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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 425-1

Poster (Painel)


425-1

Nível de Testosterona Fetal e Hipersociabilidade em Pacientes com Síndrome de Williams

Autores:
Gabriela Carneiro Martins1,1, Marcelo Vieira Pliopas1, Beatriz Marques Sanchez1, Tales Elias Lima1, Maria Cristina Triguero Veloz Teixeira1, Rachel Sayuri Honjo1, Chong Ae Kim1, Ana Alexandra Caldas Osório1
1 UPM - Universidade Presbiteriana Mackenzie (Rua da Consolação, 930 - Consolação, São Paulo - SP)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

A Síndrome de Williams (SW) é um transtorno raro do desenvolvimento com origem genética, resultando da deleção do braço longo do cromossomo 7. Entre outros aspectos, essa síndrome caracteriza-se pela apresentação de fortes tendências sociais. O estudo em questão buscou relacionar o nível de testosterona fetal dos portadores da síndrome com seus níveis de aproximação social indiscriminada. Vários estudos têm recorrido à proporção segundo-quarto dígito (2D:4D) como medida indireta da exposição à testosterona fetal e seu impacto no posterior perfil cognitivo e comportamental, associando menores proporções 2D:4D com déficits sócio-emocionais em amostras com TEA; Entretanto ainda não foi testada a possibilidade inversa na SW e é essa a abordagem da presente pesquisa. Buscamos relacionar menores níveis de testosterona fetal (maiores proporções 2D:4D) com relatos parentais de maior aproximação social indiscriminada. Para essa análise foram feitos scans da mão dominante de cada participante e calculada a proporção 2D:4D através do programa Firework. Os níveis de aproximação social indiscriminada foram coletados através de entrevistas aplicadas aos cuidadores dos pacientes. A amostra foi de 25 participantes com SW, entre 8 e 41 anos de idade(M=17,04; D.P= 7,829), dos quais 9 (36% mulheres). Verificamos uma associação significativa entre a razão 2D:4D e o nível de aproximação social, r = .42, p = .037. Assim, quanto mais elevada a razão 2D:4D (indicadora de menores níveis de testosterona fetal), maior nível de aproximação social indiscriminada. relatada pelo progenitor (magnitude do efeito média a grande). Os resultados confirmam a hipótese de uma associação entre o nível de testosterona fetal e a hipersociabilidade em portadores da SW, ou seja, pacientes com menores níveis de testosterona fetal tendem a evidenciar tendências comportamentais de maior aproximação social indiscriminada. Estes resultados possibilitam novas pesquisas que visem relacionar a testosterona fetal com as capacidades empáticas e visuo-espaciais na SW.

Palavras-chave:
 Hipersociabilidade, Racio 2D:4D, Síndrome de Williams, testosterona fetal