Mesa-Redonda
282-1 | AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA AO LONGO DO CICLO VITAL: DESAFIOS E POSSIBILIDADES | Autores: | MARTINS, S.1, Mônia da Silva 2, Denise Yates2, Juliane Borsa3, Sérgio de Oliveira4
1 UFTM - Universidade Federal do Triângulo Mineiro, 2 UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 3 PUC-RJ - Universidade Católica do Rio de Janeiro , 4 UNB - Universidade de Brasília |
Resumo: Resumo Geral da Mesa
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA AO LONGO DO CICLO VITAL: DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Coordenadora:
Sabrina Martins Barroso – Doutora em Saúde Pública (UFMG) e Professora Adjunta da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Denise Balem Yates – Doutora em Psicologia (UFRGS) e Psicóloga do Centro de Avaliação Psicológica (CAP/UFRGS),
Juliane Callegaro Borsa – Doutora em Psicologia (UFRGS) e Professora Adjunta da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Mônia Aparecida da Silva – Doutoranda em Psicologia (UFRGS), Sérgio Eduardo Silva de Oliveira – Doutor em Psicologia (UFRGS), Professor Adjunto da Universidade de Brasília (UnB)
Resumo:
A avaliação psicológica é uma prática que pode contribuir para a identificação de potencialidades e dificuldades em diferentes etapas da vida. Ao pensar nas práticas de avaliação é necessário que seja considerada a influência das fases do ciclo da vida no planejamento do processo e definição das baterias de testagem e fontes de informação. Considerando a relevância dessa temática na formação de profissionais de Psicologia e seus impactos sobre a qualidade da avaliação psicológica prestada, a presente mesa redonda se propõe a discutir características, particularidades, possibilidades e limites das práticas de avaliação em diferentes fases da vida. Em especial se pretende problematizar, aspectos relacionados a realização de processos de avaliação psicológica durante as etapas de vida da infância, adultez e senescência.
Palavras-Chave: Avaliação Psicológica; Crianças; Adultos; Idosos; Ciclo Vital
Resumo Apresentador 1
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE PRÉ-ESCOLARES: LIMITES E POSSIBILIDADES FUTURAS
Mônia Aparecida da Silva
(Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Denise Balem Yates
(Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Resumo:
O desenvolvimento infantil, bem como seus fatores de risco e proteção, tem sido cada vez mais considerado na literatura científica e no planejamento de políticas públicas. Em especial, a idade pré-escolar é reconhecida como um período de amplas mudanças, quando a capacidade de plasticidade cerebral potencializa a aquisição de habilidades de desenvolvimento e o aprendizado e, também, permite a rápida recuperação de ameaças ao desenvolvimento quando a criança recebe as intervenções precocemente. Assim, o encaminhamento de crianças pré-escolares (0 a 5 anos) para o psicodiagnóstico, bem como a busca espontânea pelos familiares, vem aumentando ao longo dos últimos anos. O psicodiagnóstico permite identificar não só a existência ou não de um diagnóstico específico, mas principalmente as potencialidades e dificuldades da criança, auxiliando no direcionamento das intervenções. O presente trabalho tem por objetivo discutir as especificidades do psicodiagnóstico com crianças pré-escolares, abordando os desafios dessa prática e os esforços de clínicos e pesquisadores para o avanço da área. Dentre os desafios, serão abordados a carência de conhecimentos básicos pelos psicólogos e de instrumentos disponíveis para a faixa etária e as dificuldades no atendimento das crianças pequenas. Em relação aos conhecimentos, será problematizada a necessidade de mais estudos em áreas como a psicologia do desenvolvimento e psicopatologia infantil. Quanto aos instrumentos psicológicos, será apresentada uma revisão dos poucos testes disponíveis no SATEPSI para a avaliação de crianças de até cinco anos. Referente às habilidades das crianças pequenas, serão destacados alguns aspectos do desenvolvimento, como a linguagem e o desenvolvimento socioemocional, que podem desafiar a prática do psicólogo e exigir um conhecimento teórico muito aprofundado. Como possibilidades futuras, serão destacados alguns grupos de pesquisa do Brasil que atuam com crianças, bem como os esforços na construção de instrumentos de avaliação de pré-escolares.
Palavras-Chave: Avaliação Psicológica; Psicologia do Desenvolvimento; Pré-escolares; Formação Profissional.
Resumo Apresentador 2
PARTICULARIDADES DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE CRIANÇAS: CAMINHOS POSSÍVEIS
Juliane Callegaro Borsa
(Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Resumo:
A infância é uma etapa do desenvolvimento caracterizada por importantes aquisições neurológicas, cognitivas, afetivas e sociais. A prática da avaliação psicológica com crianças requer uma série de cuidados técnicos e éticos que garantirão sua efetividade, sobretudo no que se refere à escolha e aplicação de diferentes ferramentas e instrumentos adaptados para sua realidade. Para que a avaliação psicológica seja efetiva nessa faixa etária é necessário um procedimento cuidadoso que utilize diversas fontes de informação, incluindo entrevista com cuidadores, familiares professores e outros profissionais que assistem a criança. Dadas as características dessa etapa do desenvolvimento e considerando a escassez de instrumentos para essa população, o presente trabalho propõe discutir as particularidades da avaliação psicológica com crianças discutindo, especificamente, o papel das atividades lúdicas e da investigação in loco como recursos fundamentais para uma melhor e mais profunda compreensão das queixas.
Palavras-Chave: Avaliação Psicológica; Infância, Formação Profissional; Prática Profissional; Regulamentação Profissional
Resumo Apresentador 3
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE ADULTOS: ESPECIFICIDADES, LIMITAÇÕES E POSSIBILIDADES
Sérgio Eduardo Silva de Oliveira
(Universidade de Brasília)
Resumo:
A prática da avaliação psicológica deve ser ajustada à fase do ciclo vital que o avaliando está vivendo. A adultez é o período desenvolvimental em que as habilidades cognitivas tendem a estar consolidadas e em que as experiências emocionais, intra e interpessoais, tendem a ser manejadas com base nas aprendizagens prévias. As especificidades dessa fase da vida, bem como as tarefas desenvolvimentais típicas da adultez servem de parâmetros para avaliação da situação atual do avaliando. Além disso, instrumentos padronizados também possibilitam a estimação dos níveis de habilidades cognitivas, bem como a inferência de traços e funcionamento afetivo e comportamental. A avaliação dessa população deve seguir as normativas estabelecidas pelo Conselho Federal de Psicologia, contudo, tais regulamentações limitam o psicólogo a desenvolver uma prática empiricamente baseada. O objetivo do presente trabalho é apresentar as especificidades da prática da avaliação psicológica com adultos, bem como salientar os desafios atuais que limitam essa prática e discutir possíveis soluções. É também objetivo levantar os instrumentos aprovados pelo Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI) para utilização com adultos. Aspectos que (des)conectam a formação, a prática e as regulamentações da profissão serão salientadas.
Palavras-Chave: Avaliação Psicológica; Adulto; Formação Profissional; Prática Profissional; Regulamentação Profissional
Resumo Apresentador 4
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA DE IDOSOS: PARTICULARIDADES, POSSIBILIDADES E LIMITES
Sabrina Martins Barroso
(Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, MG)
Resumo:
As pessoas acima de 60 anos são consideradas idosas no Brasil. A avaliação psicológica de idosos tem se tornado cada vez mais frequente com o aumento dessa população, contudo, a realização dessa prática tem particularidades. Os profissionais que precisam avaliar idosos precisam conhecer os instrumentos disponíveis para auxiliá-los e sobre particularidades dessa etapa do desenvolvimento. Além da dificuldade com a quantidade restrita de instrumentos, é preciso considerar a presença de limitações físicas e dos sentidos, remédios e condições clínicas que podem interferir com os aspectos avaliados, o tempo necessário para o desenvolvimento das atividades, entre outras. Pretende-se problematizar aspectos da formação dos psicólogos para realizar esse tipo de avaliação, as possibilidades que a avaliação psicológica e neuropsicológica tem de identificar déficits e potencialidades nos idosos e suas implicações para a saúde integrada dessas pessoas. A problematização dessa prática pode, ainda, contribuir para pensar sobre as possibilidades e limitações da avaliação psicológica de idosos.
Palavras-chave: Avaliação Psicológica; Idosos; Instrumentos; Formação Profissional; Prática Profissional
Palavras-chave: Avaliação Psicológica, Ciclo Vital, Crianças, Adultos, Idosos |