Poster (Painel)
199-1 | Mapeamento dos encaminhamentos para psicodiagnóstico de crianças e adolescentes em um hospital geral do SUS | Autores: | Dall'Agnol, L. F.1, Narvaez, J. C. M.1 1 HCPA - Hospital de Clínicas de Porto Alegre |
Resumo: Resumo Geral
Introdução: Psicodiagnóstico pode ser relevante auxiliando profissionais na compreensão ampliada do paciente e no encaminhamento terapêutico, considerando a elaboração de planos individualizados de crianças e adolescentes no contexto de um hospital geral.
Objetivo: Mapear encaminhamentos para psicodiagnóstico de crianças e adolescentes em um hospital geral do SUS.
Método: Transversal com base em banco de dados que compila informações oriundas das solicitações de exames psicodiagnósticos recebidas e realizadas pelo serviço de psicologia do HCPA no período de 02/2015 a 10/2016.
Resultados: Constatou-se 259 encaminhamentos de psicodiagnóstico, até a presente data foram atendidos 87 e 36 foram desligados (50% por absenteísmo na 1ª consulta/2 faltas consecutivas injustificadas; 11% desinteresse/morar longe; 11% dificuldade de contato; 28% outros motivos). Dos 87 encaminhamentos atendidos: 68% eram meninos e 32%meninas. A idade dos pacientes encaminhados se distribui: 1% abaixo de 6 anos; 17% entre 6-7anos; 45% entre 8-10anos; 25% entre 11-13anos; 12%acima de 14anos. Encaminhamentos foram provenientes dos serviços médicos: 58%-neuropediatria; 13%-psiquiatria; 16%-pediatria; 5%-genética; 4%-neurologia e 4%-outras especialidades. Quanto a demanda: 75%se deram para investigar a cognição, destes, 18%por suspeita de retardo mental e 32%associou cognição a investigação de questões comportamentais; 15% para esclarecimento diagnóstico, destes 23%para diagnóstico diferencial; 4%para investigações apenas de comportamento e 8%não continham descrição de demanda. 39% encaminhamentos elucidavam hipótese diagnóstica formulada pelo médico, configurando 13%epilepsia e 10%TDAH.
Conclusão: Em sua maioria, os encaminhamentos realizados psicodiagnóstico em um hospital geral de alta complexidade do SUS se dão para averiguar o déficit cognitivo clinicamente observável. Apesar da demanda concentrada na cognição, paralelamente são investigadas questões psico-afetivas, visando estabelecer uma dinâmica integrada. Muitos encaminhamentos carecem da hipótese diagnóstica médica, prejudicando a elucidação imediata da demanda e a inserção do psicodiagnóstico no plano de tratamento. O presente levantamento aponta concentração de encaminhamentos da neuropediatria, meninos, dos 8 aos 10 anos, para investigação de aspectos cognitivos.
Palavras-chave: Psicodiagnóstico, Infância e Adolescência, Hospital geral |