,32 (DP=11,25) para o índice de estresse geral, 4,47 (DP=5,87) para o de estresse egocêntrico e 7,65 (DP=5,86) no de estresse não-egocêntrico. Os eventos estressantes mais frequentes foram “a morte de um amigo”, estando presente em 119 participantes (56,9%), seguido por “perda de memória” e “doença ou queda”, ambos presentes em 96 idosos (45,9%); tiveram ainda 172 relatos ligados a morte de entes queridos, como pais, filhos e parentes próximos. Por outro lado, apenas 4 idosos relataram ausência de eventos estressantes. Observou-se ainda, que os idosos viveram em média 5 eventos estressantes (DP=4,3). Quanto à intensidade dos eventos, ou seja, aqueles vividos como “muito ou extremamente estressante” o que obteve maior média foi “morte do esposo/a”. Percebe-se, portanto, que eventos estressantes que parecem ser inevitáveis e inerentes ao envelhecimento, o que sugere que recursos psicossociais possam ser incluídos nas políticas públicas de saúde, minimizando os efeitos do estresse e promovendo saúde na população idosa.
Palavras-chave: Estresse, Saúde Mental, Idosos |