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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 968-1

Oral / Poster


968-1

Avaliação Neuropsicológica - Um Visão Ecológica do Processo

Autores:
LIMA, J.A.M.C.1, CARVALHO, M.L.O.1, SILVA, L.E.1
1 UFF - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (Rua Migual de Frias, 9 Icaraí RJ CEP 24220 900)

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Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Introdução: O país envelhece com tal magnitude que exige o desenvolvimento de estudos e ações urgentes no sentido de buscar dignidade e qualidade para vidas que se prolongam. O IBGE, no censo de 2010, apontou a real magnitude desse quadro demográfico, o qual indica que o índice de envelhecimento populacional em 2030 aumentará o número de idosos em cerca de uma vez e meia mais do número de crianças e adolescentes até 15 anos. Esse novo panorama traz no seu escopo a problemática do declínio cognitivo no envelhecimento e das demências. No campo da medicina e da psicologia, entre outras, vêm sendo realizados diversos estudos ligados à cognição no envelhecimento, saudável ou patológico. Como auxilio diagnóstico, surgiram grandes esforços interdisciplinares e a avaliação neuropsicológica ganhou significativo reconhecimento no campo da cognição e das demências e nas equipes de saúde. Objetivo: Apresentar os atuais avanços e propostas na área da avaliação neuropsicológica no envelhecimento e nas demências. Método: O trabalho se desenvolverá em módulos compostos pela abertura e três palestras: Avaliação Neuropsicológica - Um Olhar Compreensivo do Processo; Reabilitação Cognitiva - Uma Proposta de Abordagem Neuropsicológica; e A Dimensão Ecológica da Qualidade de Vida na Demência. Resultados: Os resultados mostram o crescimento e a apropriação de novas saberes pela área da avaliação neuropsicológica com ênfase na visão qualitativa e quantitativa como complementares, nos conceitos ecológicos e na interdisciplinaridade envolvendo o avaliando imerso em seu meio ambiente, seus valores, família e cultura. Conclusão: Atualmente, a psicologia, através da avaliação neuropsicológica, é considerada uma ação relevante que corrobora a hipótese diagnóstica médica de doenças neurológicas degenerativas, reversíveis ou irreversíveis, aumentando o nível de abrangência de entendimento do caso e possibilitando o aperfeiçoamento do diagnóstico, do encaminhamento, da elaboração do plano de reabilitação e acompanhamento.

Resumo Apresentador 1

Introdução: A avaliação neuropsicológica tem como finalidade estudar a relação entre a dinâmica cerebral e o comportamento do indivíduo. Inicialmente a avaliação neuropsicológica integrava-se por uma bateria de testes validados no Brasil. Atualmente o desenvolvimento deste processo é realizado através de instrumentos quantitativos, qualitativos, ecológicos e de qualidade de vida. Tal mudança aumentou o espectro de abrangência dessa ação da psicologia voltada para a avaliação, entre outras, do comprometimento cognitivo e da demência. A neuropsicologia tem desenvolvido importantes trabalhos na área de saúde. O aumento da expectativa de vida da população deu visibilidade ao declínio cognitivo no idoso e ao aumento da demência de Alzheimer, que é diretamente proporcional ao envelhecimento. Objetivo: Apresentar os avanços da neuropsicologia, com reflexos na avaliação neuropsicológica, considerando os elementos de abrangência como complementação do entendimento quantitativo com o qualitativo, aspectos ecológicos e da qualidade de vida. Método: A palestra será composta por uma introdução contendo princípios de neuropsicologia e desenvolvimento mostrando o modelo clássico e as atuais contribuições relevantes que aumentam o espectro de abrangência e o entendimento do sujeito avaliado de forma mais compreensiva. Resultados: Pesquisas e relatos de práticas clínicas, assim como o reconhecimento da avaliação neuropsicológica como integrante do processo diagnóstico na cognição do idoso e na demência de Alzheimer e o grande número de trabalhos apresentados em congressos nacionais e internacionais, ressaltam a contribuição da neuropsicologia para o estudo do envelhecimento. Conclusão: A avaliação neuropsicológica é hoje considerada um método importante de auxílio diagnóstico na cognição e nas demências.

Resumo Apresentador 2

Introdução: A reabilitação cognitiva é um tratamento complementar à terapêutica farmacológica que objetiva a melhoria das dificuldades oriundas do prejuízo provocado pelas alterações cognitivas. Sua eficácia vem sendo confirmada por estudos científicos. Entretanto, os estudos sobre treino cognitivo para população idosa divergem quanto à metodologia empregada. As disfunções cognitivas, psicológicas e comportamentais que permeiam o quadro demencial, segundo pesquisadores da cognição, afetam o paciente, a família e o meio ambiente provocando sentimentos e distorções subjetivas fragilizando e adoecendo a trama familiar. Neste contexto se destaca a abordagem neuropsicológica como um caminho mais humanizado de tratamento valorizando a total integração da relação mente, corpo e ambiente no diagnóstico e tratamento de pacientes com déficits cognitivos. Objetivo: Discutir a reabilitação cognitiva como uma abordagem que vai além do treino cognitivo e que requer uma visão fenomenológica do problema causado por possíveis síndromes demenciais em pacientes idosos. Método: A Reabilitação Cognitiva, na abordagem neuropsicológica, consiste em oferecer tarefas que estimulem diversas funções cognitivas: memória, atenção, linguagem, velocidade de processamento, funcionamento executivo, entre outras, segundo protocolos desenhados para atender o perfil neuropsicológico de cada paciente de forma individualizada ou em grupo. O programa de reabilitação cognitiva, dentro da visão neuropsicológica, propõe a reinserção social e a qualidade de vida do indivíduo, considerando suas limitações, através do treino de habilidades cognitivas, da aprendizagem do uso de estratégias compensatórias, da organização e planejamento de rotinas, da pratica de atividades funcionais, do apoio psicológico relativo a questões subjetivas do paciente e do suporte e orientação aos familiares e cuidadores. Resultados: Os resultados de pesquisas, relatados pela literatura especializada, mostram que as medidas cognitivas obtidas através dos testes melhoram em ambas as intervenções. Conclusão: Os pacientes que são reabilitados através do modelo neuropsicológico, além das habilidades cognitivas, tendem a apresentar também melhora nas habilidades comportamentais, produtivas e sociais.

Resumo Apresentador 3

Introdução: A tarefa de produzir uma avaliação neuropsicológica que seja capaz de captar todas as dimensões e aspectos ecológicos experienciados pelo sujeito da avaliação não pode passar despercebida pelo avaliador. Uma dessas dimensões é a da qualidade de vida, conceito naturalmente de difícil definição. Ela se caracteriza por ser o reflexo das percepções concretas e subjetivas que o indivíduo tem do seu ambiente. Dada essa derivação, captar o estado de qualidade de vida exige a execução de uma avaliação de natureza ecológica refinada. Os idosos que venham a apresentar comprometimento cognitivo tendem a tornar essa avaliação mais difícil. Objetivo: Apresentar um indicador de qualidade de vida na demência, de natureza numérica contínua, síntese de diversas dimensões de que se compõe o construto “qualidade de vida”. Métodos: O indicador foi construído com base na Escala Cornell-Brown de Qualidade de Vida na Demência utilizando o conceito de indicador relacional pela comparação do estado atual do sujeito com um estado desejado. Resultados: O processo permitiu criar um indicador de natureza numérica capaz de discriminar indivíduos que as escalas usuais de avaliação considerariam semelhantes. Conclusão: O indicador de qualidade de vida na demência mostrou–se de utilização simples, de apuração rápida e de boa capacidade discriminativa.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 Neuropsicologia, Idoso, Cognição, Demência, Ecológica