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8º Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica
Resumo: 206-1

Mesa-Redonda


206-1

IDOSOS, PERSONALIDADE E SINTOMAS DE DEPRESSÃO: QUAIS AS CONTRIBUIÇÕES DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA?

Autores:
Scortegagna, S.A.1, Argimon, I.I.L2, Villemor-Amaral, A.E.3, Baptista, M.N.3
1 UPF - Universidade de Passo Fundo, 2 PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul , 3 USF - Universidade São Francisco

Resumo:
Resumo Geral da Mesa

As avaliações dos recursos psicológicos de idosos, em contextos de normalidade ou de patologia, demandam tanto uma compreensão dos aspectos implícitos desta etapa do desenvolvimento, quanto a escolha de instrumentos apropriados. Com o objetivo de discutir estas questões esta mesa apresenta três trabalhos. O primeiro estudo traz reflexões sobre a existência ou não de mudanças na personalidade em idosos; o segundo, aborda as contribuições do uso das técnicas de manchas de tinta na avaliação dos longevos; o terceiro, exibe especificidades do teste de Zulliger-SC com idosos, e o quarto estudo expõe dados de construção e psicométricos de duas escalas que avaliam sintomas depressivos, assim como suas principais características e utilidades no cenário nacional.

Resumo Apresentador 1

Personalidade em idosos: mudanças são possíveis? Irani I. de Lima Argimon - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUCRS O aumento da expectativa de vida e a longevidade têm trazido um grande desafio para aqueles que trabalham com a saúde mental. Os mais recorrentes questionamentos sobre o tema tem sido o desenvolvimento da personalidade ao longo das etapas do ciclo vital e o impacto das características de personalidade no envelhecimento. Na literatura vem se constatando uma relação entre a personalidade, saúde e longevidade. Sabe-se de que a personalidade abarca um conjunto duradouro de características que influenciam os pensamentos, sentimentos e padrões de comportamentos que diferem de um indivíduo para outro e tendem a serem relativamente estáveis ao longo do tempo. Assim, a personalidade do idoso é considerada uma consequência das vivências por ele experimentadas ao longo de sua trajetória de vida. Essa proposta tem por objetivo refletir sobre a uma frequente pergunta: existem mudanças na personalidade em idosos? Com isso poder explorar a importância da avaliação da personalidade no envelhecimento para uma melhor qualidade de vida nessa etapa do ciclo vital.

Resumo Apresentador 2

Técnicas expressivas verbais na avaliação da personalidade de adultos mais velhos Anna Elisa Villemor-Amaral - Universidade São Francisco – Campinas/SP Silvana Alba Scortegagna - Universidade de Passo Fundo-RS A personalidade é um dos quatro fatores mais importantes que contribui para o alcance da longevidade, ao lado da genética, das condições de funcionalidade e de fatores biológicos. Entre os instrumentos psicológicos que avaliam a estrutura e a dinâmica da personalidade, destacam-se as técnicas expressivas verbais. Descrever uma mancha de tinta possibilita respostas sob uma orientação externa minima, o que contribui para que os idosos expressem questões que, muitas vezes, seriam difíceis de verbalizar na entrevista. Idosos vulneráveis, fragilizados, doentes, que se encontram sobrecarregados pelas vivências de um ambiente institucionalizado ou que sofrem de inibição devido ao um evento traumático, podem melhor expor suas preocupações e necessidades de modo indireto, por meio do deslocamento projeção ou outros mecanismos psíquicos. Portanto, o objetivo deste trabalho é apresentar as contribuições do uso das técnicas de manchas de tinta na avaliação de idosos. Desse modo, os profissionais poderão encontrar subsídios para melhor responder às demandas de avaliações com essa parcela da população emergente.

Resumo Apresentador 3

O Zulliger-SC na avaliação de idosos Silvana Alba Scortegagna - Universidade de Passo Fundo-RS A longevidade é um fenômeno que emerge de conquistas científicas e tecnológicas de forma acelerada, que se impõe à sociedade contemporânea como um triunfo não isento de implicações sociais, econômicas e de saúde. A condição humana outorgada pela velhice pode confrontar o idoso com o declínio da saúde, as dificuldades de investimentos afetivos que, muitas vezes, são motivadas por perdas importantes como o falecimento do parceiro, dos amigos e de parentes, da condição de ocupar papéis sociais valorizados, do status socioeconômico, o que exige intenso ajuste mental. Para avaliar a ocorrência e os efeitos dessas alterações é necessário dispor de instrumentos sensíveis, de rápida aplicação, como por exemplo, o teste de Zulliger no Sistema Compreensivo (ZSC). Pesquisas com esta técnica projetiva com idosos são, ainda, incipientes. Desse modo, este estudo pretende trazer contribuições do uso do ZSC com idosos e auxiliar em uma compreensão mais profunda do funcionamento psicodinâmico desta parcela da população.

Resumo Apresentador 4

Escalas de sintomas depressivos e de razões para viver em Idosos Makilim Nunes Baptista, Universidade São Francisco – Campinas/SP A depressão pode ser considerada uma doença que afeta diversas áreas da vida de quem sofre desse mal, além de, muitas vezes, vir associada à sintomas que podem aumentar as chances de ideação e tentativas de suicídio. Sabe-se que o suicídio em idosos é um problema bastante grave e as estatísticas mostram que nessa faixa etária há um número importante de mortes por esta causa. Nesse sentido, escalas que auxiliam no rastreamento de sintomatologia clinicamente significativa da depressão, bem como avaliam ideação são importantes ferramentas para os profissionais de saúde. As escalas que avaliam depressão podem ser bastante diferentes entre si, como por exemplo, na quantidade de itens que avaliam sintomas cognitivos, afetivos, somáticos/vegetativos e sociais, número de itens, formato de resposta e normatização. O objetivo proposto nesta apresentação é o de apresentar a Escala Baptista de Depressão versão Idosos (EBADEP-ID) e a Escala de Motivos para Viver (EMVIVER), baseada na Psicologia Positiva, que avalia as razões que as pessoas possuem para se manterem vivas. Serão apresentados dados de construção e psicométricos das duas escalas assim como suas principais características e utilidades no cenário nacional. A possibilidade de se ter opções de escalas no rastreamento de sintomatologia depressiva desenvolvidas no Brasil, bem como as razões para viver pode auxiliar o clínico e o pesquisador a compreender melhor esse fenômenos.

Palavras-chave:
 Escalas, Personalidade, Técnicas Projetivas