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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 68-2

Poster (Painel)


68-2

Vítimas de violência e depressivos à luz de uma técnica para avaliar o pensamento contrafactual

Autores:
PATRÍCIA WALTZ SCHELINI1, Florença Justino1, Juliana Sarantopoulos Faccioli1
1 UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos (Rodovia Washington Luís, km 235, São Carlos, SP.), 2 UFSCAR - Universidade Federal de São Carlos (Rodovia Washington Luís, km 235, São Carlos, SP.)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

O pensamento contrafactual se caracteriza pela modificação de eventos passados e trata-se de uma ferramenta cognitiva que pode auxiliar na resolução de problemas por meio da consideração de diferentes possibilidades para um mesmo evento, na elaboração de sentimentos, podendo, ainda, proporcionar modelos para futuras ações. Os determinantes da ativação desse tipo de cognição seriam o reconhecimento de um problema e as emoções negativas que acompanham tal problema. A depressão e a violência intrafamiliar são condições específicas nas quais emoções negativas são experienciadas. Considerando que condições específicas podem influenciar na elaboração do pensamento contrafactual, este trabalho objetivou comparar as elaborações contrafactuais de dois grupos: mulheres vítimas de violência intrafamiliar (N=16) e indivíduos diagnosticados com depressão (N=21), sendo a maioria do gênero feminino e com média de idade de 38,3 anos. O acesso às elaborações contrafactuais foi feito por meio de uma técnica para a avaliação do pensamento contrafactual em adultos, composta por cinco histórias, a partir das quais os participantes deveriam realizar as elaborações. As elaborações contrafactuais foram denominadas de pensamentos contrafactuais espontâneos porque foi solicitado de forma explícita que os participantes fizessem modificações nas histórias. As elaborações foram categorizadas e a frequência de categorias analisada. Para verificar se as diferenças encontradas entre os grupos teriam significado estatístico utilizou-se o Teste t de Student. Os dados sugerem que para a História 1 foram encontradas diferenças para as categorias de pensamento contrafactual denominadas como obrigação e evento não usual. Para as Histórias 2 e 4 não foram encontradas diferenças significativas. A História 3 apresentou diferenças significativas para as categorias heterorreferente e evento não usual. Para a História 5 houve diferença para a categoria heterorreferente. Assim, a técnica utilizada para avaliar as mulheres vitimizadas e os indivíduos deprimidos, foi capaz de diferenciar parcialmente os tipos de pensamentos contrafactuais dos grupos de participantes.

Palavras-chave:
 técnica de avaliação, pensamento contrafactual, depressão, violência