Imprimir Resumo


VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 73-2

Oral / Poster


73-2

Temas atuais em avaliação psicológica: ampliações e reflexões sobre medidas psicológicas

Autores:
Pinto, L. P.2, Luca, L.1, Ávila-Batista, A. C.1, Silva, E. R.3
1 USF - Universidade São Francisco (Itatiba - São Paulo), 2 IPOG - Instituto de Pós Graduação de Goiás (Goiânia - GO), 3 PUCMG - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (Belo Horizonte - MG)

E-mail Apresentador:

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

O desenvolvimento da Avaliação Psicológica depende não só da extensão de suas medidas, como também da ampliação do seu olhar sobre os construtos psicológicos. Nessa direção, a efetivação de investigações que promovam esses aspectos, favorece diretamente a prática profissional, uma vez que o psicólogo passa a ter cada vez mais informações sólidas, e ferramentas mais adequadas para sua atividade. Considerando esses aspectos, a presente mesa propõe-se apresentar temáticas e estudos atuais, com vistas a contribuir com o desenvolvimento da AP. O primeiro trabalho a ser apresentado tem o objetivo de buscar relações entre forças de caráter e fatores de vivência acadêmica, sob a perspectiva da psicologia positiva. Na sequência, o autoritarismo é tema a ser contextualizado, no que diz respeito a seus estudos, ao marco teórico a partir do qual se baseou a criação de uma medida para avaliação das atitudes frente ao autoritarismo, e aos resultados preliminares desse instrumento. Por fim, um dos instrumentos mais utilizados pelos profissionais, o teste Psicodiagnóstico Miocinético (PMK), teve suas evidências de validade verificadas.

Resumo Apresentador 1

Título: Forças de caráter e sua relação com Vivência Acadêmica Autores: Luana Luca (Universidade São Francisco); Ana Paula Porto Noronha (Universidade São Francisco); Lariana Paula Pinto (Instituto de Pós Graduação de Goiás) O presente trabalho tem por objetivo buscar relações entre forças de caráter e fatores de vivência acadêmica. As forças de caráter são consideradas características positivas fundamentais, sendo que, por meio de um processo evolutivo, teriam sido selecionadas enquanto predisposições para a excelência moral, como meio de resolver as tarefas necessárias para a sobrevivência da espécie. A Psicologia Positiva propõe a existência de 24 forças, sendo elas, amor, amor ao aprendizado, apreciação do belo, autenticidade, autorregulação, bondade, bravura, cidadania, criatividade, curiosidade, esperança, espiritualidade, imparcialidade, inteligência social, gratidão, humor, liderança, modéstia, pensamento crítico, perdão, perseverança, prudência, sensatez e vitalidade. Quanto ao construto vivência academia, que envolve as experiências acadêmicas e sociais, considerando a aprendizagem como resultante de um conjunto de situações vividas nas atividades curriculares e extracurriculares, este se divide em 5 dimensões, a saber, a pessoal, interpessoal, carreira, estudo e institucional. Participaram do estudo 130 estudantes universitários de uma instituição particular do interior de São Paulo, sendo 50,8% do sexo feminino, com média de idade de 23,19 anos, cursando Psicologia (43,8%), Engenharia civil (32,3%) e Engenharia Elétrica (23,8%). Os estudantes responderam a Escala de Forças de Caráter e ao Questionário de Vivências Acadêmicas. Foram encontradas correlações significativas entre as forças de caráter e os fatores de vivência acadêmica. As maiores correlações foram obtidas entre os fatores Perseverança e Carreira; Curiosidade e Estudo; Liderança e Institucional; Humor e Interpessoal e Perdão e Pessoal. Assim, compreende-se que os resultados apontam para a possível relação positiva entre os construtos, uma vez que forças de caráter podem ser consideradas como fatores protetores em situações consideradas adversas ou de risco para o indivíduo. A pesquisa tem caráter exploratório, sendo que, não há na literatura relatos de pesquisas que buscaram a relação entre os construtos apresentados.

Resumo Apresentador 2

Título: Atitudes frente ao Autoritarismo: estudos preliminares de construção de uma Escala Autor: Ana Cristina Ávila-Batista (Universidade São Francisco – SP) Na ciência psicológica, o autoritarismo vem sendo objeto de estudo desde a Segunda Guerra Mundial. Nos os anos subsequentes, ou seja, nas décadas de 40 e 50 do século passado, houve um incremento nas pesquisas que permanece até os dias atuais. Compreender como os regimes fascista e nazista obtiveram o apoio de um grande número de pessoas é algo complexo e perturbador, entretanto necessário para o estudo do autoritarismo uma vez que na atualidade esse tema ainda desperta interesse e não há um acordo quanto a sua definição. Os estudos dentro da psicologia abordam o autoritarismo principalmente vinculado à noção de poder, força e influência, ou seja, partem do pressuposto que se trata de uma perspectiva individual que leva a pessoa a ter prazer em influenciar, mandar, dar ordens e impor obediência e manipular outras pessoas. O estudo desse tema se reveste de importância como uma contribuição para a solução de problemas que advém da presença de relações autoritárias seja na perspectiva interna de grupos sociais ou entre grupos diversos. A teoria de base para esse estudo é do psicólogo canadense Bob Altemeyer. Os objetivos desse trabalho são, portanto, contextualizar os estudos sobre o tema, o marco teórico a partir do qual se baseou a criação, pela autora, de uma medida para avaliação das atitudes frente ao autoritarismo e os resultados iniciais da pesquisa. Palavras-chave: autoritarismo; avaliação psicológica; construção de instrumentos.

Resumo Apresentador 3

Teste Psicodiagnostico Miocinético – PMK: estudo das evidências de validade Eni Ribeiro da Silva (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais) O objetivo geral deste trabalho foi investigar evidências de validade do teste Psicodiagnóstico Miocinético (PMK). Para tanto se investigou sua estrutura interna, a evidência de validade convergente entre o PMK e as Escalas de Tendência à Agressividade e a Escala de Avaliação da Impulsividade e entre o PMK e o teste Palográfico; e também se investigou o construto inteligência comparando o PMK e o Teste de Inteligência TI. A amostra foi composta por 300 sujeitos de ambos os sexos e de níveis de escolaridade diversos, residentes em Belo Horizonte. A Análise Fatorial Exploratória revelou a existência de 7 fatores, contudo a dimensão Emotividade não se agrupou em um fator único. Em relação a Agressividade, a análise de variância entre PMK e EATA mostrou não haver diferença significativa entre os grupos, com exceção apenas dos traçados das Cadeias ME e Us MD. Não houve associação significativa entre Palográfico e o PMK ao se investigar a agressividade. Em relação a Impulsividade, apenas a diferença linear dos zigues da ME mostrou diferenciação entre os grupos. A correlação de Pearson entre a diferença do tamanho linear do Palográfico com Predomínio Tensional mostrou um valor positivo de 0.28, p<0.05 (N=247), revelando haver correlação entre os dois instrumentos apenas em um traçado do PMK. A avaliação da inteligência foi realizada correlacionando-se os pontos do TI aos indicadores de baixo nível ideomotor no PMK por meio da correlação de Pearson. Os resultados revelaram valores significativos e negativos (o que era esperado), com magnitude moderada (-0.462, p<0,01). Conclui-se que o PMK pode ser considerado um instrumento de avaliação da inteligência. Como limitações deste trabalho pode-se citar a amostra composta por 72% universitários, o que pode ter influenciado os resultados em função do controle maior sobre a agressividade e impulsividade.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 avaliação psicológica, psicologia positiva, autoritarismo, PMK, validade