Imprimir Resumo


VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 331-1

Oral (Tema Livre)


331-1

Estudo de refinamento da escala de consentimento organizacional

Autores:
Eliana Silva1, Virgilio Bastos1, Carolina Aguiar1
1 UFBA - Universidade Federal da Bahia (Av. Ademar de Barros, s/nº, Campus Ondina)

E-mail Apresentador:

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Compreender o que vincula os trabalhadores às organizações permanece um desafio para pesquisadores e gestores contemporâneos. Um dos vínculos mais investigados pela comunidade científica é o comprometimento organizacional. Entretanto, estudos indicam que o construto sofreu grande alargamento de significado, gerando fragmentação e redundância na área, suscitando questionarmos até que ponto, a medida de comprometimento organizacional não estaria medindo vínculos distintos, como o consentimento organizacional. Este trabalho teve como objetivo o refinamento da escala de consentimento organizacional (ECO). O instrumento composto por 21 itens, foi aplicado a 805 trabalhadores de diferentes organizações. A análise fatorial exploratória revelou a existência de dois fatores que explicaram 47,31% da variância. Um item do fator 1 foi excluído por ambiguidade de conteúdo. F1 reuniu 14 itens (alfa=0,89) e F2 reuniu 6 itens (alfa=0,83), com índices satisfatórios de consistência interna e cargas fatoriais acima de 0,30. Apesar de índices bastante satisfatórios, decidiu-se elevar um pouco mais a precisão da medida, excluindo um item do F1 com carga fatorial inferior a 0,40. Após as análises exploratórias e decisões metodológicas, a escala agrupou 9 itens do F1 (alfa=0,86) e 6 do F2 (alfa=0,82). Em seguida, foram realizadas análises confirmatórias entre a dimensão afetiva do comprometimento (CA) e as dimensões do consentimento, cujos resultados apontaram covariância forte e positiva (0,88) entre CA e F2. Frente aos fortes indícios de sobreposição, foram realizadas análises de regressão linear (stepwise), com resultados que ratificaram a sobreposição entre as duas variáveis, fornecendo o suporte empírico necessário à retirada do F2 do modelo teórico do consentimento organizacional, que passou a ser definido como uma medida unidimensional. Com base nos índices psicométricos da ECO, conclui-se que se trata de um instrumento para investigações empíricas e intervenções em organizações, podendo orientar ações que visem à melhoria da gestão e as relações entre indivíduos e organizações.

Palavras-chave:
 consentimento organizacional, validade da escala, análise fatorial