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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 704-1

Oral (Tema Livre)


704-1

Associação entre variáveis neuropsicológicas e resposta ao tratamento em adultos com Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade

Autores:
Silva, KL1, Rovaris, DL1, Grevet, EH1, Victor, MM1, Salgado, CA1, Bau, CH1
1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Avenida Bento Gonçalves, 9500, Agronomia - Porto Alegre / RS - 91501-970)

E-mail Apresentador:

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) em adultos é comum e clinicamente relevante. É tratado principalmente a partir do uso de estimulantes como o metilfenidato que, embora eficaz, apresenta baixa aderência e muita heterogeneidade na resposta. Apesar dos avanços nesse tema, pouco se sabe a respeito de preditores da resposta terapêutica, especialmente no que se refere à neuropsicologia. O único preditor consistente é a própria gravidade basal, associada ao “espaço para melhora”. Objetivo: Avaliar o papel de variáveis neuropsicológicas como possíveis mecanismos subjacentes à variabilidade da resposta ao tratamento em pacientes com TDAH. Método: Foram avaliados 224 pacientes adultos do Programa de Déficit de Atenção e Hiperatividade (ProDAH) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com o diagnóstico de TDAH realizado a partir do K-SADS baseado nos critérios do DSM-IV que completaram o protocolo de tratamento com metilfenidato de liberação imediata. A avaliação neuropsicológica foi realizada a partir do Continuous Performance Test (CPT), Stroop Test e o Teste de Seleção de Cartas de Wisconsin. Os desfechos foram as variações (delta) na gravidade avaliada a partir dos escores de desatenção e hiperatividade/impulsividade da escala SNAP-IV adaptada para adultos. Os dados foram analisados por regressão linear que incluiu também QI, escolaridade, idade e média de sintomas basal. Resultado: Os resultados do CPT influenciam a resposta terapêutica na dimensão da desatenção, de forma diferente para homens e mulheres. Os homens apresentam mais erros de comissão (b=0,037; p=0,010), enquanto as mulheres apresentam mais erros de omissão (b=0,023 b; p=0,009). Nenhuma variável neuropsicológica mostrou-se preditora de melhora nos sintomas de hiperatividade. Conclusão: Os resultados sugerem a possível influência de aspectos neuropsicológicos relacionados com a resposta terapêutica nos sintomas de desatenção. Mais especificamente, a melhora é influenciada negativamente por aspectos relacionados ao controle inibitório e a própria desatenção em homens e mulheres, respectivamente.

Palavras-chave:
 neuropsicologia, TDAH, resposta a tratamento, metilfenidato