Poster (Painel)
223-1 | Efeito de intervenções em funções executivas em crianças com distúrbios de aprendizagem.
| Autores: | ZAMBELLI, B.1, KAISER, V1, GURGEL, L. G.1, MACHADO, F. A.1, REPPOLD, C. T.1 1 UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre |
Resumo: Resumo Geral
Introdução: As funções executivas (FE) envolvem controle inibitório, flexibilidade cognitiva e memória de trabalho, fundamentais para a regulação das habilidades intelectuais. Assim, distúrbios de aprendizagem podem estar relacionados ao baixo desempenho nas FE e a avaliação destes construtos possibilita intervenções específicas.
Objetivo: Verificar sistematicamente, na literatura, as estratégias de intervenção em funções executivas para sujeitos com transtornos de aprendizagem.
Método: Foram pesquisadas as seguintes bases de dados eletrônicas (do início até outubro de 2016): PubMed, Scopus e Biblioteca Cochrane. Os termos de busca utilizados foram Executive Function, Intervention Studies, Child, e Learning Disorders. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados dos últimos dez anos, nos quais houvesse intervenção em funções executivas em sujeitos com distúrbio de aprendizagem. Inicialmente, os títulos e resumos de todos os artigos foram avaliados por três investigadores. Após, procedeu-se com a leitura do texto integral.
Resultados: No total, 127 artigos foram identificados em todas as bases de dados pesquisadas. Destes, 7 estudos foram incluídos, publicados em inglês. As amostras dos estudos incluídos, na maior parte (71,4%), são compostas por crianças. O restante (28,6%) é composto por amostras mistas de crianças e adolescentes. Instrumentos distintos foram usados para avaliação da aprendizagem e funções executivas, como “Tower of London” e “Behavior Rating Inventory of Executive Function (BRIEF)” (utilizados em mais de um estudo). As intervenções utilizadas foram variadas, relacionadas com atuação dos professores, intervenções computadorizadas com a supervisão dos pais, treinamentos de inibição cognitiva, memória e atenção, além de treinamentos de habilidades motoras com as FE. Como resultado final, foi percebida melhora no pós-teste, após a intervenção em FE, na maioria dos estudos.
Conclusão: Os resultados indicaram que, embora os estudos avaliando a efetividade das intervenções cognitivas sejam escassos, a maioria das técnicas propostas foram bem-sucedidas. As intervenções mais efetivas serão apresentadas e discutidas no trabalho completo.
Palavras-chave: Neuropsicologia, Criança, Distúrbio de aprendizagem
Agência de fomento: CNPq e Capes |