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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 158-2

Oral (Tema Livre)


158-2

Estilos parentais de risco e problemas comportamentais infanto-juvenis: casos avaliados em um serviço-escola

Autores:
NUNES, G.1, Euclides Mendonça Filho1, Denise Bandeira1
1 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Resumo:
Resumo Geral

O Inventário de Estilos Parentais (IEP) é um instrumento que avalia, através de 42 itens, a presença de práticas relacionadas ao desenvolvimento de comportamentos anti-sociais (abuso físico, punição inconsistente, disciplina relaxada, monitoria negativa e negligência), ou favoráveis ao desenvolvimento de comportamentos pró-sociais (monitoria positiva e comportamento moral). Esse instrumento avalia se o estilo parental dos genitores é de risco; regular, mas abaixo da média; regular, mas acima da média e ótimo. Por isto, vem sendo utilizado na investigação de problemas no comportamento infanto-juvenil. O objetivo deste estudo é analisar os resultados do IEP e relacioná-los com os diagnósticos formais e conclusões diagnósticas nos casos avaliados no Centro de Avaliação Psicológica da UFRGS (CAP-UFRGS). Foi realizado um estudo retrospectivo, de caráter quantitativo, de 18 pacientes do CAP entre 2014 e 2016 (13,85% dos casos atendidos nesse período). Análises de freqüências de queixas; diagnósticos formais e/ou conclusões fornecidas pela avaliação; e dos estilos parentais avaliados pelo IEP foram realizadas. O grupo foi composto por 10 meninos e 8 meninas, com idade média de 10,50 anos (DP=2,47). As queixas mais frequentes foram: dificuldades de aprendizagem (88,89%), hiperatividade/agitação (38,89%) e desatenção (33,33%). Dos 18 pacientes incluídos no estudo, 66,67% apresentaram conclusões diagnósticas de sintomas relacionados a dificuldades de aprendizagem, seguidos por 61,11% com problemas no ambiente familiar e 33,33% com sintomas de ansiedade, resultados advindos do processo de psicodiagnóstico. Dos pais dos pacientes, 55,56% das mães e 61,11% dos pais apresentaram um estilo parental de risco, enquanto 33,33% das mães e 16,67% dos pais apresentaram um estilo parental regular, mas abaixo da média. Os estilos parentais de risco, tanto maternos quanto paternos, estão presentes na maioria dos casos nos quais o paciente apresentou comportamentos disfuncionais. A alta prevalência de problemas no ambiente familiar corrobora com a premissa de que estilos parentais de risco prejudicam o desempenho da criança em diversas áreas do desenvolvimento. Outros estudos com análises de caráter inferencial serão realizadas para determinar a força e tipo de associação entre as variáveis investigadas.

Palavras-chave:
 Estilos parentais, Psicodiagnóstico, Infância, Adolescência


Agência de fomento:
CAPES