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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 34-1

Oral (Tema Livre)


34-1

INVESTIGANDO AS RELAÇÕES ENTRE TRAÇOS NARCICISTAS E PERFIL DO FACEBOOK

Autores:
POSSENTI, C.3, Lucas Carvalho3
3 USF - Universidade São Francisco

Resumo:
Resumo Geral

Considerando os estudos sobre o comportamento nas redes sociais (SNS), há uma maior quantidade sobre traços de personalidade saudáveis. Porém, estudos têm revelado que o Facebook é importante via de acesso para mensurar traços psicopatológicos. É possível acessar informações denominadas como informações observáveis (OIs), aquelas que estão presentes no perfil do usuário. Este estudo teve como objetivo investigar a relação entre os traços patológicos da personalidade narcisista e histriônicos e as OIs do Facebook. Participaram do estudo 203 sujeitos, sendo 132 mulheres. As idades variaram entre 18 e 65 anos (M= 29,19; DP=8,89). Foram aplicados o Inventário Dimensional Clínico da Personalidade versão triagem (IDCP-triagem), as dimensões Necessidade de Atenção (relacionada ao funcionamento histriônico) e Grandiosidade (referente a traços narcisistas) do Inventário de Personalidade Clínica Dimensional 2 (IDCP-2) e o questionário relacionado a comportamentos do Facebook, incluindo número de amigos, fotos, entre outros. A amostra foi separada em dois grupos, de acordo com o ponto de corte do IDCP-triagem (grupo positivo e negativo). Os resultados demonstraram que no grupo negativo (ie. saudável) houve mais correlações estatisticamente significativas, sendo que a dimensão Necessidade de atenção foi que a apresentou o maior número de correlações com as variáveis do Facebook, como número total de amigos, grupos, entre outros. A variável do Facebook que apresentou mais correlações com as medidas de personalidade foi número total de curtidas em páginas. Por sua vez, no grupo positivo do IDCP-triagem (ie. patológico) apenas a variável horas gastas no Facebook por dia que apresentou correlações estatisticamente significativas com as medidas de personalidade. Concluiu-se que o grupo saudável mostrou mais atividade no Facebook (apesar de ter baixas pontuações nas medidas de personalidade), enquanto o grupo patológico demonstrou padrão de adição de uso, com correlações significativas na variável tempo gasto no Facebook e menor atividade na rede social.

Palavras-chave:
 personalidade, avaliação psicológica, redes sociais


Agência de fomento:
CAPES