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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 824-2

Poster (Painel)


824-2

Relações entre agressão relacional e impulsividade em jovens adultos

Autores:
Márcio Melo1, ALMEIDA, E. D.D.2, Germano Esteves3, Raner Póvoa1, Priscila Bezerra1
1 UFAL - Universidade Federal de Alagoas, 2 UFPE - Universidade Federal de Pernambuco, 3 UNIRV - Universidade de Rio Verde

Resumo:
Resumo Geral

Formas sutis de comportamento agressivo desenvolveram-se ao longo da socialização, como é o caso da agressão relacional. Dados reportam relações entre uma região cerebral conhecida como Córtex Pré-Frontal (CPF) com o controle inibitório de comportamentos agressivos e impulsivos em crianças. Contudo, do ponto de vista ontogenético, sabe-se que esta região demora em torno de 20 anos para desenvolver-se completamente. Assim, o presente trabalho objetivou investigar as relações entre impulsividade e agressão relacional em jovens adultos. Contou-se com uma amostra não-probabilística de 86 estudantes universitários de 20 a 27 anos (M=23,2; DP=2,17), sendo 36 (41,9%) do sexo masculino e 50 do feminino (58,1%), que, individual e voluntariamente, responderam aos seguintes instrumentos, apresentados de modo contrabalanceado: questionário demográfico; Escala BIS-11; Escala da Agressão Relacional. Utilizaram-se estatísticas descritivas, para apresentação dos resultados, e estatísticas inferenciais dos tipos correlação r de Pearson, para verificar o nível de relação entre as variáveis estudadas. Os resultados reportaram a existência de relações positivas estatisticamente significativas entre impulsividade motora (n= 86; r= 0,33; p< 0,01) e impulsividade global (n= 86; r= 0,23; p< 0,05) com agressão relacional. Contudo, não houve relação significativa entre impulsividade por não planejamento (n= 86; r= 0,14; p = 0,17) e impulsividade atencional (n= 86; r= 0,09; p= 0,39) com agressão relacional. Esses resultados indicam, quando comparado a estudos envolvendo crianças e adolescentes, relações, quando significativas, mais fracas entre agressão relacional e impulsividades, o que sugere uma inibição mais eficaz daquele comportamento através do CPF. Ademais, estes achados constituem um importante ponto de partida para o estudo, ainda escasso, das relações entre impulsividade e agressão relacional em jovens adultos. Neste sentido, novos estudos que abordem estes aspectos são demandados, a fim de compor um banco de dados que permita replicações e articulações mais robustas entre estes tipos trabalhos na literatura científica internacional.

Palavras-chave:
 Agressão relacional, Impulsividade, Córtex Pré-Frontal