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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 99-1

Oral (Tema Livre)


99-1

Qualidades psicométricas da EMEP de jovens atendidos em Orientação Profissional

Autores:
Dayane Barbosa1, Lucy Leal Melo-Silva1, Jorge Sinval2,1, Sonia Regina Pasian1, João Marôco3
1 FFCLRP-USP - Universidade de São Paulo / Ribeirão Preto (Av. Bandeirantes, 3900 - Ribeirão Preto (SP)), 2 UP - FPCE - Universidade do Porto (Porto (Portugal)), 3 ISPA - Instituto Universitário Ciências Psicológicas, Sociais, Vida (Lisboa (Portugal))

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Resumo Geral da Mesa

Introdução: Dentre vários instrumentos de avaliação psicológica disponíveis na literatura científica, a Escala de Maturidade para Escolha Profissional (EMEP) auxilia processos de Orientação Profissional (OP) no Brasil, informando sobre Determinação, Responsabilidade, Independência, Autoconhecimento e Conhecimento da Realidade Profissional, sendo útil colecionar evidências sobre sua aplicabilidade em serviços clínicos. Objetivo: Avaliar qualidades psicométricas (validade e precisão) da EMEP de jovens atendidos em OP num serviço-escola de Psicologia. Método: O estudo foi realizado com 402 jovens atendidos em OP num serviço-escola durante 2010-2014, com média etária de 16.9 anos (± 2.0), sendo 71.9% do sexo feminino, 77.3% do ensino particular. Nesse grupo 62.1% frequentavam a terceira série do ensino médio (EM); 20.9% a segunda série EM; 15.5% tinham EM completo (em curso pré-vestibular). A EMEP foi aplicada em pequenos grupos, conforme previsto por seu manual, avaliada conforme referenciais técnicos disponíveis. Foram realizadas análises descritivas dos dados, seguida por cálculo do Alpha de Cronbach (precisão) e análise fatorial confirmatória com estimação de máxima verossimilhança, a partir do modelo teórico original do instrumento (validade da estrutura interna). Resultados: Chegou-se a uma versão reduzida da EMEP com 38 itens (excluindo-se sete originais), com melhores índices de ajustamento global (χ²/gl=2.224; CFI=0.814; GFI=0.829; RMSEA=0.055). Os achados relativos à fidedignidade da versão reduzida da EMEP foram: ‘Determinação’=0.859; ‘Conhecimento da Realidade Profissional’=0.792; ‘Independência’=0.741; ‘Autoconhecimento’= 0.750; ‘Responsabilidade’=0.696, apontando positivos indicadores de precisão do instrumento. Quanto às evidências de validade convergente, a variância média extraída foi insatisfatória para os cinco fatores pressupostos na EMEP, não sendo possível replicá-los na presente análise fatorial confirmatória com amostra clínica de jovens. Houve boas evidências de validade discriminante, exceto para o fator ‘Autoconhecimento’. Conclusão: Em grupo clínico a EMEP apresentou bons sinais de precisão, porém limitadas evidências de validade, sugerindo necessidade de investigação adicional sobre o tema, visto sua grande aplicabilidade em processos de OP.

Palavras-chave:
 Orientação Profissional, Avaliação Psicológica, Maturidade para escolha profissional, Psicometria, Análise fatorial confirmatória