Oral / Poster
1011-1 | AVALIAÇÃO DE COMPORTAMENTOS NO CONTEXTO OCUPACIONAL | Autores: | Coutinho, A C A M1, FIGUEIREDO, Kellyane M.1, MIRANDA, C. S. H.1, Nascimento, E1
1 UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (Av. Pres. Antônio Carlos, 6627 Pampulha, Belo Horizonte - MG, 31270-901) |
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Resumo: Resumo Geral da Mesa
AVALIAÇÃO DE COMPORTAMENTOS NO CONTEXTO OCUPACIONAL
Ana Cecília Araújo de Morais Coutinho, Ciléia Saori Hamada de Miranda, Elizabeth do Nascimento, Kellyane Madureira Figueiredo
A mesa redonda aborda três estudos sobre comportamentos no contexto ocupacional brasileiro. O primeiro estudo relata os resultados de uma investigação sobre a associação entre os fatores e facetas de personalidade do modelo dos Cinco Grandes Fatores e Comportamentos Contraproducentes no Trabalho (CCTs). O segundo estudo contempla, por meio de pesquisa de levantamento, a percepção de uma amostra de trabalhadores sobre quais comportamentos são considerados por eles contraproducentes para o ambiente de trabalho. O terceiro estudo é uma pesquisa comparativa entre candidatos a emprego e trabalhadores formais quanto à validade das respostas emitidas no Inventário de Personalidade NEO PI-R. Deste modo, a presente proposta trata de temas interligados que estão na pauta das investigações reportadas na literatura internacional, mas que carecem de estudos brasileiros.
Resumo Apresentador 1
FATORES E FACETAS DO MODELO CGF ASSOCIADOS AOS COMPORTAMENTOS CONTRAPRODUCENTES NO TRABALHO.
Ana Cecília Araújo de Morais Coutinho, Elizabeth do Nascimento
Este trabalho examina as associações entre fatores e facetas do Modelo CGF e Comportamentos Contraproducentes no Trabalho (CCTs). O estudo contou com a aplicação do NEO PI-R (inventário de personalidade fundamentado no Modelo CGF) e da WDS-BR (versão em português da Workplace Deviance Scale – WDS), instrumento de 19 itens que avalia 12 tipos de CCTs organizacionais (CCTO) – que se referem às ações que visam prejudicar a organização (atrasar-se intencionalmente, p. ex.) – e sete tipos de CCTs interpessoais (CCTI) – que se referem a ações nas quais o alvo é um próprio membro da organização (insultar alguém, p. ex.). Constituíram a amostra 266 adultos, de ambos os sexos, empregados em diferentes atividades e ocupações, residentes na região metropolitana de Belo Horizonte, em cidades do interior de Minas Gerais e em São Paulo, capital. Análises correlacionais foram conduzidas para identificar a relação entre as variáveis de interesse. A investigação empregando-se o NEO PI-R se deu tanto em nível dos fatores quanto das facetas. Em conformidade com a literatura, os fatores Conscienciosidade, Amabilidade e Neuroticismo mostraram associações significativas com os CCTs. Para as facetas, as correlações mais significativas foram encontradas para Franqueza e Impulsividade. Entre os 19 itens e as facetas, foram verificadas correlações variando de -0,11 a 0,30 sendo que, dentre os itens, o de número nove (“Gastar muito tempo fantasiando ou sonhando acordado ao invés de trabalhar”) mostrou as mais significativas associações, especificamente com Fantasia, Autodisciplina, Depressão e Impulsividade. Os resultados encontrados sinalizaram, de modo geral, que indivíduos fantasiosos, com baixo nível de autocontrole, com consequente inclinação à impulsividade, predispostos a sentimentos de culpa, tristeza, desesperança e solidão parecem possuir maior tendência ao engajamento em CCTs.
Resumo Apresentador 2
PERCEPÇÃO DE BRASILEIROS A RESPEITO DOS COMPORTAMENTOS CONTRAPRODUCENTES NO TRABALHO
Ciléia Saori Hamada de Miranda, Elizabeth do Nascimento, Ana Cecília Araújo de Morais Coutinho
Esse trabalho é parte da pesquisa da construção de uma escala brasileira para avaliar comportamentos contraproducentes no trabalho (CCTs). O presente estudo levantou dados sobre a percepção de trabalhadores brasileiros a respeito dos CCTs no ambiente laboral. Os participantes responderam a um questionário específico composto por oito questões abertas e fechadas. A amostra alcançada ficou constituída de 237 profissionais de empresas públicas e privadas, sendo 166 mulheres (70%). As idades variaram entre 18 a 67 anos (M = 35,15; DP= ± 11,04). A principal questão do questionário foi a que solicitou ao participante listar pelos menos cinco comportamentos contraproducentes, entendidos como ações que violam as normas e/ou prejudicam o bom funcionamento da empresa/organização como um todo. Foram reportadas 1148 respostas, as quais primeiramente foram agrupadas em 22 categorias de CCTs citadas na literatura internacional. Todavia, foi preciso criar oito novas categorias para abarcar CCTs específicos reportados pela amostra e uma categoria intitulada “Outros”. Foram identificadas respostas que não são tipicamente consideradas CCT, como por exemplo: falta de estrutura e/ou recurso da organização, baixa remuneração e ausência de diretrizes/metas/objetivos, o que acarretou na prevalência em 42% da categoria “Outros” (477 comportamentos listados não contraproducentes e traços de personalidade ou humor). Exemplos de comportamentos percebidos como contraproducentes foram: autoritarismo, déficit ou inadequação da comunicação, fraude, uso pessoal da internet e do facebook, uso excessivo do celular, suborno e favorecimento. Outros comportamentos como tabagismo, uso de drogas, abuso de álcool e assédio sexual não foram relatados pelos participantes. O levantamento realizado constitui em uma fonte importante de informações sobre o fenômeno investigado, explicitando especificidades na avaliação dos comportamentos considerados prejudiciais para a organização segundo a percepção de trabalhadores brasileiros.
Resumo Apresentador 3
ESTUDO COMPARATIVO DOS INDICADORES DE VALIDADE DAS RESPOSTAS NO NEO PI-R EM AMOSTRAS DE CANDIDATOS E TRABALHADORES
Kellyane Madureira Figueiredo, Elizabeth do Nascimento
Tal como em outras escalas de autorrelato, o Inventário de Personalidade NEO Revisado (NEO PI-R) dispõe de procedimento quantitativo para identificação de padrões de resposta que apontem para aquiescência, tendência a discordar e respostas aleatórias. A partir da mensuração destes padrões pode-se considerar o protocolo válido ou sinalizar a necessidade de interpretação com cautela, ou mesmo, invalidar a pontuação e respectiva interpretação formal. O presente estudo teve como objetivo estimar e comparar vieses de respostas no NEO PI-R em amostras de candidatos e trabalhadores, seguindo os critérios estabelecidos no manual. No grupo de candidatos, submetidos ao instrumento em processo seletivo para empresas (N=268), 52,2% eram do sexo feminino, com média de idade de 28 anos (DP=6,78). O grupo de trabalhadores (N=266) foi composto por 63,2% mulheres, com média de idade de 35 anos (DP=11,15). Os resultados para diferença média dos grupos fazendo uso da análise Test-t independente apontou diferença estatisticamente significativa apenas para o efeito da aquiescência, em que a amostra de trabalhadores apresentou maior tendência a anuência, ou seja, a concordar mais do que discordar com os itens,
Resumo Apresentador 4
Palavras-chave: CCTs, modelo CGF, organizações, personalidade |