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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 715-2

Poster (Painel)


715-2

Instrumentos para avalição psicológica de expectativas futuras e metas em jovens e adultos emergentes

Autores:
Susana Núñez1, Luciana Thomé2, Silvia Koller2
1 PEARSON - Pearson Clinical Assessment Brasil (Av. Francisco Matarazzo, 1500 - Cj. 51 - Barra Funda), 2 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Rua Ramiro Barcelos, 2600, 120)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Jovens em diferentes culturas e países estão prologando o seu período de transição para a vida adulta. Eles levam mais tempo, por exemplo, para sair da casa dos pais, constituir suas próprias famílias e ter um emprego estável. Essas mudanças levaram estudiosos da psicologia do desenvolvimento a proporem um novo período desenvolvimental, chamado adultez emergente, que tem sido recentemente estudada no Brasil. Este trabalho tem por objetivo apresentar alguns instrumentos que avaliam construtos importantes relacionados a essa “nova” transição para a vida adulta e que foram adaptados e aplicados no contexto brasileiro, nomeadamente o Inventário das Dimensões da Adultez Emergente (IDEA), a Escala de Expectativas Futuras para Adolescentes (FESA), e o Índice de Aspirações (IA). As amostras dos estudos variaram entre 547 e 984 participantes, entre 18 e 30 anos, de ambos os sexos. Foram realizadas tanto Análises Fatoriais Exploratórias quanto Confirmatórias, além de análises de confiabilidade, e de dispersão da estrutura fatorial, de forma a respeitar o comportamento do instrumento no contexto brasileiro. O IDEA apresentou estrutura diferente da original, quando, por exemplo, o item “separar-se dos pais” carregou no fator “Foco em si mesmo” em vez de “Exploração da Identidade”, mudança influenciada por especificidades culturais brasileiras. O FESA apresentou uma estrutura fatorial coesa, mas também diferente da original. Por exemplo, itens que pertenciam originalmente ao fator “Casamento e Família” carregaram mais satisfatoriamente no fator “Futuro das crianças”, que foi, então, renomeado como ‘Crianças e Família’. Já o IA apresentou uma estrutura semelhante à original, com 11 subescalas coesas que permitem avaliar diferentes tipos de metas em jovens e adultos emergentes no Brasil. Por fim, este estudo destaca a importância de se considerar influências contextuais no entendimento da estrutura dos instrumentos e propões três medidas adaptadas que podem ser utilizadas no público em transição para a vida adulta.

Palavras-chave:
 avaliação psicológica, adultos emergentes, metas, expectativas futuras, contexto brasileiro