Poster (Painel)
280-3 | Adaptação e busca de evidências de validade e fidedignidade de uma escala de compaixão | Autores: | EDUARDA1, Caroline de Oliveira Bertolino1, Cecilia Cesa Schiavon1, Sergio Kakuta Kato1, Carolina Baptista Menezes 2, Caroline Tozzi Reppold1 1 UFCSPA - Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, 2 UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina |
Resumo: Resumo Geral
Introdução: A compaixão é definida como uma sensibilidade para identificar o sofrimento nos outros, seguida por um desejo de aliviá-lo, e tem sido estudada há anos como uma variável promotora de saúde e bem-estar. Assim, é crescente o interesse da Psicologia na elaboração e busca de evidências de validade de instrumentos que mensurem esse construto. Um dos instrumentos disponíveis é a Santa Clara Brief Compassion Scale, composta por cinco afirmações em escala Likert de 1 a 7 e largamente utilizada por sua praticidade de uso.
Objetivos: Adaptar e buscar evidências de validade e fidedignidade da referida escala.
Método: A amostra foi composta por 438 pessoas. A idade média dos participantes foi de 29,49 anos (DP=11,35) e o instrumento foi auto-administrado através da plataforma Surveymonkey. O estudo contou com o assentimento do autor original do instrumento para sua realização e os itens foram adaptados por especialistas na área e submetidos à avaliação da população alvo. Para avaliação de fidedignidade e de validade baseada em estrutura interna, os dados foram submetidos à análise de Alfa de Crombach e análise fatorial exploratória, respectivamente.
Resultados: As análises estatísticas revelaram que a escala apresenta índice adequado de consistência interna (alfa = 0,848) e a análise fatorial resultou em uma solução unifatorial, como ocorre no instrumento original. A variância explicada da escala foi 62,67 e os escores variaram, de forma significativa, de acordo com a idade, sexo e religião dos participantes, sendo que idosos, mulheres e budistas apresentaram escores mais elevados do que os outros grupos analisados.
Conclusão: Os resultados indicam que o instrumento adaptado apresenta evidências de validade baseada em conteúdo, em estrutura interna e em critério externo, o que é coerente com a literatura sobre o construto. Novos estudos são sugeridos ampliando as evidências de validade da escala e estabelecendo normas para sua utilização clínica.
Palavras-chave: avaliação psicológica, compaixão, validação
Agência de fomento: CNPq e FAPERGS |