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VII Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 1056-1

Oral / Poster


1056-1

RORSCHACH E PSICANÁLISE

Autores:
Thais Marques Reis1
1 UNIFESP - Departamento Psiquiatria Universidade Federal de São Paulo (RUA BORGES LAGOA 570 SÃO PAULO SP), 2 UNIFESP - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO (RUA BORGES LAGOA 570 SÃO PAULO SP)

E-mail Apresentador:

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

MESA REDONDA: RORSCHACH E PSICANÁLISE FAPESP Coordenadora: Norma Lottenberg Semer norma.lsemer@terra.com.br Resumo geral A proposta é apresentar trabalhos referentes a pesquisas na área clínica, com abordagem psicanalítica, inseridos em serviço público universitário. O primeiro trabalho, “Pensamento e seus processos em um protocolo de Rorschach e sua compreensão psicanalítica bioniana: estudo de caso de esquizofrenia” se refere a uma leitura dos protocolos de Rorschach de um homem de 35 anos, com diagnóstico de esquizofrenia à luz das teorias desenvolvidas por Bion quanto ao pensamento. As autoras observaram que na fase do inquérito emergem os deslizes no estabelecimento dos nexos, da articulação, da elaboração da linguagem a partir do pensamento e do raciocínio. O segundo trabalho, “- Estudo sobre os aspectos da ideação e da mediação do Rorschach Sistema Compreensivo após dois anos de psicoterapia” buscou identificar os efeitos terapêuticos nas esferas da Ideação e Mediação do Rorschach Sistema Compreensivo de tratamento psicanalítico pautado na mentalização e realizado por profissionais em treinamento. 68 pessoas, maioria mulheres (80.9%), média de 40 anos de idade e 11,5 anos de escolaridade foram atendidas por especializandos em Psicologia e residentes em Psiquiatria em psicoterapia psicanalítica em encontros semanais, por dois anos. As autoras mostram e discutem os resultados que evidenciam mudanças significativas no contato com a realidade bem como na esfera do pensamento. No terceiro trabalho: “Desenvolvimento das relações de objeto em um processo psicanalítico de paciente borderline com seguimento pelo Rorschach” a psicoterapeuta apresenta o desenvolvimento do vínculo terapêutico de uma paciente de 33 anos, diagnosticada com transtorno borderline de personalidade. Durante os cinco anos do processo psicoterápico, a paciente foi avaliada pelo Rorschach – sistema compreensivo. As autoras apresentam os diversos momentos de evolução do processo ao lado das respostas das pranchas II e III do Rorschach, focadas, principalmente, na escala de MOA (Mutualidade de Autonomia) e discutem o desenvolvimento das relações de objeto durante a psicoterapia.

Resumo Apresentador 1

1- Pensamento e seus processos em um protocolo de Rorschach e sua compreensão psicanalítica bioniana: estudo de caso de esquizofrenia. Thaís Cristina Marques, Ana Cristina Chaves, Latife Yazigi Departamento de Psiquiatria, Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de São Paulo Apoio: FAPESP O psicanalista Wilfred R. Bion propôs uma teoria do pensar. Acreditamos ser possível uma transposição da compreensão do pensar e do pensamento, segundo Bion, na leitura de protocolos de Rorschach, como transposição dos conceitos de elementos alfa, elementos beta, barreira de contato, posições esquizoparanoide e depressiva, atuação e identificação projetiva. O objetivo foi apreender o pensamento de um individuo adulto, com esquizofrenia visando identificar como sua forma de comunicação deixa transparecer nas entrelinhas os lapsos da lógica de seu pensamento revelando os elementos teorizados por Bion. Trata-se de um estudo de caso de um homem de 35 anos, solteiro, com ensino médio incompleto, em atendimento por 10 anos em um ambulatório para pacientes com esquizofrenia de um hospital escola público. Os instrumentos utilizados foram o Rorschach Sistema Compreensivo e a Entrevista Clínica Estruturada para o Diagnóstico do DSM-IV (SCID-I). Esse paciente, foi avaliado pela SCID-I quando fechou critérios para os diagnósticos de esquizofrenia e de episódio depressivo. O Rorschach foi aplicado na mesma semana da entrevista e posteriormente, seu protocolo foi cuidadosamente lido e então procedeu-se à apreensão dos elementos constituintes de seu pensamento. Uma análise da linguagem da produção no Rorschach é apresentada levando-se em consideração a manifestação das formas de expressão no inquérito. São principalmente nesses momentos que emergem os deslizes no estabelecimento dos nexos, da articulação, da elaboração da linguagem a partir do pensamento e do raciocínio. 2- Estudo sobre os aspectos da ideação e da mediação do Rorschac

Resumo Apresentador 2

1- Pensamento e seus processos em um protocolo de Rorschach e sua compreensão psicanalítica bioniana: estudo de caso de esquizofrenia. Thaís Cristina Marques, Ana Cristina Chaves, Latife Yazigi Departamento de Psiquiatria, Escola Paulista de Medicina Universidade Federal de São Paulo Apoio: FAPESP O psicanalista Wilfred R. Bion propôs uma teoria do pensar. Acreditamos ser possível uma transposição da compreensão do pensar e do pensamento, segundo Bion, na leitura de protocolos de Rorschach, como transposição dos conceitos de elementos alfa, elementos beta, barreira de contato, posições esquizoparanoide e depressiva, atuação e identificação projetiva. O objetivo foi apreender o pensamento de um individuo adulto, com esquizofrenia visando identificar como sua forma de comunicação deixa transparecer nas entrelinhas os lapsos da lógica de seu pensamento revelando os elementos teorizados por Bion. Trata-se de um estudo de caso de um homem de 35 anos, solteiro, com ensino médio incompleto, em atendimento por 10 anos em um ambulatório para pacientes com esquizofrenia de um hospital escola público. Os instrumentos utilizados foram o Rorschach Sistema Compreensivo e a Entrevista Clínica Estruturada para o Diagnóstico do DSM-IV (SCID-I). Esse paciente, foi avaliado pela SCID-I quando fechou critérios para os diagnósticos de esquizofrenia e de episódio depressivo. O Rorschach foi aplicado na mesma semana da entrevista e posteriormente, seu protocolo foi cuidadosamente lido e então procedeu-se à apreensão dos elementos constituintes de seu pensamento. Uma análise da linguagem da produção no Rorschach é apresentada levando-se em consideração a manifestação das formas de expressão no inquérito. São principalmente nesses momentos que emergem os deslizes no estabelecimento dos nexos, da articulação, da elaboração da linguagem a partir do pensamento e do raciocínio. 2- Estudo sobre os aspectos da ideação e da mediação do Rorschac

Resumo Apresentador 3

3- Desenvolvimento das relações de objeto em um processo psicanalítico de paciente borderline com seguimento pelo Rorschach Maria Luiza de Mattos Fiore; Norma Lottenberg Semer; Latife Yazigi. Departamento de Psiquiatria, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo FAPESP Doralice, 33 anos, era uma mulher solteira, desempregada que abandonou o curso de psicologia. Tinha uma história de várias hospitalizações psiquiátricas e foi admitida no ambulatório de psiquiatria com o diagnóstico de transtorno depressivo maior, recorrente, severo, com sintomas psicóticos no momento e durante a vida; transtorno corporal dismórfico corrente; transtorno alimentar, e bulimia no momento e durante a vida (Eixo-I); e transtorno borderline de personalidade (Eixo-II). Além do tratamento psiquiátrico, ela fez uma psicoterapia psicanalítica de acordo com o tratamento baseado na mentalização, duas vezes por semana, por cinco anos. O Rorschach-sistema compreensivo foi administrado na admissão e também durante os cinco anos de seguimento. Neste trabalho, o psicoterapeuta apresenta o desenvolvimento do vínculo terapêutico, pontuado por repetições, impasses e uma constante oscilação entre re-existir e de-existir. A paciente se comunicava por meio de atuações e, portanto, muitas vezes ocorreram situações de enactment. Porém, foi possível ajudá-la a construir uma melhor integração do self. Durante o processo psicoterápico, Doralice foi avaliada pelo Rorschach – sistema compreensivo, totalizando seis protocolos. No presente artigo, foram apresentadas as respostas das pranchas II e III focadas, principalmente, na escala de MOA (Mutualidade de Autonomia). As autoras discutem o desenvolvimento de objetos internos bons durante o processo psicoterapêutico, com um momento de virada no terceiro ano de tratamento que foi manifestado no Rorschach. Nas primeiras avaliações predominaram conteúdos destrutivos e nas posteriores, surge um modelo de relacionamento mais adequado, com capacidade de perceber outras pessoas com identidade própria, maior autonomia e um início da condição de desenvolver empatia.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 RORSCHACH, PSICANÁLISE, PSICOTERAPIA, SEGUIMENTO, PENSAMENTO