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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 366-1

Poster (Painel)


366-1

Comportamentos de aproximação social indiscriminada e julgamentos de confiabilidade na Síndrome de Williams

Autores:
Beatriz Sanchez1, FELICÍSSIMO, F. R. C.1, LIMA, T. E.1, MARTINS, G. C.1, PLIOPAS, M. V.1, OSÓRIO, A. A. C.1, TEIXEIRA, M. C. T. V.1, HONJO, Rachel Sayuri2, KIM, C. A2
1 MACKENZIE - Universidade Presbiteriana Mackenzie (Rua Itambé, 45, Higienópolis), 2 HC - Hospital das clínicas (Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, 225)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

A Síndrome de Williams (SW) é um distúrbio de origem genética caracterizado por diversos aspectos físicos, médicos e cognitivos. Porém, uma das características psicológicas mais marcantes da SW é o seu forte interesse e aproximação a estímulos sociais. Estudos prévios mostram que sujeitos com SW tendem a classificar faces desconhecidas como mais confiáveis quando comparados a sujeitos controles, pareados em sexo e idade cronológica. Este estudo pretendeu avaliar, preliminarmente, as repostas comportamentais dos sujeitos com SW na tarefa computadorizada de decisão de aproximação social e a sua associação aos relatos parentais de aproximação indiscriminada a estranhos. A amostra foi composta por 21 sujeitos, sendo 33.3% do sexo feminino, recrutados através do Hospital das Clínicas e da Associação Brasileira da Síndrome de Williams na cidade de São Paulo. A tarefa de aproximação social consistia na apresentação de rostos masculinos desconhecidos com níveis variáveis de confiabilidade, sendo pedido aos pacientes que indicasses se escolheriam se aproximar ou não da pessoa da imagem. Em simultâneo, o cuidador respondia a uma entrevista de avaliação de comportamentos hipersociáveis. A associação entre relatos parentais de aproximação indiscriminada a estranhos e a percentagem de erros na decisão de aproximação a rostos menos confiáveis foi de r = -.35, p = .122 (correlação de magnitude média), enquanto a associação com a percentagem de erros na decisão de aproximação a rostos mais confiáveis foi de r = .52, p = .016 (correlação de magnitude grande). Embora a correlação negativa entre aproximação indiscriminada e a maior recusa em se aproximar de rostos menos confiáveis não tenha alcançado significância estatística, a mesma foi de magnitude média (podendo tornar-se significativa com uma amostra maior). A partir dos resultados, é possível inferir que a insistência dos pais resultou num padrão de recusa relativamente inflexível, independentemente do nível de confiabilidade dos rostos apresentados.

Palavras-chave:
 Síndrome de Williams, Aproximação Social, Julgamento Indiscriminado