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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 17-1

Poster (Painel)


17-1

Diferenças de gênero no funcionamento cognitivo de adolescentes brasileiros

Autores:
Silvia Godoy1, Natália Dias3, Alessandra Seabra2
1 FIEL - Faculdades Integradas Einstein de Limeira (Limeira, São Paulo), 2 MACKENZIE - Universidade Presbiteriana Mackenzie (São Paulo, SP), 3 FIEO - Centro Universitário FIEO (Osasco, São Paulo)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

As diferenças no processamento da informação em função do gênero têm sido objeto de estudo em psicologia e sua investigação pode ter relevância, por exemplo, na delimitação da necessidade de normas diferenciais por gênero em testes e instrumentos de avaliação. Há na literatura o registro de que homens e mulheres diferem em sua capacidade de processar determinados tipos de conteúdos cognitivos. Este estudo teve como objetivo investigar diferenças entre gêneros em uma amostra homogênea de adolescentes em medidas de inteligência, funções executivas (atenção/inibição, flexibilidade e fluência), habilidades verbais (memória fonológica de curto-prazo e vocabulário) e visoespaciais (percepção e memória visual de curto-prazo). Participaram 120 adolescentes com 15 e 16 anos, sendo 68,3% do sexo feminino e 31,7% do masculino. Os resultados apontaram diferença significativa, com melhor desempenho para os meninos, em medida de inteligência (fator g). Análises subsequentes utilizaram esta medida como covariante e os achados apontaram desempenho superior dos meninos nos subtestes Informação e Cubos do WISC-III e na resolução de interferência cognitiva medida pelo Teste de Stroop Computadorizado. As meninas, por sua vez, tiveram melhor desempenho no subteste Vocabulário do WISC-III. Apesar destes achados, o efeito de gênero não foi identificado na maioria das medidas em estudo. Sugere-se que a covariância da inteligência geral seja empregada em estudos do efeito de gênero, de modo que se possa controlar o efeito mediado por esta variável e investigar de modo mais direto a relação entre gênero e outros processos cognitivos. Esse conhecimento poderá ser importante para a compreensão da cognição de homens e mulheres e poderá ajudar a subsidiar a elaboração de normas específicas por gênero em testes/habilidades que se mostrem mais susceptíveis a esta variável.

Palavras-chave:
 Cognição, Avaliação, Inteligência