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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 68-1

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68-1

PENSANDO SOBRE O PASSADO: AVALIAÇÃO DO PENSAMENTO IMAGINATIVO NOS CONTEXTOS DA VITIMIZAÇÃO E DA DEPRESSÃO

Autores:
Patrícia Schelini1, Florença Justino1, Juliana Faccioli1
1 UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos (Rodovia Washington Luís, km 235, São Carlos, SP)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

O pensamento contrafactual (PC) é um tipo de pensamento imaginativo que tem como característica modificar fatos ocorridos. O estudo do PC em grupos específicos parte do pressuposto de que variáveis individuais relacionam-se à geração de tipos de PCs. Este estudo objetivou comparar os pensamentos contrafactuais de depressivos e vítimas de violência para verificar se havia diferenças na forma como buscavam alternativas para a realidade. A amostra foi composta por 37 participantes, a maioria do gênero feminino, média de 38,3 anos e divididos em dois grupos: mulheres vítimas de violência intrafamiliar (N=17) e indivíduos com indicativos de depressão (N=20). Utilizou-se uma técnica para avaliação do PC em adultos, composta por cinco enredos diante dos quais os participantes deveriam escolher uma dentre quatro alternativas de modificação. As alternativas foram formuladas a partir dos aspectos da realidade mais comumente modificados, segundo a literatura: ação, obrigação, tempo e evento não usual. Quanto à frequência de alternativas escolhidas, observou-se que para os enredos 1 e 2 os participantes elegeram modificações relacionadas ao aspecto obrigação. Para o terceiro enredo, ambos os grupos optaram pela modificação do aspecto tempo e, para o quarto, a opção foi pelo aspecto ação. No último enredo, o aspecto de modificação mais escolhido pelas vítimas de violência foi ação, e, entre os depressivos, evento não usual. Para verificar se diferenças estatísticas seriam encontradas entre os grupos, as médias das frequências de escolha para cada aspecto de modificação foram comparadas por meio do Teste t de Student. Os enredos 2 e 5 possibilitaram diferenças estatísticas significativas entre os grupos, sendo estas encontradas nas categorias obrigação e ação/inação para cada um dos enredos, respectivamente. Assim, a partir da utilização de uma técnica formada por enredos e alternativas de modificação, foi possível identificar e compreender diferenças na elaboração de pensamentos entre depressivos e mulheres vitimizadas.

Palavras-chave:
 avaliação do pensamento contrafactual, imaginação, depressivos, violência