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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 584-1

Poster (Painel)


584-1

Preditores da Inteligência na Avaliação Psicológica de Crianças e de Adolescentes

Autores:
Kroeff, C. R.1, Portugal, P. N.1, Silva, M. A.1
1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Av. Paulo Gama, 110 - Bairro Farroupilha - Porto Alegre - RS)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Introdução: O conceito de inteligência e os fatores que exercem efeito sobre ela, como as funções executivas (FE), são temas debatidos entre teóricos da avaliação psicológica e da psicometria. Na literatura, é mais aceito que as FE e a inteligência se sobreponham em determinadas tarefas, e que variáveis sociodemográficas influenciem a inteligência, embora não haja consenso. Objetivo: Investigar preditores do quociente intelectual (QI Total) de crianças e de adolescentes, considerando a influência relativa da flexibilidade cognitiva (componente das FE) e das variáveis idade, sexo e escolaridade. Método: Participaram 42 pacientes que realizaram psicodiagnóstico em Serviço-Escola da UFRGS. O delineamento foi correlacional, com coleta de dados transversal. O índice de QI foi estimado pelas Escalas de Inteligência Wechsler, as FE avaliadas pelo Teste Wisconsin de Classificação de Cartas e as variáveis idade, sexo e escolaridade levantadas por meio de questionário sociodemográfico. Análises univariadas definiram as variáveis a serem inseridas no modelo de regressão. Análises de regressão hierárquica múltipla foram utilizadas para predição do QI Total a partir das variáveis demográficas e dos indicadores do Wisconsin (número total de erros, respostas perseverativas, erros perseverativos, erros não perseverativos e percentual de respostas de nível conceitual). Resultados: Verificou-se que o menor número de erros perseverativos foi o preditor mais importante do QI dos participantes. A menor idade e a maior escolaridade também contribuíram significativamente para explicar a variação do nível de QI. Juntas, estas três variáveis explicaram 58% da variância total dos níveis de inteligência da amostra (F = 16,32; p < 0,001). Conclusão: Os resultados indicaram que a flexibilidade cognitiva e as variáveis sociodemográficas explicaram uma proporção relevante da variância do nível de inteligência total da amostra. Conclui-se que, embora muitas vezes não aceita como atuante na testagem do QI, o nível de escolaridade possui influência nesse construto.

Palavras-chave:
 Inteligência, Funções Executivas, Escolaridade, Preditores