Imprimir Resumo


VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 266-2

Poster (Painel)


266-2

A Relação entre Inteligência e Desempenho em Aritmética ao Longo dos Anos Escolares

Autores:
FABRETTI, R. R.1, VIAPIANA, V. F.2, GIACOMONI, C. H.1, STEIN, L. M.2
1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Avenida Paulo Gama, 110 - Porto Alegre - RS), 2 PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre - RS)

E-mail Apresentador:

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Introdução: A inteligência é considerada um importante variável do desempenho escolar. Na literatura científica, aspectos não-verbais da inteligência são associados ao desempenho em aritmética. Objetivo: Analisar as relações entre inteligência não-verbal e o desempenho escolar em aritmética ao longo dos anos iniciais do Ensino Fundamental e investigar possíveis diferenças entre sexo e tipo de escola. Método: Participaram 306 estudantes de 1º a 5º ano do Ensino Fundamental (10,5 anos, DP=2,28). Os estudantes foram avaliados através do teste Matrizes Progressivas Coloridas de Raven: Escala Especial (Angelini, Alves, Custódio, Duarte & Duarte, 1999) e um protocolo de avaliação de aritmética desenvolvido para cada um dos anos escolares. Os protocolos foram construídos por uma equipe de experts composta por três professores de matemática, que utilizou como referência os livros didáticos indicados pelo Ministério da Educação (MEC) através do Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD). Realizou-se analises estatísticas descritivas para cada ano escolar e correlacionou-se os escores brutos do Raven e o número de acertos no protocolo de aritmética. Resultados: De forma geral, estudantes de escolas particulares apresentaram melhor desempenho em aritmética e maiores escores de inteligência quando comparados a estudantes de escolas públicas. Não foram encontradas diferenças entre sexo em relação às variáveis avaliadas. As análises indicaram correlações moderadas a altas entre inteligência e desempenho em aritmética em cada ano escolar: 1º ano 0,41 (p<0,05), 2º ano 0,73 (p<0,01), 3º ano 0,66 (p<0,01), 4º ano 0,71 (p<0,01) e 5º ano 0,69 (p<0,01). Conclusão: Sugere-se que a aprendizagem escolar e a inteligência se influenciam mutuamente. Assim como a inteligência pode ser considerada uma importante variável do desempenho escolar, a aprendizagem em aritmética também pode promover o desenvolvimento de capacidades intelectivas.

Palavras-chave:
 Inteligência, Aritmética, Escolar, Desempenho, RAVEN