Mesa-Redonda
128-2 | Avaliações Psicológicas em múltiplos contextos | Autores: | MEREGALLI, D.1, Irigaray, T.Q.1, GONZATTI, V. 1, Chardosim, N.M.O. 1
1 PUCRS - PUCRS, 2 ATENA - ATENA - Avaliações Psicológicas e Psicoterapia |
Resumo: Resumo Geral da Mesa
Avaliações Psicológicas em múltiplos contextos
Autores: Daiana Meregalli Schütz 1, , Tatiana Quarti Irigaray 2, Valéria Gonzatti 3, Neusa M.O. Chardosim 4.
Instituição: Atena - Avaliações Psicológicas e Psicoterapia - Av. Cristóvão Colombo, 2168 Sala 301 - Porto Alegre - RS
PUCRS - Av. Ipiranga, 6681 - Partenon, Porto Alegre - RS
Resumo geral:
Como psicólogas atuantes na área de avaliação psicológica vimos a necessidade de discutir sobre a avaliação psicológica em alguns contextos em que encontram-se lacunas que dificultam o trabalho diário dos profissionais da Psicologia. Assim, essa mesa tem como objetivo discutir as temáticas relacionadas às avaliações psicológicas do exercício profissional em áreas como psicologia jurídica, concursos públicos, idosos e manuseio de arma de fogo.
Resumo Apresentador 1
Resumo Apresentador Daiana Meregalli Schütz
Avaliação Psicológica no Contexto Jurídico
No contexto jurídico a avaliação psicológica dará uma resposta ao que foi questionado, podendo resultar em benefícios ou prejuízos às partes. Por isso, é imprescindível que o psicólogo que se proponha a atuar nesta área esteja capacitado tendo conhecimento, habilidade e técnica para a realização de uma perícia psicológica. É importante termos uma familiarização com a terminologia jurídica para entendermos o que nos foi solicitado pelo Juiz ou o Ministério Público. A avaliação (coleta de dados, exame e apresentação dos resultados) deve ser realizada com o objetivo de responder às perguntas judiciais, encaminhadas pelo Juiz, advogado ou Ministério Público. A perícia psicológica tem como objetivo auxiliar a decisão judicial e com isso, lidamos com a resistência dos periciados. Precisamos esclarecer e estabelecer os limites de sigilo, tomando cuidado com possíveis distorções do avaliado. Devemos atentar para o tempo reduzido de contato com o periciado e para a visão que o periciado tem de que o Psicólogo faz parte do sistema judiciário. O Psicólogo Judicial deve ter um papel mais ativo, mais entrevistador, diferente do exercido no contexto clínico. Muitas das dificuldades encontradas está na diferenciação entre perícia psicológica e avaliação psicológica voltada para o âmbito clínico, onde devemos observar as peculiaridades de cada contexto seja ela clínico ou jurídico para que seja realizada uma boa avaliação psicológica.
Resumo Apresentador 2
Resumo Apresentador Tatiana Quarti Irigaray
Avaliação Psicológica de Idosos
Na atualidade, é cada vez mais comum, que psicólogos recebam pacientes idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, para avaliação psicológica. O envelhecimento é decorrente do aumento da expectativa de vida e queda de fecundidade, que resultam em uma grande quantidade de idosos e uma significativa redução de crianças e jovens na população brasileira. Assim, as demandas por avaliação psicológica de idosos são frequentes e decorrem da necessidade de contribuição para diagnósticos diferenciais, na prescrição de tratamento psicoterapêutico e farmacológico, orientação a pacientes, familiares e cuidadores e em processos de interdição jurídica, principalmente, quando há dúvidas da existência de provável quadro demencial. Com o surgimento dessa nova demanda, é necessário que o processo de avaliação psicológica de idosos esteja de acordo com as particularidades das pessoas desta faixa etária. Este trabalho tem por objetivo abordar as principais características do processo de avaliação psicológica de idosos. Além disso, busca enfatizar que os mesmos procedimentos usados com outras faixas, não devem ser estendidos para idosos. O psicólogo deve estar habilitado e capacitado para esse tipo de avaliação. Bem como, deve estar atento a questões específicas desta faixa etária a fim de buscar técnicas e testes adequados a essa população.
Resumo Apresentador 3
Resumo Apresentador Valéria Gonzatti
Avaliação Neuropsicológica
O número de especialistas em Neuropsicologia vem crescendo muito no Brasil e esta é uma área que não é exclusiva do psicólogo, mas está integrada ao desenvolvimento das neurociências. Portanto, a qualificação técnica dos Psicólogos Especialistas em Neuropsicologia exige um direcionamento baseado em princípios éticos e no desenvolvimento de estratégias de trabalho atualizadas constantemente, de acordo com a evolução científica. A Resolução 02/2004 que reconhece a Neuropsicologia como especialidade em Psicologia foi criada com o intuito de estabelecer diretrizes para o desempenho da profissão. Segundo essa resolução o Especialista em Neuropsicologia atua no diagnóstico, no acompanhamento, no tratamento e na pesquisa da cognição, das emoções, da personalidade e do comportamento sob o enfoque da relação entre estes aspectos e o funcionamento cerebral. Utiliza-se para isso, de conhecimentos teóricos angariados pelas neurociências e pela prática clínica, com metodologia estabelecida experimental ou clinicamente. Utiliza instrumentos especificamente padronizados para avaliação das funções neuropsicológicas envolvendo principalmente habilidades de atenção, percepção, linguagem, raciocínio, abstração, memória, aprendizagem, habilidades acadêmicas, processamento da informação, visuoconstrução, afeto, funções motoras e executivas. Na emissão de laudos devemos ter cuidado de seguir a Resolução 007/2003 de elaboração de documentos, porém com algumas particularidades pertinentes à área da neuropsicologia, que se utiliza de tarefas complementares como parte da avaliação de algumas funções cognitivas, pois, até o momento não possuímos instrumentos padronizados aprovados pelo SATEPSI.
Resumo Apresentador 4
Resumo Apresentador Neusa M.O. Chardosim
Avaliação Psicológica para o Manuseio de Arma de Fogo
Este trabalho tem como objetivo discutir sobre avaliação psicológica de acordo com a Resolução CFP 010/2009 que dispõe sobre a atuação do psicólogo na avaliação psicológica para concessão de registro e/ou porte de arma de fogo e a Instrução Normativa nº 78/2014-DG/DPF de 10 de fevereiro de 2014, que estabelece procedimentos para comprovação da aptidão psicológica para o manuseio de arma de fogo e a atuação do psicólogo. No contexto da avaliação psicológica nesta área, o psicólogo deve avaliar as condições psicológicas do candidato seguindo critérios do perfil sugerido como importantes para o manuseio da arma de fogo. A bateria de testes a ser utilizada para a avaliação das habilidades recomendadas e as características de personalidade imprescindíveis, necessárias, bem como, as restritivas para o manuseio de arma de fogo estão elencadas na instrução normativa. A busca de diretrizes para este tipo de avaliação é proposto pela Polícia Federal, juntamente com o CFP para que haja uma maior definição dos instrumentos aplicados. como também, para que esta avaliação seja mais equânime. Atualmente existe uma preocupação da classe de psicólogos que estão habilitados nessa área, elencando aspectos como a valorização e qualidade dos serviços prestados nas avaliações do manuseio de arma de fogo.
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, Psicologia Jurídica, Manuseio de Arma de Fogo, Avaliação Neuropsicológica, Avaliação Psicológica de Idosos |