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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 1076-1

Oral / Poster


1076-1

AVALIAÇÃO EM PSICOLOGIA POSITIVA E INTERFACES COM PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DA SAÚDE

Autores:
HUTZ, CLAUDIO1, PACICO, JULIANA1, BASTIANELLO, MICHELINE1
1 UFRGS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (RAMIRO BARCELOS, 2600)

E-mail Apresentador:

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Avaliação em psicologia positiva no Brasil e interfaces com a psicologia organizacional e da saúde Claudio Hutz, Juliana Cerentini Pacico, Micheline Bastianello O objetivo desta mesa é apresentar a psicologia positiva e os principais instrumentos disponíveis para a avaliação das variáveis positivas. Para tanto, as apresentações abordarão aspectos gerais da psicologia positiva, sua interface com a avaliação nas organizações e com a psicologia da saúde através de escalas aplicadas a essas áreas. O primeiro trabalho falará sobre a psicologia positiva e o cenário brasileiro associado à produção de instrumentos. Será discutido o que é psicologia positiva, como surgiu e suas aplicações em diferentes contextos. Também serão apresentados os avanços do campo no Brasil, as principais pesquisas e os instrumentos construídos, adaptados e validados. O segundo trabalho tem como objetivo apresentar os instrumentos que avaliam autoeficácia e esperança e, seu uso no contexto organizacional. A esperança e a autoeficácia tem sido apontadas como preditoras de desempenho no trabalho e correlacionadas ao bem-estar e engajamento nesse contexto. Isso reforça a importância dos profissionais contarem com bons instrumentos de avaliação. O terceiro trabalho apresenta a associação da psicologia positiva e da saúde na busca por compreender os aspectos positivos dos indivíduos que favorecem a manutenção da saúde e o um melhor enfrentamento das doenças. Nesse sentido, serão apresentadas três escalas que permitem avaliar otimismo, autoestima e suporte social, fornecendo, assim, instrumentos adaptados e validados para o contexto brasileiro.

Resumo Apresentador 1

Avaliação em psicologia positiva- cenário brasileiro Claudio Simon Hutz O objetivo deste trabalho é apresentar a psicologia positiva e o cenário brasileiro associado à produção de instrumentos. A psicologia positiva é uma abordagem que visa potencializar aspectos positivos do ser humano, a fim de que ele e a comunidade em que está inserido prosperem. Esses aspectos já vinham sendo estudados pela psicologia, mas apenas no século passado começaram a ser conduzidos de maneira sistemática. As pesquisas em psicologia positiva no Brasil têm avançado muito nos últimos anos. Não é possível definir com certeza quando foram iniciados, mas na década de 90 já estavam sendo produzidos estudos sobre resiliência. Para que pesquisas aplicadas pudessem começar a ser realizadas, em diferentes áreas, foi necessário primeiro desenvolver ou adaptar instrumentos e validá-los para a população brasileira. Esse trabalho tem sido realizado e hoje há escalas para avaliar bem-estar subjetivo (satisfação com a vida, afetos positivos e negativos), otimismo, esperança, autoeficácia, autoestima, engajamento no trabalho, entre outras. Grande parte desse trabalho foi reunido no livro Avaliação em psicologia positiva, publicado em 2014. Instrumentos para avaliar outras variáveis estão sendo construídos. Exemplos disso são: apoio social (Two way social support scale), forças e virtudes e altruísmo. Embora os instrumentos não tenham o objetivo de produzir diagnóstico, são válidos para a população brasileira e são apresentados junto a tabela de normas. O seu uso não é restrito a psicólogos. É possível que sejam aplicados por diferentes profissionais em vários contextos, como clínico, organizacional e educacional.

Resumo Apresentador 2

Avaliação em psicologia positiva nas organizações Juliana Cerentini Pacico A psicologia positiva contribui para que a psicologia dentro das organizações seja pensada a partir de um novo ponto de vista. É possível que se potencialize aspectos positivos dos trabalhadores, favorecendo para que seu desempenho ótimo seja obtido dentro da organização, ao mesmo tempo em que seu bem-estar também é alcançado. Alguns autores como Luthans e Youssef (2004) tem destacado a importância de um conjunto de variáveis positivas para o desempenho do trabalhador. O objetivo deste trabalho é apresentar os instrumentos e sua relação com o contexto organizacional. Dentro desse conjunto de variáveis a esperança e a autoeficácia tem recebido destaque por serem preditoras de desempenho no trabalho e estarem correlacionadas ao bem-estar e engajamento. O instrumento utilizado para avaliar esperança em brasileiros é a Escala de Esperança Disposicional para adultos. Essa escala conta com 12 itens que avaliam as duas dimensões da esperança: rotas e agenciamento. Para avaliação da autoeficácia foi construído um novo instrumento: Escala geral de autoeficácia para brasileiros. Ela é composta por 30 itens, sendo que 20 avaliam a autoeficácia geral. Os demais são itens qualificadores. Ambos os instrumentos mostraram características psicométricas adequadas sendo válidas para brasileiros. Além de estarem relacionados ao desempenho, esperança e autoeficácia são preditores de engajamento no trabalho, estado emocional positivo caracterizado por vigor, dedicação e concentração. Funcionários que estão engajados com seu trabalho produzem mais e tem maior bem-estar. A Utrecht Work Engagement Scale foi adaptada para o Brasil, apresentando características psicométricas adequadas e evidências de validade para essa população. A utilização desses instrumentos permite avaliar algumas das variáveis relacionadas ao desempenho dos funcionários. É possível construir intervenções com objetivo elevar os escores em determinadas variáveis. Os instrumentos podem ser utilizados com objetivo de auxiliar a avaliação da qualidade da intervenção.

Resumo Apresentador 3

Avaliação psicológica na psicologia positiva e da saúde Micheline Bastianello Com o avanço das pesquisas científicas em psicologia positiva profissionais da área das ciências humanas e da saúde têm voltado atenção para o estudo das características humanas positivas. O interesse está em compreender os comportamentos mais adaptativos e atitudes mentais que promovem o bem-estar dos indivíduos, potencializam afetos positivos e previnem doenças físicas e mentais. A psicologia positiva interessa-se pelos comportamentos e emoções humanas que fazem com que a vida valha a pena de ser vivida e, consequentemente, mantêm as pessoas saudáveis e felizes. A psicologia da saúde associa-se a psicologia positiva na medida em que busca compreender as maneiras pelas quais os indivíduos mantém a saúde e enfrentam melhor o adoecimento. Nesse sentido, para avaliar as características positivas envolvidas nos comportamentos saudáveis, é necessário que os profissionais da área da saúde tenham acesso a bons instrumentos de avaliação. O objetivo deste trabalho é apresentar instrumentos que possibilitem a avaliação de três construtos estreitamente relacionados com a consciência de bem-estar, com o dar valor a si mesmo e ter relacionamentos saudáveis: otimismo, a autoestima e o suporte social. Serão apresentadas escalas que medem esses construtos e já se encontram adaptadas e validadas para uso no Brasil. A escala que avalia otimismo é a Life Orientation Test Revised (LOT-R) que é o instrumento mais utilizado em estudos internacionais. Para medir autoestima será apresentada a Escala de Autoestima de Rosenberg, outro instrumento renomado na área. Por fim, o instrumento que avalia suporte social em duas dimensões: dar e receber apoio, a escala 2 Way Social Support Scale. Espera-se, assim, demonstrar que tanto o campo da psicologia positiva, quanto da psicologia da saúde contam com bons instrumentos para avaliação dos aspectos positivos envolvidos em uma vida saudável e no enfrentamento de doenças.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 PSICOLOGIA POSITIVA, PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL, AVALIAÇÃO SA SAÚDE