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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 864-1

Oral / Poster


864-1

INSTRUMENTOS QUALITATIVOS DE AVALIAÇÃO EM PSICOLOGIA MORAL

Autores:
Caetano, L. M.1, Deolindo, K. L. S.2, Fernandes, P. A.7, Dell' Agli, B. A. V.7, Dell' Agli, B. A. V.9
1 IPUSP - Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (RUA PROFESSOR MELLO DE MORAIS,1721, CIDADE UNIVERSITÁRIA, SÃO PAULO, SP), 2 PPEUEM - PÓS GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (AVENIDA COLOMBRO, 5790, BLOCO I12, MARINGA), 7 FCM-UNICAMP - FACULDADES DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNIVERSIDADE DE CAMPINAS (R. Tessália Vieira de Camargo, 126. Cidade Universitária "Zeferino Vaz", CAMPINA), 9 FCM-UNICAMP - FACULDADES DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA UNIVERSIDADE DE CAMPINAS (R. Tessália Vieira de Camargo, 126. Cidade Universitária "Zeferino Vaz", CAMPINA)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

INSTRUMENTOS QUALITATIVOS DE AVALIAÇÃO EM PSICOLOGIA MORAL Luciana Maria Caetano (IPUSP) Instrumentos de avaliação da moralidade são polêmicos e os existentes ainda estão em processo de refinamento e investigação. A presente Mesa Redonda tem como objetivo apresentar instrumentos qualitativos de avaliação em psicologia moral inspirados na Teoria do Juízo Moral de Jean Piaget. O primeiro trabalho apresenta um instrumento para investigar as concepções educativas morais de futuros professores sobre as relações com os alunos com base nos construtos obediência, respeito, justiça e autonomia. O segundo trabalho propõe a investigação do julgamento do sentimento de vergonha em crianças e adolescentes por meio de histórias-hipotéticas quando da violação às regras em situações envolvendo os pais, os professores e os pares. O terceiro utiliza-se também de histórias-hipotéticas, mas para a investigação da afetividade que é uma dimensão da moralidade, em escolares com queixa de Dislexia do Desenvolvimento, TDAH e com adequado desempenho escolar.

Resumo Apresentador 1

CONCEPÇÕES MORAIS DE FUTUROS PROFESSORES Luciana Maria Caetano (IPUSP) Karina Luciane da Silva Deolindo (PPEUEM) O principal objetivo desse trabalho é apresentar um instrumento de pesquisa utilizado para investigar as concepções educativas morais de futuros professores. Trata-se de um questionário aberto constituído por quatro questões, inspirado na ECEM (Escala de Concepções Educativas Morais). O instrumento pergunta aos participantes sobre suas concepções acerca das relações com seus alunos, conforme quatro construtos quatro construtos: obediência, respeito, justiça e autonomia, que são construtos fundamentais para o desenvolvimento moral da criança de acordo com a Teoria do Juízo Moral de Jean Piaget. O questionário pede ainda que os participantes apresentem exemplos de situações de sala de aula que ilustrem os seus conceitos sobre as relações de obediência e autonomia com os alunos e o papel do professor justo e respeitoso. O instrumento foi aplicado em 29 graduandos do curso de Pedagogia do 4º ano de uma universidade pública do estado do Paraná. O instrumento foi aplicado coletivamente e foi respondido por escrito pelos participantes, que foram instruídos a não deixar nenhuma das respostas em branco e, caso não soubessem a resposta, deveriam escrever “não sei a resposta”. Para a análise de dados, utilizou-se a análise de conteúdo. Para cada uma das perguntas foram criadas categorias de análise específicas, amparadas na teoria do Juízo Moral de Jean Piaget. Os resultados encontrados revelaram que o instrumento atingiu ao seu objetivo, pois através da comparação entre as respostas dadas às perguntas e os respectivos exemplos dados pelos participantes para ilustrar suas respostas, pudemos observar que as concepções educativas dos futuros professores são em sua maioria fundamentadas em uma boa intenção em relacionarem com seus alunos de forma respeitosa e justa, porém as suas respostas são tipicamente de senso comum e não apresentam indícios de conhecimentos científicos sobre o desenvolvimento moral das crianças. Palavras-chave: Avaliação Psicológica; Educação Moral; Relação Professor e Aluno.

Resumo Apresentador 2

HISTÓRIAS HIPOTÉTICAS: AVALIAÇÃO DO SENTIMENTO DE VERGONHA EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Paula Amaral Fernandes** (UNICAMP) Betânia Alves Veiga Dell’ Agli (UNICAMP) RESUMO O sentimento de vergonha é uma dimensão moral que aparece precocemente no desenvolvimento e vincula-se aos valores construídos. A vergonha moral ocorre quando há incongruência entre o sistema de valores do indivíduo e sua ação. O objetivo do presente estudo foi analisar as possibilidades de avaliar o julgamento moral de vergonha por meio de histórias hipotéticas. Participaram do estudo 20 crianças e adolescentes de ambos os sexos, com idades entre 11 e 14 anos que cursavam entre o 5º e 8º ano do Ensino Fundamental de uma escola particular e de escolas públicas. Para a avaliação do julgamento moral de vergonha, foram construídas três histórias morais inspiradas em Jean Piaget as quais foram denominadas situações passíveis de sentir vergonha. As histórias visaram compreender como se dá o julgamento do sentimento moral de vergonha quanto à violação às regras em situações envolvendo os pais, os professores e os pares, pessoas estas que desempenham papéis diferentes no relacionamento com a criança e com o adolescente. Para a análise foram usadas duas categorias amplas: vergonha moral que implica no fato do indivíduo ter feito algo que ele próprio condena e por isso se envergonha e não-moral ligada à exposição, ao sentimento de ser objeto do juízo alheio e à possibilidade de ser ridicularizado. As respostas foram categorizadas por dois juízes de forma independente e foi estabelecido 100% de concordância no que se refere à escolha da categoria e à justificativa desta escolha. No caso de discordância, foi solicitado o julgamento de um terceiro juiz. Os resultados evidenciaram os dois tipos de vergonha com predomínio da vergonha moral. A vergonha de exposição ficou mais evidenciada na situação entre pares e a falta de vergonha em situações envolvendo os pais. Os dados foram discutidos considerando a fase do desenvolvimento dos participantes. Palavras-chave: Sentimento de vergonha, histórias hipotéticas, instrumento qualitativo de avaliação.

Resumo Apresentador 3

HISTÓRIAS-HIPOTÉTICAS PARA AVALIAÇÃO DA AFETIVIDADE EM ESCOLARES Betânia Alves Veiga Dell’ Agli – UNICAMP betaniaveiga@uol.com.br O presente estudo teve como objetivo analisar histórias-hipotéticas como instrumentos para investigar a afetividade de escolares. Participaram do estudo 96 escolares, de ambos os sexos (67 meninos e 29 meninas), na faixa etária entre 8 a 14 anos (M=10,45; DP=2,45) organizados em três grupos: Dislexia do Desenvolvimento (n=28); TDAH (n=36) e adequado desempenho escolar e comportamento (n=32). Foram elaboradas três histórias-hipotéticas, uma para cada grupo estudado, cujo conteúdo referia-se às situações prováveis de ocorrer em sala de aula. As histórias-hipotéticas foram intercaladas com questões que pretendiam avaliar os julgamentos de dimensões afetivas de uma criança-personagem, cujo sexo e idade variaram de acordo com o sexo e idade do participante. As questões abordavam os sentimentos, as imagens de si como aluno, o julgamento alheio sobre si mesmo, o valor e uma questão que pretendia relacionar a situação hipotética com ele mesmo o que permitiu verificar as concordâncias e divergências com a criança-personagem. A escolha por analisar histórias-hipotéticas como instrumento se deu porque elas propiciam falar de si indiretamente, sem as defesas comuns que o questionamento direto geralmente impõe. Com o presente instrumento os escolares não apresentaram quaisquer dificuldades e além disso, proporcionou um meio favorável para expressarem-se. Os dados foram discutidos contrapondo os achados com os estudos anteriores realizados com a mesma população quando foi evidenciado dificuldades das crianças de falar de si, de seus sentimentos. Em outras modalidades como entrevista semiestruturada as crianças demonstraram retraimento e as respostas eram pouco esclarecedoras, porque evasivas (p. ex.: “não sei”; “me sentia mau”, sem qualquer explicação) e no caso de instrumentos padronizados percebeu-se dificuldade de compreensão das questões e por serem padronizados não permitem modificações. As histórias-hipotéticas podem auxiliar na avaliação psicológica infantil/adolescente como um recurso para ter acesso ao mundo mental, notadamente da afetividade. Palavras-chave: Histórias-hipotéticas; afetividade; Dislexia do Desenvolvimento; TDAH; desempenho escolar adequado.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 avaliação psicológica, psicologia moral, psicologia educacional