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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 1037-2

Oral / Poster


1037-2

Rorschach na Clínica

Autores:
Nascimento, R.S.G.F.1
1 PUC-SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Rua Monte Alegre, 984 - São Paulo), 2 UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (Rua Borges Lagoa, 750)

E-mail Apresentador:

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

O método de Rorschach tem sido um instrumento de grande valia quando usado em atendimentos clínicos. Sua grande sensibilidade para este trabalho torna-se mais confiável, quando se pode aliar a experiência do profissional que o utiliza, com suporte de achados de pesquisa. Neste sentido, diversos pesquisadores tem se dedicado a apontar indicadores que possam trazer mais sentido o levantamento de características de personalidade que forneçam melhores diretrizes para aqueles que desenvolvem a prática clínica. Na mesa em questão, Semer, Abela e Yazigi apresentarão um trabalho sobre a representação de si e do outro (R-PAS), de pacientes com dor crônica, que estavam em atendimento psicológico e a leitura dos resultados adota a fundamentação teórica psicanalítica. No segundo trabalho, Esquivel, Martins e Yazigi apresentarão os resultados de um trabalho em que observaram pelo Rorschach (SC) as implicações de um treinamento em residência médica de ortopedia, focalizando o desenvolvimento de dificuldades emocionais, tais como a depressão, ansiedade, estresse e burnout. Por último, um trabalho de Lerman, Fontan, Fiore, Nascimento e Yazigi a respeito de indicadores de depressão, observados no Rorschach (SC), comparando uma amostra de pacientes, diagnosticados com depressão pela SCID, comparada com não pacientes de uma amostra normativa realizada no Brasil.

Resumo Apresentador 1

A noção de si mesmo em pacientes com dor crônica Autores:Norma Lottenberg Semer, Roberta Katz Abela, Latife Yazigi A fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica de prevalência crescente na população em geral, acometendo principalmente mulheres na faixa etária entre 30 e 60 anos. A dor é o principal sintoma da síndrome que apresenta associações com a saúde mental e implicações na qualidade de vida dos acometidos. Fatores emocionais são descritos interferindo no desencadeamento e na evolução dos quadros. O presente estudo investigou por meio do Método de Rorschach, Sistema R-PAS, aspectos da identidade e das relações interpessoais de 21 pacientes, com idade variando entre 30 e 73 anos, diagnosticados com Fibromialgia e encaminhados para seguimento de psicoterapia. Para essa avaliação selecionou-se o Domínio da Representação de Si e do Outro, conforme proposto no R-PAS. A maioria dos participantes, 18 pacientes (85,7%) apresentou Transtorno Depressivo ou Distímico; foram observadas identidades pouco constituídas, com escassos registros de relações de objeto internalizadas e 81% dos participantes apresentou significativo comprometimento quanto às funções egóicas. Os prejuízos egóicos estão associados a percepções distorcidas e pouco adaptativas acerca da realidade, de si e do outro. É possível que pacientes que contam com precários recursos egóicos para lidar com as demandas relacionais e da vida, tendem a apresentar quadros depressivos secundários à sua inabilidade adaptativa e social. Caracterizar o perfil de pacientes portadores de quadros dolorosos crônicos quanto ao desenvolvimento do senso de identidade e de seus recursos interpessoais possibilita pensarmos em estratégias específicas de intervenção psicológica com estes pacientes.

Resumo Apresentador 2

Rorschach e Residência Médica: Daniela Esquivel Estudos têm observado que residentes de Medicina podem apresentar riscos para desenvolverem problemas emocionais tais como estresse, depressão, ansiedade e burnout. Professores têm mostrado preocupação com a elevação do número de desistência e alta incidência de dificuldades psicológicas em residentes de ortopedia. Assim, foi conduzido um estudo sobre os aspectos psicológicos e saúde mental de residentes de ortopedia. Objetivo: identificar e comparar ao longo do período de residência a presença ou ausência de dificuldades emocionais como depressão, ansiedade, estresse e burnout em profissionais em treinamento e observar se o programa de residência tem repercussões negativas nos médicos residentes. Método: estudo prospectivo longitudinal com amostra composta por 13 residentes homens, com média de idade de 26 anos. O instrumento utilizado foi o Teste de Rorschach, Sistema Compreensivo aplicado no primeiro mês de residência (T0), no 12º mês do primeiro ano de residência (T2) e no 9º mês do terceiro ano de residência (T3). Resultados: Observou-se que uma elevada quantidade de respostas de conteúdo mórbido (MOR) em T0, que diminuiu acentuadamente ao longo do tempo (T3). Com relação as variáveis FD e S ambas apresentaram mínima diminuição de T0 para T3, contudo, mostraram-se aumentadas expressivamente em T2. Os residentes iniciam as atividades do programa de residência em ortopedia apresentando componentes autodepreciativos, que se dissipam ao longo do tempo e mantêm as características de autocobrança e autoinspeção, que se apresentam como traços de suas personalidades. Conclusão: Os residentes ao longo do tempo mostram-se mais assertivos, menos vulneráveis, autoconfiantes, passam a se autodepreciar menos e a utilizar menos recursos defensivos para lidarem com as demandas externas. A residência médica não se apresenta deletéria ou prejudicial, contudo, pode ser fonte potencializadora de vulnerabilidades emocionais principalmente durante o primeiro ano devido a inexperiência, ritmo e intensidade da tarefa médica.

Resumo Apresentador 3

DEPRESSÃO NO RORSCHACH SC Tatiana Gottlieb Lerman, Patrick Fontan, Maria Luiza de Mattos Fiore, Regina Sonia Gattas Fernandes do Nascimento, Latife Yazigi. Este trabalho pretende identificar, por meio do Método de Rorschach Sistema Compreensivo, as variáveis relativas aos sintomas depressivos em pacientes submetidos à psicoterapia psicanalítica em ambulatório de um hospital escola. Foram selecionados 127 indivíduos que apresentaram sintomas depressivos e fecharam diagnóstico para Depressão Maior, Distimia ou Transtorno Afetivo Bipolar com presença de episódio depressivo pelo DSM-IV – Eixo I e estavam sendo submetidos à psicoterapia uma vez por semana com residentes de psiquiatria e psicologia supervisionados. A idade média dos pacientes foi de 39 anos (s.d. 15.3), em sua grande maioria mulheres (78,7%), e com idade escolar por volta de 10,7 anos (s.d. 4.4). Psiquiatras treinados administraram a SCID-Eixo I e psicólogos treinados aplicaram o Rorschach Sistema Compreensivo no momento em que os pacientes iniciaram a psicoterapia. Os protocolos foram inseridos no programa CHESSS e foi realizada análise discriminante por meio do Stepwise comparando-se a amostra de 127 pacientes com 377 adultos retirados da amostra normativa brasileira de. A função discriminante classificou corretamente 90% da observação. O poder discriminante nos pacientes depressivos foi um pouco menor (por volta de 80%). Somente 49 (38,58%) dos 127 pacientes obtiveram nota maior que 5 no Índice de Depressão do Rorschach (DEPI). Em comparação com o grupo normativo, os depressivos obtiveram escores mais elevados nas variáveis: DR, MOR, Par, PER, CF+C, COP, DR2, A, Na, Zf, Bt, FM+m, Sx e DV, e escores menores em Xu%, Fr+rF, Afr, M com FQu, Art e AB. Tais variáveis diferem daquelas presentes no índice de depressão do SC (DEPI) com exceção de MOR, COP e do índice de isolamento. É apresentada uma interpretação desses achados e discutida a diferença com aqueles alcançados no Sistema Compreensivo.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 Rorschach, Dor Crônica, Estresse, Depressão