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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 799-1

Oral / Poster


799-1

Aplicações clínicas dos testes de autoexpressão: avanços e discussões

Autores:
Giselle Pianowski1, Anna Elisa de Villemor-Amaral1, Philipe Gomes Vieira1, Lucas de Francisco Carvalho1, Rodolfo Augusto Matteo Ambiel1
1 USF - Universidade São Francisco (Rua Alexandre Rodrigues Barbosa, 45 Centro, Itatiba - São Paulo CEP 13251-900)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Aplicações clínicas dos testes de autoexpressão: avanços e discussões Giselle Pianowski, Anna Elisa de Villemor-Amaral, Philipe Gomes Vieira, Lucas de Francisco Carvalho, Rodolfo Augusto Matteo Ambiel Os testes de autoexpressão são largamente utilizados no âmbito nacional na aplicação profissional para variados contextos, entre eles, o clínico. A presente mesa tem como foco discutir aplicações pragmáticas e elucubrações teóricas a respeito dos testes de autoexpressão. Especificamente, serão apresentados dados sobre a qualidade dos procedimentos normativos adotados e descritos nos manuais de testes de autoexpressão aprovados para uso profissional; discutir-se-á o uso desses testes no contexto clínico considerando suas especificidades e também o paradigma da avaliação terapêutica; e também serão apresentados os resultados de uma pesquisa empírica com o Zulliger para avaliação da maturidade em relacionamentos interpessoais em crianças. As discussões realizadas com a presente mesa visam fomentar pesquisas na área, bem como aprofundar na compreensão das aplicações clínicas dos testes de autoexpressão.

Resumo Apresentador 1

Avaliação da qualidade dos procedimentos de normatização em testes de autoexpressão Giselle Pianowski, Lucas de Francisco Carvalho, Anna Elisa de Villemor-Amaral, Rodolfo Augusto Matteo Ambiel Ao refletir sobre a qualidade interpretativa dos variados instrumentos de avaliação psicológica, um dos aspectos importantes a considerar é a adequação dos procedimentos de elaboração dos referenciais normativos, bem como a suficiência das informações normativas apresentadas nos manuais. O objetivo do estudo foi investigar e discutir, diante de diretrizes internacionais e nacionais, os procedimentos empregados para elaboração do referencial normativo em testes de autoexpressão no Brasil. Para tanto, foram identificados os testes de autoexpressão que apresentam sua interpretação referenciada à norma e estão com parecer favorável para o uso pelo SATEPSI. Na sequência, foi elaborado um protocolo avaliativo baseado nas diretrizes para elaboração de pesquisas de normatização e padronização oferecidas por órgãos, nacionais e internacionais, de referência em avaliação psicológica. O protocolo foi utilizado para analisar a seção destinada à descrição dos procedimentos e referencial normativos dos manuais selecionados. As avaliações foram realizadas por quatro profissionais especialistas na área de avaliação psicológica, e cada manual foi estudado por dois juízes independentes. Os dados sinalizam fragilidades nos procedimentos adotados para elaboração dos referenciais normativos, o que foram discutidos em dois ângulos principais. Um, direcionado para as falhas que comprometem a acurácia avaliativa destes testes, e que devem ser corrigidas com base nas diretrizes apresentadas na literatura. Outro, orientado para a natureza e particularidades destes instrumentos que eliciam o posicionamento crítico dos pesquisadores na busca por novos estudos e debates que ofereçam alternativas para o aproveitamento do potencial avaliativo destes instrumentos diante da cientificidade da avaliação psicológica. Espera-se que esta apresentação fomente avanços na elaboração dos procedimentos normativos na área.

Resumo Apresentador 2

Métodos projetivos ou expressivos e suas múltiplas utilidades Anna Elisa de Villemor-Amaral Os métodos projetivos, também chamados de expressivos ou de autoexpressão, inserem-se no grupo dos instrumentos de avaliação psicológica com utilidades que podem ser diferentes, dependendo do objetivo do processo de avaliação. Podem ser considerados testes, quando contém propriedades psicométricas rigorosas, o que inclui normas e um modo de interpretação a partir de uma perspectiva nomotética, mas podem também ser considerados procedimentos clínicos, com a finalidade de gerar dados a serem interpretados pelo profissional a partir de uma perspectiva idiográfica. Nesse caso a norma pode ser útil, porém não é imprescindível. Uma terceira utilidade, pouco usada porque é certamente controversa, é sua participação em sessões interventivas, dentro do processo de Avaliação Terapêutica. Para isso, a utilização das figuras ou das respostas dadas ao Rorschach, TAT, desenhos ou outras técnicas, servem como novos estímulos facilitadores da produção de insights e, ao somar-se a outras estratégias, substituem o modelo de devolutiva convencional. Nessa apresentação serão dados alguns exemplos, mas serão também apresentados os argumentos que reforçam a necessidade de cautela e os cuidados a serem tomados ao se optar por essa forma de uso dos métodos projetivos.

Resumo Apresentador 3

O TESTE DE ZULLIGER (SC) NA AVALIAÇÃO DA MATURIDADE PARA O RELACIONAMENTO INTERPESSOAL EM CRIANÇAS Philipe Gomes Vieira e Anna Elisa de Villemor-Amaral. A avaliação psicológica de crianças é um processo complexo, especialmente quando necessário promover uma compreensão acerca da personalidade. Um dos elementos importantes de serem avaliados nesse contexto é a maturidade para o relacionamento interpessoal, a qual permite ao sujeito alcançar um equilíbrio entre ações, por um lado, cooperativas e empáticas, por outro, assertivas e competitivas. A literatura de referência discute que meninas adquirem mais precocemente certas habilidades que favorecem o contato interpessoal, como a empatia, enquanto os meninos tendem a desenvolver o controle racional sobre a afetividade. Outra variável importante ligada à maturidade para o relacionamento interpessoal é a idade, que, com o seu avançar, possibilita a evolução cognitiva e emocional, favorecendo o estabelecimento e manutenção dos vínculos sociais. Diante desse panorama, o objetivo do presente estudo foi verificar a sensibilidade do teste de Zulliger no Sistema Compreensivo (SC) na avaliação da maturidade para o relacionamento interpessoal. Um total de 566 crianças foi submetido ao Zulliger (SC), teste projetivo composto por três cartões com manchas de tinta semiestruturadas. A maior parte da amostra foi composta por meninas, totalizando 52,8%. O desempenho das crianças no teste foi comparado com base em duas variáveis: sexo e idades. Para a comparação em função das faixas etárias, foram extraídas do banco de dados um total de 115 crianças, divididas em 42,6% com seis anos e 57,4% com 12 anos de idade. A análise do desempenho dos grupos em função do sexo e da idade, realizada por meio do teste t de Student, apontou para diferenças estatisticamente significativas nas variáveis H, (H), A, Ad, M, FC e AG, cujas magnitudes estimadas pelo d de Cohen oscilaram entre moderadas e fortes. Os achados revelam evidências de validade em favor do teste de Zulliger (SC) na avaliação da maturidade para o relacionamento interpessoal em crianças.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 Testes projetivos, Normatização, Avaliação Terapêutica, Avaliação infantil, Personalidade