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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 35-2

Mesa-Redonda


35-2

Algumas possibilidades de instrumentos de medida para utilização no contexto escolar

Autores:
ARAÚJO, A. D.S.2, Ferraz, A. S.2, Lima, T. H.1, Santos, A. A. A.2, Rueda, F. J. M2
1 UFBA - Universidade Federal da Bahia, 2 USF - Universidade São Francisco

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

Algumas possibilidades de instrumentos de medida para utilização no contexto escolar Ana Deyvis Santos Araújo Jesuíno, Adriana Satico Ferraz, Thatiana Helena de Lima, Acácia Aparecida Angeli dos Santos, Fabián Javier Marín Rueda Universidade Federal da Bahia Universidade São Francisco A avaliação psicológica no contexto escolar/educacional é um processo que auxilia no diagnóstico, intervenção e prevenção do desenvolvimento e da aprendizagem. Diante disso, alguns instrumentos podem ser utilizados com essa intenção. Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar pesquisas que utilizaram como instrumento de medida os seguintes testes, Bender-SPG e Cloze e Tarefas de Consciência Morfológica (TCM). O Bender-SPG é uma medida de habilidade visomotora que tem relação com diferentes medidas de inteligência, atenção, asism como com habilidades linguísticas, por exemplo, a compreensão de leitura, avaliada pelo Cloze e a consciência morfológica, medida pelo TCM. Com isso, trabalhos com medidas dessas duas habilidades linguísticas também serão apresentados aqui. Nesse sentido, espera-se ampliar o conhecimento dos profissionais da área a respeito da utilização desses instrumentos no referido contexto.

Resumo Apresentador 1

O Bender-Sistema de Pontuação Gradual na avaliação de pessoas com deficiência intelectual Ana Deyvis Santos Araújo Jesuíno Fabián Javier Marín Rueda Universidade São Francisco O Bender-Sistema de Pontuação Gradual (B-SPG) é um dos principais sistemas de avaliação visomotora utilizados no Brasil. Tal habilidade é essencial no desenvolvimento de indivíduos, visto que está associada a aspectos como percepção visual, capacidade motora, linguagem, memória, conceitos temporais e espaciais, e a aspectos como capacidade de organização e representação. Entretanto, estudos com amostras com desenvolvimento atípico são escassos. Este estudo verificou o funcionamento dos itens do B-SPG em uma amostra com desenvolvimento típico (Grupo A; n = 198; idades entre sete a 10 anos; aplicação coletiva) e com pessoas com diferentes diagnósticos de deficiência intelectual (Grupo B; n = 203; idades entre 11 e 30 anos; aplicação individual) respeitando-se todos os aspectos éticos. Os resultados indicaram três figuras com funcionamento diferencial. A Figura 6 favoreceu o grupo A, e as figuras 1 e 2 favoreceram o B. A curva de informação do teste indicou baixa precisão nas pontuações extremas. Discute-se a realização de mais estudos, visando uma melhor compreensão do funcionamento do B-SPG em diferentes amostras, de modo a testar o quanto os achados se generalizam a outras amostras.

Resumo Apresentador 2

Relações entre a consciência morfológica e a compreensão de leitura em alunos do fundamental I Adriana Satico Ferraz Acácia Aparecida Angeli dos Santos Universidade São Francisco A consciência morfológica alude às menores unidades detentoras de sentido que constituem as palavras. Já, a compreensão de leitura caracteriza-se pela atribuição de sentido e a elaboração de inferências do conteúdo lido. Mediante o exposto, objetivou-se a comparação da consciência morfológica derivacional e flexional nos grupos de desempenho em compreensão de leitura; a verificação das correlações existentes entre a consciência morfológica e a compreensão de leitura; averiguar a capacidade preditiva da morfologia derivacional e flexional para o desempenho em compreensão de leitura; apurar as possíveis diferenças em face das variáveis sexo e ano escolar. Participaram 70 alunos de uma escola pública do fundamental I (2° ao 5° anos), com idades entre sete e onze anos. Aplicaram-se as Tarefas de Consciência Morfológica e dois testes de Cloze. Os resultados indicaram que os alunos do G1 (pior desempenho) apresentaram as menores médias nas TCM, ao passo que, os do G3 (melhor desempenho) obtiveram as maiores médias. A prova r de Pearson constatou correlações significativas, positivas e de magnitude moderada entre o Cloze Total e a TCM derivacional r = 0,51 e flexional r = 0,68 (p < 0,01). A Análise de Regressão atribuiu 47% da variância do desempenho no Cloze Total para a TCM flexional (F [2, 62] = 27,705; t = 5; p < 0,01). A Análise de Variância ANOVA identificou diferenças significativas para a TCM flexional e o Cloze Total. A prova post hoc de Tukey indicou que os alunos do 5° ano apresentaram as maiores médias na TCM flexional e Cloze Total. A maioria dos resultados encontrados é congruente com pesquisas anteriores que investigaram ambas as habilidades. Conjectura-se a continuidade de estudos que objetivem examinar as relações existentes entre os construtos aqui avaliados, com a ampliação da amostra e inclusão de outras habilidades linguísticas e metalinguísticas ligadas à alfabetização.

Resumo Apresentador 3

O teste de Cloze para alunos do ensino fundamental II Thatiana Helena de Lima Universidade Federal da Bahia Acácia Aparecida Angeli dos Santos Universidade São Francisco O presente trabalho teve por objetivo adaptar novos textos com a técnica de Cloze para alunos do ensino fundamental II, bem como estudar as propriedades psicométricas dos mesmos. Participaram 593 estudantes de três escolas municipais do interior do estado de São Paulo, sendo 295 meninos e 298 meninas, com idades entres 11 e 15 anos (M=12,87; DP=1,190), do 6º ao 9º anos escolares. Para tanto, responderam ao texto em Cloze Coisas da natureza e dez textos novos adaptados, na forma tradicional e modificada. As aplicações ocorreram de forma coletiva, em escolas autorizadas e em horários cedidos pelos professores em sala de aula. Como resultados, observou-se que nos textos modificados a média foi maior que a dos mesmos textos na forma tradicional. Houve correlação positiva e significativa com magnitudes moderadas e fortes entre os textos novos e o texto base (Coisas da natureza). Para os anos escolares, houve diferenças significativas para a maioria dos textos, mas apenas foram separados em apenas dois grupos. Assim, a análise foi realizada por escola e foi encontrado que apenas a escola que respondeu aos textos modificados separou em três grupos o único tradicional que responderam. Quanto às diferenças entre os sexos, foi encontrada em apenas dois textos. Acredita-se que novos estudos devem ser realizados a fim de detectar quais textos efetivamente avaliam a compreensão de leitura e, com relação aos modificados, prepara-los com outras modificações para utilizá-los como medida de intervenção.

Resumo Apresentador 4



Palavras-chave:
 maturidade perceptomotora, compreensão de leitura, consciência morfológica, avaliação educacional


Agência de fomento:
CAPES, CNPq