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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 991-2

Poster (Painel)


991-2

Flexibilidade psicológica relacionada a imagem corporal: Análise da estrutura fatorial do BI-AAQ em amostras brasileiras

Autores:
Paola Lucena-Santos2, José Pinto-Gouveia2, Marina Barth1, Margareth Silva Oliveira1
1 PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil), 2 UC - Universidade de Coimbra (Coimbra - Portugal)

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Resumo Geral da Mesa

Introdução: A inflexibilidade psicológica, componente comum a várias psicopatologias, é comumente avaliada pelo Acceptance and Action Questionnaire (AAQ). Considerando o impacto da imagem corporal no comportamento alimentar desajustado, foi criado o BI-AAQ (Body Image-AAQ), cuja estrutura ainda não está bem estudada. Objetivo: Analisar a estrutura fatorial da versão brasileira do BI-AAQ e verificar sua consistência interna. Método: Trata-se de um estudo transversal com 791 participantes, subdivididos em amostra clínica (mulheres com sobrepeso/obesidade em tratamento para perder peso, n=271) e não-clínica (amostra proveniente da população geral, n=520). Foram realizadas Análises Fatoriais Confirmatórias (AFC - Método de Estimação: Maximmum-Likelihood), Exploratórias (AFE - Análise dos Componentes Principais) e Multigrupos para avaliação da estrutura fatorial e a fidedignidade foi avaliada pelos valores de Alpha de Cronbach. Resultados: A amostra total apresentou médias de idade e escolaridade de 35,13 (DP=12,15) e 13,70 anos (DP=3,88), respectivamente. A AFC do modelo unifatorial (12-itens) não demostrou boa qualidade de ajustamento e revelou problemas de ajustamento local no item 6 nas duas amostras. A AFE revelou solução unifatorial, porém os resultados apontaram para a exclusão do item-6 nas duas amostras, o que foi corroborado pelos valores Alpha-if-item-deteled. A CFA do modelo com 11-itens revelou bom ajustamento local, mas ajuste global sofrível. Após correlacionar os resíduos dos pares de itens 2/3, 2/5 e 7/8 (decisão suportada pelos indices de modificação e similaridade do conteúdo dos itens), o modelo apresentou boa qualidade de ajuste (TLI=0,929; CFI=0,917; GFI=0,947; RMSEA=0,10; p<0,001), sendo significativamente melhor que o original (∆X2(3)=248,426; p<0,05). A Análise Multigrupos mostrou que o modelo modificado é invariante quanto aos pesos fatoriais dos itens (ΔX2(10)=8,529; p=0,577). A consistência interna observada foi α=0,94. Conclusão: Nossos dados confirmam a estrutura unifatorial do BI-AAQ e apontam para a exclusão do item-6. A estrutura fatorial do BI-AAQ-11-itens é invariante e demonstrou excelente consistência interna na realidade brasileira.

Palavras-chave:
 Flexibilidade Psicológica, BI-AAQ, Imagem corporal, versão brasileira, estrutura fatorial