Oral / Poster
13-2 | Avaliação no ensino superior: variáveis de carreira, motivos para evasão e adaptação acadêmica | Autores: | Rodolfo Ambiel1, Jocemara Mognon1, Acácia A. A. dos Santos1, Ana Paula Porto Noronha1, Cristian Zanon1, Alexandra Araújo2, Leandro Almeida2, Joaquim A. Ferreira3
1 USF - Universidade São Francisco (Rua Alexandre Rodrigues Barbosa, 45, Centro, Itatiba-SP), 2 UMINHO - Universidade do Minho (Rua da Universidade Braga, Portugal +351 253 601 100), 3 UCOIMBRA - Universidade de Coimbra (Coimbra, Portugal) |
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Resumo: Resumo Geral da Mesa
O ensino superior tem crescido exponencialmente no Brasil nas últimas décadas e instrumentos que possibilitem pesquisar características do processo de adaptação dos estudantes a esse contexto tem sido desenvolvidos a fim de viabilizar uma melhor compreensão da experiência dos alunos. As pesquisas e dados oficiais têm mostrado que a evasão do ensino superior ainda é bastante alta no Brasil, o que implica em desperdício de investimento tanto por parte das instituições quanto dos estudantes e suas famílias, o que justifica o interesse em estudar as variáveis imbricadas na permanência adaptada ou na opção por deixar o curso antes de sua conclusão. Além disso, um outro aspecto importante que merece atenção nesse contexto é qualidade com que os formandos deixam os cursos rumo ao mercado de trabalho. Nesse sentido, o presente trabalho tem o objetivo de apresentar pesquisas com variáveis relacionadas às vivências nos ensino superior. Na primeira fala, serão abordadas as relações entre exploração de carreira e autoeficácia na transição para o mercado de trabalho. Em seguida, serão apresentados resultados referentes ao processo de construção de uma escala para levantamento dos motivos para evasão do ensino superior. Por fim, o processo de construção e validação de uma medida transcultural para avaliação da adaptação ao ensino superior será relatado, ressaltando o trabalho em conjunto de pesquisadores do Brasil e de Portugal.
Resumo Apresentador 1
Título: Exploração de carreira e autoeficácia na transição para o trabalho em universitários formandos. Autores: Jocemara Ferreira Mognon e Acácia Aparecida Angeli dos Santos (Universidade São Francisco)
A exploração de carreira envolve comportamentos direcionados nas escolhas de determinadas situações que levarão o estudante a se preparar e se ajustar a uma determinada profissão. Essa exploração além de contribuir com o autoconhecimento, novas atitudes e valores, também pode favorecer a crença dos estudantes sobre as capacidades para conseguir um emprego após a formatura. Nessa perspectiva, o objetivo deste estudo foi analisar a relação entre o comportamento exploratório de carreira e a autoeficácia na transição para o trabalho. Participaram 212 universitários formandos de diversos cursos da área de exatas, humanas e biológicas. As idades variaram de 21 a 57 anos, sendo 64,8% do sexo masculino. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Exploração Vocacional (EEV) e a Escala de Autoeficácia na Transição para o Trabalho (AETT-BR). Os resultados indicaram correlações positivas e significativas, de magnitude fraca entre exploração do ambiente com os fatores da AETT-BR (autoeficácia na adaptação para o trabalho, autoeficácia na regulação emocional e autoeficácia na procura por emprego), enquanto o fator exploração de si da EEV somente apresentou correlação significativa com autoeficácia na regulação emocional. Houve também uma correlação positiva e significativa entre os totais dos instrumentos. Por sua vez, a análise de regressão linear indicou que o comportamento exploratório apareceu como preditor apenas da autoeficácia na regulação emocional. Apesar dos resultados encontrados serem importantes para compreender e ensejar novas práticas no desenvolvimento de carreira dos formandos, ainda são necessários novos estudos, uma vez que esses aspectos têm sido pouco investigados nos universitários.
Resumo Apresentador 2
Título: Escala de Motivos para Evasão do Ensino Superior: construção e parâmetros psicométricos. Autor: Rodolfo A. M. Ambiel (Universidade São Francisco)
O objetivo deste trabalho é apresentar a construção, evidências de validade e estimativas de precisão da Escala de Motivos para Evasão do Ensino Superior (M-ES). Os itens foram formulados com base em artigos brasileiros sobre evasão do ensino superior, recuperados de bases de dados digitais e partir de experiências de estudantes de ensino superior ativos e evadidos, coletadas por meio de questionário aberto. Os itens foram avaliados independentemente por cinco juízes com experiência de trabalho com estudantes universitários, que sugeriram mudanças nas instruções e exclusões de itens. A primeira versão contou com 81 itens, que foram respondidos por 327 estudantes, de instituições públicas e particulares. Com base em análise paralela, foram extraídos sete componentes principais com alfas entre 0,79 e 0,93. Em seguida, os itens foram analisados segundo o modelo de Rasch, sendo que um item mostrou índices de ajuste fora do padrão, e também foi excluído, restando 65 itens. Também foi feita análise de funcionamento diferencial de itens entre estudantes de instituições publicas e particulares, sendo que 14 itens demonstraram DIF, destes, sete privilegiaram estudantes de instituições públicas. Por fim, foram realizadas correlações entre os itens da M-ES com variáveis socioeconômicas de desempenho acadêmico, que revelou coeficientes significativos com idade e satisfação com o curso. Serão discutidas necessidades de pesquisas futuras com o instrumento.
Resumo Apresentador 3
Título: Construção e estudos psicométricos de uma escala de avaliação da adaptação ao ensino superior. Autores: Acácia A. Angeli dos Santos, Ana Paula Noronha, Cristian Zanon (Universidade São Francisco); Alexandra Araújo, Leandro Almeida (Universidade do Minho) e Joaquim A. Ferreira (Universidade de Coimbra)
Considera-se a adaptação ao Ensino Superior com um processo multidimensional, relevante para o sucesso acadêmico e a persistência na realização do curso. Neste trabalho pretende-se relatar a construção e validação do Questionário de Adaptação ao Ensino Superior (QAES), que é uma nova medida de avaliação da adaptação realizada, simultânea e conjuntamente, em Portugal e no Brasil. De dos estudos realizados em Portugal, participaram 423 estudantes do primeiro ano (52% mulheres), com idades compreendidas entre os 17 e 25 anos (M = 18,15; DP = 0,79), que frequentavam cursos de Ciências Sociais e Humanas e de Ciências e Tecnologias. Do primeiro estudo realizado no Brasil, participaram 372 estudantes, sendo 70% (n=264) deles alunos iniciantes dos primeiros e segundos semestres, com idades entre 17 e 53 anos (M=22,84; DP=6,09). Com relação ao sexo, as mulheres representaram 66, 4% da amostra. Os resultados da análise fatorial exploratória realizada com os universitários portugueses indicaram que os itens se distribuem em seis dimensões distintas, de acordo com o modelo teórico proposto para esta avaliação: compromisso com o curso, adaptação interpessoal, adaptação pessoal-emocional, adaptação acadêmica, adaptação à instituição e desenvolvimento de carreira. Os índices de consistência interna dos itens em cada uma das dimensões são satisfatórios. Novas coletas de dados estão em andamento nos dois países e, com base nelas, serão desenvolvidas novas análises sobre a estrutura do QAES, bem como a busca por evidências de validade convergente pela comparação de seus resultados com outras medidas que avaliam construtos relacionados, tais como satisfação acadêmica e autoeficácia acadêmica.
Resumo Apresentador 4
Palavras-chave: Ensino superior, Estudantes universitários, Avaliação psicológica |